Cientistas encontraram novos meios de formação da ‘molécula que fez o universo’

O universo, como o conhecemos, surgiu há aproximadamente 13,8 bilhões de anos, quando o Big Bang desencadeou uma expansão que deu origem ao hidrogênio e ao hélio, possibilitando as primeiras nuvens de gás que ajudaram na formação dos objetos celestes. Pouco depois, surgiram moléculas essenciais para o desenvolvimento do universo.

Resumidamente, as estrelas se formaram primeiro, seguidas pelos planetas e outros corpos celestes. Além disso, muito depois do Big Bang, surgiu a molécula fundamental conhecida como trihidrogênio (H3+), considerada essencial para a formação estelar e para a síntese de compostos químicos no universo primitivo.

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Empresas dos EUA revela sistema inovador com IA que detecta e derruba drones

A Lockheed Martin apresentou na semana passada a sua mais recente invenção para mitigar os riscos causados pelas aeronaves não tripuladas, cada vez mais utilizadas em campanhas de guerra. Trata-se de um sistema de defesa alimentado por inteligência artificial capaz de detectar, rastrear, identificar e eliminar drones.

Esta solução modular de arquitetura aberta utiliza recursos de comando e controle de eficácia comprovada em combate combinados com software de detecção e rastreamento aprimorado por IA. Ela inclui, ainda, uma rede de sensores de baixo custo e efetores que se adaptam a diferentes ameaças.

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Fósseis de ovos revelam diversidade de dinossauros na América do Norte

Um estudo recém-publicado na revista PLOS ONE revela uma descoberta surpreendente nos EUA: fósseis de ovos de dinossauro que mudam a compreensão sobre a biodiversidade pré-histórica. 

Encontrados na Formação Cedar Mountain, em Utah, esses ovos datam de aproximadamente 100 milhões de anos e representam a maior diversidade já identificada na região.

Em poucas palavras:

  • Fósseis de ovos de dinossauro em Utah revelam uma diversidade inédita;
  • Seis tipos distintos foram identificados, contrariando estudos anteriores;
  • Microscopia eletrônica ajudou a analisar a estrutura dos fósseis;
  • Os ovos pertencem a oviraptores, ornitópodes e um crocodilomorfo;
  • A descoberta sugere que os oviraptores eram mais numerosos.

Até então, acreditava-se que apenas uma espécie de ovo fossilizado existia no local, o Macroelongatoolithus carlylei. No entanto, a análise de quatro mil fragmentos, coletados em 20 diferentes sítios do Membro Mussentuchit, revelou seis tipos distintos. Esse avanço só foi possível graças a novas tecnologias de microscopia, que permitiram um estudo detalhado da estrutura dos fósseis.

Resumo gráfico do estudo que descobriu diversidade de ovos de dinossauros. Crédito: Ryan Tucker e Josh Hedge

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Ovos fósseis guardam informações valiosas sobre os dinossauros

Embora menos impressionantes que ossadas, os ovos fósseis são essenciais para entender os dinossauros, especialmente quando não há vestígios diretos dos animais. Para classificá-los, cientistas analisam características como espessura da casca, microestrutura e distribuição dos poros, o que ajuda a identificar o grupo responsável pela postura.

As análises foram feitas com microscopia eletrônica, permitindo uma visão detalhada das superfícies dos ovos. O biólogo Josh Hedge explicou ao site IFLScience que, sem fósseis complementares como esqueletos ou embriões, é desafiador identificar a espécie exata. No entanto, comparações com ovos já conhecidos ajudam a determinar o grupo de dinossauros a que pertenciam.

Os seis tipos identificados pertencem a diferentes linhagens. Três deles são do grupo Elongatoolithidae (Macroelongatoolithus, Undulatoolithus e Continuoolithus), associados aos oviraptores, dinossauros carnívoros que também se alimentavam de ovos. Dois são do gênero Spheroolithus, ligado aos ornitópodes, grandes herbívoros. O último pertence ao Mycomorphoolithus kohringi, um crocodilomorfo, réptil aparentado aos crocodilos modernos.

