Além do lobo-terrível: empresa ainda quer ‘reviver’ estes 3 animais extintos

No início desta semana, a Colossal Biosciences anunciou o nascimento de três filhotes que seriam do extinto lobo-terrível, popularmente retratado no fenômeno Game of Thrones como símbolo da Casa Stark. E, de acordo com a empresa, a “desextinção” não deve parar por aí: os pesquisadores já estão trabalhando para reviver outras três espécies extintas.

Entenda:

  • Além do lobo-terrível, a Colossal Biosciences quer “ressuscitar” outras três espécies pré-históricas;
  • A empresa disse que está trabalhando na “desextinção” do mamute-lanoso, do dodô e do lobo-da-tasmânia;
  • Os pesquisadores já criaram um rato-lanoso com características do mamute, e estudam a modificação genética do elefante-asiático (parente próximo da espécie extinta);
  • A comunidade científica e ambientalista, entretanto, vem levantando debates sobre a ética da desextinção e suas possíveis consequências nos ecossistemas.
Após lobo-terrível, empresa quer ‘ressuscitar’ outros animais pré-históricos. (Imagem: Colossal Biosciences)

O lobo-terrível (Aenocyon dirus) entrou em extinção há cerca de 13 mil anos. E o novo trio – que recebeu os nomes de Remus, Romulus e Khaleesi – é o resultado da modificação genética de lobos-cinzentos. Ou seja, apesar do que sugere a empresa no comunicado, a espécie não está realmente “de volta”.

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Empresa que ‘ressuscitou’ lobo-terrível visa outras espécies extintas

Como dissemos, a Colossal já está trabalhando para “ressuscitar” outras três espécies pré-históricas após o lobo-terrível. À Time, a equipe revelou que seus esforços estão, agora, focados no mamute-lanoso (Mammuthus primigenius), no dodô (Raphus cucullatus) e no lobo-da-tasmânia (Thylacinus cynocephalus, também chamado de tigre-da-tasmânia).

O mamute-lanoso, que viveu durante a Era do Gelo, entrou em extinção há cerca de 4 mil anos. Já os dodôs, originários da ilha de Maurício, e o lobo-da-tasmânia, último membro do gênero Thylacinus, foram extintos mais tarde, nos séculos XVII e XX respectivamente.

Em março, a Colossal usou uma cópia do DNA do mamute pré-histórico para criar o rato-lanoso, com pelos longos e metabolismo acelerado característicos do M. primigenius. A empresa também vem estudando o elefante-asiático (parente próximo do mamute-lanoso) para receber os genes da espécie extinta.

Empresa criou rato com características do extinto mamute-lanoso. (Imagem: Colossal Biosciences)

“Estamos desenvolvendo tecnologias que nunca existiram antes, e elas podem transformar não só a conservação, mas também a biologia reprodutiva humana e animal”, disse Ben Lamm, CEO da Colossal, na entrevista à Time.

‘Desextinção’ de animais pré-históricos é controversa

Vale lembrar que a iniciativa de “ressuscitar” espécies extintas vem sendo criticada pela comunidade científica e ambientalista, levantando debates sobre a ética da desextinção e as possíveis consequências da reintrodução desses animais – como o desequilíbrio das cadeias alimentares e da biodiversidade.

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Pegadas de dinossauro são encontradas em escola da Austrália

Paleontólogos descobriram 66 pegadas de 47 dinossauros de três dedos em uma rocha que estava em exposição numa escola em Queensland, Austrália. O artefato apresenta traços de uma espécie pouco conhecida na história natural da região.

A rocha foi um presente da área de mineração Callide para o colégio Biloela, que fica próximo da mina. Os mineradores de carvão encontraram a pedra e identificaram as pegadas de dinossauro, mas não houve uma pesquisa aprofundada na época.

Tudo mudou quando um time liderado por Anthony Romillo, paleontólogo da Universidade de Queensland, descobriu os vestígios pré-históricos. Eles visitaram a escola após uma pesquisa anterior do grupo ganhar popularidade e a instituição de ensino entrar em contato.

Pegadas na pedra destacadas digitalmente. (Imagem: University of Queensland)

Os cientistas passaram por desafios para fazer a pesquisa. A rocha pesa duas toneladas, por isso foi necessário um grupo grande para que pudessem movê-la até uma posição ideal para ser estudada. Também tiveram que retirar os chicletes que os alunos colaram no artefato.

Depois que a equipe fez um modelo 3D e fotografou o objeto, conseguiram se aprofundar na descoberta.  “Eu pude ver que havia muitas pegadas de dinossauros, sabia que era uma descoberta altamente significativa.” diz Romilio em um comunicado.

O solo onde os animais gravaram os vestígios teria sido uma superfície arenosa com uma camada rasa de água. Ao lado das pegadas, há também buracos que provavelmente foram feitos por invertebrados escavadores.

Uma espécie misteriosa de dinossauro

A equipe não pôde associar nenhum osso fóssil conhecido com as pegadas. Além disso, como esqueletos de dinossauros do Jurássico Inferior nunca foram encontrados na Austrália, o grupo não conseguiu constatar exatamente de qual espécie são as pegadas.

No entanto, a principal hipótese é de que sejam do Anomoepus scambus. Os cientistas a consideram uma icnoespécie, um tipo de espécime conhecido apenas por traços de fósseis e vestígios como pegadas, ninhos e fezes.

“Eles são todos pequenos animais que fizeram as pegadas. Todos parecem ser o mesmo tipo de dinossauro herbívoro de duas pernas”, explica o doutor.

Modelo 3D do Anomoepus scambus
Modelo 3D do Anomoepus scambus. (Imagem: University of Queensland)

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Por meio do tamanho das marcas de três dedos, a equipe estimou que os dinossauros teriam pernas variando de 15 a 50 centímetros de comprimento. Com elas, estariam correndo a uma velocidade entre 2 e 6 quilômetros por hora quando registraram as pegadas.

“Evidências de fósseis de esqueletos encontrados no exterior nos dizem que dinossauros com pés como esses eram herbívoros, com pernas longas, corpo robusto, braços curtos e uma cabeça pequena com bico”, diz Romilio.

Modelos de alta resolução dos fósseis estão disponíveis online, permitindo que qualquer pessoa explore esses vestígios pré-históricos em detalhes. O grupo pretende seguir com as pesquisas a fim de conhecer melhor o passado natural da Austrália.

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