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Gemini: você poderá conversar em chamada de vídeo com a IA

O Google implementou uma função muito aguardada no Gemini Live, sua ferramenta de IA para conversação contínua: em breve, será possível compartilhar a tela e realizar chamadas de vídeo com o assistente. A novidade foi anunciada durante o Mobile World Congress (MWC), em Barcelona, e permite que a IA interaja com os arredores do usuário em tempo real.

O Gemini Live existe desde agosto do ano passado em uma tentativa de competir com o ChatGPT Voice Mode, que também permite interação de voz.

Novidade estará disponível para dispositivos Android em breve (Imagem: FilipArtLab / Shutterstock.com)

Chamadas de vídeo com o Gemini

Desde o lançamento, o Gemini já possui a capacidade de “ver” através da câmera do celular. A intenção é permitir que a IA observe os arredores do usuário para interagir melhor durante as conversas.

Os recursos de compartilhamento de tela e chamada de vídeo aumentam essa interação. Por exemplo, é possível perguntar para o assistente de IA sobre algo que está ao seu redor.

Um vídeo de demonstração do Gemini Live mostra o recurso em ação: um ceramista pergunta à ferramenta quais esmaltes a IA recomenda para vasos recém-queimados com um “visual moderno”. E o Gemini responde, com base no que vê. Veja:

Competição com o ChatGPT

  • O Gemini Live foi introduzido pelo Google para competir com o ChatGPT Voice Mode, que também permite que usuários conversem com a IA em tempo real para respostas mais interativas;
  • A atualização vem pouco tempo depois da empresa lançar o Gemini 2.0 Pro e o modelo de raciocínio Gemini 2.0 Flash Thinking Experimental, com desempenho melhorado e capacidade de “pensar”;
  • A OpenAI também tem seu próprio modelo desse tipo, o recente Operator.
Ícone de aplicativo do Gemini em celular Android
Gemini Live é o modelo de conversação contínua da IA (Imagem: mundissima/Shutterstock)

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Quando o Gemini Live atualizado estará disponível?

De acordo com o site Mashable, a atualização será lançada para dispositivos Android no final de março (o dia exato não foi revelado). Inicialmente, apenas assinantes do Gemini Advanced terão acesso.

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É verdade que só tem mosquito em lugar quente?

De forma geral, os mosquitos costumam ser bastante inconvenientes, seja por suas picadas que causam coceiras, alergias e até doenças graves, ou somente pelo barulho que fazem e pelo incômodo de ficarem em cima de nós e dos alimentos. Para piorar, eles são bastante diversos, a existem em mais de 3.500 espécies distribuídas por todo o mundo.

Porém, será que eles podem ser encontrados em qualquer lugar do mundo mesmo? Devido a sua crescente presença e proliferação nas estações e regiões mais quentes, é possível pensar que eles existem somente sob essas condições.

Contudo, isso não é totalmente verdade, uma vez que foi descoberta uma espécie de mosquito que pode sobreviver até mesmo na Antártida, podendo resistir em temperaturas de até – 15 °C.

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Separamos diversas informações a respeito das condições do qual os mosquitos conseguem viver, quais as regiões propícias e se existe algum país sortudo o bastante para não ter a presença desses insetos. Confira na matéria abaixo!

Não é verdade que somente existem mosquitos em lugares quentes, mesmo sendo mais comuns em climas com calor e umidade, que favorecem a reprodução e o desenvolvimento desses insetos. (Imagem: Pexels)

Mosquito só vive em lugar quente?

Como já adiantamos na introdução, não é verdade que somente existem mosquitos em lugares quentes, mesmo sendo mais comuns em climas com calor e umidade, que favorecem a reprodução e o desenvolvimento desses insetos.

Mesmo em locais que enfrentam frio rigoroso durante o inverno, eles ainda podem sobreviver, já que entram em estado de dormência durante essa estação, e retomam o ciclo de reprodução na primavera.

