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Ramsés III: achado histórico lança luz sobre rotas do Antigo Egito

Arqueólogos descobriram uma rara inscrição do faraó Ramsés III no sul da Jordânia. Os hieróglifos revelaram novas informações sobre as relações do Antigo Egito com a Península Arábica.

A equipe encontrou as marcações cravadas em uma rocha na Reserva de Wadi Rum, localizada perto da fronteira com a Arábia Saudita. Elas estão divididas em dois cartuchos: um com o nome de nascimento de Ramsés III e outro com seu nome de faraó. Essas informações confirmaram seu reinado sobre o Alto e Baixo Egito entre 1186 a.C. e 1155 a.C.

“Esta é uma descoberta histórica que aumenta nossa compreensão das conexões antigas entre o Egito, a Jordânia e a Península Arábica”, disse a Ministra do Turismo e Antiguidades da Jordânia, Lina Annab, em uma coletiva de imprensa.

As inscrições estão numa rocha entre a Jordânia e a Arábia Saudita. (Imagem: Ministério do Turismo e Antiguidades da Jordânia)

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Egito e Arábia: uma antiga relação

O Ministério de Turismo e Antiguidades da Jordânia está conduzindo a pesquisa e as escavações. O projeto é parte de uma iniciativa maior de documentar evidências das campanhas militares e culturais de Ramsés III para além das fronteiras do Egito.

A Jordânia nunca foi parte do Império Egípcio, mas estava em diversas rotas de comércio entre o Egito, o Levante e a Arábia. Os hieróglifos descobertos podem revelar mais sobre a relação entre essas regiões.

“A descoberta é crucial. Ela pode abrir caminho para uma compreensão mais profunda das interações do Egito com o sul do Levante e a Península Arábica há mais de 3.000 anos”, disse o Dr Zahi Hawass, arqueólogo e ex-ministro do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito.

Ramsés III entrou para a história por defender o Egito contra invasores, principalmente os chamados Povos do Mar, e pela construção de grandes projetos. Sua história foi marcada pela batalha do Delta, quando o faraó derrotou os invasores marítimos.

Uma análise mais profunda do artefato está em processo — com a possibilidade de mais escavações no local. A equipe irá lançar um panorama maior da descoberta assim que o estudo estiver completo.

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Porta rosa gigante de 4.400 anos revela túmulo de príncipe egípcio

Uma nova descoberta arqueológica movimentou o mundo da egiptologia. Pesquisadores encontraram o túmulo de um antigo príncipe egípcio com cerca de 4.400 anos em Saqqara, uma vasta necrópole perto de Cairo, capital do Egito.

O grande destaque do achado foi uma porta “falsa” de granito rosa de proporções impressionantes, que os antigos egípcios acreditavam ser um portal entre o mundo dos vivos e o além.

Túmulo é de príncipe desconhecido

O túmulo pertence ao príncipe Userefre, filho do faraó Userkaf, que reinou por volta de 2465 a 2458 a.C., durante a V dinastia do Egito Antigo. A descoberta é tão recente que, como explica o egiptólogo Ronald Leprohon, da Universidade de Toronto, “antes desta descoberta, nem sabíamos que ele existia”.

O nome do príncipe, segundo o especialista, pode ter significado “Rá é poderoso”, em referência ao deus sol Rá, figura central na mitologia egípcia.

Porta falsa de 4,5 metros

A tal porta falsa, feita de granito rosa, mede cerca de 4,5 metros de altura por 1,2 metro de largura, conforme informações do Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito. Essas estruturas eram comuns nos túmulos da época, pois os antigos egípcios acreditavam que a alma dos falecidos podia usar essas passagens simbólicas para entrar e sair do mundo dos vivos, como explica um artigo do Museu Metropolitano de Arte de Nova York.

A gigantesca porta falsa do túmulo. Os antigos egípcios acreditavam que o espírito do falecido podia entrar e sair por ela. (Crédito da imagem: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito)

O tamanho colossal e o material nobre da porta chamaram a atenção dos especialistas. Zahi Hawass, renomado egiptólogo e ex-ministro de antiguidades que lidera as escavações, destacou que “esta é a primeira vez que uma porta falsa como esta foi encontrada em Saqqara”.

Para Hawass, o status de príncipe e os importantes títulos que Userefre possuía justificam a construção de uma porta tão grandiosa. As inscrições na porta revelam que ele era um “príncipe hereditário”, além de “juiz”, “ministro” e “governador” de duas regiões.

Hieróglifos esculpidos encontrados dentro do túmulo.(Crédito da imagem: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito)

Melanie Pitkin, curadora sênior do Museu Chau Chak Wing da Universidade de Sydney, ressaltou a raridade do material: “Naquela época, as portas falsas eram mais comumente feitas de calcário, um recurso abundante no Egito. Como o granito rosa e vermelho era extraído e transportado de Aswan, cerca de 644 km ao sul, era mais caro e reservado à realeza”.

Próximo à porta, os arqueólogos encontraram uma mesa de oferendas feita de granito vermelho. Ronald Leprohon explica que os antigos egípcios costumavam deixar alimentos nessas mesas, acreditando que o falecido poderia “magicamente” se alimentar das oferendas.

