Um estudo recente publicado na revista Nature descobriu que chatbots, como o ChatGPT, podem apresentar sinais de ansiedade quando expostos a narrativas traumáticas, como crimes e guerras, o que compromete sua eficácia em contextos terapêuticos.
No entanto, a ansiedade do chatbot pode ser reduzida por meio de exercícios de atenção plena, semelhantes aos usados em humanos. Isso sugere que essas ferramentas podem ser mais eficazes se projetadas para lidar com situações emocionais difíceis.
O uso de chatbots para terapia tem crescido, especialmente diante da escassez de terapeutas humanos, mas os pesquisadores alertam que esses assistentes virtuais precisam ser emocionalmente resilientes para lidar com as necessidades dos usuários.
Estudo foi conduzido no ChatGPT e usou pontuações de ansiedade (Imagem: mundissima/Shutterstock)
O psiquiatra Dr. Tobias Spiller, autor do estudo, ressaltou a importância de discutir o uso de IA em saúde mental, especialmente com pessoas vulneráveis.
Como o estudo concluiu que os chatbots têm ansiedade?
O estudo envolveu o ChatGPT e um questionário de ansiedade amplamente utilizado em cuidados de saúde mental;
O chatbot, ao ler um manual simples, apresentou pontuação baixa de ansiedade, mas, ao ser exposto a uma narrativa traumática, como a de um soldado em um tiroteio, a pontuação de ansiedade aumentou significativamente;
Após realizar exercícios de relaxamento baseados em atenção plena, como visualizar uma praia tropical, a ansiedade do chatbot diminuiu substancialmente.
Embora os resultados indiquem que chatbots podem reduzir a ansiedade com técnicas terapêuticas, críticos, como o especialista Nicholas Carr, questionam a ética de tratar máquinas como se tivessem emoções humanas. Ao The New York Times, ele destacou a preocupação moral de depender da IA para consolo em vez de buscar interações humanas.
Em suma, embora os chatbots possam ser úteis como assistentes no suporte à saúde mental, os especialistas sugerem que é crucial existir supervisão cuidadosa para evitar que as pessoas confundam interações com máquinas com a ajuda genuína de um terapeuta humano.
Uso de chatbots como “terapeutas” vem crescendo, apesar do alerta de especialistas sobre essa prática (Imagem: SomYuZu/Shutterstock)
Se você parar qualquer pessoa na rua agora e perguntar para ela qual a maior tradição da Páscoa, ela provavelmente vai responder que são os ovos de chocolate. Sim, originalmente, esse importante feriado cristão trata sobre a morte e a ressurreição de Jesus Cristo – e, portanto, tem um grande valor religioso. Mas, com o passar dos anos, a data ganhou cada vez mais relevância comercial.
São escolas levando coelhinhos fantasiados no intervalo, pais inventando brincadeiras de caça aos ovos com os filhos e colegas de trabalho promovendo “amigos chocolate”. Não podemos negar que a Páscoa gira em torno desse doce. E aí vem a má notícia: sua Páscoa pode ser um pouco diferente em 2025.
O portal g1 ouviu especialistas e eles decretaram que o feriado deste ano deve ter uma quantidade menor de ovos, um chocolate mais caro e produtos com menos cacau.
Você pode até achar que a culpa é de uma suposta ganância dos empresários ou do atual governo federal. A explicação para esse movimento, no entanto, é científica e climática. E o Olhar Digital mostra agora para vocês.
Existe uma boa possibilidade de o coelhinho da Páscoa ficar devendo ovos de chocolate neste ano – Imagem: DRubi/Shutterstock
Por que o chocolate está mais caro?
O aumento do preço desse doce é global e ocorre por causa do cacau, a matéria-prima do chocolate.
Em dezembro do ano passado, a tonelada desse fruto bateu recorde: chegou a custar US$ 11.040, segundo cotação da Bolsa de Valores de Nova York.
Para você ter uma ideia, esse número representa um avanço de 163% na comparação com o mesmo período de 2023.
A explicação para isso vem da África, onde ficam os principais produtores de cacau do mundo.
As mudanças climáticas também atingiram o continente e vieram em forma de estiagem e inundações fora de época.
Esses fatores levaram à perda de lavouras inteiras, principalmente na Costa do Marfim, país que responde por 45% das plantações desse fruto no planeta.
E aí entra a lei de mercado: uma menor oferta, mas com procura igual leva ao aumento dos preços.
A situação fica ainda mais grave se olharmos para o recorte dos anos anteriores.
A produção global dessa commodity caiu nos últimos 3 anos.
Segundo a Organização Internacional do Cacau, desde a safra 2021/2022, os países já deixaram de produzir 758 mil toneladas.
“Mas o Brasil não produz o próprio cacau?”, você pode estar se indagando aí do outro lado.
A resposta é não – a gente até planta cacau, mas respondemos apenas por 4% da produção mundial.