É a primeira vez que várias dessas categorias são identificadas na América do Norte. Até então, os ovos de crocodilomorfos só haviam sido encontrados na Europa. Além disso, a descoberta sugere que os oviraptores eram mais diversos e numerosos do que se imaginava, vivendo em grupos próximos uns dos outros.

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Nos cinemas: Veja os 10 melhores filmes que serão lançados em março de 2025

Todos prontos para mais um mês de grandes lançamentos no cinema? Pois é, março trará consigo muitos filmes de peso às telonas, incluindo alguns dos títulos mais chamativos de todo o ano, como a versão live-action de Branca de Neve e o intrigante Mickey 17. Mas, afinal, o que assistir no cinema em março de 2025? Bem, chegou a hora de te darmos a resposta completa sobre essa questão!

Abaixo, você confere os 10 lançamentos mais quentes do cinema no mês de março para curtir ao máximo. É só escolher as atrações que mais combinam com você e se programar. 

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Pesquisa revela origem de estrelas com campos magnéticos mais fortes do Universo

Uma equipe internacional pesquisadores simulou, pela primeira vez, a formação e a evolução de uma estrela magnetar – classe com os campos magnéticos mais fortes do Universo. O artigo sobre a pesquisa foi publicado na revista Nature Astronomy nesta terça-feira (04).

Este tipo de estrela de nêutrons – incrivelmente densa, diga-se – é central no panorama de fenômenos cósmicos extremos, como hipernovas e explosões de raios gama. No entanto, sua origem é um mistério. Mas a pesquisa ajuda (e muito) na compreensão sobre elas.

Como pesquisadores simularam origem e evolução do tipo de estrela mais denso do Universo

Os núcleos de estrelas com massa oito vezes maior que a do Sol colapsam por conta da gravidade ao final da vida delas. Isso marca o início da explosão da estrela numa supernova. As camadas externas são ejetadas, enquanto o núcleo se contrai violentamente. É assim que estrelas de nêutrons – o objeto conhecido mais denso do Universo – se formam.

  • Para você ter ideia: uma colher de chá da matéria de uma estrela de nêutrons pesa um bilhão de toneladas – equivalente a 100 mil Torres Eiffel.
Estrela de nêutron é o objeto conhecido mais denso do Universo (Imagem: Nazarii_Neshcherenskyi/Shutterstock)

Geralmente, dá para observar estrelas de nêutrons por meio de ondas de rádio. Mas algumas emitem poderosas explosões de raios-X e raios gama. Essas são comumente chamadas de “magnetares” – porque suas emissões são causadas pela dissipação de campos magnéticos extremos (um milhão de bilhões de vezes mais intensos que os da Terra).

Origem das estrelas magnetares

Como os campos magnéticos dos magnetares desempenham um papel crucial nos fenômenos luminosos com os quais estão associados, cientistas trabalham para entender sua origem. Várias teorias foram propostas. A mais promissora sugere a geração do campo magnético por meio da ação de um dínamo na proto-estrela de nêutrons, logo após a explosão começar.

“A ação do dínamo permite que um fluido condutor, como plasma, com movimentos suficientemente complexos, amplifique e mantenha seus próprios campos magnéticos contra os efeitos difusivos, que os enfraquecem”, explica Paul Barrère, pesquisador de pós-doutorado no Departamento de Astronomia da Faculdade de Ciências da Universidade de Genebra e segundo autor do estudo em questão, em comunicado publicado no site da universidade.

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Pesquisadores sugeriram cenário alternativo para simular campo magnético de estrela magnetar (Imagem: LMPA/AIM/IRFU/DRF/CEA Saclay)

Muitos desses dínamos exigem uma rotação rápida do núcleo da estrela progenitora para serem eficazes. No entanto, essas velocidades de rotação são pouco compreendidas devido à falta de observações. Paul Barrère e os pesquisadores Jérôme Guilet e Raphaël Raynaud, do Departamento de Astrofísica do CEA Saclay, estudaram, portanto, um cenário alternativo.

Eles sugerem que a proto-estrela de nêutrons seja acelerada por parte da matéria ejetada inicialmente durante a supernova, que depois cai de volta sobre a superfície da estrela. “Isso torna o nosso novo cenário de formação independente da rotação da estrela progenitora”, diz Barrère.