Durante o inverno, em geral, os mosquitos simplesmente morrem, pois não suportam as baixas temperaturas abaixo dos 15 °C. E as espécies só não entram em extinção porque nem todos eles estão na fase adulta nessa época do ano.

Em entrevista à revista Superinteressante, o bioquímico José Maria Soares Barata, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) explica que “durante o inverno, os ovos e as larvas do pernilongo passam a ter o metabolismo muito lento, que retoma seu desenvolvimento normal quando começa a esquentar de novo. Essas fases aquáticas são mais duradouras e resistem ao inverno”.

Quando há temperaturas elevadas, principalmente no verão, os ovos eclodem mais rápido, aumentando a população desses insetos.

De acordo com a bióloga Sirlei Antunes Morais, especialista em Entomologia e doutora em Saúde Pública pela FSP-USP, ouvida pela Superinteressante, o clima quente em algumas estações do ano nos países tropicais estimula a atividade fisiológica e comportamental dos insetos.

Nessas condições, as fases aladas obtêm energia para o voo e a reprodução por meio da alimentação, que pode incluir tanto o açúcar das plantas quanto o sangue de animais e seres humanos.

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Não existem pesquisas concretas para determinar se os animais possuem preferência de sexo, idade ou tipo sanguíneo na hora de picar os humanos. (Imagem: Freepik)

Segundo a especialista, não existem pesquisas concretas para determinar se os animais possuem preferência de sexo, idade ou tipo sanguíneo na hora de picar os humanos. O grande problema nessas épocas de grande ploriferação dos mosquitos são as espécies como o Aedes aegypti, que transmite doenças como zika, dengue, febre amarela e chikungunya.

A temperatura ideal para o organismo desses insetos varia entre 26 °C e 28 °C. Quando expostos a temperaturas abaixo de 15°C, entram em estado de hibernação, enquanto o calor acima de 40°C pode ser fatal para eles.

Existe apenas um país em todo o mundo que não possui nenhuma espécie de mosquito: a Islândia. Mesmo não sendo o local mais frio do mundo, os pesquisadores dizem que isso acontece pelas particularidades do clima do país, que pode mudar de forma repentina. Em regiões de muito frio, a pupa hiberna sob o gelo durante o inverno, e choca como um mosquito quando o gelo derrete na primavera.

Já os invernos islandeses são variáveis, podendo haver um aumento repentino de temperatura, causando um degelo, e logo depois uma queda da temperatura, que congelaria tudo novamente. Com isso, as mudanças no clima da Islândia são tão rápidas que o mosquito não tem tempo suficiente para completar seu ciclo de vida.

Porém, com as mudanças climáticas, pode ser que em algum momento o país comece a ter mosquitos, já que os insetos teriam uma chance maior de se reproduzir sem que o tempo frio atrapalhasse.

Diversas regiões frias contam com populações de mosquitos, como a Noruega, a Dinamarca, o norte da Escandinávia e a Groelândia. (Imagem: Stanislav71/Shutterstock)

Quais lugares frios têm mosquitos?

Diversas regiões frias contam com populações de mosquitos, como a Noruega, a Dinamarca, o norte da Escandinávia e a Groenlândia. Contudo, nesses locais as espécies são reduzidas: existem dois tipos na Groelândia, 28 na Noruega e 28 na Grã-Bretanha, por exemplo.

Há regiões com muito mais tipos, sendo que cerca de 50% das espécies são endêmicas globalmente, de acordo com um artigo publicado no Journal of Medical Entomology, da Oxford Academic.

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O único país do mundo onde não existem mosquitos é na Islândia. (Imagem: Unsplash)

O artigo ainda explica que lugares como o Brasil, a Indonésia, a Malásia e a Tailândia, por exemplo, possuem os maiores números de espécies de mosquitos, sendo que o Brasil também está na lista das nações com os maiores números de tipos endêmicos. Então, quando comparados com essas regiões, os países frios contam com muito menos desses insetos – o que não significa que eles não existem.