No ano passado, por exemplo, o mercado brasileiro demandou cerca de 229 mil toneladas, mas colheu apenas 180 mil toneladas.
Ou seja, precisamos importar e sofremos influência do preço internacional do fruto.
As mudanças climáticas têm um papel central no encarecimento do preço do chocolate no mundo – Imagem: Aphelleon/Shutterstock
Reflexo nas prateleiras
Com o cacau mais caro, a indústria e o comércio tiveram de se adaptar. E isso significam algumas coisas. A primeira delas é uma menor quantidade de ovos.
Serão produzidos cerca de 45 milhões de unidades, uma queda de 22% em relação a 2024, quando a fabricação ficou em 58 milhões, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab).
Com o cacau mais caro, e projetando uma queda nas vendas (por causa da alta dos preços), as empresas decidiram produzir menos ovos.
Falando em preços, dados do IBGE apontam que o valor do chocolate em barra e do bombom subiu 16,53% no acumulado em 12 meses até janeiro. Como os ovos de Páscoa são naturalmente mais caros (por uma questão de marketing e mercado), a tendência é que o percentual seja ainda maior nesse feriado.
Outra alternativa encontrada pela indústria foi a diminuição das embalagens (algo que as pessoas que costumam ir ao mercado já perceberam faz tempo). As empresas até conseguem segurar o preço, mas só porque oferecem uma quantidade menor do produto. E isso quase sempre vem explicado em letrinhas pequenininhas…
O cacau ficou mais caro nos últimos anos, mas não só ele; a inflação anda implacável com o nosso bolso – Imagem: photocrew1/Shutterstock
E quando os preços devem baixar?
Segundo especialistas, as expectativas para 2025 são de um possível aumento da produção mundial, com uma queda na demanda. Os dois fatores podem fazer com que o preço melhore.
Mas isso não será instantâneo. E vai depender bastante também da próxima grande safra de cacau. Estamos falando de uma planta que demora de 5 a 6 anos para dar bons frutos. E que corre o risco de novas tragédias climáticas atrapalharem os planos.
Em condições tidas como normais, a tonelada do cacau fica em aproximadamente US$ 6 mil na Bolsa de Valores de Nova York. Ou seja, quase metade do valor alcançado em dezembro.
Diante desse cenário de incerteza, a sugestão é reduzir, por ora, a sobremesa. Ou apostar em opções mais saudáveis, como as frutas. Fato é que sua Páscoa tende a ser bem diferente neste ano. Com possibilidade real desse quadro se repetir em 2026.
Vários modelos de robôs já conseguem andar com facilidade – e até mesmo correr em alguns casos. A maioria deles, porém, ainda encontra dificuldades quando o assunto são obstáculos, como um degrau ou uma escada.
Esse não é o caso do novíssimo Tron 1, da chinesa LimX Dynamics. Pensando justamente nessa necessidade de mercado, a startup decidiu focar em equilíbrio e na agilidade. O resultado é um robô bípede que promete superar quaisquer obstáculos.
Como já disse acima, não é todo dia que vemos robôs com essas características.
Ele aparece pulando barreiras, subindo e descendo escadas como se fosse fácil – o que não é, falando no estágio atual da Robótica.
O que o vídeo não mostra é que o Tron 1 também tem seus limites.
E o dele atende pela altura máxima de 15 centímetros: a máquina não consegue superar degraus maiores do que isso.
De acordo com as especificações técnicas, ele também pode encontrar dificuldades em temperaturas fora da margem entre -5 e 40 °C.
O robô mede 39 cm de altura, tem 42cm de largura e 84 cm de comprimento, e pesa cerca de 20 quilos.
Ele é movido a uma bateria “Ternary Lithium” de 240 Wh que garante o uso de 2 horas por carga.
O sistema de computador de bordo apresenta um “cérebro” Intel i3 de 12ª geração com 16 GB de RAM e 512 GB de armazenamento.
O Tron 1 pode ser operado por meio de um controle remoto sem fio, programado para tarefas semiautomatizadas ou liberado para missões autônomas.
A LimX, porém, não explica as condições aplicadas no vídeo.
Ele é rápido e supera obstáculos com facilidade, mas não só isso: o Tron 1 também é um robô muito bonito e com ótimo acabamento – Imagem: Reprodução/LimX Dynamics
Confira o preço
Esse é um dos lados mais bacanas de escrever sobre Robótica hoje em dia. Os modelos saíram da fase de testes e já estão disponíveis no mercado.
O Tron 1 custa a partir de US$ 15.000, com entregas para o mundo todo. Não é um preço nada acessível para pessoas físicas, mas pode funcionar para empresas ou centros universitários.
O robô foi concebido como uma ferramenta de suporte para trabalhar em áreas de risco e no resgate de desastres naturais. Ele, no entanto, também pode ter outras aplicações, incluindo ser alvo de estudos para o desenvolvimento de novas tecnologias.
