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8 erros que motoristas cometem e podem danificar o carro

Manter um veículo em bom estado exige mais do que apenas abastecê-lo e lavá-lo regularmente. Muitos motoristas, mesmo sem perceber, cometem erros que danificam o carro e comprometem sua durabilidade e segurança.

Pequenos hábitos diários podem causar desgastes prematuros, reduzir a eficiência do veículo e resultar em reparos caros. Alguns desses erros estão relacionados à forma como dirigimos, enquanto outros são fruto de negligência na manutenção preventiva.

A boa notícia é que, ao identificar e corrigir esses maus hábitos, é possível aumentar a vida útil do carro e evitar gastos desnecessários. Listamos oito erros comuns cometidos por motoristas que podem danificar o carro. Confira quais são e como evitá-los para garantir um automóvel sempre em boas condições de uso.

8 erros cometidos por motoristas que danificam o carro

Ignorar a troca de óleo no prazo correto

O óleo lubrificante é essencial para o funcionamento adequado do motor, pois reduz o atrito entre as peças e evita superaquecimentos. Ignorar a troca dentro do prazo especificado pelo fabricante pode resultar no acúmulo de impurezas, aumentando o desgaste do motor e reduzindo sua eficiência.

Como evitar: consulte o manual do veículo para saber a periodicidade recomendada e verifique regularmente o nível e a qualidade do óleo.

Dirigir com o carro na reserva com frequência

Muitos motoristas têm o hábito de rodar com o tanque na reserva, mas isso pode prejudicar a bomba de combustível. Quando o nível está baixo, a bomba pode aspirar impurezas acumuladas no fundo do tanque, obstruindo o sistema de alimentação e reduzindo sua vida útil.

Como evitar: evite deixar o nível de combustível abaixo de um quarto do tanque.

Luz de aviso de combustível vazio no painel do carro/Shutterstock-Foto Narong Khueankaew

Passar por lombadas e buracos sem reduzir a velocidade

Passar por lombadas e buracos em alta velocidade pode causar danos sérios à suspensão, rodas e pneus. O impacto excessivo pode desalinhar o carro, comprometer o sistema de amortecimento e até mesmo resultar em rachaduras nos pneus.

Como evitar: reduza a velocidade ao se aproximar de irregularidades na pista e, sempre que possível, desvie de buracos.

Descansar o pé na embreagem

Manter o pé apoiado no pedal da embreagem enquanto dirige pode acelerar o desgaste do sistema, pois causa atrito desnecessário entre o disco e o platô. Isso pode levar à necessidade de uma troca prematura do conjunto da embreagem.

Como evitar: utilize a embreagem apenas para trocar marchas e mantenha o pé apoiado no assoalho quando não estiver acionando o pedal.

Imagem ilustrativa de pedais do carro: freio, acelerador e embreagem, fatores que danificam
(Imagem: wk1003mike / Shutterstock)

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Dirigir com o motor frio em altas rotações

Quando o motor está frio, o óleo ainda não lubrificou completamente todas as peças. Acelerar bruscamente logo após dar a partida pode causar desgastes prematuros no motor e aumentar o consumo de combustível.

Como evitar: aguarde alguns minutos após ligar o carro antes de exigir altas rotações do motor.

Usar o freio de maneira brusca constantemente

Frear bruscamente com frequência desgasta as pastilhas e discos de freio mais rapidamente, além de aumentar o consumo de combustível. Esse hábito também pode comprometer a estabilidade do carro, especialmente em superfícies molhadas.

Como evitar: mantenha uma distância segura dos outros veículos e antecipe suas frenagens para reduzir a necessidade de paradas bruscas.

Esquecer de calibrar os pneus regularmente

Rodar com pneus descalibrados pode afetar o consumo de combustível, reduzir a estabilidade do veículo e causar desgaste irregular dos pneus, diminuindo sua vida útil.

Como evitar: verifique a pressão dos pneus ao menos uma vez por semana e siga as recomendações do fabricante.

pessoa calibrando o pneu de um carro
(Imagem: Freepik)

Deixar de fazer a manutenção preventiva

A manutenção preventiva é essencial para garantir o bom funcionamento do carro. Ignorar revisões periódicas pode resultar em problemas mecânicos graves, aumentando o risco de falhas inesperadas e custos de reparação elevados.

Como evitar: siga o cronograma de manutenção recomendado pelo fabricante e realize inspeções periódicas em oficinas especializadas.

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Quer editar fotos e retocar selfies? Veja como usar o AirBrush

É comum querer fazer ajustes para aprimorar a foto logo após capturá-la. Para isso, existe um aplicativo simples e prático que pode ser utilizado em celulares Android e iOS (iPhone), o AirBrush. Nas próximas linhas, o Olhar Digital traz mais detalhes sobre o editor de fotos e mostra como utilizá-lo. Continue a leitura e confira!

O que é o AirBrush?

