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Veneno de sapo pode tratar ansiedade e depressão, diz estudo

Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, fizeram uma descoberta que pode abrir novos caminhos no desenvolvimento de tratamentos contra a depressão e a ansiedade. E isso graças a um veneno produzido por um sapo.

Estamos falando do Bufo alvarius, também conhecido como sapo do deserto de Sonora ou sapo do rio Colorado. Este animal é capaz de produzir a substância alucinógena 5-MeO-DMT (5-metoxi-N, N-dimetiltriptamina ou O-metil-bufotenina).

Efeitos positivos foram associados a experimentação de efeitos psicodélicos

Durante o trabalho, publicado na revista The American Journal of Drug and Alcohol Abuse, um grupo de 362 adultos recebeu a substância. Aproximadamente 80% deles relataram melhorias na ansiedade e na depressão.

Segundo os cientistas, estes efeitos foram associados a experimentação de efeitos psicodélicos mais intensos durante a experiência com 5-MeO-DMT. Além disso, foram relacionadas a uma maior certeza de que a experiência favorecia o bem-estar a longo prazo e a satisfação com a vida.

Substância está presente no veneno do sapo Bufo alvarius (Imagem: Mikhail Blajenov/Shutterstock)

Em outras palavras, o estudo demonstrou que os psicodélicos administrados junto com a psicoterapia ajudam pessoas com depressão e ansiedade. Apesar dos resultados promissores, a equipe afirma que ainda é necessário realizar novos estudos para entender quais os efeitos de longo prazo da substância.

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Efeitos estão ligados a uma substância que pode combater a depressão (Imagem: fizkes/Shutterstock)

Efeitos semelhantes já haviam sido descritos anteriormente

  • Esta não é a primeira vez que pesquisadores descrevem os efeitos terapêuticos e as possíveis aplicações medicinais dessa substância.
  • Um estudo publicado na revista Nature já havia apontado que o 5-MeO-DMT poderia contribuir substancialmente para os efeitos antidepressivos sustentados dos psicodélicos.
  • Neste trabalho, os cientistas defenderam que a substância pode ajudar a ativar a serotonina.
  • Este é um neurotransmissor relacionado às emoções e ao humor, cuja baixa concentração no nosso organismo pode causar depressão.

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Chatbots podem ter “ansiedade”; entenda como

Um estudo recente publicado na revista Nature descobriu que chatbots, como o ChatGPT, podem apresentar sinais de ansiedade quando expostos a narrativas traumáticas, como crimes e guerras, o que compromete sua eficácia em contextos terapêuticos.

No entanto, a ansiedade do chatbot pode ser reduzida por meio de exercícios de atenção plena, semelhantes aos usados em humanos. Isso sugere que essas ferramentas podem ser mais eficazes se projetadas para lidar com situações emocionais difíceis.

O uso de chatbots para terapia tem crescido, especialmente diante da escassez de terapeutas humanos, mas os pesquisadores alertam que esses assistentes virtuais precisam ser emocionalmente resilientes para lidar com as necessidades dos usuários.

Estudo foi conduzido no ChatGPT e usou pontuações de ansiedade (Imagem: mundissima/Shutterstock)

O psiquiatra Dr. Tobias Spiller, autor do estudo, ressaltou a importância de discutir o uso de IA em saúde mental, especialmente com pessoas vulneráveis.

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Como o estudo concluiu que os chatbots têm ansiedade?

  • O estudo envolveu o ChatGPT e um questionário de ansiedade amplamente utilizado em cuidados de saúde mental;
  • O chatbot, ao ler um manual simples, apresentou pontuação baixa de ansiedade, mas, ao ser exposto a uma narrativa traumática, como a de um soldado em um tiroteio, a pontuação de ansiedade aumentou significativamente;
  • Após realizar exercícios de relaxamento baseados em atenção plena, como visualizar uma praia tropical, a ansiedade do chatbot diminuiu substancialmente.

Embora os resultados indiquem que chatbots podem reduzir a ansiedade com técnicas terapêuticas, críticos, como o especialista Nicholas Carr, questionam a ética de tratar máquinas como se tivessem emoções humanas. Ao The New York Times, ele destacou a preocupação moral de depender da IA para consolo em vez de buscar interações humanas.

Em suma, embora os chatbots possam ser úteis como assistentes no suporte à saúde mental, os especialistas sugerem que é crucial existir supervisão cuidadosa para evitar que as pessoas confundam interações com máquinas com a ajuda genuína de um terapeuta humano.