Nos últimos anos, eventos climáticos extremos têm se tornado cada vez mais frequentes e intensos, impactando diferentes regiões do mundo. Ondas de calor, tempestades severas e chuvas torrenciais vêm ocorrendo com maior regularidade, e os cientistas associam essa tendência às mudanças climáticas globais.
O granizo, antes considerado um evento raro e localizado, agora aparece em tempestades mais comuns, atingindo áreas urbanas e agrícolas com maior severidade. Esse aumento na ocorrência do fenômeno levanta questões sobre os impactos das mudanças climáticas e como podemos nos preparar para eventos cada vez mais extremos. Mas como exatamente esse fenômeno ocorre e por que ele pode se tornar mais frequente no futuro?
Granizo: o que é e como se forma?
O granizo é um tipo de precipitação sólida formada por pedras de gelo que caem da atmosfera durante tempestades severas.
Fenômeno foi causado pela grande quantidade de pedras de granizo (Imagem: Saudi Press Agency/Ministério da Comunicação da Arábia Saudita)
Diferente da neve, que se forma em condições mais frias e cai em flocos leves, o granizo é composto por camadas de gelo endurecido que se acumulam ao redor de um núcleo congelado dentro das nuvens de tempestade.
Essas pedras de gelo podem variar de tamanho, desde pequenas bolinhas de poucos milímetros até pedaços enormes, maiores que bolas de beisebol.
A formação do granizo ocorre dentro das nuvens cumulonimbus, que são conhecidas por gerar tempestades intensas com raios, ventos fortes e chuvas torrenciais.
Dentro dessas nuvens, as correntes de ar ascendentes carregam gotículas de água para altitudes elevadas, onde as temperaturas são extremamente baixas, fazendo com que essas gotículas congelem.
À medida que os pedaços de gelo são levados para cima e para baixo dentro da nuvem por correntes de ar, novas camadas de água em estado super-resfriado se acumulam sobre eles, aumentando seu tamanho.
O processo continua até que o granizo fique pesado demais para ser sustentado pelas correntes ascendentes, caindo em direção ao solo.
As regiões mais propensas à ocorrência de granizo são aquelas onde as condições atmosféricas favorecem a formação de tempestades severas. Isso inclui áreas de clima temperado e subtropical, como o centro dos Estados Unidos, partes da Europa, China e algumas regiões da América do Sul, incluindo o Brasil.
No Brasil, estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná frequentemente registram tempestades de granizo, principalmente na primavera e no verão, quando há maior contraste térmico entre massas de ar quente e frio.
Imagem: Climatempo/PREVOTS/Renato Ignácio Hermes
O tamanho do granizo pode variar significativamente. Em tempestades mais fracas, as pedras podem ter apenas alguns milímetros, enquanto em tempestades severas podem atingir diâmetros superiores a 10 centímetros.
O granizo pode ser extremamente duro, pois suas camadas de gelo se compactam ao longo do processo de formação. Em algumas tempestades, a queda de granizo pode ser tão intensa que chega a acumular camadas de gelo no solo, transformando temporariamente o cenário em algo semelhante a uma paisagem de inverno.
Para que o granizo se forme, são necessárias condições atmosféricas específicas, incluindo temperaturas muito frias nas camadas superiores da nuvem, fortes correntes de ar ascendentes para manter o gelo em suspensão e umidade suficiente para permitir que novas camadas de gelo se formem ao redor do núcleo congelado.
Esse processo pode levar apenas alguns minutos em tempestades intensas, mas pode se estender por mais tempo em casos de granizo de maior porte.
O granizo é importante para a natureza?
Apesar dos estragos que pode causar, o granizo tem algumas funções naturais dentro do ciclo atmosférico. Sua formação está diretamente ligada à atividade das nuvens cumulonimbus, que desempenham um papel crucial na redistribuição da energia térmica e da umidade no planeta.
Além disso, o granizo pode ajudar a limpar a atmosfera ao capturar partículas de poeira, poluentes e aerossóis à medida que se forma e cai para o solo.
No entanto, seus impactos negativos são mais evidentes, especialmente para seres humanos e animais. O granizo pode causar grandes danos à infraestrutura, destruindo telhados, janelas e veículos.
Agricultores costumam sofrer prejuízos significativos, pois as pedras de gelo podem destruir plantações inteiras em poucos minutos. A produção de frutas, hortaliças e grãos é particularmente vulnerável, pois as pedras podem machucar e até matar as plantas.
credito: Kevain25460, CC BY-SA 3.0 , via Wikimedia Commons
Para os animais, o granizo pode ser perigoso, especialmente quando as pedras são grandes. Animais que vivem em áreas abertas, como gado e aves, podem ser atingidos e sofrer ferimentos graves ou até morrer em tempestades mais severas. Há registros de tempestades de granizo que mataram centenas de aves selvagens devido ao impacto das pedras de gelo.