O AirBrush é um editor de fotos que possui ferramentas para a realização de retoques de imagem por meio de inteligência artificial (IA). Dessa maneira, a pessoa pode utilizá-lo para alterar a tonalidade do cabelo e até mesmo retirar itens indesejados do cenário onde a fotografia foi feita. 

O aplicativo também permite gerar imagens com IA, sendo ideal para criar fotos para currículos ou perfis profissionais, como no LinkedIn.

Qualquer pessoa com um celular pode utilizar o aplicativo de forma gratuita. Basta acessar a loja de aplicativos do Google ou da Apple para baixá-lo.

Entretanto, se quiser contar com recursos extras e funções aprimoradas de edição, é necessário assinar a versão paga do AirBrush. Ela custa aproximadamente R$ 7,49 por mês (R$ 89,90 ao ano). Também há a opção de testar de forma gratuita durante 7 dias. 

Leia mais:

Como usar o AirBrush: passo a passo

A seguir, confira o passo a passo detalhado para você utilizar o AirBrush e deixar as suas fotos ainda mais bonitas. 

Tempo necessário: 5 minutos

  1. Instale o app por meio da Play Store ou Apple Store

    Em seguida, abra o aplicativo.

  2. Pode ser que apareça uma tela para você assinar um plano pago. Caso não queira, basta clicar no ‘X’ no canto superior esquerdo

    Na sequência, permita que o app acesse sua galeria de fotos.
    Segundo passo para usar o AirBrush

  3. Leia os Termos de Serviço e a Política de Privacidade. Toque em ‘Aceitar ambos’ e, depois, em ‘Continuar’

    Passo 3 para usar o AirBrush

  4. Para tirar uma foto você só precisa clicar no ícone de câmera e permitir que o app capture imagens

    Passo 4 para usar o AirBrush

  5. Se não quiser tirar a foto no app, é possível selecionar uma da galeria do celular

    As fotos estarão nas opções “Recentes”, “Câmera”, “Download”, “WhatsApp” e outras na parte superior da tela. Passo 5 para usar o AirBrush

  6. Após selecionar a foto, na parte de editar você consegue recortar a imagem, desfocar o fundo, ajustar brilhos e sombras

    Passo 6 para usar o AirBrush

  7. Já na janela “Embeleza” é possível alterar a cor do cabelo, aplicar maquiagens e muito mais

    Passo 7 para usar o AirBrush

  8. Há ainda as opções de “Filtros”, “Presets” e “Efeitos” que podem incrementar a imagem

    Passo 8 para usa o AirBrush

  9. Outra função é a “Imagem de IA”, que fornece outros filtros

    Para usar essa ferramenta é necessário conceder uma permissão, enviando a sua foto para os servidores do app. 

  10. Na opção ‘Fundo’, é possível alterar o cenário

  11. Em texto você pode adicionar frases na imagem

  12. No “Meu Kit” é possível acrescentar os seus recursos preferidos para edição, facilitando o acesso a eles

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Por que nós arrotamos? Entenda o comportamento do corpo humano

O arroto é uma massa gasosa que escapa do nosso esôfago para a faringe de forma repentina, sendo uma forma do corpo liberar o excesso dos gases que se acumulam no estômago. É um mecanismo natural e importante para a saúde, que pode acontecer até 30 vezes por dia em uma pessoa comum, principalmente se for consumido algumas bebidas gaseificadas ou certos alimentos.

Apesar de ser um processo biológico normal do corpo humano, o ato de arrotar pode ser visto em algumas culturas e situações como falta de educação. Já em alguns locais e culturas, arrotar depois de uma refeição é considerado um sinal de boa educação e satisfação pela comida. Em algumas situações, arrotar pode ser indício de que o corpo está saudável, e outros, de que existe algo de errado.

Seja como for, o arroto é um processo curioso que acontece em nosso corpo. Mas, você sabe o porque e como arrotamos, e também quais doenças podem contribuir para arrotarmos mais? Saiba tudo na matéria abaixo.

Arrotar é uma forma que o corpo tem de liberar o excesso de gases que estão acumulados em nosso estômago, agindo como um regulador natural do corpo. (Imagem: Freepik)

Por que nós arrotamos? A ciência explica

Como dito anteriormente, arrotar é uma forma que o corpo tem de liberar o excesso de gases que estão acumulados em nosso estômago, agindo como um regulador natural do corpo. Sem ele, o estômago poderia acumular muito dióxido de carbono, aumentando a sua pressão. Quando arrotamos, o ar sobe do estômago e faz vibrar a válvula que fica entre o esôfago e a boca.

Leia mais:

A massa gasosa pode se acumular em nosso organismo por diversos motivos. Um deles é o ato de engolir ar sem querer (aerofagia), sendo uma das causas mais comuns. Ela pode acontecer quando a pessoa masca chiclete, bebe de canudo, fala e come ao mesmo tempo, fuma ou tem ataques de ansiedade, por exemplo. O processo é o seguinte:

  1. Ao engolir algo, como saliva, bebidas e alimentos, também engolimos ar;
  2. O ar acumula-se na parte superior do estômago, fazendo com que ele se estique;
  3. O músculo na parte inferior do esôfago relaxa;
  4. Os gases são expelidos pela boca.

