Você sabe o que é acromegalia ou gigantismo? São duas doenças com padrões de crescimento anômalo, causados por uma quantidade excessiva do hormônio do crescimento. A maioria das pessoas tem uma quantidade regular desse hormônio, fazendo com que cresçam mais ou menos, mas se mantendo no padrão.
Os portadores dessas condições convivem com as dificuldades de ter um corpo com tamanho desproporcional, seja como um todo ou de partes dele, como mãos, pés e nariz, por exemplo. Além disso, essas doenças podem causar outros sintomas bastante desconfortáveis para quem as possui.
Preparamos uma matéria com mais informações sobre a acromegalia e o gigantismo, como o porque elas ocorrem, seus sintomas e seu tratamento. Conheça abaixo!
O que são acromegalia e gigantismo?
A acromegalia e o gigantismo são padrões de crescimento anômalo, que é causado pelo excesso do hormônio do crescimento. Em crianças, isso causa o gigantismo, fazendo com que elas cresçam demais e fiquem muito altas, e em adultos, causa a acromegalia, apresentando deformações nos ossos e no crânio.
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Geralmente, essas condições são quase sempre causadas por um tumor não canceroso, ou seja, benigno, na hipófise, fazendo com que ela produza o hormônio do crescimento em excesso.
A hipófise é uma glândula pequena como uma ervilha, que fica na parte inferior do cérebro, enquanto as glândulas são órgãos que produzem e liberam os hormônios no sangue.
Os hormônios são substâncias químicas, que servem para estimular a ação de outras células ou tecidos. A hipófise produz diversos tipos de hormônios, incluindo o do crescimento. O excesso desse último no sangue causa não só o crescimento dos ossos, mas também dos músculos e órgãos.

Os sintomas do gigantismo, a doença infantil, são:
- Crescimento extremo dos ossos longos, tornando os braços e as pernas muito compridos;
- Alta estatura;
- Atraso do início da puberdade;
- Às vezes, problemas de desenvolvimento dos órgãos genitais;
Já a acromegalia é uma doença que geralmente começa entre os 30 e os 50 anos de idade. Diferente dos ossos das crianças, os dos adultos não podem crescer mais e, em vez disso, acontece uma modificação de seu formato. Os sintomas incluem:
- Características faciais grosseiras e alargadas;
- Inchaço das mãos e pés;
- Necessidade de adquirir anéis, luvas, chapéus e sapatos maiores;
- Caixa torácica ampla, em forma de barril;
- Dor articular;
- Às vezes, fraqueza nos braços e nas pernas;
- Em mulheres, menstruações irregulares;
- Em homens, disfunção erétil.
Em ambos os casos, outros sintomas podem incluir fraqueza, problemas de visão e problemas cardíacos, que podem dar origem à insuficiência cardíaca.
Se não forem tratados, a acromegalia e o gigantismo podem causar:
- Aumento do coração e insuficiência cardíaca;
- Aumento da chance de ter diabetes, hipertensão arterial e apneia do sono;
- Diminuição da expectativa de vida
Para o tratamento de ambas as doenças, o médico pode utilizar uma combinação de:
- Cirurgia para remover um tumor da hipófise;
- Radioterapia;
- Medicação que interrompe a produção do hormônio do crescimento;
Depois da cirurgia ou radioterapia para tratar o tumor da hipófise, pode ser necessário que o paciente tome suplementos hormonais para repor os hormônios produzidos pela hipófise.

Qual a diferença entre acromegalia e gigantismo?
Ambas as condições são distúrbios hormonais raros causados pela hiperprodução do hormônio do crescimento (GH), ocasionando um crescimento excessivo. A principal diferença é a idade em que as doenças acontecem.
A acromegalia ocorre na idade adulta, e seu efeito não se trata do crescimento em altura, mas sim dos ossos e do crânio, que se deformam. Já o gigantismo acontece na infância ou na puberdade, e quem tem a condição tem o crescimento em altura afetado.
Para diagnosticar o gigantismo é um pouco mais fácil, já que fica mais evidente quando uma criança está crescendo muito. Contudo, nos adultos, pode demorar um tempo até que o crescimento anômalo dos ossos na acromegalia seja percebido, já que ele acontece de forma lenta.

Caso haja suspeita de gigantismo ou acromegalia, o médico pode:
- Examinar fotografias da pessoa que foram feitas com o passar do tempo, pois elas podem mostrar alterações físicas comuns na acromegalia;
- Fazer exames de sangue para medir a dosagem do hormônio do crescimento;
- Pedir radiografias das mãos, buscando por ossos espessados ou tecido inchado;
- Fazer exames de tumografia computadorizada ou ressonância magnética, procurando por um tumor na hipófise.
Não. Quem tem gigantismo não pode ter acromegalia, mas pode sim ter manifestações das duas doenças.
Apesar de poderem ser controladas com tratamento, a acromegalia e o gigantismo não possuem cura. O tratamento pode ser feito com cirurgia, radioterapia e medicamentos.
As duas doenças podem ter causas genéticas, mas na maioria dos casos, são esporádicas. Ambos os casos estão relacionados com excesso de hormômio do crescimento.

Informações: Manual MSD.
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