Para os seres humanos, tempestades de granizo representam riscos sérios. Pedras muito grandes podem causar ferimentos na cabeça, hematomas e até fraturas ósseas. Há relatos de eventos extremos em que o granizo causou mortes, principalmente quando pessoas foram pegas de surpresa em locais sem abrigo adequado.
Embora o granizo faça parte do equilíbrio climático e meteorológico da Terra, seus efeitos costumam ser destrutivos para a vida humana e para a economia. Com o aumento das mudanças climáticas, cientistas estudam se o aquecimento global pode tornar as tempestades de granizo mais frequentes ou intensas no futuro, trazendo novos desafios para a prevenção e adaptação a esse fenômeno.
Um fóssil raro de dinossauro de 168 milhões de anos foi descoberto por paleontólogos na cordilheira Atlas Médio, no Marrocos. Em um artigo publicado na Royal Society Open Science, a equipe revelou que o exemplar – um fêmur – pertence ao dinossauro mais antigo do grupo Cerapoda conhecido até então.
Entenda:
Um fóssil de dinossauro de 168 milhões de anos foi encontrado no Marrocos;
O exemplar – um fêmur – pertence ao dinossauro mais antigo do grupo Cerapoda;
Características únicas do fóssil permitiram determinar sua origem, ajudando a solucionar um mistério acerca da evolução do grupo.
Fóssil de dinossauro é o mais antigo do gênero Cerapoda. (S. Maidment et al.; Royal Society Open Science)
Herbívoros de pequeno porte, os dinossauros do grupo Cerapoda andavam sobre duas pernas e, durante o Cretáceo, habitavam todo o planeta. No Jurássico Médio, entretanto, sua população era um grande mistério – até o fóssil encontrado no Marrocos. “Tínhamos evidências de que os dinossauros ornitópodes [infraordem do grupo Cerapoda] provavelmente já haviam evoluído com base em algumas pegadas fossilizadas, mas este é o fóssil corporal mais antigo que existe”, disse Susannah Maidment, líder do estudo, ao IFLScience.
Fóssil de dinossauro ajuda a solucionar mistério do grupo Cerapoda
Ainda que um fêmur pareça simples, o segredo para identificar um dinossauro Cerapoda está justamente nas pernas: o fóssil encontrado pela equipe tinha características que só são encontradas no gênero. “A cabeça do fêmur é realmente distinta e separada do eixo em um pescoço, o que não vemos em ornitísquios divergentes anteriores”, explicou Maidment.
Fóssil de Cerapoda soluciona mistério sobre a evolução do gênero. (Imagem: david.costa.art/Shutterstock)
Até então, o fóssil de Cerapoda mais antigo pertencia a um outro fêmur encontrado na Inglaterra, com 166 milhões de anos. A descoberta mais recente não só confirma que os dinossauros do grupo se diversificaram durante o período Jurássico Médio, mas também aponta o sítio arqueológico em Marrocos como uma fonte promissora para novas descobertas.
Vale citar que a região também abrigava o fóssil de Anquilossauro mais antigo do mundo e um dos Estegossauros mais antigos descobertos até hoje.
O avanço tecnológico, especialmente com o boom da inteligência artificial, está causando um aumento da demanda global de eletricidade. Este cenário tem gerado temores de que as fontes tradicionais de energia não deem conta do recado.
Mas existe uma alternativa para este problema. Os oceanos, que cobrem mais de 70% da superfície da Terra, oferecem um vasto potencial de energia limpa a partir de recursos renováveis, como correntes oceânicas e ondas.
Novo estudo revelou mais uma importância dos oceanos
O desenvolvimento de energia renovável marinha ainda está em seus estágios iniciais em comparação com a energia eólica e solar.
Um desafio é identificar os locais mais viáveis e economicamente viáveis para projetos de energia das correntes oceânicas.
Embora muitos estudos tenham se concentrado na avaliação dos recursos energéticos das correntes oceânicas regionais, ainda faltava uma avaliação global baseada em dados reais.
Mas isso acaba de mudar a partir de um trabalho de pesquisadores da Florida Atlantic University, dos Estados Unidos.
As descobertas foram descritas em estudo publicado na revista Renewable Energy.
Cientistas identificaram capacidade das correntes oceânicas de gerar eletricidade (Imagem: hirokoro/Shutterstock)
Os pesquisadores exploraram o potencial de captura de energia cinética dos oceanos, com foco na estimativa da densidade de potência e sua variação ao longo do tempo e do local. O PIB inclui cerca de 1.250 boias rastreadas por satélite que medem as correntes oceânicas e suas posições.
Durante o trabalho, a equipe usou mais de 43 milhões de pontos de dados de março de 1988 a setembro de 2021. Os resultados revelam que as águas da costa leste da Flórida e da África do Sul exibiram consistentemente altas densidades de energia, tornando-as ideais para gerar eletricidade a partir das correntes oceânicas.