Para os bebês, o arroto é bastante importante, sendo que eles precisam de ajuda para o ato. Eles costumam engolir muito ar enquanto mamam no peito e, por isso, é imporante que um adulto faça a criança arrotar antes de colocá-la para dormir. Caso contrário, ela pode passar mal, ou ter consequências como cólicas.

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Muitas vezes, alimentos não são digeridos por completo em nosso trato digestivo, fazendo com que bactérias e fungos presentes em nosso corpo acabem consumindo esses restos e produzindo gases. (Imagem: Freepik)

Pessoas adultas também podem sofrer com casos de aerofagia e falta de arrotar, como flatulência, sensação de inchaço na barriga, queimação na região do estômago e dor abdominal. Muitas vezes, em adultos, as dores causadas pelos gases podem ser confundidas com as de problemas cardíacos.

O consumo de alguns tipos de comidas e bebidas, como refrigerantes, bebidas alcoólicas e alimentos ricos em amido, açúcar ou fibras também podem causar um acúmulo de ar no esôfago. Entre eles, estão inclusos: lentilha, feijão, repolho, cebola, brócolis e banana.

Muitas vezes, esses alimentos não são digeridos por completo em nosso trato digestivo, fazendo com que bactérias e fungos presentes em nosso corpo acabem consumindo esses restos e produzindo o gás.

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Intolerância a lactose é uma das condições que pode provocar arrotos. (Imagem: Freepik)

Quais doenças contribuem para arrotarmos mais?

Além dos motivos citados, existem diversas doenças que podem causar uma maior frequência de arrotos. Geralmente, as circunstâncias que geram arrotos excessivos tem relação com o estômago, duodeno, vesícula biliar e esôfago.

Entre elas estão o refluxo gastroesofágico crônico (GERD), a dispepsia e o transtorno de ruminação. Além disso, pessoas com intolerância à lactose e doença celíaca também podem ter mais episódios de arrotos e flatulências.

Algumas doenças que podem causar arrotos:

  • Refluxo gastroesofágico: o ácido do estômago volta para o esôfago, causando azia e arrotos; 
  • Hérnia de hiato: o estômago se desloca para o tórax, dificultando o controle do refluxo ácido; 
  • Gastrite: o revestimento do estômago fica irritado; 
  • Úlcera gástrica: pode ser causada por uma infecção do estômago pela bactéria Helicobacter pylori;
  • Intolerância à lactose: pode causar excesso de gases e arrotos; 
  • Síndrome do intestino irritável (SII): pode causar cólicas abdominais, inchaço e diarreia ou constipação.

Contudo, o ato de arrotar só precisa se tornar motivo de preocupação caso ele se torne muito repetitivo e comece a afetar a rotina, causando desconforto ou constrangimentos, por exemplo. Caso isso aconteça, é preciso procurar um médico para tratar a doença que esteja causando o problema, caso ela exista. O uso de medicamentos pode ser outra medida usada para ajudar a combater esses quadros.

Caso a pessoa esteja com o estômago muito distendido e com dificuldade em arrotar, ela pode deitar do lado esquerdo para ajudar na expulsão do gás. Para diminuir a formação dos gases no estômago, também é recomendável a adoção de uma dieta equilibrada, reduzindo o consumo dos alimentos que podem aumentar a produção do elemento.

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A gastrite é outra condição de saúde que pode causar arrotos. (Imagem: Freepik)

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Videochamadas em 3D? É o que Google e HP querem; entenda

O Google, em parceria com a HP, está prestes a revolucionar as videochamadas com tecnologia que promete aproximar as pessoas de forma muito mais natural – sem a necessidade de óculos ou fones de ouvido.

O Projeto Starline, como é chamado, deve lançar, ainda este ano, uma plataforma de comunicação 3D que visa recriar a sensação de estarmos no mesmo ambiente, mesmo estando a quilômetros de distância.

Durante os últimos anos, as videochamadas se popularizaram, especialmente em meio à pandemia, mas, também, passaram a ser encaradas como algo exaustivo e impessoal.

Demonstrações indicam que dispositivo pode parecer bem real (Imagem: Reprodução/YouTube/Google)

É justamente para transformar essa realidade que o Google e a HP apostam no Starline, que já demonstrou resultados surpreendentes em testes realizados na sede da HP, em Palo Alto, Califórnia (EUA), segundo o The Wall Street Journal.

Em experiência marcante, mesmo sabendo que a pessoa na tela não estava fisicamente presente, o efeito 3D foi tão convincente que, ao ver uma mão se estendendo com uma maçã, a sensação foi de que o objeto poderia realmente cair em seu colo, descreve o periódico.

