image-115

Airbus: veja como será o caça do futuro

A Airbus Defence and Space apresentou uma prévia do cockpit que poderá equipar os caças europeus de sexta geração a partir de 2035.

O projeto faz parte da iniciativa EPIIC (Enhanced Pilot Interfaces & Interactions for Fighter Cockpit), financiada pelo Fundo Europeu de Defesa, e tem como objetivo revolucionar a interação entre piloto e aeronave em missões cada vez mais complexas e exigentes.

Cockpit com visual pouco comum

  • Ao contrário dos painéis sobrecarregados de instrumentos das aeronaves atuais, o novo cockpit adota um design minimalista.
  • A interface visual é substituída por um ambiente digital integrado, que utiliza realidade aumentada, comandos por voz e gestos, além de sensores que acompanham o olhar do piloto.
  • Os dados são apresentados de forma personalizada, reduzindo a sobrecarga cognitiva e permitindo foco total na missão.
Novo sistema aposta em tecnologias imersivas e intuitivas para reduzir a sobrecarga do piloto – Imagem: Airbus

Leia mais:

Apesar da modernização, elementos familiares como o manche e os manetes de potência foram mantidos para garantir conforto e controle, seguindo a filosofia HOTAS (Hands On Throttle And Stick), que prioriza o uso contínuo das mãos nos controles principais.

O joystick, por exemplo, agora oferece feedback tátil com vibrações e resistência adaptativa, informando intuitivamente o piloto sobre o estado da aeronave.

Sistema que facilita as ações dos pilotos

Segundo a gerente de projeto da Airbus, Belén Calleja, a ideia é que os pilotos interajam com o sistema de forma mais natural, sem perder tempo com comandos manuais.

Ajustes simples, como mudar uma frequência de rádio, poderão ser feitos com um gesto ou comando de voz.

A cabine do futuro também será projetada para ser modular e atualizável, facilitando adaptações para novas missões e tecnologias, independentemente do modelo de caça em que estiver instalada.

Testes nas instalações da Airbus colocaram pilotos com um simulador do novo cockpit – Imagem: Airbus

A Airbus e o consórcio EPIIC, que reúne 27 parceiros europeus, já iniciaram a fase de testes em solo com protótipos e novas tecnologias.

Com essa abordagem, a Europa pretende não apenas acompanhar os avanços globais em aviação militar, mas também colocar o piloto no centro de um sistema cada vez mais digital, inteligente e adaptável.

O post Airbus: veja como será o caça do futuro apareceu primeiro em Olhar Digital.

20250220ADF8613402_005-1024x682

Bombardeiro da 2ª Guerra é encontrado na Grécia após 82 anos

Um bombardeiro da Força Aérea Real Australiana (RAAF) usado em missões durante a Segunda Guerra Mundial foi encontrado na ilha de Antikythera, na Grécia, após 82 anos de seu desaparecimento. 

Os destroços do Baltimore FW282 foram localizados pelo grupo grego de mergulho técnico AegeanTec, empresa especializada em explorar naufrágios em águas profundas, a 61 metros de profundidade.

A descoberta se deu em julho de 2024, mas foi anunciada agora pelo Departamento de Defesa da Austrália (DOD), dando um fim às incertezas sobre a aeronave, que desapareceu em dezembro de 1943. A confirmação foi feita pela divisão History and Heritage – Air Force (HUWC-AF).

Aeronave foi interceptada por caças alemães em retorno de missão no Mar Egeu, em 1943 (Imagem: DOD/Divulgação)

“Espero que traga algum senso de encerramento para as famílias.

O sacrifício desta corajosa tripulação foi lembrado há muito tempo, especialmente por suas famílias, e agora podemos honrar seu local de descanso final com o respeito que eles merecem”, disse o chefe da Força Aérea da RNZAF, vice-marechal do ar Darryn Webb.

Leia Mais:

Relembrando a história

O modelo operado pelo Esquadrão Nº 454 da RAAF foi interceptado por caças alemães quando retornava de uma missão sobre o Mar Egeu. Faziam parte da tripulação um piloto, um navegador e dois operadores de rádio/artilheiros aéreos.