Águas da costa leste da Flórida e da África do Sul são ideais para gerar eletricidade (Imagem: Satit Sewtiw/Shutterstock)
Especificamente, essas regiões apresentaram densidades de potência acima de 2.500 watts por metro quadrado, um valor 2,5 vezes mais denso em energia do que um “excelente” recurso de energia eólica. As águas relativamente rasas – cerca de 300 metros de profundidade – aumentam ainda mais sua adequação para extrair energia usando turbinas de corrente oceânica. Em contraste, regiões como o Japão e partes da América do Sul não mostraram densidades de potência semelhantes nessas profundidades.
Outra descoberta importante do estudo foi a precisão das estimativas de densidade de potência dos oceanos. Na América do Norte e no Japão, os cálculos foram altamente confiáveis, proporcionando confiança nas previsões do potencial de energia. No entanto, áreas como a África do Sul e partes da América do Sul, particularmente no norte do Brasil e na Guiana Francesa, foram mais difíceis de avaliar devido a dados limitados ou condições de água altamente variáveis.
Na década de 1930, o cientista Klaus Hansen bebeu a substância conhecida como “água pesada” para testar se ela faz mal a humanos. Depois dele, Harold Urey e Gioacchino Failla seguiram a ideia para ver se seu sabor era bom e, mais recentemente, pesquisadores da Universidade Hebraica descobriram que ela pode ser doce se for altamente pura.
Para entender o que é a água pesada, é preciso olhar detalhadamente para a composição dos átomos. Elementos se definem pelo número de prótons que compõem os seus núcleos atômicos. O hidrogênio tem um, o hélio tem dois e por aí vai.
O número de nêutrons pode variar, com diferentes elementos precisando de quantidades distintas para manter sua estabilidade. Há integrantes da tabela periódica com diversas versões, nomeadas de isótopos, sendo variadas pelas diferentes quantidades de nêutrons.
A descoberta da D2O
A proposição de que a água pesada poderia existir começa em 1920. Na época, o químico e físico Ernest Rutherford criou a hipótese de que um isótopo mais pesado de hidrogênio era possível e seria composto por um nêutron a mais.
No entanto, somente uma década depois o físico Harold C. Urey conseguiu provar a existência do composto idealizado por Rutherford. Por esse feito, ele ganhou o Prêmio Nobel de Química.
Com ajuda do doutor E.W Washburn, Urey desenvolveu o método eletrolítico para a separação de isótopos de hidrogênio. Por meio da técnica, a dupla conseguiu estudar as propriedades do deutério, uma variação do hidrogênio.
Modelo em 3D da D₂O. (Imagem: StudioMolekuul / Shutterstock)
A água comum é composta por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, tendo a fórmula H₂O. Porém, os cientistas provaram que é possível ligar o deutério com o oxigênio para fazer a molécula da água pesada, a D₂O.
Essa variante é encontrada na natureza misturada com a água comum, sendo cerca de 0,015% dela. As pesquisas de Urey e outros cientistas descobriram que suas propriedades são uteis e podem ser aplicadas em reatores nucleares.
Pesquisadores que experimentaram a água pesada
O farmacologista Klaus Hansen deu um passo além e foi o primeiro a provar uma grande dose em alta concentração de D₂O. Com o suporte de um grupo de cientistas, preparados para realizar os socorros de emergência se necessário, ele tomou vários goles.
Hansen presumiu que concentrações altas de água pesada podem ser letais para humanos e animais. Mas, ele não sabia em qual quantidade. O pesquisador sobreviveu ao experimento e descreveu o sabor do composto.
“Imediatamente tive uma sensação de queimação seca na boca e então não consegui mais sentir nada. Primeiro minha mente ficou excitada e impressionada com um sentimento de crise. Eu tive um choque. Então eu disse a mim mesmo, ‘Fique quieto — você está simplesmente passando por uma experiência menor.’ Então tudo acabou. Eu podia ver, ouvir, respirar, sentir e andar como antes”, comentou o pesquisador na revista Time.
Uma amostra histórica de “água pesada”, embalada em uma cápsula selada. (Imagem: Alchemist-hp / Wikimedia Commons)
O ato de Hansen inspirou Urey a fazer um teste de sabor. Um dos cientistas de sua equipe manteve a amostra por um tempo curto na boca e depois cuspiu. Outro realizou o mesmo procedimento, mas engoliu a água.
“Nenhum de nós conseguiu detectar a menor diferença entre o gosto da água destilada comum e o gosto da água pesada pura”, Urey escreve sobre o experimento.
Novas pesquisas trazem um sabor doce
Análises mais aprofundadas da água pesada descobriram que ela tem um sabor doce em comparação com a água comum. Uma pesquisa da Universidade Hebraica de Israel com a Academia Tcheca de Ciências demonstrou que os humanos são capazes de distinguir D₂O de H₂O pelo gosto.
Em contraste, os ratos que participaram do experimento não preferem a D₂O, indicando provavelmente não a perceberam como doce.