Como funciona a videochamada 3D de Google e HP?

  • Na demonstração, uma inteligência artificial (IA) processou imagens provenientes de seis câmeras posicionadas em cada extremidade do ambiente, gerando um vídeo 3D em tempo real;
  • Utilizando monitores especiais – os chamados lightfield displays –, a tecnologia consegue simular profundidade ao projetar ângulos de visão distintos para cada olho;
  • Além disso, o sistema monitora os movimentos da boca e dos ouvidos, garantindo que o som pareça originar-se exatamente da posição dos lábios, mesmo quando os participantes se movem;
  • Importante notar que essa experiência requer equipamentos específicos, não funcionando em monitores ou notebooks convencionais.

Desenvolvido a partir dos experimentos do Google Labs, o Starline é compatível tanto com o Google Meet quanto com o Zoom. A inovação se vale de técnicas avançadas de compressão de dados, o que elimina a necessidade de conexões de internet super rápidas ou incomuns. No entanto, detalhes sobre os preços do hardware e do serviço permanecem em sigilo.

O principal objetivo dessa nova tecnologia é humanizar a comunicação digital. Em um mundo onde a sobrecarga de mensagens, chamadas prolongadas e redes sociais incessantes podem desgastar as pessoas, o Starline surge como tentativa de aproximar o contato humano, tornando as interações menos mecânicas e mais autênticas.

Dave Shull, presidente da HP Solutions, comentou: “Muitas iniciativas tentaram reproduzir a sensação de estarmos frente a frente durante uma videochamada, algo que sempre se mostrou difícil. Essa tecnologia começa a romper a barreira da tela e a redefinir o que pode ser a colaboração, principalmente em situações onde a linguagem corporal compõe mais da metade da mensagem transmitida.”

Estudos realizados pelo Google reforçam esse potencial: os participantes das chamadas em 3D demonstraram estar mais engajados, utilizando mais gestos com as mãos, acenos e expressões faciais, além de relatarem menor cansaço e melhor desempenho em tarefas cognitivas complexas, quando comparados às videoconferências tradicionais em 2D.

Leia mais:

Outras big techs apostam em tecnologias similares

A HP não é a única empresa investindo em soluções de videoconferência de última geração. Jeetu Patel, vice-presidente executivo e diretor de produtos da Cisco, revelou que sua empresa também vem desenvolvendo tecnologias similares há anos, incluindo plataformas capazes de transmitir vídeo 3D de uma sala de conferência para dispositivos, como o Apple Vision Pro, demonstrando que a integração entre cultura e tecnologia está em pleno desenvolvimento.

No futuro, essas inovações em vídeo e áudio espacial devem abrir um leque de possibilidades para o trabalho remoto e híbrido – desde apresentações de negócios e reuniões de equipe até processos de recrutamento e apoio em saúde mental.

Homem usando o dispositivo e conversando com uma mulher
Por enquanto, não há liberação do sistema para o público (Imagem: Reprodução/YouTube/Google)

Contudo, como toda tecnologia emergente, a popularização do Starline dependerá de sua evolução e da redução dos custos. “Estou bastante animado com a perspectiva de torná-lo mais acessível e integrá-lo a uma variedade maior de dispositivos”, afirmou Shull.

Atualmente, o Starline opera em formato de comunicação individual, mas os desenvolvedores já estão trabalhando para expandir a experiência para interações que envolvam três ou mais pessoas de maneira natural. O desafio é levar essa sensação de presença real para além das salas de conferência executivas e torná-la disponível para um público mais amplo ao longo do tempo.

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Versão alternativa de famoso soneto de Shakespeare é descoberta em manuscrito raro

Uma descoberta rara foi feita pela pesquisadora Leah Veronese, da Universidade de Oxford, na Inglaterra: uma cópia manuscrita do Soneto 116 de William Shakespeare, com adaptações significativas. 

O documento estava entre os papéis de Elias Ashmole, monarquista do século 17 e fundador do Museu Ashmolean. Relatado em um artigo publicado na revista Review of English Studies, o achado traz uma nova perspectiva sobre como o poema foi interpretado e reutilizado ao longo da história.

Veronese encontrou o manuscrito na Biblioteca Bodleian enquanto trabalhava em sua pesquisa de doutorado. O texto fazia parte de uma miscelânea, um tipo de coletânea que reúne diferentes obras literárias. Essas coleções eram comuns na época e muitas vezes refletiam debates políticos e religiosos do período.

Cópia manuscrita do Soneto 116 de William Shakespeare, com adaptações significativas, descoberta por pesquisadora inglesa. Crédito: Universidade de Oxford

O que chamou a atenção da pesquisadora foi que o soneto apresentava uma linha extra no início e não mencionava Shakespeare no catálogo da biblioteca. Esse detalhe pode ter feito com que o poema passasse despercebido por séculos. O catálogo descrevia o texto apenas como um poema “sobre constância no amor”, sem identificar sua origem.

