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Descoberta no planeta K2-18 b prova existência de vida alienígena?

Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (16) abalou o mundo da astronomia. O estudo descobriu a presença de uma molécula em abundância que, na Terra, só existe em organismos vivos. Isso significa que existe vida além do nosso planeta? Entenda.

A pesquisa foi conduzida pela Universidade de Cambridge e publicada no The Astrophysical Journal Letters. Segundo os autores, caso exista vida no planeta K2-18 b, ela provavelmente está na água, e, nesse momento, essa é a melhor explicação para o sinal encontrado.

Isso não quer dizer, contudo, que a existência de vida em um planeta alienígena esteja confirmada.

“Este é um momento revolucionário. É a primeira vez que a humanidade vê bioassinaturas potenciais em um planeta habitável”, disse Nikku Madhusudhan, um dos autores do estudo. “Não é do interesse de ninguém afirmar prematuramente que detectamos vida”, ressaltou.

Quando vamos saber se realmente há vida no planeta K2-18 b?

O grupo de Cambridge descobriu que a atmosfera parece conter a assinatura química de pelo menos uma de duas moléculas associadas à vida: dimetilsulfeto (DMS) e dimetil dissulfeto (DMDS). Na Terra, esses gases são produzidos por fitoplâncton marinho e bactérias.

Espectro de transmissão do exoplaneta K2-18 b da zona habitável usando o espectrógrafo JWST MIRI. Créditos: A. Smith, N. Madhusudhan

Mais pesquisas precisam ser feitas para confirmar se o sinal identificado no K2-18 b, que está a 1,1 quatrilhão de quilômetros (124 anos-luz) de distância de nós, realmente revela a existência de vida por lá. A boa notícia é que isso não deve demorar muito.

“Esta é a evidência mais forte até agora de que possivelmente existe vida lá fora. Posso dizer com realismo que podemos confirmar esse sinal dentro de 1 a 2 anos.”
— Nikku Madhusudhan

Na verdade, o pesquisador vai além: “Se confirmarmos que há vida em K2-18 b, isso basicamente confirmaria que a vida é muito comum na galáxia.”

O que é o planeta K2-18 b?

O K2-18 b foi descoberto em 2017 por cientistas canadenses durante observação com telescópios terrestres localizados no Chile. Até então, era um planeta aparentemente comum, quando se fala dos que existem fora de nosso Sistema Solar.

É um planeta conhecido como sub-Netuno, sendo bem maior que os planetas rochosos de nosso Sistema Solar, porém menor que Netuno e demais planetas dominados por gás fora de nosso Sistema Solar.

Em 2021, Madhusudhan e seus colegas propuseram que os planetas sub-Netunos seriam cobertos por oceanos de água morna e envoltos em atmosferas ricas em hidrogênio, metano e outros compostos de carbono. Para descrever esses mundos peculiares, eles criaram o termo “Hiceano”, unindo as palavras “hidrogênio” e “oceano”.

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Como a pesquisa sobre vida no planeta K2-18 b foi feita?

Com o lançamento do JWST, em dezembro de 2021, os astrônomos ganharam uma visão muito mais detalhada de sub-Netunos e outros exoplanetas distantes. Durante o trânsito de um planeta em frente à sua estrela, sua atmosfera filtra a luz estelar: cada gás absorve comprimentos de onda específicos, e a análise dessas alterações espectrais permite inferir sua composição química.

O Telescópio Espacial James Webb já havia detectado dióxido de carbono em um planeta fora do Sistema Solar, mas apenas de forma indireta. Créditos: Dotted Yeti/Diki Prayogo – Shutterstock. Edição: Olhar Digital

Ao examinar o K2-18 b, Madhusudhan e sua equipe verificaram a presença de várias das moléculas que haviam previsto para um planeta hiceano. Em 2023, anunciaram, ainda, indícios tênues de sulfeto de dimetila (DMS), molécula essa de grande interesse.

No ano passado, numa segunda oportunidade de busca por DMS, eles usaram um instrumento diferente do Webb para analisar a luz que atravessava a atmosfera de K2-18 b. Desta vez, detectaram um sinal ainda mais intenso de sulfeto de dimetila, junto ao dissulfeto de dimetila (DMDS). “É um choque para o sistema”, disse Madhusudhan. “Passamos um tempo enorme só tentando nos livrar do sinal.”