  • Piloto: Tenente de voo (FLTLT) William Alroy Hugh Horsley (RAAF), capturado
  • Navegador: FLTLT Leslie Norman Row (Força Aérea Real [RAFVR]), desaparecido
  • Operador de rádio/artilheiro aéreo: Oficial piloto Colin William Walker (RAAF), desaparecido
  • Operador de rádio/artilheiro aéreo: Suboficial John Gartside (Força Aérea Real da Nova Zelândia [RNZAF]), desaparecido
Faziam parte da tripulação um piloto, um navegador e dois operadores de rádio/artilheiros aéreos (Imagem: DOD/Divulgação)

Segundo o DOD, o piloto acordou ao perceber a água enchendo a cabine da aeronave. Ele conseguiu nadar até a costa, onde foi entregue às autoridades alemãs e passou o restante da guerra como prisioneiro de guerra. Os outros três tripulantes foram listados como desaparecidos, possivelmente mortos.

“Os esforços de grupos como a AegeanTec são essenciais para nós na contabilização dos 3.143 aviadores australianos sem sepultura conhecida da Segunda Guerra Mundial e do conflito coreano”, afirmou o Chefe da Força Aérea, Marechal do Ar Stephen Chappell.

O post Bombardeiro da 2ª Guerra é encontrado na Grécia após 82 anos apareceu primeiro em Olhar Digital.

image-10

Aeronave inovadora surpreende com asas inspiradas em pássaros

A Airbus apresentou um vislumbre do futuro da aviação comercial no Airbus Summit 2025, em Toulouse, mostrando sua visão para a próxima geração de aviões de corredor único. Embora a aviação comercial tenha evoluído consideravelmente desde a década de 1950, ainda há muito espaço para inovação.

A empresa compartilhou alguns detalhes sobre as tecnologias que está desenvolvendo para o avião do futuro, incluindo novas asas que imitam as dos pássaros, tornando-as mais leves e longas, e um motor a jato inovador, o RISE, que reduz o consumo de combustível em 20%.

O trabalho para criação das asas foi feito no Wing Technology Development Centre da Airbus, em Filton, na Inglaterra.

As novas asas produzirão mais sustentação com menos arrasto. Para compensar essas asas extra longas, elas serão dobráveis, para que os novos aviões possam usar os portões de aeroportos existentes, o que explica a semelhança com asas de pássaros.

Leia mais:

O futuro avião comercial da empresa terá asas dobráveis, semelhantes às de pássaros – Imagem: Airbus

O que virá na próxima geração de aviões da Airbus

  • O RISE substituirá o turbofan atual por um design de turbofan aberto, capaz de operar com combustíveis sustentáveis de aviação.
  • A Airbus também aposta na hibridização, com baterias de íons de lítio ou de estado sólido para alimentar sistemas como ar-condicionado e iluminação, reduzindo ainda mais o consumo de combustível.
  • Além disso, a empresa está explorando o uso de materiais mais avançados, como os compósitos de polímero termoplástico reforçados com fibra de carbono, que são mais leves, recicláveis e de custo mais baixo do que os materiais usados atualmente.

Embora a Airbus tenha planos para aviões movidos a hidrogênio no futuro, a empresa reconheceu que o mercado e a infraestrutura atual não estão prontos para viabilizar comercialmente esses modelos.

Portanto, o desenvolvimento do avião de hidrogênio, como o modelo ZEROe, continuará, mas o foco imediato está nas soluções mais viáveis, como os combustíveis sustentáveis e a eficiência digital.

Uma das novidades mais destacadas dos novos modelos será um motor turbofan de leque aberto – Imagem: Airbus

O post Aeronave inovadora surpreende com asas inspiradas em pássaros apareceu primeiro em Olhar Digital.

Captura-de-tela-2025-03-25-150044-1024x559

Mais veloz, menos ruído: por dentro do inovador jato a hidrogênio

A empresa francesa Beyond Aero atualizou o design do primeiro jato leve elétrico a hidrogênio, previsto para ser lançado até 2030. A fabricante garante que o modelo será mais barato do que jatos convencionais, além de reduzir o ruído da cabine pela metade.

Chamada de BYA-I, a aeronave terá um trem de força totalmente elétrico simplificado com 90% menos peças móveis, eliminando a necessidade de uma turbina de alta temperatura. Isso cortará os custos operacionais em até 55%, segundo a empresa.

O uso de hidrogênio também reduz gastos com combustível entre 17% e 65%, “tornando-o uma opção econômica para clientes corporativos e operadores em transição para a aviação de baixo carbono”.

Modelo está previsto para ser lançado até 2030 (Imagem: Beyond Aero/Divulgação)

Desde o ano passado, a Beyond Aero trabalha com a Agência Europeia para a Segurança da Aviação para definir uma estrutura de certificação para aeronaves movidas a hidrogênio. Até agora, a empresa recebeu cartas de intenção para 108 vendas.