O mecanismo favorecido para amplificar o campo magnético nesta proto-estrela de nêutrons é um tipo específico de dínamo, conhecido como dínamo Tayler-Spruit. “Esse mecanismo se alimenta da diferença de rotação dentro da estrela e de uma instabilidade do campo magnético”, explica o pesquisador.

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Evolução das estrelas magnetares

O cenário proposto por Barrère, Guilet e Raynaud se concentra apenas nos primeiros segundos após a supernova, o que é muito breve em comparação à idade dos magnetares observados. É aí que entra a colaboração com cientistas das universidades de Newcastle e Leeds, especializados na evolução das estrelas de nêutrons.

Ilustração de campo magnético ao redor de estrela de nêutrons
Equipe simulou, pela primeira vez, a evolução de uma estrela de nêutrons com campo magnético produzido pelo dínamo Tayler-Spruit (Imagem: Nazarii_Neshcherenskyi/Shutterstock)

Assim, a equipe simulou, pela primeira vez, a evolução de uma estrela de nêutrons com campo magnético produzido pelo dínamo Tayler-Spruit. A simulação foi numa escala de tempo de um milhão de anos.

A estrela de nêutrons simulada neste estudo reproduz as características observacionais dos chamados magnetares de campo fraco, descobertos em 2010. Esses magnetares têm dipolos magnéticos que são de dez a cem vezes mais fracos do que os dos magnetares clássicos.

Este estudo, portanto, demonstra que esses magnetares provavelmente se formam em proto-estrelas de nêutrons aceleradas pela acreção de matéria da supernova. E nas quais o dínamo Tayler-Spruit opera.

“Nosso trabalho representa um grande avanço em nossa compreensão dos magnetares e abre perspectivas muito interessantes no estudo de outros efeitos de dínamo”, diz Barrère. “Nossos resultados sugerem que cada dínamo deixa sua marca na configuração complexa do campo magnético e, portanto, na emissão observada dos magnetares.”

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Opera GX usa Pinboards para organizar navegação dos gamers

O Opera GX se destaca por ser o principal navegador gamer da atualidade, e uma das funções mais interessantes do browser é o recurso de Pinboards. Esse recurso basicamente salva diversas páginas importantes que o usuário escolheu em uma pasta customizada para ser acessada a qualquer momento.

É interessante pensar nesses Pinboards como um tipo de menu de favoritos, só que mais organizados. A função pode ser aplicada quando o usuário tem uma pesquisa com múltiplas abas abertas e sempre retornará nesse conteúdo para buscar alguma informação extra.

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Tony Hawk’s Pro Skater 3+4 é anunciado Rayssa Leal e pista no Brasil! Veja trailer, data e preço

A espera acabou para os fãs de skate virtual! Tony Hawk”s Pro Skater 3+4 finalmente foi anunciado e chegará no dia 11 de julho de 2025. O game promete trazer toda a nostalgia dos clássicos da franquia, mas com gráficos aprimorados, jogabilidade refinada e algumas novidades para agradar tanto veteranos quanto novos jogadores.

O game foi apresentado com um trailer mostrando a evolução visual e prometendo muitas novidades. O título contará com mais pistas, skates e músicas na trilha sonora, além de uma pista no Brasil e a presença de Rayssa Leal. Confira a prévia abaixo!

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Maior iceberg do mundo encalhou – entenda o que acontece agora

O maior e mais antigo iceberg do mundo, o A23a, ficou encalhado no fundo do mar por mais de 30 anos. Desde 2020, ele é arrastado pelas correntes do Oceano Antártico em direção à Geórgia do Sul. Agora, ele finalmente chegou à ilha – e encalhou novamente.

Entre os efeitos do encalhe, estão o perigo à fauna local e aos pescadores, que podem enfrentar pedaços do iceberg à deriva no mar. No entanto, efeitos positivos também são esperados.

Rota do iceberg A23a desde 17 de janeiro de 2025 (Imagem: Mapping and Geographic Information Centre, British Antarctic Survey)

Iceberg A23a estava em movimento há décadas

O A23a pesa quase um trilhão de toneladas e mede cerca de duas vezes o tamanho da cidade de São Paulo. Ele se desprendeu da plataforma de gelo Filchner, na Antártida, em 1986 e ficou encalhado no fundo do Mar de Weddell por mais de 30 anos. Em 2020, correntes do Oceano Antártico começaram a carregá-lo em direção à Geórgia do Sul, um território ultramarino britânico.