Apesar de todas as tentativas de refinar as leituras, o sinal permaneceu firme. A equipe concluiu que o K2-18 b pode, de fato, abrigar um enorme estoque de DMS em sua atmosfera — milhares de vezes mais do que existe na Terra —, o que sugere que seus mares hiceanos estejam repletos de vida.

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Conheça a ‘planta alienígena’ que pode viver por mais de mil anos

No deserto do Namibe, entre a Angola e a Namíbia, vive uma misteriosa “planta alienígena” cuja vida pode se estender por mais de um milênio. Na verdade, estimativas apontam que a idade máxima da chamada Welwitschia mirabilis pode chegar a até 3.000 anos – o que explica seu apelido de “fóssil vivo”. E ela realmente parece de outro planeta!

Entenda:

  • Uma “planta alienígena” do deserto do Namibe pode viver por mais de mil anos;
  • Chamada de Welwitschia mirabilis, a planta passou por um evento de duplicação genética há milhões de anos, adquirindo uma combinação de genes que a mantém protegida nas condições extremas do deserto;
  • Além de raízes, a planta ainda possui duas folhas extremamente longas que capturam umidade;
  • Ainda, capaz de capturar matéria orgânica carregada do vento no deserto, a impressionante planta alienígena evita que o solo se torne infértil.
‘Planta alienígena’ vive no deserto e pode chegar a mais de mil anos. (Imagem: Pavaphon Supanantananont/Shutterstock)

A W. mirabilis é, na verdade, o único gênero vivo da família Welwitschiaceae, e sua longevidade impressionante está relacionada a um evento de duplicação genética que aconteceu há 86 milhões de anos. De acordo com um estudo publicado na Nature Communications, uma combinação de genes ajudou a planta a se adaptar e se manter protegida nas condições extremamente secas e quentes do deserto. 

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Planta alienígena tem folhas que nunca param de crescer

Foram necessárias duas décadas de pesquisas para confirmar a hipótese, mas, em 2005, um estudo determinou que a W. mirabilis desenvolveu algo chamado de metabolismo ácido das crassuláceas (MAC). O processo permite que a planta absorva dióxido de carbono na forma de ácido málico durante a noite, e o transforme em glicose durante o dia, através da fotossíntese.

Comprimento das folhas de ‘planta alienígena’ impressiona. (Imagem: Boonthasak1995/Shutterstock)

Além de raízes longas para encontrar água no subsolo, a planta alienígena também pode contar com um impressionante e igualmente extenso par de folhas que servem como uma “armadilha” de água, capturando a umidade na neblina. Para se ter ideia, suas folhas nunca param de crescer, podendo alcançar mais de 10 metros de circunferência.

E como se tudo isso já não fosse impressionante o suficiente, a W. mirabilis ainda consegue evitar que o solo se torne infértil apesar das condições extremas, enriquecendo-o com a matéria orgânica carregada pelo vento no deserto.

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Por que as pessoas acham que alienígenas são verdes? Entenda a origem da crença

Provavelmente, ao pensar em um alienígena, a imagem que vem à sua cabeça é de uma criatura pequena, cabeçuda, com olhos grandes e escuros, além da pele esverdeada, uma das principais características deste suposto ser. Mas, afinal, por que as pessoas acreditam que eles são verdes? A seguir, veja tudo sobre a origem do mito

Os aliens realmente são verdes? Veja de onde surgiu o mito

Por diversos meios foi criada a crença de que esses possíveis seres são verdes. No entanto, não há nenhuma comprovação científica sobre isso. Muito pelo contrário. Um estudo feito pela Universidade Cornell, nos EUA, e divulgado em 2024, indica que é mais provável que essas criaturas, caso existam em outros planetas, tenham a cor roxa

Isso porque locais com pouco oxigênio costumam ter a vida dominante de bactérias roxas. Nesses lugares, os seres podem utilizar a radiação infravermelha para realizar a fotossíntese, o que produz um tom arroxeado. 

Segundo estudo, a cor mais possível para alienígenas seria roxa, e não verde. Imagem: Layse Ventura via Freepik AI / Olhar Digital

Apesar deste estudo, as pessoas ainda têm enraizada a ideia de que essas criaturas são verdes. A seguir, veja possíveis origens do mito. 