Como dissemos acima, o único país do mundo que não tem mosquitos é a Islândia. Porém, o que surpreende mesmo é saber que, até mesmo na Antártida, podemos nos deparar com essas criaturas.

Contudo, o risco lá é muito menor, já que existe apenas uma única espécie que sobrevive nessas condições extremas: o Belgica antarctica. Eles são pouco maiores do que uma pulga, e não voam, porque perder as asas ajuda a evitar a perda de calor. Além disso, vivem na parte oeste da Península Antártica, e seu ciclo de vida dura dois anos.

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Belgica antarctica é o único mosquito da Antártida e tem a particularidade de não voar. Imagem: WoRMS (CC BY-NC-SA 4.0) / Divulgação

Outra característica interessante é que eles desenvolveram mecanismos de sobrevivência para suportar o frio extremo no inverno, e podem sobreviver abaixo de temperaturas de até – 15 °C, além da perda de até 70% da água em suas células.

Em seu sangue estão substâncias químicas que estabilizam proteínas e membranas ao se ligar a elas. A espécie ainda é útil para a ciência, podendo dar pistas científicas sobre os processos de criopreservação.

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Caças chineses terão antena inovadora que ajuda a aumentar a ‘invisibilidade’

Engenheiros chineses desenvolveram uma nova antena ultraplana e compacta que pode melhorar as capacidades de comunicação e navegação dos caças de última geração ao mesmo tempo em que reduzem a detectabilidade por radar. Detalhes da tecnologia foram revelados pelo South China Morning Post na última sexta-feira (28).

Superando desafios relacionados à miniaturização de antenas, os pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia Eletrônica da China (UESTC) desenvolveram um modelo com altura de apenas 0,047 vezes o comprimento de onda de baixa frequência. Tal característica foi essencial para combinar com o perfil cada vez mais plano das aeronaves de combate.

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Fase da Lua hoje: 04/03/2025

Hoje, 4 de março de 2025, a Lua está na fase Nova, está 22% visível e crescendo. Faltam 2 dias para a Lua Crescente. Confira o calendário completo de fases da Lua em março.

As informações sobre as fases da Lua do mês de março são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Lua hoje: confira as próximas fases

As fases da Lua no mês de março de 2025 começam já no dia 6 com a chegada da Lua Crescente e o fim da Lua Nova de fevereiro. A mudança ocorre às 13h33.

Já no dia 14 é a vez da Lua Cheia, às 03h55. A Lua Minguante surge às 8h32 do dia 22 do mês. As fases da Lua do mês de março de 2025 contaram ainda com a Lua Nova, no dia 29 às 08h00.

Lunação: a cada 29,5 dias (em média), a Lua inicia um ciclo lunar, que começa na fase nova e se encerra na minguante. Imagem: Elena11 – Shutterstock

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Calendário fases da lua março de 2025

  • Lua Crescente: dia 6 às 13h33
  • Lua Cheia: dia 14 às 03h55
  • Lua Minguante: dia 22 às 8h32
  • Lua Nova: dia 29 às 08h00

O que é o ciclo lunar?

Uma lunação ou ciclo lunar, como é chamado o intervalo de tempo entre luas novas, é sutilmente variável, com média de duração de 29,5 dias. Durante esse período, ela passa pelas quatro fases principais (nova, crescente, cheia e minguante), e cada uma se prolonga por aproximadamente sete dias.

Também existem as “interfases”: quarto crescente e crescente gibosa (entre as fases nova e cheia) e minguante gibosa e quarto minguante (entre a cheia e a minguante).

Qual a fase da Lua hoje?

Hoje a Lua está na fase Nova.

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Jogos de hoje (04/03/25): onde assistir futebol ao vivo e horários das partidas

Confira aqui, no Olhar Digital, onde assistir, ao vivo, às partidas de hoje, 04 de março de 2025. Veja, a seguir, os horários dos jogos de hoje, com atenção especial para as partidas da Libertadores, da Sul-Americana e da Champions League.

