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Quais os acidentes mais comuns no trânsito brasileiro? Veja lista

O trânsito brasileiro é conhecido por sua complexidade e pelos altos índices de acidentes. Segundo dados do Atlas da Acidentalidade do Transporte Brasileiro, divulgado pelo Ministério dos Transportes, mais de 1 milhão de acidentes foram registrados em 2024, com destaque para colisões laterais, frontais e traseiras. 

Esses números alarmantes reforçam a necessidade de conscientização e adoção de práticas seguras por parte dos motoristas. Neste artigo, listamos os 8 tipos de acidentes mais comuns no trânsito brasileiro, suas causas, consequências e dicas para evitá-los.

Os dados abaixo foram retirados do Registro Nacional de Sinistros e Estatísticas de Trânsito, que é uma plataforma que reúne informações sobre acidentes de trânsito em todo o Brasil. 

Crédito: Cris Faga (shutterstock/reprodução)

Colisão lateral

As colisões laterais são as mais frequentes, com 55 mil registros em 2024. Geralmente, ocorrem em cruzamentos ou durante ultrapassagens, quando um motorista não respeita a preferência ou invade a faixa de outro veículo. Esses acidentes podem causar danos graves aos veículos e lesões aos ocupantes, especialmente se houver impacto na área das portas.

Dica de prevenção: ao se aproximar de um cruzamento, reduza a velocidade, olhe para os lados e só prossiga com segurança. Durante as ultrapassagens, mantenha distância adequada e sinalize com antecedência.

Colisão frontal

Com 50 mil ocorrências, as colisões frontais estão entre os acidentes mais perigosos. Elas costumam acontecer em estradas ou vias de mão dupla, quando um motorista invade a pista contrária ou perde o controle do veículo. O impacto frontal pode ser fatal, devido à alta velocidade envolvida.

Dica de prevenção: respeite as faixas de sinalização e evite manobras arriscadas, como ultrapassagens em locais proibidos.

triângulo de sinalização e carro com defeito
Crédito: Tricky_Shark(shutterstock/reprodução)

Colisão traseira

As colisões traseiras somaram 47 mil registros em 2024. Esse tipo de acidente ocorre, principalmente, quando o motorista não mantém distância segura do veículo à frente ou freia bruscamente. Além de danos aos veículos, pode causar lesões como trauma cervical.

Dica de prevenção: mantenha uma distância segura do carro da frente e fique atento ao tráfego à sua volta.

Choques

Choques, como batidas em postes ou muros, representaram 46 mil casos. Esse tipo de acidente ocorre quando um veículo colide com objetos fixos, como postes, árvores ou barreiras. 

Geralmente, estão associados à perda de controle do veículo devido a fatores como excesso de velocidade, condições climáticas adversas ou falhas mecânicas. As consequências podem variar desde danos materiais até lesões graves ou fatais aos ocupantes, dependendo da velocidade e do objeto atingido.

Dica de prevenção: faça manutenções periódicas no veículo e evite distrações ao volante, como o uso do celular.

menina atravessando na faixa e um carro se aproximando
Crédito: Ground Picture (shutterstock/reprodução)

Atropelamento de pedestres

Com 10 mil registros, os atropelamentos são um grave problema no trânsito brasileiro. Eles acontecem, principalmente, em áreas urbanas, devido à falta de respeito às faixas de pedestres, excesso de velocidade e desatenção tanto de motoristas quanto de pedestres. As consequências são frequentemente graves ou fatais, dada a vulnerabilidade dos pedestres em relação aos veículos.

Dica de prevenção: reduza a velocidade em áreas movimentadas e respeite as faixas de pedestres.

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Colisão transversal

As colisões transversais, que somaram 10 mil ocorrências, ocorrem quando um veículo cruza o caminho de outro em ângulo reto. Esses acidentes são comuns em cruzamentos sem sinalização adequada.

As consequências podem ser graves, especialmente para os ocupantes do veículo atingido lateralmente, devido à menor proteção estrutural nessa área.

Dica de prevenção: respeite a sinalização e reduza a velocidade ao se aproximar de cruzamentos.

carro com o airbag acionado
Crédito: Sony Ho (shutterstock/reprodução)

Tombamento

Com 3,8 mil casos, os tombamentos são mais frequentes em veículos altos, como caminhões e SUVs, especialmente em curvas fechadas ou em alta velocidade.