Crença pode ter começado na Idade Média

Para alguns ufólogos (pesquisadores de vida extraterrestre), desde o século 12, na Idade Média, já havia histórias sobre criaturas verdes. Uma das mais populares é o suposto conto “As Crianças Verdes de Woolpit”, uma história muito popular na Inglaterra, mas que não se sabe ao certo se ela é verídica. Nela, duas crianças verdes surgiram na pequena Vila de Woolpit, no leste da Grã-Bretanha.

O conto foi dividido em duas partes. Há quem aponte que a história ocorreu durante o reinado do Rei Stephen (1135 a 1154) ou do Rei Henry II (1154 a 1189). A primeira parte teria sido escrita pelo historiador inglês William of Newburgh em sua obra Historia rerum Anglicarum (1196-98). Já a segunda, teria sido feita pelo cronista inglês Ralph of Coggeshall no Chronicon Anglicanum (1200-99).

Além disso, no início do século passado também começaram a surgir mais obras sobre criaturas verdes, mas desta vez com personagens que vinham de outros planetas, principalmente Marte, vizinho da Terra no Sistema Solar. 

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Existe uma história popular que surgiu em 1955 e que muitas pessoas acreditam ser o motivo pelo qual os alienígenas são caracterizados como verdes. Segundo os relatos, tudo ocorreu em um domingo, mas especificamente no dia 21 de agosto de 1955, em uma fazenda em Kelly, Kentucky, nos EUA. 

Por volta das 19h, um homem chamado Billy Ray Taylor invadiu a casa da família Sutton dizendo ter notado um objeto prateado no céu. Ele relatou que o OVNI (Objeto Voador Não Identificado) havia sobrevoado a casa e parado no ar antes de cair no chão. Porém, ninguém acreditou nele, até que o cachorro começou a latir uma hora depois sem parar, o que chamou atenção de todos. 

Então, o animal correu para baixo da casa. Foi aí que Billy e Lucky Sutton foram até a porta dos fundos e se depararam com um brilho do lado de fora. Nessa direção, eles viram uma criatura de aproximadamente 1 metro, braços longos quase encostando no chão, garras, cabeça redonda, corpo visualmente metálico e olhos brilhantes.

Ilustração de alienígena verde voando em uma mochila de jatos
Imagem: Layse Ventura via Freepik AI / Olhar Digital

Os dois pegaram espingardas e começaram a atirar contra os ‘visitantes’, mas a criatura não sofreu nada e correu para a escuridão. Logo após, um outro suposto alienígena surgiu na janela lateral e os homens voltaram a atirar. Assim foram aparecendo mais desses seres se aproximando da residência, o que fez eles fugirem e ir para a delegacia.

A polícia fez uma grande investigação, mas não conseguiu achar nada relevante. Assim que as autoridades saíram, os eventos continuaram até o nascer do sol. Vale destacar que o relato original diz que os alienígenas tinham uma cor metálica, mas conforme a história foi se espalhando, algumas coisas foram sendo mudadas, como a tonalidade da pele deles.

Mais relatos intensificam a crença

Uma das histórias que intensificam a crença é a de uma mulher do leste de Kentucky. O fato teria ocorrido anos depois dos acontecimentos na fazenda. Ela disse ter visto um OVNI e um homem verde de 1,8 metro de altura. 

Ao longo do tempo, vários outros relatos foram surgindo no mundo inteiro, como o ET de Varginha, no Brasil. Nesse caso, três meninas teriam visto um extraterrestre em janeiro de 1996. No entanto, até hoje esse mistério não foi desvendado e não se sabe se o que as garotas viram era realmente um ET.

Há relatos ainda mais recentes. Em 2023, por exemplo, uma família em Las Vegas afirmou ter visto criaturas bem altas “com cor esverdeada” no quintal depois de um objeto luminoso passar no céu e logo após haver um estrondo.

Apesar de não haver uma comprovação científica, um ano depois, análises de reconstituição usaram a Inteligência Artificial (IA) e afirmaram ser algo não humano, que usa “algum tipo de dispositivo de camuflagem”.

