Pesquisadores da Northwestern University fizeram um avanço promissor no tratamento da doença de Alzheimer ao explorar o uso das células imunológicas do cérebro. O estudo está publicado na revista Nature Medicine.
Os especialistas aplicaram uma técnica chamada transcriptômica espacial, que permite analisar a localização da atividade genética dentro do tecido cerebral.
Com isso, conseguiram identificar que as microglia, as células imunológicas do cérebro, desempenham um papel crucial ao limpar as placas de beta-amiloide e restaurar um ambiente saudável no cérebro, o que poderia ajudar na recuperação neuronal.
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Detalhes do estudo
- Esse mecanismo recentemente descoberto pode abrir caminho para o desenvolvimento de tratamentos que foquem diretamente nessas células, evitando os efeitos colaterais comuns dos medicamentos atuais.
- Embora ainda não seja uma cura, esse avanço representa um passo importante no entendimento das complexidades do Alzheimer, sugerindo formas de tratá-lo de maneira mais eficaz e direcionada no futuro.
- Além disso, a pesquisa se soma a outros avanços, como o teste desenvolvido pela Universidade de Pittsburgh, que detecta pequenas quantidades da proteína tau no cérebro até uma década antes de ela ser visível em exames, e a recente categorização do Alzheimer em cinco subtipos, o que pode permitir tratamentos mais personalizados.
Esses estudos são animadores e podem levar a um futuro em que o tratamento do Alzheimer seja mais preciso e menos prejudicial aos pacientes.

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