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Túmulo pode ter sido reutilizado

Uma reviravolta interessante na história do túmulo é que ele parece ter sido reutilizado durante a XXVI dinastia (cerca de 688 a 525 a.C.). Nessa época, uma estátua representando o rei Djoser (que reinou por volta de 2630 a 2611 a.C.), sua esposa e filhos foi colocada ali. Djoser é uma figura icônica, responsável pela construção da primeira pirâmide de degraus em Saqqara.

A análise da estátua sugere que ela foi criada durante o reinado de Djoser e pode ter sido retirada da própria pirâmide ou de algum edifício próximo. O motivo de sua transferência para o túmulo do príncipe séculos depois ainda é um mistério.

Com informações do Live Science.

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A mensagem oculta escondida em um obelisco egípcio de 3.300 anos em Paris

O Obelisco de Luxor, em Paris, guarda algumas curiosidades. Primeiro, ele é egípcio e foi doado para a França pelo vice-rei do Egito Mehmet Ali. Segundo, ele foi posicionado no Centro da Praça da Concórdia onde, antes, ficava uma guilhotina usada na Revolução Francesa. Terceiro, ele guarda uma mensagem escrita em hieróglifos que só pode ser lida do Rio Nilo.

Esta última ‘curiosidade’ foi uma descoberta de Jean-Guillaume Olette-Pelletier, egiptólogo e especialista em criptologia hieroglífica da Universidade Católica de Paris. Em 2021, quando o obelisco estava em reforma, ele encontrou a mensagem oculta no topo da construção.

E assim, iniciou uma saga para descobrir o que ela significa. Spoiler: ele conseguiu.

Obelisco de Luxor, na Praça da Concórdia, em Paris (Imagem: kavalenkau/Shutterstock)

Obelisco egípcio em Paris tem uma mensagem oculta

O Obelisco de Luxor tem 3.300 anos e veio do Egito como um presente do então vice-rei. Ele virou um verdadeiro ponto turístico da capital francesa. Mas mesmo depois de tanto tempo (e tantas fotos tiradas lá) ninguém percebeu uma mensagem oculta na construção.

Vamos ser justos: a inscrição fica no topo do obelisco, bem longe da vista humana, o que explica ter se mantido escondida por tanto tempo. Isso mudou em 2021, quando a estrutura entrou em reforma. Na ocasião, Olette-Pelletier teve acesso ao prédio e, em cima de um andaime, conseguiu examinar as partes mais altas.

A tal mensagem oculta fica perto da ponta dourada em forma de pirâmide no topo. Não bastou encontrá-la para desvendar seus segredos: as inscrições estavam em hieróglifos e foram escritas em uma técnica que as obscurecia, ocultando seu significado.

Segundo o pesquisador à Science et Avenir, trata-se de uma “criptografia hieroglífica” que não é nada fácil de ler hoje em dia. Ele afirmou que apenas seis estudiosos no mundo todo conseguem decifrar a mensagem (por sorte, o próprio Olette-Pelletier é um deles).

Ramsés II, rei do Egito
Mensagem foi escrita no reinado de Ramsés II (Imagem: Wikimedia Commons)

Descoberta não foi tão simples

Olette-Pelletier explicou que os hieróglifos foram criados para “serem lidos em 3D”. Ele já havia publicado um estudo sobre outras mensagens ocultas em 3D.

Para entendermos como o pesquisador conseguiu decifrar a charada, precisamos voltar no tempo e conhecer a história da construção. O IFLScience relembrou:

  • Antes de ser doada a Paris, o obelisco ficava do lado de fora do Templo de Luxor, no Alto do Egito;
  • Os pilares foram construídos por volta do século XIII a.C., no reinado de Ramsés II;
  • Uma das laterais do prédio tinha vista para o Rio Nilo;
  • A mensagem foi escrita em um ângulo de 45ºC, para ser lida por passageiros que viajam pelo Rio Nilo em direção ao local.

Foi isso que o pesquisador fez. Ele calculou a distância e o ângulo onde deveria ficar para ler a mensagem.

Quando calculei onde ficar naquele momento para poder admirar esta parte do obelisco, acabei bem no meio do Nilo. E então eu entendi: ele só deveria ser visto pelos nobres que chegavam de barco ao templo de Luxor durante o festival anual de Opet, que celebrava o retorno das forças vitais do deus Amon.

Jean-Guillaume Olette-Pelletier

Obelisco foi doado do Egito para a França (Imagem: Pandora Pictures/Shutterstock)

O que dizia a mensagem oculta?

A mensagem exaltava Ramsés II e seu poder divino. Já outra encorajava os leitores a realizarem oferendas para diminuir a ira dos deuses egípcios.

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Ou seja, era uma mensagem para os súditos de Ramsés II – não para os franceses, nem para os turistas.

Olette-Pelletier pretende publicar esta descoberta no periódico ENiM.

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Misterioso amuleto de 3.800 anos é descoberto em Israel

Um achado impressionante foi realizado por uma criança de apenas três anos de idade em Israel.