Outro aspecto surpreendente é que essa versão do soneto foi adaptada como canção pelo compositor Henry Lawes. Embora o manuscrito encontrado traga apenas o texto, a partitura da música pode ser consultada em um livro de canções preservado na Biblioteca Pública de Nova York. Para adaptar o soneto à música, foram adicionadas sete linhas e alterados trechos do início e do final.

No texto original de Shakespeare, os versos iniciais dizem:

“Que eu não admita impedimentos para o casamento de mentes

verdadeiras; amor não é amor

Que se altera quando a alteração encontra”

Já na versão descoberta por Veronese, o poema começa de maneira diferente:

“O erro auto-cegante se apodera de todas aquelas mentes

Que com falsas denominações chamam aquele amor

Que se altera quando as alterações encontram”

Pesquisadora Leah Veronese, que encontrou o manuscrito raro de Shakespeare. Crédito: Universidade de Oxford

Leia mais:

Versos de Shakespeare têm significados que vão além do amor romântico

As mudanças podem ter sido feitas para ajustar a métrica da música, mas também permitem uma possível interpretação política e religiosa. Durante a Guerra Civil Inglesa, muitos artistas e escritores usavam metáforas para expressar opiniões sobre os conflitos entre monarquistas e republicanos.

O manuscrito encontrado estava entre outros textos carregados de significados políticos, como canções natalinas proibidas e poemas satíricos sobre a crise da década de 1640. No contexto monarquista de Ashmole, as mudanças no soneto podem ter transformado o poema em um apelo à lealdade ao rei e à constância na fé.

Segundo a professora Emma Smith, especialista em Shakespeare na Universidade de Oxford, o Soneto 116 é hoje um dos mais famosos do autor, mas não era amplamente conhecido na época. Essa nova versão mostra que os versos do escritor foram reinterpretados e politizados, ganhando significados que vão além do amor romântico.

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É tela atrás de tela! Conheça o notebook da Lenovo que tem display dobrável

A Lenovo continua a apostar em inovações para o segmento de notebooks. Após lançar modelo com tela extensível e outro alimentado por energia solar, a empresa apresentou o ThinkBook Flip, dispositivo com tela dobrável que pode alcançar 18 polegadas na posição vertical. A novidade foi anunciada durante a participação da marca na MWC 2025.

O ThinkBook Flip utiliza o mesmo painel OLED do ThinkBook Plus Gen 6, conhecido por sua tela rolável. Contudo, sem o mecanismo que encolhe a tela, o novo modelo ganha 0,4 polegadas a mais, totalizando 18,1 polegadas.

Notebook dá grande ganho de tela na vertical (Imagem: Divulgação/Lenovo)

Lenovo e sua versatilidade três em uma

Quando a tela é dobrada, o aparelho funciona como um notebook convencional de 13 polegadas, mas com a vantagem de incorporar uma segunda tela na parte traseira.

Essa configuração permite exibir conteúdo para outra pessoa, funcionando como um monitor adicional – recurso bastante interessante para o ambiente corporativo, público-alvo da Lenovo. Alternativamente, o dispositivo pode ser usado como um tablet, mantendo a tela traseira ativa enquanto a tampa está fechada.

Porém, o grande diferencial do Lenovo ThinkBook Flip surge quando a tela está completamente aberta. Com resolução de 2000 x 2664 píxeis, o notebook proporciona excelente visualização de páginas da internet e documentos, além de permitir a divisão de janelas de aplicativos de forma vertical, o que pode aumentar significativamente a produtividade.

Thinkbook Flip de perfil com a tela totalmente esticada
Dispositivo ainda não tem data de lançamento e nem preço definidos (Imagem: Divulgação/Lenovo)

Leia mais:

Recursos inovadores

  • Entre os destaques deste novo modelo está um touchpad avançado, chamado Smart ForcePad, que conta com atalhos iluminados por LEDs;
  • Essa tecnologia facilita o controle multimídia e outras funções, podendo, ainda, ser transformada em teclado numérico, compensando o tamanho reduzido do teclado físico, que não inclui essa funcionalidade;
  • Embora o Lenovo ThinkBook Flip ainda esteja em fase conceitual, as especificações já chamam a atenção: ele deverá ser equipado com processador Intel Core Ultra 7, 32 GB de RAM LPDDR5X, armazenamento via SSD PCIe, portas Thunderbolt 4 e leitor de digitais;
  • No momento, não há previsão para o lançamento comercial deste modelo.
Notebook retraído, como se fosse um tablet
Thinkbook Flip também pode ser um tablet (Imagem: Divulgação/Lenovo)

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MWC 2025: veja as principais novidades apresentadas no evento de tecnologia

Começou, na segunda-feira (3), a Mobile World Congress (MWC) 2025, em Barcelona (Espanha). No evento, empresas de tecnologia apresentam novos conceitos de dispositivos e sistemas que podem (ou não) chegar até nós. A seguir, o Olhar Digital faz um apanhado de algumas das novidades que já deram as caras por lá:

O que tem de interessante na MWC 2025?