Fatores como excesso de velocidade, carga mal distribuída e curvas acentuadas contribuem para esse tipo de acidente. As consequências podem incluir danos materiais significativos, interrupção do tráfego e riscos de lesões aos ocupantes e terceiros.

Dica de prevenção: reduza a velocidade em curvas e evite manobras bruscas.

motociclista em uma area de inundação
Crédito: Delphix (shutterstock/reprodução)

Queda de motociclistas

Motociclistas estão entre os usuários mais vulneráveis no trânsito, com as quedas com mais de 4 mil registros no ano. Quedas podem ocorrer devido a fatores como perda de controle, condições adversas da via, excesso de velocidade e manobras arriscadas. 

As consequências frequentemente incluem lesões graves ou fatais, dada a exposição do condutor e a falta de proteção em comparação com veículos fechados. As mortes envolvendo motocicletas dobraram na última década, representando 30% dos casos fatais registrados em 2023

Dica de prevenção: use equipamentos de segurança, como capacete, e evite ultrapassagens perigosas.

Fatores que contribuem para os acidentes

Carro em um reboque plataforma
Carro em um reboque plataforma / Crédito: alexgo.photography (shutterstock/reprodução)

Além dos tipos de acidentes, é importante destacar os principais fatores que contribuem para essas ocorrências, segundo o Atlas da Acidentalidade do Transporte Brasileiro:

  1. Falta de atenção (24.102 casos)
  2. Desobediência à sinalização (9.219 casos)
  3. Velocidade incompatível (5.878 casos)
  4. Ingestão de álcool (5.434 casos)
  5. Defeito mecânico (3.748 casos)

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Semáforo e faixa de pedestre: quem os inventou e onde foram instalados primeiro?

Com o crescimento acelerado das cidades e a chegada de mais e mais veículos às ruas, surgiram desafios inéditos: o trânsito ficou mais complexo, e a convivência entre carros e pedestres se tornou cada vez mais difícil.

Para tentar organizar essa nova realidade e garantir mais segurança a todos, surgiram duas invenções fundamentais: o semáforo e a faixa de pedestre.

No entanto, essas soluções, que hoje estão presentes em praticamente todo o mundo, não surgiram do dia para a noite.

No fim do século XIX e início do século XX, grandes cidades começaram a enfrentar graves problemas de trânsito devido ao rápido aumento da população urbana. Muitas pessoas deixavam o campo para viver nos centros urbanos, provocando congestionamentos frequentes e elevando significativamente o número de acidentes.

Em 1897, o poeta Olavo Bilac protagonizou o que se acredita ser o primeiro acidente automobilístico do Brasil em um triciclo Serpollet semelhante ao que vemos na imagem. (Imagem: Reprodução)

Conforme aumentava a circulação de veículos motorizados – especialmente carros, ônibus e bondes –, as ruas ficaram caóticas, e acidentes tornaram-se comuns. Era necessário criar formas de gerenciar o fluxo crescente de veículos e garantir a segurança de pedestres e motoristas.

Nesse contexto, nasceram os primeiros semáforos, inicialmente operados manualmente por policiais e, mais tarde, automatizados. As faixas de pedestre também foram criadas, demarcando claramente áreas seguras para travessia das ruas.

Além das inovações tecnológicas, campanhas educativas e novas leis de trânsito tiveram papel essencial, garantindo que motoristas e pedestres compreendessem as regras e adotassem práticas mais seguras. Entenda a seguir os detalhes dessas invenções!

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Quem inventou o semáforo?

Luzes acesas de um semáforo (vermelha, amarela e verde)
(Imagem: Tsvetoslav Hristov / Unsplash)

O primeiro semáforo foi inventado pelo engenheiro ferroviário John Peake Knight no Reino Unido. Ele adaptou um sistema de sinalização ferroviária para o tráfego urbano. Foi instalado em Londres, em 1868, próximo ao Parlamento Britânico. Era um sistema de luzes a gás, com lanternas vermelhas e verdes para indicar “pare” e “siga”. 

A invenção de Knight foi motivada pela necessidade de controlar o crescente tráfego de carruagens e pedestres na cidade, que se tornava cada vez mais caótico. O engenheiro se inspirou nos sinais ferroviários existentes na época, adaptando-os para o uso nas ruas.

