Cortes de cabos submarinos deixaram organizações – entre elas, Otan e ONU – em alerta. Isso porque, além de energia, esses cabos transportam 95% da internet do planeta. E suspeita-se que os danos podem não ter ocorrido por acidente. Em outras palavras: há suspeitas de sabotagem.
A Otan anunciou, em janeiro, uma missão para aumentar a vigilância dos navios no Mar Báltico após cabos submarinos entre Estônia e Finlândia terem sido danificados, em dezembro de 2024. E a agência de tecnologia da ONU criou um órgão para aumentar a proteção de cabos submarinos.
Otan e ONU se mobilizam para proteger cabos submarinos de internet mundo afora
O chefe da Otan, Mark Rutte, disse na época que a missão, chamada “Baltic Sentry” (Sentinela Báltica, em tradução livre), envolveria drones, navios de guerra e aeronaves de patrulha.
A Rússia não foi diretamente apontada como culpada pelo dano aos cabos no Mar Báltico. Mas Rutte informou que a Otan intensificaria o monitoramento da “frota sombra” (navios sem propriedade clara usados para transportar produtos petrolíferos sob embargo) de Moscou.
Rutte acrescentou que a Otan responderia de maneira firme a incidentes envolvendo cabos submarinos, com mais abordagens a embarcações suspeitas. E, se necessário, sua apreensão. Mas ele se recusou a compartilhar mais detalhes sobre o número de ativos que fariam parte da iniciativa.
Órgão da ONU para proteger cabos submarinos
A agência de tecnologia da ONU anunciou um novo órgão, em dezembro de 2024, para aumentar a proteção dos cabos submarinos. Entre os objetivos dele, estão: ajudar a reforçar os cabos contra danos e acelerar os reparos.
O Corpo Consultivo Internacional para a Resiliência de Cabos Submarinos é composto por 40 especialistas dos setores público e privado. Entre eles, estão representantes de operadores de cabos submarinos, empresas de telecomunicações e agências governamentais.
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Rupturas podem ser causadas por infraestrutura envelhecida, clima, acidentes. E, também, por sabotagem, como o corte de cabos submarinos no Mar Báltico.
O Secretário-Geral Adjunto da União Internacional de Telecomunicações (UIT), Tomas Lamanauskas, disse que a UIT recebia relatórios sobre supostas sabotagens. Mas acrescentou que não estava no seu escopo investigar nem atribuir culpados, segundo a Reuters.
Por outro lado, Lamanauskas disse esperar que o novo órgão ajudasse a resolver interrupções, independentemente da causa, para restaurar os serviços mais rapidamente. A ver se vai ser o suficiente.
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