Confira, a seguir, os jogos desta terça-feira (4) (horário de Brasília):

Onde assistir aos jogos de hoje e horários das partidas (04/03/25)

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Futebol ao vivo: conheça aplicativos para assistir aos jogos pelo celular

Futebol é uma paixão nacional. Por isso, nada mais natural do que ver a internet popularizando o acesso aos campeonatos nacionais e internacionais no Brasil. Com as mudanças da tecnologia, ficou bastante fácil assistir a jogos de futebol ao vivo e online no seu celular.

Filmes e séries, por exemplo, já podem ser assistidos a qualquer hora e em qualquer lugar, graças aos serviços de streaming. Mas não são apenas essas produções que podem se beneficiar das ferramentas modernas: os esportes também. Assim, já é bastante fácil assistir a jogos de futebol ao vivo e online, seja do seu celular ou do computador.

Olhar Digital preparou um artigo especial ensinando como fazer para acompanhar os principais campeonatos de futebol — nacionais e internacionais, de clubes ou seleções — diretamente do celular ou computador via streaming ao vivo. Confira aqui como assistir aos jogos ao vivo!

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Queimadura por limão: como e por que acontece?

Seja para dar um toque especial à caipirinha, realçar o sabor de um prato ou até reforçar a imunidade, o limão é um ingrediente versátil e indispensável. No entanto, seu uso descuidado pode trazer riscos: quando em contato com a pele e exposto ao sol, pode causar queimaduras graves.

Apesar dos inúmeros benefícios – como ser rico em fibras, vitamina C e antioxidantes –, o limão exige atenção. Seu suco, tão valorizado na culinária e nos bares, pode se tornar um vilão se não for manuseado corretamente. A dica é especialmente importante nos dias de verão à beira-mar ou em volta da piscina.

Como e por que o limão pode causar queimaduras? 

É comum que se manuseie o limão com as mãos desprotegidas. E, quando há contato da polpa da fruta com a pele, seguida de exposição solar, pode haver a conhecida queimadura de limão, considerada por dermatologistas como um tipo de dermatite. 

Manchas avermelhadas podem surgir, causando ardência e coceira. Em casos mais graves, gerar bolhas e causar febre. Após tratar a lesão, a mancha tende a ficar mais escura, com um tom amarronzado, no entanto tende a sumir com o tempo. 

Isto acontece porque o fruto de origem asiática contém compostos fotossensíveis, ou seja, quando em contato com a pele e expostos à radiação solar sofrem uma reação causando lesões na epiderme. 

Outro elemento também é responsável pela queimadura: as furocumarinas. Presente em muitas plantas, sementes e frutos, esses compostos orgânicos funcionam como uma defesa química natural contra predadores. Mas, quando expostos à luz UVA, podem ser tóxicos. 

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O que fazer após a queimadura com limão?

Como em muitos casos, o melhor remédio é a prevenção. Evite manusear o limão em áreas onde há exposição solar. E, caso aconteça, lave as mãos logo em seguida. 

No entanto, caso haja a queimadura, também é recomendado lavar abundantemente o local com água fria e sabão neutro, isso impede que as substâncias continuem a agredir a pele.

Após a higienização, compressas frias e o uso de cremes ou loções calmantes, como as que contenham aloe vera na fórmula, também são indicados. E evite coçar ou esfregar a região, bem como tomar sol nos dias seguintes à lesão. 

É importante frisar que se a dor for muito intensa e persistente, e a lesão apresentar bolhas, procure um médico. 

As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.

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Os 10 simuladores mais estranhos lançados recentemente

Os simuladores são um dos gêneros mais antigos dos games. Eles começaram a se popularizar ainda nos anos 90, e hoje estão entre os que mais recebem títulos regularmente. Além disso, muitos são responsáveis por grandes manias entre os streamers, como foi o caso de Supermarket Simulator, que acabou gerando uma série de títulos similares.  