Lente de câmera profissional em smartphones Xiaomi e Realme

As câmeras dos nossos smartphones parecem não ter fim na escalada de tamanho. No novo Xiaomi 15 Ultra, um imenso conjunto de câmeras ocupa a parte traseira, a Nothing reinventou completamente o arranjo de suas lentes para incluir um periscópio no Phone 3A Pro e circulam rumores de que até a Apple pretende acoplar uma barra robusta de câmeras na traseira dos modelos iPhone 17 Pro ainda este ano.

Mas por que parar por aí? Imagine se pudéssemos incorporar todo o peso e robustez de uma câmera profissional no seu telefone. E se a câmera do seu aparelho pudesse ser transformada em algo muito maior?

Foi exatamente essa a aposta tanto da Xiaomi quanto da Realme na MWC 2025. As duas empresas apresentaram smartphones conceituais totalmente diferentes, que buscam reduzir a distância entre a portabilidade dos smartphones e a qualidade de uma DSLR.

Lente de DSLR é compatível com no Xiaomi 15 Ultra (Imagem: Divulgação/Realme)

Realme

  • Segundo o The Verge, a proposta da Realme remete a algo já conhecido;
  • Seu “conceito de lente intercambiável” acopla lente completa de DSLR à ilha de câmeras do seu aparelho conceitual – ideia que lembra proposta que a Xiaomi já exibiu em 2022;
  • Esse modelo exclusivo, que não se baseia nos smartphones atuais da Realme, conta com duas câmeras convencionais na traseira, somadas a um sensor customizado do tipo de uma polegada da Sony, que, inicialmente, vem sem lente acoplada, permitindo ao usuário inserir a sua própria via montagem proprietária;
  • Essa abordagem assemelha-se àquela adotada por empresas, como a Moment, que, há anos, oferecem lentes personalizadas para acoplar nas câmeras dos smartphones.

No conceito da Realme, o sistema foi pensado para funcionar com duas lentes: uma de 73 mm para retratos e outra telefoto de 234 mm. Para o Verge, após testes, anexar uma lente telefoto tão imponente em uma extremidade do aparelho desestabiliza o equilíbrio, tornando a experiência pouco prática.

A Realme optou por utilizar uma montagem padrão M, o que, em teoria, permitiria a conexão de qualquer lente compatível – vantagem que seria bastante atrativa se o produto fosse lançado comercialmente.

Na prática, porém, a compatibilidade pode ser limitada, já que a empresa adaptou seu aplicativo de câmera para suportar essas duas lentes específicas. Ressalte-se que essa conexão é puramente mecânica, sem suporte para lentes com autofoco ou funções além do modo manual.

Xiaomi

Enquanto a Realme aposta na ideia de lente intercambiável que se integra à ilha de câmeras, a Xiaomi apresenta abordagem que soluciona alguns desses problemas – mas que, também, traz seus próprios desafios.

Seu Sistema Óptico Modular é construído a partir de versão customizada do Xiaomi 15, que conta com um anel de ímãs inspirados no Apple MagSafe na parte traseira.

Uma lente separada se fixa nesse ponto magnético central, mas, crucialmente, vem equipada com seu próprio sensor, rompendo as limitações do hardware interno do aparelho. Trata-se, assim, de versão moderna e magnética de uma ideia que lembra as efêmeras câmeras QX da Sony, que podiam ser acopladas à parte traseira de qualquer telefone.

A lente apresentada pela Xiaomi é uma 35 mm com abertura de f/1.4, equipada com sensor do tipo 4/3 de 100 megapixels – significativamente maior do que os sensores encontrados em qualquer smartphone, inclusive no conceito da Realme.

Estande da Xiaomi na MWC 2025
Empresa apresenta outros conceitos no evento (Imagem: Xiaomi)

Esse sensor maior permite captar mais luz, o que, em teoria, se traduz em fotos de melhor qualidade. Daniel Desjarlais, diretor de comunicações internacionais da Xiaomi, comentou com o Verge que a possibilidade de integrar um sensor maior é a principal motivação por trás desse formato inovador.

Dentro do anel magnético, dois contatos ajudam não apenas no alinhamento perfeito da lente, mas, também, gerenciam a transferência de energia e dados via um sistema óptico de 10 Gbps, batizado de LaserLink pela Xiaomi.

Ao contrário da conexão física da Realme, essa tecnologia permite que a lente opere com autofoco – embora a Xiaomi tenha mantido um anel de foco manual para ajustes mais precisos. As imagens, por sua vez, são processadas pelo software de imagem do próprio telefone, garantindo consistência no estilo visual com as demais fotos capturadas pelo dispositivo.

Outro ponto positivo do sistema modular da Xiaomi é a possibilidade de acoplar a lente no centro do aparelho ao invés de sobrepor ao módulo de câmera já existente. Esse design proporciona equilíbrio muito superior, tornando o dispositivo mais confortável para segurar e usar.