Já em 2024, ele ficou preso em uma Coluna de Taylor, um fenômeno oceanográfico que prende objetos submarinos em um lugar. Depois, voltou a se mover, chegando a avançar mais de 30 quilômetros por dia.

O iceberg finalmente chegou ao destino no início do mês. Atualmente, está encalhado na plataforma continental da ilha, a cerca de 90 quilômetros da terra firme. De acordo com o British Antactic Survey, imagens de satélite mostraram que o bloco de gelo parece estar mantendo sua estrutura e ainda não se partiu em pedaços maiores.

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O que o encalhe pode causar na ilha

Milhões de pinguins e focas vivem na ilha, sem contar a fauna marinha da região. Segundo o Dr. Andrew Meijers, oceanógrafo do British Antarctic Survey, se o icerberg continuar encalhado, não deve afetar significativamente a vida local.

No entanto, blocos de gelo que fizeram o mesmo caminho acabaram se quebrando em pedaços menores, o que pode afetar a pesca marinha. Isso porque os icebergs menores podem atingir barcos e atrapalhar o fluxo.

Meijers afirma que está ansioso para ver como o encalhe afetará o ecossistema local. Ele também destaca possíveis efeitos positivos: o iceberg contém nutrientes em seu interior, e o derretimento causa o espalhamento deles no mar. Consequentemente, nutrindo espécies da fauna marinha e aumentando a disponibilidade de alimento, incluindo para as focas e pinguins.

Do lado contrário, ele pode fazer com que as espécies tenham que mudar o caminho até seu local de alimentação, gastando mais energia nesse processo, o que aumenta a competição. Além disso, isso reduz a quantidade de comida que chega de volta ao local de origem, o que pode aumentar a mortalidade entre filhotes na ilha.

Outra parte negativa é para os corais, lesmas-do-mar e esponjas que vivem no local de contato do iceberg com a ilha. Para elas, o encalhe é um perigo imediato.

Iceberg A23a a caminho da ilha da Geórgia do Sul (Imagem: NASA Modis)

Iceberg vai derreter

  • O iceberg é o maior e mais antigo do mundo, mas está derretendo – um processo que deve continuar;
  • A área original do bloco de gelo era de 3.900 quilômetros quadrados. Agora, está em 3.234 quilômetros quadrados;
  • As mudanças climáticas podem acelerar esse processo.

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Raro relâmpago gigante sobre a Terra é fotografado do espaço

Uma imagem impressionante capturada na Estação Espacial Internacional (ISS) revelou um raro “jato gigante” de relâmpago se estendendo por mais de 80 km acima da costa dos EUA. Esse fenômeno, que dispara descargas elétricas para cima das nuvens, foi registrado em 19 de novembro de 2024, mas só agora veio a público.

O registro foi descoberto pelo fotógrafo Frankie Lucena, especialista em fenômenos atmosféricos, no banco de imagens da NASA Gateway to Astronaut Photography of Earth. Lucena encontrou quatro registros do evento e compartilhou um deles com a plataforma de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com na última semana. A localização exata do jato ainda não foi confirmada, mas especialistas acreditam que tenha ocorrido próximo ao litoral de Nova Orleans.

Imagem de plano aberto fotografada por um astronauta não identificado em 19 de novembro de 2024 mostra o “jato gigantesco” no canto superior direito. Crédito: Gateway to Astronaut Photography of Earth/NASA

Como se formam os “jatos gigantes” de relâmpagos

Jatos gigantes são relâmpagos que sobem das tempestades em direção à alta atmosfera, emitindo um brilho azulado devido ao nitrogênio presente nessa camada. Eles duram menos de um segundo e podem alcançar a ionosfera, a cerca de 80 quilômetros de altitude. Por isso, são considerados os relâmpagos mais altos já registrados na Terra.

Além da altura impressionante, esses raios também são extremamente poderosos. Um dos mais intensos já medidos ocorreu em Oklahoma, em 2018, e liberou uma energia 60 vezes maior que a de um relâmpago comum, atingindo temperaturas superiores a 4.400°C.