O estudo utilizou modelagem de homologia e simulações da dinâmica molecular para resolver o debate sobre o sabor da água pesada. Eles mostraram que o gosto adocicado é mediado pelo receptor gustativo humano TAS1R2/TAS1R3. Com isso, abriram caminho para estudos futuros mais detalhados sobre o mecanismo de ação da D₂O.
Elon Musk nunca escondeu o seu desejo de colonizar Marte. E o que parecia ser apenas um sonho distante do sul-africano, agora parece estar tomando forma. O empresário anunciou que a primeira missão do Starship ao planeta vermelho será lançado até o fim de 2026.
O bilionário disse ainda que os primeiros pousos humanos podem ocorrer em 2029, caso tudo ocorra como planejado, “embora 2031 seja mais provável”. Enquanto isso, o robô humanoide Optimus, desenvolvido pela Tesla, participará da missão inicial.
Robô humanoide pode realizar várias atividades
O Optimus também é fruto de uma ideia ambiciosa de Musk. O dono da Tesla aposta nos robôs humanoides para substituir os trabalhadores humanos no futuro e está investindo no segmente há alguns anos.
O bilionário chegou a dizer que acredita que, até 2040, haverá mais robôs humanoides do que pessoas no mundo. Ele projetou um futuro em que cerca de 10 bilhões de Optimus estarão em uso em todo o planeta. Atualmente, a população mundial é de pouco mais de 8 bilhões de pessoas.
Segundo a Tesla, a ferramenta é capaz de transportar materiais, pegar e entregar objetos e até dobrar roupas perfeitamente, entre outras funções. Veja no vídeo abaixo o robô humanoide Optimus demonstrando suas capacidades:
Segundo o empresário, o custo de um robô versátil deverá oscilar entre US$ 20 mil (R$ 115 mil) e US$30 mil (R$170 mil) por unidade. Essas estimativas se alinham com os preços sugeridos para os robôs Optimus, que têm sido progressivamente introduzidos em operações limitadas pela empresa.
Tesla prometeu construir 10 mil robôs humanoides apenas em 2025 (Imagem: divulgação/Tesla)
Tecnologia é considerada o futuro da Tesla
O Tesla Bot foi anunciado durante o evento AI Day da empresa em 2021.
Na ocasião, um ser humano fingiu ser um robô humanoide e fez movimentos de robô e de dança.
Já em maio de 2023, a Tesla mostrou vários protótipos de robôs em funcionamento que podiam andar e pegar coisas sem ajuda.
A tecnologia, segundo fontes, poderia substituir humanos nas linhas de montagem de veículos fazendo tarefas repetitivas.
Apesar de todo o potencial, a Tesla produziu poucas unidades do robô até agora.
O principal problema diz respeito ao fornecimento de atuadores, dispositivos que possibilitam movimentações ou o controle de cargas e mecanismos, criando movimento a partir da conversão de energia armazenada em trabalho mecânico.
A expectativa de Musk é que “alguns milhares” de dispositivos estejam em operação na Tesla ainda em 2025, mas a produção em massa dos robôs só deve começar no ano que vem.
A creatina, um suplemento popular entre atletas e entusiastas do fitness, tem ganhado cada vez mais atenção no Brasil. O interesse crescente se deve a diversos fatores, incluindo seus benefícios comprovados e o aumento da disponibilidade, já que a creatina é facilmente encontrada em lojas de suplementos, farmácias e online.
Além disso, a divulgação nas redes sociais amplia o interesse. Influenciadores digitais e atletas compartilham suas experiências com a creatina, aumentando a visibilidade do suplemento. Para se ter dimensão dessa popularidade, a creatina superou o whey protein, que era líder nas pesquisas por suplementos alimentares esportivos desde 2019.
Então, é fato que além do sucesso, o suplemento realmente age de forma positiva no organismo. Vamos dar a ficha técnica dessa queridinha das academias e saber ver quais são os seus benefícios.
O que é creatina e o que ela faz no corpo?
A creatina é um composto nitrogenado orgânico sintetizado naturalmente no corpo humano, principalmente no fígado, rins e pâncreas, a partir de três aminoácidos: arginina, glicina e metionina. Ela também pode ser obtida através da dieta, principalmente de fontes animais como carne vermelha e peixes.
Do ponto de vista bioquímico, a creatina desempenha um papel crucial no metabolismo energético, especialmente em tecidos que demandam energia rápida e intensa, como os músculos esqueléticos e o cérebro.
O mecanismo de ação da creatina é especialmente importante durante atividades de alta intensidade e curta duração, como levantamento de peso (Imagem: John Arano / Unsplash)
Metabolismo da creatina
No organismo, aproximadamente 95% da creatina é armazenada nos músculos esqueléticos, onde é fosforilada para formar fosfocreatina (ou creatina fosfato). A fosfocreatina, por sua vez, atua como um reservatório de fosfatos de alta energia, que são utilizados para regenerar o trifosfato de adenosina (ATP), a principal molécula de energia celular.