A fixação e remoção da lente ocorre com único movimento rápido e a ausência de uma montagem intermediária resulta em conjunto mais compacto do que o proposto pela Realme.

Leia mais:

Samsung e suas telas dobráveis

O grupo de displays da Samsung apresentado na MWC 2025 parece ter seguido a linha de “dobra e desdobra“, apresentando conceitos inovadores de telas dobráveis, como uma maleta com tela integrada e um console portátil de jogos dobrável.

Naturalmente, a Samsung Display é uma fabricante de telas e esses conceitos são apenas demonstrações do potencial de suas tecnologias caso sejam incorporadas por outros fabricantes.

Mas, segundo o Verge, mesmo assim, os protótipos são impressionantes e fizeram grande sucesso entre os visitantes da MWC 2025, que precisavam ser lembrados diversas vezes para não tocar nos aparelhos. Isso vale especialmente para o protótipo do console portátil no estilo Nintendo Switch, que se abre totalmente plano e se dobra ao meio para facilitar o armazenamento após o uso.

O Verge ainda traz que outro conceito que chamou a atenção no estande da Samsung na MWC 2025 foi um smartphone no estilo Samsung Galaxy Z Flip, assimétrico. Quando totalmente aberto, ele se assemelha a uma tela convencional, mas ao fechar, suas duas dobradiças deixam uma parte da tela interna exposta.

A Samsung apresentou uma série de outros exemplos e conceitos em seu estande, alguns dos quais já tínhamos visto na CES 2025. Se você consegue imaginar uma tela que se estica, se dobra ou se flexiona de alguma forma, a Samsung Display provavelmente tem um conceito nesse estilo.

Estande da Samsung na MWC 2025
Sul-coreana também trouxe várias novidades (Imagem: Divulgação/Samsung)

Nothing 3A

Os smartphones Nothing 3A foram anunciados recentemente, trazendo nova interpretação ao lema da empresa de “tornar a tecnologia mais divertida novamente”. Com hardware aprimorado em relação ao Phone 2A, câmeras atualizadas e recurso inovador chamado Essential Space, os aparelhos permitem armazenar e indexar capturas de tela, notas de voz e fotos diversas por meio de botão exclusivo.

Com preços a partir de US$ 379 (R$ 2,21 mil, na conversão direta) para o 3A e US$ 459 (R$ 2,68 mil) para o 3A Pro, os dispositivos apresentam especificações sólidas para a faixa intermediária — além de oferecerem uma amostra do que a Nothing vem desenvolvendo para este momento tão focado em IA.

O Verge aponta que a principal distinção entre o 3A e o 3A Pro está nas câmeras, perceptível à primeira vista. No 3A Pro, a proeminente estrutura redonda da câmera abriga lente telefoto periscópica com zoom de 3x, enquanto o 3A conta com zoom padrão de 2x.

Ambos os aparelhos vêm equipados com câmera principal de 50 megapixels com abertura f/1.8 e câmera ultrawide de oito megapixels. As câmeras telefoto utilizam sensores de 50 megapixels para oferecer zoom sem perda, com 4x no 3A e 6x no 3A Pro.

Com telas de 6,77 polegadas, os dispositivos são grandes e o 3A Pro se destaca por seu aspecto mais robusto devido à saliência de sua montagem de câmera. Ambos adotam o design marcante com traseira translúcida da Nothing, que confere visual ousado e ajuda a disfarçar o incômodo recesso da câmera do 3A Pro.

Os aparelhos são alimentados pelos chipsets Snapdragon 7S Gen 3, contam com 12 GB de RAM e oferecem 256 GB de armazenamento, bastante generoso para a categoria intermediária. Eles vêm com o Android 15 e a Nothing promete três anos de atualizações do sistema operacional e seis anos de patches de segurança. Atualmente, os smartphones estão sendo oferecidos nos EUA por meio do programa beta da Nothing.

Embora a interface Glyph e as tiras de LED ainda estejam presentes, a empresa parece estar direcionando seus esforços para funcionalidades de software. O Essential Space é um novo recurso que possibilita o armazenamento de capturas de tela, notas de voz e imagens, de forma semelhante ao aplicativo Pixel Screenshots, do Google.

Nothing 3A e 3A Pro já estão em pré-venda (Imagem: Reprodução/X/Nothing)

Sua galeria de fotos está cheia de imagens de momentos que você quer lembrar? Você gostaria de ter um espaço para guardar aquelas fotos inspiradoras para a reforma do banheiro? Ou precisa de um lugar para arquivar informações de um e-mail que você sempre precisa procurar?

Essa é a ideia por trás do Essential Space. Ao salvar seus arquivos nele, o sistema utiliza IA para extrair informações relevantes e organiza tudo o que, de outra forma, ficaria disperso pelo seu aparelho.