Provável local onde o relâmpago gigante se formou. Crédito: Frankie Lucena via Spaceweather.com

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Nas imagens recentes, é possível ver tentáculos avermelhados no final do jato. Essas descargas elétricas se assemelham a um outro fenômeno atmosférico, conhecido como “sprite“, que tem formato de água-viva e ocorre acima das tempestades. No entanto, de acordo com o explicado por especialistas ao site EarthSky.com,  jatos gigantes e sprites são fenômenos distintos.

Esse tipo de raio só foi identificado em 2001, e desde então, poucas dezenas de registros fotográficos foram feitos. Ainda assim, os cientistas acreditam que ocorram até mil jatos gigantes invisíveis por ano. A maioria das imagens foi capturada do espaço, mas há registros feitos por passageiros de aviões sobrevoando tempestades.

O estudo desses jatos pode ajudar a entender melhor as interações entre tempestades e a atmosfera superior. Pesquisadores continuam analisando novos registros para desvendar os mecanismos que impulsionam esse fenômeno raro e fascinante.

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Cabos submarinos: o plano da Otan para proteger a internet

Cortes de cabos submarinos deixaram organizações – entre elas, Otan e ONU – em alerta. Isso porque, além de energia, esses cabos transportam 95% da internet do planeta. E suspeita-se que os danos podem não ter ocorrido por acidente. Em outras palavras: há suspeitas de sabotagem.

A Otan anunciou, em janeiro, uma missão para aumentar a vigilância dos navios no Mar Báltico após cabos submarinos entre Estônia e Finlândia terem sido danificados, em dezembro de 2024. E a agência de tecnologia da ONU criou um órgão para aumentar a proteção de cabos submarinos.

Otan e ONU se mobilizam para proteger cabos submarinos de internet mundo afora

O chefe da Otan, Mark Rutte, disse na época que a missão, chamada “Baltic Sentry” (Sentinela Báltica, em tradução livre), envolveria drones, navios de guerra e aeronaves de patrulha.

Missão ‘Baltic Sentry’, da Otan, envolveria navios de guerra para proteger cabos submarinos (Imagem: AlejandroCarnicero/Shutterstock)

A Rússia não foi diretamente apontada como culpada pelo dano aos cabos no Mar Báltico. Mas Rutte informou que a Otan intensificaria o monitoramento da “frota sombra” (navios sem propriedade clara usados para transportar produtos petrolíferos sob embargo) de Moscou.

Rutte acrescentou que a Otan responderia de maneira firme a incidentes envolvendo cabos submarinos, com mais abordagens a embarcações suspeitas. E, se necessário, sua apreensão. Mas ele se recusou a compartilhar mais detalhes sobre o número de ativos que fariam parte da iniciativa.

Órgão da ONU para proteger cabos submarinos

A agência de tecnologia da ONU anunciou um novo órgão, em dezembro de 2024, para aumentar a proteção dos cabos submarinos. Entre os objetivos dele, estão: ajudar a reforçar os cabos contra danos e acelerar os reparos.

O Corpo Consultivo Internacional para a Resiliência de Cabos Submarinos é composto por 40 especialistas dos setores público e privado. Entre eles, estão representantes de operadores de cabos submarinos, empresas de telecomunicações e agências governamentais.

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Ilustração de cabos submarinos no Mar Vermelho
Cabos submarinos de energia e internet podem ser danificados tanto por acidente quanto por sabotagem (Imagem: Pedro Spadoni via DALL-E/Olhar Digital)

Rupturas podem ser causadas por infraestrutura envelhecida, clima, acidentes. E, também, por sabotagem, como o corte de cabos submarinos no Mar Báltico.

O Secretário-Geral Adjunto da União Internacional de Telecomunicações (UIT), Tomas Lamanauskas, disse que a UIT recebia relatórios sobre supostas sabotagens. Mas acrescentou que não estava no seu escopo investigar nem atribuir culpados, segundo a Reuters.

Por outro lado, Lamanauskas disse esperar que o novo órgão ajudasse a resolver interrupções, independentemente da causa, para restaurar os serviços mais rapidamente. A ver se vai ser o suficiente.

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