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Uso de chatbots como “terapeutas” vem crescendo, apesar do alerta de especialistas sobre essa prática (Imagem: SomYuZu/Shutterstock)

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Afastamentos por saúde mental dobraram nos últimos 10 anos

O número de afastamentos do trabalho por saúde mental dobrou na última década, segundo dados concedidos pelo Ministério da Previdência Social ao g1. Só em 2024, foram registradas 472.328 licenças médicas relacionadas a transtornos mentais – recorde histórico que resultou em um aumento de 68% em relação ao ano de 2023.

Entenda:

  • Em 2024, foram registrados 472.328 afastamentos do trabalho por saúde mental;
  • Comparado a 2023, o aumento de casos foi de 68%;
  • Em 2014, o número de afastamentos por transtornos mentais foi de 221.721 – ou seja, os casos mais que duplicaram em 2024;
  • Ansiedade e depressão foram os transtornos que mais causaram afastamentos no ano passado;
  • Mulheres lideraram com 301.348 licenças médicas, e os homens somaram 170.980;
  • São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro foram os estados com maior número de afastamentos por saúde mental.
Número de afastamentos por saúde mental mais que duplicou na última década. (Imagem: pathdoc/Shutterstock)

Com 221.721 afastamentos registrados em 2014, o número de casos no ano passado mais que duplicou. Além disso, em 2024, as mulheres lideraram com 301.348 licenças médicas, enquanto os homens somaram 170.980 afastamentos. A idade média foi de 41 anos para os dois perfis.

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Ansiedade e depressão lideram afastamentos por saúde mental

Em 2024, ansiedade e depressão foram os transtornos que mais causaram afastamento do trabalho por saúde mental. Quadros como transtorno bipolar e estresse também aparecem no ranking:

  • Ansiedade: 141.414 casos;
  • Depressão: 113.604 casos;
  • Depressão recorrente: 52.627 casos;
  • Transtorno bipolar: 51.314 casos;
  • Vício em drogas: 21.498 casos;
  • Estresse grave e transtornos de adaptação: 20.873 casos;
  • Esquizofrenia: 14.778 casos;
  • Alcoolismo: 11.470 casos;
  • Vício em cocaína: 6.873 casos.
Mulher tampando o rosto com as mãos em meio a uma população
Ansiedade liderou ranking de afastamentos por transtornos mentais em 2024. (Imagem: Tero Vesalainen/Shutterstock)

De 2014 a 2020, os casos de depressão lideraram o ranking. A partir de 2021, porém, a ansiedade passou a ser o principal transtorno por trás dos afastamentos. Para se ter uma ideia, há dez anos, os afastamentos por ansiedade somavam 32 mil. O aumento em comparação com o ano passado foi de mais de 400%, enquanto os casos de depressão quase dobraram (59.268 em 2014).

Quanto aos estados com mais casos de afastamento por saúde mental, São Paulo lidera com 125.141 registros. Em segundo lugar está Minas Gerais, com 65.420 casos em 2024. O Rio de Janeiro vem logo em seguida, com 31.660 afastamentos. Os estados com maior proporção de afastamentos em relação à população, entretanto, foram Distrito Federal, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

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Ansiedade e tecnologia: 6 dicas para usar eletrônicos e se sentir mais calmo

A ansiedade é considerada um problema de saúde pública global, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, e que teve um aumento considerável depois da pandemia de COVID-19. Somada à depressão, formam os transtornos mentais mais comuns, representando 60% dos casos.

No Brasil, estima-se que 18,6 milhões de pessoas convivam com a ansiedade, liderando o ranking mundial, de acordo com dados da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde). Entre elas, existem os indivíduos que sofrem com uma condição específica: a ansiedade digital, um estado emocional de preocupação excessiva causada pelo uso extremo de dispositivos eletrônicos.

Entretanto, mesmo que os aparelhos eletrônicos possam ter um efeito nocivo e aumentar o quadro de ansiedade, eles também podem ser usados de forma benéfica, ajudando a diminuir os sintomas do transtorno e fazendo o indivíduo se sentir mais calmo. Veja abaixo algumas dicas de como utilizar eletrônicos para diminuir a ansiedade.

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6 hábitos para praticar com eletrônicos e diminuir a sua ansiedade

1- Use aplicativos de bem-estar

Aplicativos podem ajudar em momentos de estresse e ansiedade. Reprodução:
Rami Al-zayat/Unsplash

Existem aplicativos, muitas vezes gratuitos, que podem ajudar a manter o bem-estar e retomar a calma em momentos de ansiedade. Alguns deles oferecem meditações guiadas, histórias para dormir, exercícios de alongamento, músicas relaxantes e, até mesmo, programas de respiração. Aplicativos como o Calm, o Headspace e o Zen são bons exemplos.