E com a popularidade do gênero em alta, são diversos os games que abusam da criatividade e chegam a ser um tanto inusitados. Como, por exemplo, jogos que colocam como um adestrador de animais, ou outros mais “diferentões” que obrigam você a ser um “limpador de cena de crimes”. Hoje o Voxel traz uma lista com os 10 simuladores mais estranhos que foram lançados recentemente. Confira!

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Redmagic faz sorteio global de smartphone gamer muito potente; saiba como participar

A Redmagic promove um sorteio global de um dos seus smartphones mais poderosos, o Redmagic 10 Pro. O sorteio ocorre até 09 de março e qualquer pessoa pode participar, desde que siga o regulamento, podendo levar um smartphone com chip Qualcomm e bateria parruda.

Embora não seja tão conhecido assim, o Redmagic 10 Pro é um aparelho topo de linha da companhia, que trabalha com chip Snapdragon 8 Elite. Internamente, há opções de 12 a 24 GB de memória RAM, além de um espaço interno caprichado de até 1 TB para os gamers que não querem desinstalar os jogos com frequência.

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Pesquisa sobre doença de Chagas é retomada após liberação de verba dos EUA

Pesquisadores brasileiros retomaram uma pesquisa crucial sobre a doença de Chagas, uma infecção parasitária que ainda ameaça milhões de pessoas na América Latina.

A iniciativa faz parte do projeto Centro São Paulo-Minas Gerais (SaMiTrop) para Tratamento da Doença de Chagas, liderado pela professora Ester Sabino, da USP (Universidade de São Paulo), com financiamento do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH).

A pesquisa havia sido interrompida devido à falta de recursos, o que impactou diretamente os avanços na busca por novos tratamentos. No entanto, a recente liberação de financiamento pelo NIH traz uma nova perspectiva para o desenvolvimento de métodos mais eficazes de detecção e tratamento da doença.

Causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, a doença de Chagas continua sendo um desafio de saúde pública, podendo levar a complicações cardíacas e digestivas graves. Com a retomada dos estudos, os pesquisadores esperam aprimorar os métodos de detecção e desenvolver tratamentos mais eficazes.

Brasil retoma pesquisa sobre Chagas com apoio dos EUA

A volta das pesquisas sobre a doença de Chagas com o apoio dos Estados Unidos traz uma dose de esperança, mas também incertezas. Embora o financiamento represente um passo importante, ainda é cedo para afirmar quais avanços concretos poderão ser alcançados.

Trabalho do projeto SAMI-Trop, retomando pesquisas sobre a Doença de Chagas (Imagem: imtfmusp/USP/Divulgação)

Apesar da retomada, o caminho para novos tratamentos e diagnósticos mais eficazes ainda parece longo. A doença de Chagas é uma infecção complexa e silenciosa, o que dificulta sua detecção precoce. Com o novo apoio financeiro, os cientistas buscam aprimorar as abordagens existentes, mas os resultados podem levar tempo para serem visíveis, especialmente nas regiões mais afetadas.

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Além de desenvolver tratamentos mais eficazes, o projeto também busca compreender melhor os fatores que influenciam a transmissão do parasita. No entanto, a complexidade da doença e as diversas variáveis envolvidas tornam difícil prever os impactos das novas estratégias. A expectativa é que, com o tempo, os estudos ajudem a moldar um cenário mais otimista no combate à doença.

Retomada dos pagamentos traz alívio temporário

Dias após o bloqueio dos recursos, a pesquisadora Ester Sabino leu na imprensa americana que várias ações do governo Trump estavam sendo contestadas judicialmente. Um juiz determinou o desbloqueio dos fundos da agência de saúde dos Estados Unidos, permitindo que a pesquisadora submetesse uma nova ordem de pagamento. Poucos dias depois, o valor de US$ 50 mil foi liberado, e os trabalhos do projeto SaMI-Trop foram retomados.