Esse processo é mediado pela enzima creatina quinase (CK), que catalisa a transferência de um grupo fosfato da fosfocreatina para o ADP (difosfato de adenosina), regenerando ATP.
Esse mecanismo é especialmente importante durante atividades de alta intensidade e curta duração, como sprints ou levantamento de peso, nas quais a demanda por ATP excede a capacidade do metabolismo aeróbico de suprir energia imediatamente.
A creatina é um dos suplementos mais estudados e utilizados no mundo da atividade física, conhecida por melhorar o desempenho e contribuir para o ganho de massa muscular. Mas como exatamente ela age no corpo?
Mais energia para exercícios intensos
A creatina funciona como um “combustível extra” para os músculos durante atividades de alta intensidade, como musculação e sprints. Isso acontece porque ela aumenta os estoques de fosfocreatina dentro das células musculares, permitindo que o corpo produza energia mais rápido e sustente esforços explosivos por mais tempo.
Crescimento muscular e força
Além de melhorar o desempenho nos treinos, a creatina ajuda na hipertrofia muscular de duas formas: primeiro, ela retém mais água dentro das células musculares, aumentando o volume muscular temporariamente; segundo, ao permitir treinos mais intensos e volumosos, ela favorece o crescimento muscular a longo prazo.
Recuperação mais rápida
Estudos indicam que a suplementação com creatina pode reduzir a fadiga muscular e acelerar a recuperação após treinos pesados. Isso acontece porque ela ajuda a minimizar os danos musculares e a inflamação, permitindo que você volte a treinar com mais qualidade e menos dores.
Benefícios para o cérebro
A creatina não beneficia apenas os músculos. No cérebro, ela auxilia na produção de energia para as células nervosas, o que pode melhorar a concentração, a memória e até reduzir a fadiga mental em treinos longos ou desgastantes.
Com esses benefícios, a creatina se torna um grande aliado para quem quer melhorar o desempenho nos treinos e otimizar os resultados.
A creatina atua como um “tampão energético”, mantendo níveis estáveis de ATP durante picos de demanda energética.(Imagem: Gleb Usovich / Shutterstock)
Suplementação e dosagem
A suplementação com creatina é amplamente estudada e considerada segura para a maioria das pessoas. A dose padrão é de 3-5 gramas por dia, embora alguns protocolos recomendam uma fase de “carregamento” inicial (20 gramas/dia por 5-7 dias) para saturar rapidamente os estoques musculares. A creatina monoidratada é a forma mais comum e eficaz.
Embora a creatina seja geralmente segura, indivíduos com doenças renais pré-existentes devem consultar um médico antes de suplementar, pois a creatina é metabolizada em creatinina, um marcador de função renal. Além disso, a suplementação pode causar ganho de peso inicial devido à retenção de água.
A creatina é geralmente segura para a maioria das pessoas, mas é importante consultar um médico ou nutricionista antes de iniciar a suplementação, especialmente se você tiver alguma condição de saúde preexistente.
Grávidas podem tomar creatina?
Grávidas não devem tomar creatina sem orientação médica. Embora a creatina seja geralmente segura, não há estudos suficientes sobre seus efeitos durante a gravidez. O metabolismo da creatina pode sobrecarregar os rins, que já estão sob maior estresse durante a gestação. Além disso, a segurança para o feto não está completamente estabelecida. Sempre consulte um médico antes de usar qualquer suplemento durante a gravidez.
Existe reação alérgica à creatina?
Sim, reações alérgicas à creatina são possíveis, embora raras. Os sintomas podem incluir coceira, erupções cutâneas, inchaço ou dificuldade respiratória. Se houver suspeita de alergia, interrompa o uso e consulte um médico. A creatina pura (monoidratada) é menos propensa a causar reações, mas alguns suplementos podem conter aditivos que desencadeiam alergias.
O excesso de creatina pode matar?
A creatina é geralmente considerada segura nas doses recomendadas (3-5 gramas por dia para manutenção, ou até 20 gramas por dia por um curto período de carregamento). O uso excessivo ou inadequado pode, no entanto, levar a complicações.
A creatina em si tem baixa toxicidade e doses elevadas (até 10-20 gramas por dia) são bem toleradas pela maioria das pessoas. O excesso pode, entretanto, sobrecarregar alguns sistemas do corpo, especialmente em indivíduos com condições pré-existentes.
Um subproduto da creatina, a creatinina, é filtrada pelos rins e excretada na urina. Isso não é um problema em indivíduos saudáveis, mas em pessoas com função renal comprometida, o excesso de creatina pode aumentar a carga sobre os rins e potencialmente agravar doenças renais pré-existentes. O uso excessivo em pessoas com insuficiência renal pode levar a complicações graves, como insuficiência renal aguda.
A creatina aumenta a retenção de água intracelular, o que pode levar à desidratação se a ingestão de água não for adequada. A desidratação grave pode causar desequilíbrios eletrolíticos, como hiponatremia (baixo sódio no sangue), o que pode levar a complicações como edema cerebral, convulsões e, em casos extremos, morte.