Atualmente, a funcionalidade do Essential Space é simples, mas a Nothing já planeja implementar mais recursos, como um modo que inicia a gravação de uma nota de voz ao virar o aparelho e a capacidade de organizar, automaticamente, conteúdos relacionados em coleções. Trata-se de recurso útil com camada inteligente de IA, demonstrando que a empresa investe na tecnologia de forma significativa e não apenas por modismo.

O modelo 3A já pode ser encomendado a partir desta terça-feira (4), com envio previsto para 11 de março. Já o 3A Pro estará disponível para pedidos a partir de 11 de março, com envios iniciando em 25 de março.

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Cientistas encontraram novos meios de formação da ‘molécula que fez o universo’

O universo, como o conhecemos, surgiu há aproximadamente 13,8 bilhões de anos, quando o Big Bang desencadeou uma expansão que deu origem ao hidrogênio e ao hélio, possibilitando as primeiras nuvens de gás que ajudaram na formação dos objetos celestes. Pouco depois, surgiram moléculas essenciais para o desenvolvimento do universo.

Resumidamente, as estrelas se formaram primeiro, seguidas pelos planetas e outros corpos celestes. Além disso, muito depois do Big Bang, surgiu a molécula fundamental conhecida como trihidrogênio (H3+), considerada essencial para a formação estelar e para a síntese de compostos químicos no universo primitivo.

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Empresas dos EUA revela sistema inovador com IA que detecta e derruba drones

A Lockheed Martin apresentou na semana passada a sua mais recente invenção para mitigar os riscos causados pelas aeronaves não tripuladas, cada vez mais utilizadas em campanhas de guerra. Trata-se de um sistema de defesa alimentado por inteligência artificial capaz de detectar, rastrear, identificar e eliminar drones.

Esta solução modular de arquitetura aberta utiliza recursos de comando e controle de eficácia comprovada em combate combinados com software de detecção e rastreamento aprimorado por IA. Ela inclui, ainda, uma rede de sensores de baixo custo e efetores que se adaptam a diferentes ameaças.

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Fósseis de ovos revelam diversidade de dinossauros na América do Norte

Um estudo recém-publicado na revista PLOS ONE revela uma descoberta surpreendente nos EUA: fósseis de ovos de dinossauro que mudam a compreensão sobre a biodiversidade pré-histórica. 

Encontrados na Formação Cedar Mountain, em Utah, esses ovos datam de aproximadamente 100 milhões de anos e representam a maior diversidade já identificada na região.

Em poucas palavras:

  • Fósseis de ovos de dinossauro em Utah revelam uma diversidade inédita;
  • Seis tipos distintos foram identificados, contrariando estudos anteriores;
  • Microscopia eletrônica ajudou a analisar a estrutura dos fósseis;
  • Os ovos pertencem a oviraptores, ornitópodes e um crocodilomorfo;
  • A descoberta sugere que os oviraptores eram mais numerosos.

Até então, acreditava-se que apenas uma espécie de ovo fossilizado existia no local, o Macroelongatoolithus carlylei. No entanto, a análise de quatro mil fragmentos, coletados em 20 diferentes sítios do Membro Mussentuchit, revelou seis tipos distintos. Esse avanço só foi possível graças a novas tecnologias de microscopia, que permitiram um estudo detalhado da estrutura dos fósseis.

Resumo gráfico do estudo que descobriu diversidade de ovos de dinossauros. Crédito: Ryan Tucker e Josh Hedge

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Ovos fósseis guardam informações valiosas sobre os dinossauros

Embora menos impressionantes que ossadas, os ovos fósseis são essenciais para entender os dinossauros, especialmente quando não há vestígios diretos dos animais. Para classificá-los, cientistas analisam características como espessura da casca, microestrutura e distribuição dos poros, o que ajuda a identificar o grupo responsável pela postura.

As análises foram feitas com microscopia eletrônica, permitindo uma visão detalhada das superfícies dos ovos. O biólogo Josh Hedge explicou ao site IFLScience que, sem fósseis complementares como esqueletos ou embriões, é desafiador identificar a espécie exata. No entanto, comparações com ovos já conhecidos ajudam a determinar o grupo de dinossauros a que pertenciam.

Os seis tipos identificados pertencem a diferentes linhagens. Três deles são do grupo Elongatoolithidae (Macroelongatoolithus, Undulatoolithus e Continuoolithus), associados aos oviraptores, dinossauros carnívoros que também se alimentavam de ovos. Dois são do gênero Spheroolithus, ligado aos ornitópodes, grandes herbívoros. O último pertence ao Mycomorphoolithus kohringi, um crocodilomorfo, réptil aparentado aos crocodilos modernos.

É a primeira vez que várias dessas categorias são identificadas na América do Norte. Até então, os ovos de crocodilomorfos só haviam sido encontrados na Europa. Além disso, a descoberta sugere que os oviraptores eram mais diversos e numerosos do que se imaginava, vivendo em grupos próximos uns dos outros.

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