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Trypanosoma cruzi: parasita da Doença de Chagas volta ao foco do projeto SAMI-Trop (Imagem:Corona Borealis Studio/Shutterstock)

Apesar desse avanço, o Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH) – referência global em pesquisas biomédicas – enfrenta forte pressão para se adaptar às novas diretrizes do governo Trump. Sem garantias de continuidade para projetos de longo prazo, o cenário segue instável: mais de mil funcionários foram demitidos e diversas atividades científicas estão paralisadas.

Há preocupações em relação ao impacto que o processo de revisão do financiamento pode ter na continuidade da pesquisa. Apesar do alívio por não haver mais a urgência de resolver a falta de recursos, persiste a apreensão sobre a viabilidade de manter o andamento do projeto a longo prazo.

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Por que não conseguimos fazer cócegas em nós mesmos? A ciência explica!

As cócegas são uma sensação curiosa: podem ser divertidas, mas também desconfortáveis. E, por mais que tente, você nunca consegue fazer cócegas em si mesmo. O motivo? Seu cérebro já sabe o que vai acontecer e ignora a sensação antes mesmo de senti-la.

Segundo o neurocientista David Eagleman, da Universidade de Stanford, o cérebro não reage apenas ao presente, mas também prevê o futuro. Quando tentamos nos fazer cócegas, o sistema nervoso antecipa o estímulo e reduz sua resposta, tornando a sensação ineficaz.

Esse mecanismo é essencial para evitar distrações com estímulos previsíveis e permitir que o cérebro se concentre no inesperado. É por isso que, quando outra pessoa nos faz cócegas, o toque ativa áreas ligadas à surpresa e ao riso involuntário, tornando a experiência bem diferente.

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O cérebro prevê antes de sentir

Sempre que você faz um movimento, seu cérebro não apenas comanda os músculos, mas também avisa antecipadamente outras áreas responsáveis pelas sensações. Esse aviso prévio, chamado de “cópia de eferência”, evita que o corpo se surpreenda com suas próprias ações.

Cócegas podem ter evoluído como um mecanismo de defesa? Nosso cérebro reage ao toque inesperado para nos proteger (Imagem: fizkes/Shutterstock)

Se você pega um lápis, o cérebro envia sinais para a mão e, ao mesmo tempo, informa o córtex somatossensorial e o córtex visual sobre o que está prestes a acontecer. Dessa forma, o toque e a visão do lápis são percebidos como esperados, sem causar reações exageradas.

O mesmo ocorre com as cócegas: como o cérebro prevê o toque autoinduzido, ele reduz sua intensidade, tornando a sensação ineficaz. Esse mecanismo, além de curioso, é essencial para que o corpo controle melhor seus sentidos e reaja apenas a estímulos inesperados.

O cérebro foca no inesperado

O cérebro ignora estímulos previsíveis para priorizar o que pode ser relevante. Por exemplo, se você fecha a porta de um carro e escuta um som diferente do esperado, seu cérebro percebe o erro imediatamente. Essa capacidade de detectar mudanças foi destacada pelo neurocientista David Schneider, da Universidade de Nova York, em entrevista à revista especializada Live Science.

O cérebro antecipa, bloqueia e até decide quando as cócegas viram risada (Imagem: Alexander Supertramp/Shutterstock)

O mesmo acontece com sons repetitivos, como passos. O cérebro reduz a percepção dos próprios movimentos, mas se alguém caminha atrás de você, a atenção se volta para esse novo estímulo. Como explicou Schneider, isso ocorre porque mudanças inesperadas podem representar riscos à sobrevivência.

Esse fenômeno não é exclusivo dos humanos. Pesquisas com camundongos mostram que seus cérebros quase não reagem ao som de seus próprios passos. No entanto, quando um ruído idêntico vem de uma fonte externa, a resposta neural é intensa.

No fim, seja em humanos ou em animais, o cérebro funciona como um filtro, priorizando o que realmente importa – seja uma ameaça ou apenas uma surpresa.

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