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alienígena. Crédito: Shutterstock

A origem dos “homenzinhos verdes” por meio de entretenimento

Alguns relatos também apontam que o estereótipo de “homenzinhos verdes” pode ter surgido no século 19, com o termo “little green men” tendo surgido pela primeira vez em um conto no jornal The Atlanta Constitution, o qual teria descrevido aliens. 

Anos depois, no início do século 20, surgiu a série fictícia de livros chamada Barsoom, de Edgar Rice Burroughs, o idealizador de Tarzan. Nela, era representado Marte e os alienígenas verdes. 

As criaturas passaram a ser elementos da cultura pop a partir do programa de rádio The War of The Worlds (“A Guerra dos Mundos”), que foi adaptado para os cinemas em 1953. Então, o termo “homenzinhos verdes” ficou ainda mais consolidado.

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Pescador encontra “cabeça de alien” no fundo do mar; veja

Não há nenhum registro oficial de contato de humanos com seres de outros planetas. Não sabemos nem se eles existem. O cinema e a literatura, no entanto, já povoaram nosso imaginário sobre como seria um alien. E, para a maioria das pessoas, ele não fugiria muito dessa imagem acima.

Essa cabeça esquisita foi encontrada pelo pescador e fotógrafo russo Roman Fedortsov. Ele se apresenta nas redes sociais como uma espécie de “caçador de monstros marinhos. E é bastante famoso no Instagram, onde já tem mais de 600 mil seguidores.

O vídeo da “cabeça de alien” (veja mais abaixo) é do mês passado, mas começou a viralizar mesmo somente agora. A primeira reação das pessoas foi de medo e espanto. Segundo o Daily Mail, os biólogos, então, entraram em cena e explicaram que não estamos diante nem de um monstro, nem de um alienígena.

Trata-se, na verdade, de um peixe. Um animal que infla em determinadas condições. E foi isso que aconteceu no episódio sobre o qual estamos falando.

Conheça o peixe-lapa liso

  • O nome científico dele é Aptocyclus ventricosus;
  • A espécie vive no fundo do Oceano Pacífico, a quase 1,7 mil metros de profundidade;
  • O primeiro relato sobre esse animal é de 1769;
  • De lá para cá, porém, os cientistas não descobriram muita coisa sobre eles;
  • Principalmente por causa dos seus costumes: eles vivem nas profundezas e costumam ir para a superfície apenas no período de reprodução;
  • Seu habitat natural é a bacia das Aleutas do Norte, na costa norte da península do Alasca;
  • De acordo com o U.S. Fish and Wildlife Service, é mais fácil encontrá-lo nos arredores da ilha Kodiak;
  • Exemplares adultos podem chegar a 44 centímetros de comprimento e pesar cerca de quatro quilos;
  • Já os filhotes podem ser minúsculos, com cinco centímetros apenas e pesando 50 gramas;
  • Sua dieta é formada, principalmente, por animais gelatinosos, como as águas-vivas, por exemplo;
  • Apesar de predarem as águas-vivas, ele, no entanto, é presa fácil para outros tipos de peixes, pássaros e mamíferos marinhos.

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Cabeça acima parece ter saído de algum filme da franquia “Alien”, mas não: é só a natureza agindo (Imagem: Divulgação/20th Century)

Outros “monstros” do russo

Se você jogar Aptocyclus ventricosus no Google, verá que o peixe não tem nada de mais, é normal. Os cientistas acreditam que ele teria inchado nesse tamanho devido à pressão e à aproximação rápida que teve até a superfície.

Uma outra pesquisa válida é uma visita ao perfil de Fedortsov no Instagram. Ele mostra todo tipo de criatura que já encontrou em águas profundas. Aí não estamos falando apenas de “aliens”, mas, também, de “dragões“, “fantasmas” e até da água-viva com cara de cachorro logo abaixo:

Essas descobertas excêntricas comprovam algo sobre o qual já falamos aqui no Olhar Digital: o ser humano conhece pouco sobre os oceanos. De acordo com especialistas, a humanidade conhece apenas 5% do fundo do mar. E o “peixe-alien” acaba de engrossar essa estatística.

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Esta é a aparência normal do “peixe-alien” (Imagem: © Erin McKittrick/CC BY 4.0)

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