O semáforo era um dispositivo mecânico com duas lâmpadas a gás: uma vermelha e outra verde, operado manualmente por um policial, que girava uma alavanca para mudar as luzes.

Em 1869, apenas um ano após sua instalação, uma explosão de gás causou ferimentos graves ao policial que o operava. O acidente levou à descontinuação do semáforo, e a ideia só foi retomada décadas depois, com o desenvolvimento da eletricidade.

Embora sua invenção tenha sido efêmera, John Peake Knight é reconhecido como o pioneiro do semáforo, um dispositivo que se tornaria essencial para a segurança e organização do trânsito em todo o mundo. A sua ideia inicial foi fundamental para os modelos atuais que utilizamos.

O semáforo moderno, elétrico, foi desenvolvido nos Estados Unidos. O primeiro semáforo elétrico foi patenteado por Garrett Morgan em 1923 e instalado em Cleveland, Ohio, em 1914, por James Hoge.

Quem inventou a faixa de pedestre?

Pessoas atravessando a rua na faixa de pedestres
(Imagem: Conrad Alexander / Unsplash)

A faixa de pedestre, também conhecida como “passagem de zebra” devido às suas listras brancas, foi introduzida no Reino Unido na década de 1940. As primeiras faixas de pedestre foram testadas em Slough, Inglaterra, em 1949, como parte de um estudo sobre segurança no trânsito. O conceito rapidamente se espalhou para outros países.

A adoção generalizada das faixas de pedestres ocorreu após a Segunda Guerra Mundial, com o aumento do tráfego de veículos e a necessidade de proteger os pedestres. Segundo o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), os pedestres têm prioridade de travessia nas faixas, obrigando os motoristas a parar seus veículos.

Para que serve a faixa de pedestre?

A faixa de pedestre serve para indicar um local seguro para os pedestres atravessarem a rua, protegendo-os do tráfego de veículos e organizando o fluxo de trânsito. Delimitam um espaço seguro para a travessia, reduzindo o risco de acidentes. Elas organizam o trânsito, definindo pontos de travessia e contribuindo para um fluxo mais ordenado. Além disso, garantem prioridade de travessia aos pedestres, obrigando os motoristas a pararem seus veículos.
garota e menino com mochilas atravessam cuidadosamente a rua na faixa de pedestres a caminho da escola. Regras de trânsito. Caminho para pedestres ao longo da faixa zebrada na cidade. conceito de pedestres atravessando a faixa de pedestres.

A faixa de pedestres, em sua forma mais primitiva, remonta a civilizações antigas, como a romana. Nas ruínas de Pompeia, cidade do Império Romano destruída pela erupção do vulcão Vesúvio em 79 d.C., foram encontradas pedras elevadas dispostas transversalmente nas ruas. 

Essas pedras serviam como uma espécie de “faixa de pedestres” para que as pessoas pudessem atravessar as vias sem pisar diretamente na água ou na lama que acumulava nas ruas, especialmente durante as chuvas. Além disso, os espaços entre as pedras permitiam a passagem de rodas de carruagens.

Essas estruturas eram uma solução prática para o problema de drenagem e circulação em uma cidade movimentada, mas também podem ser consideradas um precursor das faixas de pedestres modernas.

Do asfalto ao céu: quando o trânsito decolar

Como semáforos e faixas de pedestres podem evoluir na era dos carros voadores? Se, em um exercício de imaginação considerando os avanços tecnológicos, vislumbrarmos um futuro com carros voadores, as tecnologias de trânsito atuais, como semáforos e faixas de pedestres, precisariam ser reinventadas para gerenciar um espaço tridimensional, garantindo a segurança e a organização do tráfego aéreo e terrestre.

Ilustração de cidade do futuro, com pessoas caminhando, carros elétricos, carros voadores e ciclomotores.
(Imagem: Ilustração / Rumka vodki / Shutterstock)

No futuro, semáforos podem se tornar sinalização aérea, comunicação entre veículos ou até mesmo controle de tráfego por IA. Faixas de pedestres podem ser elevadas, holográficas ou protegidas por sensores e barreiras virtuais.

O gerenciamento de tráfego aéreo pode incluir corredores e altitudes específicas, navegação automatizada e tecnologia para evitar colisões. Zonas de exclusão aérea e estacionamentos verticais também podem surgir. No entanto, a infraestrutura, regulamentação e impacto ambiental são desafios que precisam ser considerados.

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