Leia Mais:

O que sabemos do novo design

  • O jato vai operar com seis cilindros de hidrogênio: quatro ao longo das laterais da fuselagem, e mais dois mantidos nas pontas das asas;
  • Os cilindros vão alimentar seis células de combustível de 400 kW, que converterão o hidrogênio em eletricidade e vapor de água, e a eletricidade executará turbinas de jato elétricas;
  • Uma carga completa de 250 kg de hidrogênio levaria seis passageiros por cerca de 1.482 km, sem contar a reserva, a uma velocidade de cruzeiro de 575 km/h;
  • Diminuindo a velocidade para 444 km/h, o jato aumenta em 50% sua pré-reserva, atingindo 2.223 km de distância percorrida.
Jato vai operar com seis cilindros de hidrogênio (Imagem: Beyond Aero/Divulgação)

A aeronave foi projetada para flexibilidade operacional, com uma rolagem de decolagem de apenas 620 metros e um ângulo de aproximação de 5,5°, tornando-a adequada para aeroportos restritos como o London City. O BYA-1 atende a mais de 80% das atuais rotas de voo europeias, segundo a empresa.

Além disso, a propulsão elétrica de baixo ruído e o isolamento acústico avançado reduzem o barulho da cabine em 15 dB, cortando os níveis em mais da metade. As janelas elípticas são 27% maiores do que as encontradas em jatos executivos convencionais, maximizando a luz natural e as vistas panorâmicas.

O post Mais veloz, menos ruído: por dentro do inovador jato a hidrogênio apareceu primeiro em Olhar Digital.

Captura-de-tela-2025-03-24-224630-1024x641

Navio petroleiro e sonares: como será nova busca pelo avião da Malaysia Airlines

A empresa responsável pelas buscas do voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido desde 2014, terá novas ferramentas à disposição em mais uma tentativa de localizar os destroços do avião.

O governo da Malásia fechou acordo com a Ocean Infinity neste mês, como relatado pelo Olhar Digital. O Boeing 777 transportava 227 passageiros e 12 tripulantes quando desapareceu na rota de Kuala Lumpur, capital malaia, para Pequim (China).

Na nova missão, a companhia de exploração do fundo do mar vai retornar ao sul do Oceano Índico, a 1,5 mil quilômetros a oeste de Perth (Austrália). A área de busca se aproxima do tamanho da área metropolitana de Sydney.

Destroços encontrados na costa da África foram atribuídos à aeronave (Imagem: Reprodução/Richard Godfrey)

O raio de buscas foi definido a partir de análises de dados meteorológicos e de satélite, além da localização de destroços atribuídos à aeronave que foram levados pela costa da África e ilhas no Oceano Índico.

Leia mais:

Alta tecnologia para achar o avião

A Ocean Infinity usará novo navio de apoio offshore de 78 metros, o Armada 7806, construído pela empresa norueguesa Vard, em 2023. A embarcação terá frota de veículos subaquáticos autônomos fabricados pela também norueguesa Kongsberg, como informado pelo professor de robótica marinha Stefan B. Williams em artigo no The Conversation.

Cada um desses veículos de 6,2 m de comprimento serão capazes de operar de forma independente em profundidades de até seis mil metros por até 100 horas por vez. Todos são equipados com tecnologia avançada de sonar, usados para detectar objetos no fundo do mar a partir de pulsos acústicos e que terão as seguintes funções:

  • Sonar de varredura lateral: capta imagens de alta resolução do fundo do mar enviando pulsos de som e detectando objetos que refletem os pulsos sonoros de volta;
  • Sonar de abertura sintética: técnica usada para tornar o scanner maior e mais potente, permitindo enxergar mais longe e produzir imagens mais detalhadas;
  • Sonar multifeixe: usado para mapear a topografia do fundo do mar emitindo múltiplos feixes de sonar em padrão.

A empresa tem histórico de buscas bem sucedidas, incluindo a retirada de um submarino desaparecido da Marinha Argentina a quase mil metros de profundidade no Oceano Atlântico em 2018.

Para a nova missão, que pode durar 18 meses, as condições climáticas deverão ser mais favoráveis ​​entre janeiro e abril. A recompensa paga pelo governo será de US$ 70 milhões (R$ 401,77, na conversão direta) — para as famílias, poderá ser o momento tão aguardado de um desfecho da tragédia.

Imagem de sinais de radares coletados no dia do acidente (Imagem: Reprodução/Richard Godfrey)

O post Navio petroleiro e sonares: como será nova busca pelo avião da Malaysia Airlines apareceu primeiro em Olhar Digital.