A síntese e metabolização da creatina envolvem o fígado. Em casos raros, o excesso de creatina pode sobrecarregá-lo, especialmente em indivíduos com doenças hepáticas pré-existentes. O uso excessivo de creatina pode interferir com medicamentos que afetam os rins ou o fígado. Por exemplo, o uso combinado com anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) pode aumentar o risco de danos renais.
Dores nas costas podem indicar problemas nos rins e o uso de creatina pode piorar condição (Imagem: Julien Tromeur / Unsplash)
Embora raros, há relatos de complicações graves associadas ao uso excessivo de creatina, especialmente em combinação com outros fatores de risco. O uso excessivo, combinado com exercícios extremamente intensos, pode levar à rabdomiólise – uma condição em que as células musculares se rompem e liberam substâncias tóxicas na corrente sanguínea. Isso pode causar insuficiência renal aguda e, em casos graves, morte.
Não há uma dose letal estabelecida para a creatina em humanos. O uso excessivo crônico ou agudo pode, no entanto, levar a complicações indiretas que, em casos extremos, podem ser fatais, especialmente em indivíduos com condições médicas subjacentes.
Em resumo, recomenda-se manter a dose diária recomendada de 3-5 gramas por dia para manutenção, beber água adequada para evitar desidratação, evitar exceder a dose de 20 gramas por dia e consultar um médico em caso de dúvidas ou condições de saúde específicas. Indivíduos com doenças renais, hepáticas ou outras condições médicas devem consultar um médico antes de usar o suplemento.
Importante!
Segundo estudo publicado pelo Journal of the International Society of Sports Nutrition, diversas evidências apontam que não há relação entre o consumo de doses controladas de creatina e certas doenças. De acordo com o artigo, a creatina não provoca alteração nos rins, câncer, hipertensão e nem calvície.
Sempre é indicado ter orientação médica e nutricional antes de fazer uso de qualquer suplemento. Não se deixe levar por propagandas ou indicações de pessoas leigas, pesquise por marcas confiáveis e siga as prescrições. Fique atento a qualquer desconforto, sintomas ou efeitos indesejáveis ao consumir qualquer medicamento ou suplemento.
As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.
O lançamento do DeepSeek, modelo de inteligência artificial (IA) desenvolvido na China, tem dividido opiniões. No entanto, não se pode negar que a nova ferramenta tem provocado reações no mercado de IA.
Um destes reflexos, no entanto, parece ser, no mínimo, curioso. De acordo com a Bloomberg, as principais empresas de tecnologia pretendem aumentar os gastos no setor como resposta ao modelo chinês.
Aumento dos investimentos na tecnologia
A curiosidade está no fato de que a IA chinesa apresenta como grande diferencial o baixo custo para o treinamento do modelo. Por conta disso, muitos analistas esperavam que os principais rivais do DeepSeek também passassem a dosar os investimentos em novas ferramentas.
No entanto, um relatório da Bloomberg Intelligence aponta que as maiores empresas de tecnologia aumentarão seus gastos anuais combinados em inteligência artificial para mais de US$ 500 bilhões até o início da próxima década.
Setor de IA deve movimentar quantias cada vez maiores (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)
Gigantes como a Microsoft, Amazon e Meta devem desembolsar US$ 371 bilhões para a construção de data centers e recursos de computação para IA ainda em 2025. Este montante representa um aumento de 44% em relação ao ano anterior.
Segundo o documento, esse valor deve subir para US$ 525 bilhões até 2032. Isso significa que o aumento deve ocorrer em um ritmo mais rápido do que se esperava antes do sucesso gerado pelo modelo de IA DeepSeek.
Chatbot chinês virou sensação e atraiu olhares do mundo todo (Imagem: Poetra.RH/Shutterstock)
DeepSeek é considerada uma ameaça
A IA do DeepSeek foi projetada para lidar com tarefas complexas de raciocínio e tem apresentado resultados surpreendentes.
O grande diferencial é o baixo custo da tecnologia, o que pode ameaçar a posição dominante dos principais players.
Para se ter uma ideia, o modelo chinês foi treinado ao custo de aproximadamente US$ 6 milhões, enquanto ferramentas como o Llama 3.1, da Meta, custaram mais de US$ 60 milhões para serem desenvolvidos.
A empresa chinesa adota estratégias como o chamado aprendizado por reforço, que permite que os modelos aprendam por tentativa e erro.
Além disso, ativa apenas uma fração dos parâmetros do modelo para tarefas específicas, economizando recursos computacionais.
E melhora a capacidade dos modelos de processar dados e identificar padrões complexos.
A startup ainda adota um modelo parcialmente aberto, permitindo que pesquisadores acessem seus algoritmos.
Isso democratiza o acesso à IA avançada e promove maior colaboração na comunidade global de pesquisa.