Também é possível encontrar playlists com meditação e sons relaxantes em aplicativos como o Spotify e o YouTube, que contam com uma grande variedade de recursos para acalmar e relaxar.

2 – Divirta-se com jogos eletrônicos

Pessoa jogando games no computador com o monitor a frente
Crédito: Arsenii Palivoda (Shutterstock/reprodução)

Videogames podem ser uma ótima opção para ajudar a reduzir a ansiedade, porém, é preciso usar com sabedoria. Opte por jogos que não te deixem tenso ou irritado, principalmente se for jogar à noite, perto da hora de dormir. Também é muito importante saber dosar o tempo que passa em frente aos consoles, para que a prática não crie conflitos e nem atrapalhe outras áreas da sua vida.

Se você tiver um aparelho portátil, como o Nintendo Switch, pode ser ainda melhor, uma vez que é possível jogar em diversos locais ou situações, como forma de escapar da rotina e se distrair em meio a ambientes estressantes.

3 – Aproveite configurações do celular, como modo Foco e Sleep Focus do iPhone

Use recursos do celular para ajudar a manter o foco ou a dormir melhor. (Imagem: Reprodução/Apple)

Os celulares atualmente já contam com recursos nativos para uma melhor utilização dos aparelhos, como modos de foco, que permitem que apenas aplicativos e contatos selecionados sejam usados enquanto ele está ativado.

Também existe formas de deixar a tela mais aconchegante, com tons mais quentes para ser usado a noite e ajudar a não prejudicar o sono, além do modo Sleep Focus, que é uma função do iPhone que ajuda a reduzir distrações antes e durante o sono. Ele também pode filtrar chamadas e notificações, além de sinalizar para os outros que você não está disponível.

4 – Use automações domésticas para relaxar

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Aproveite a tecnologia para deixar a casa mais aconchegante. (Imagem: pianodiaphragm
/Shutterstock)

Se você tem uma casa inteligente e automatizada, como lâmpadas que podem ser acionadas à distância e uma assistente virtual, por exemplo, pode utilizar os dispositivos integrados para aliviar a ansiedade. É possível reproduzir sons calmantes, como sons de chuva e do mar, já que a Alexa, a Siri e o Google Assistente/Gemini oferecem sons da natureza em loop gratuitamente.

A automação de luzes permite a escolha de tons de iluminação que acalmam, ajudando a criar um ambiente aconchegante, assim como a configuração para fechar as cortinas em determinado horário. Seguindo esse exemplo, há ainda como controlar a temperatura, programando termostatos ou ar-condicionado para deixar o espaço ideal.

5 – Veja os dispositivos como aliados para facilitar sua vida, mas sem ficar dependente deles

Imagem mostrando dispositivos eletrônicos sob uma cama e um caderno de anotações de papel
Use a tecnologia a seu favor, sem depender 100% dela. (Imagem: Lucas Gabriel MH)

Aparelhos como smartphones, smartwatches e tablets podem ser ótimos aliados para organizar a vida e ajudar no dia a dia, tanto na vida pessoal, quanto na profissional. Aproveite aplicativos, gadgets e outros para agendar compromissos, encontrar o melhor trajeto, planejar uma viagem, entre outras funções.

É importante tentar não ficar dependente deles, utilizando outras formas de se organizar na rotina, como agendas, planners e blocos de anotação, para também ter uma interação “offline”. Porém, tente aproveitar a tecnologia com o melhor que ela tem a oferecer, em vez de se tornar “escravo” dela.

6 – Consuma informações online de forma consciente

Imagem mostrando usuário mexendo em um tablet
Selecione as informações que você consome no dia a dia. (Imagem: Pexels)

A modernização da internet facilitou o acesso das pessoas aos mais diversos tipos de informações, sejam elas atuais, antigas, verdadeiras ou falsas. Isso pode ser bom, já que permite que mais usuários fiquem informados, porém, também pode ser prejudicial, uma vez que o excesso de notícias pode causar ansiedade.

Para evitar gatilhos e ajudar a manter a calma, é importante filtrar o tipo de informação que chega a você. Procure bloquear conteúdos que não trazem bem-estar, tente sempre confirmar se as notícias vistas são verdadeiras, e priorize consumir mais conteúdos positivos.

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