A menina estava caminhando com a família por uma trilha quando encontrou um amuleto de escaravelho de 3.800 anos.

A descoberta aconteceu em Tel Azekah, local que foi habitado durante a Idade do Bronze. Os pais contaram que ela percebeu uma pedra diferente. Foi então que a Autoridade de Antiguidades de Israel foi acionada para identificar o objeto.

Amuleto tinha função religiosa

  • Análises realizadas por arqueólogos confirmaram que se tratava de um escaravelho cananeu da Idade do Bronze Média.
  • De acordo com textos antigos, Canaã incluía partes do atual Israel, os territórios palestinos, o Líbano, a Síria e a Jordânia.
  • Estes escaravelhos eram usados como amuletos durante o período.
  • Os objetos já foram encontrados em túmulos, prédios públicos e até casas particulares.
  • Às vezes, eles carregam símbolos e mensagens que refletem crenças ou status religiosos.
  • As informações são do Live Science.

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Conexão com o antigo Egito

A descoberta revela a existência de estreitas conexões culturais entre o antigo Egito e Israel. Isso porque os amuletos de escaravelho têm origem entre os antigos egípcios. Além disso, o desenho de besouro presente no objeto descoberto tinha importância para aquele povo.

Amuletos foram criados no Egito antigo e evidenciam relação entre os povos (Imagem: FrentaN/Shutterstock)

Por conta disso, os pesquisadores acreditam que o amuleto foi criado pelos egípcios e depois levado até o Oriente Médio. Como isso teria acontecido, no entanto, continua sendo um mistério. A equipe planeja realizar novas análises no material.

A ideia é que o escaravelho fique disponível para a visitação do público num futuro próximo. Ele ficaria junto com outros artefatos das eras egípcia e cananéia no Campus Nacional Jay e Jeanie Schottenstein para a Arqueologia de Israel, na cidade de Jerusalém.

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Eclipse solar pode ter feito faraó quebrar tradição milenar do Egito Antigo

Uma pesquisa recente sobre as dinastias egípcias antigas sugere que um eclipse solar total, ocorrido em 2471 a.C., pode ter influenciado a construção da tumba do faraó Shepseskaf. O estudo indica que o evento astronômico teria levado a uma mudança temporária na tradição funerária do Egito.

Em poucas palavras:

  • Um eclipse solar total ocorrido há exatos 4.496 anos pode ter influenciado a tumba do faraó Shepseskaf;
  • Diferentemente de seus antecessores, ele construiu uma tumba retangular, não uma pirâmide;
  • Durante o evento, Vênus, Mercúrio e as Plêiades apareceram alinhados ao redor do Sol ocultado pela Lua;
  • Se confirmada, essa teoria reforça que fenômenos astronômicos afetaram a cultura e religião no Egito Antigo.

Durante a Quarta Dinastia, os faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos ergueram as icônicas pirâmides de Gizé, associadas ao culto ao deus solar Rá. Segundo as crenças egípcias, Rá havia surgido de um monte piramidal e suas pirâmides simbolizavam os raios solares. O nome de vários faraós dessa dinastia incluía o sufixo “-Ra” em referência à divindade.

No entanto, quando Shepseskaf assumiu o trono, essa tradição foi abruptamente interrompida. Em vez de uma pirâmide, sua tumba foi construída em um formato retangular ao sul de Saqqara, longe de Heliópolis, o principal centro de culto a Rá. Com 99,6 metros de comprimento e 74,4 metros de largura, a estrutura era imponente, mas destoava dos túmulos anteriores.

Mastaba de Shepseskaf, túmulo do último faraó da quarta dinastia egípcia. A tumba é uma estrutura retangular de aproximadamente de 10 fileiras de enormes blocos de calcário, que atualmente estão sujeitos a erosão. Crédito: Isida Project

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Fenômenos astronômicos moldaram crenças e tradições no Egito

O arqueoastrônomo Giulio Magli, professor da Faculdade de Arquitetura Civil do Politécnico de Milão, na Itália, investigou várias hipóteses sobre essa mudança. Algumas teorias sugerem que Shepseskaf não teve tempo ou poder para erguer uma pirâmide, mas a grandiosidade de sua tumba indica o contrário. Outra explicação propõe que ele queria se distanciar das pirâmides por razões políticas ou religiosas.

Magli acredita que um evento astronômico pode ter influenciado essa decisão. Ele analisou os eclipses solares que ocorreram na época e calculou que, em 1º de abril de 2471 a.C., um eclipse total aconteceu na região. Esse fenômeno durou quase sete minutos – um tempo excepcionalmente longo para um eclipse solar total.

Tumba do faraó Shepseskaf, retangular, contrastando com o túmulo tradicional em formato de pirâmide ao fundo da imagem. Crédito: Vincent Brown – Flickr

Durante o evento, Vênus e Mercúrio teriam ficado visíveis, alinhados de forma simétrica ao longo da eclíptica, com o Sol e a Lua no centro. Além disso, as Plêiades, um aglomerado de estrelas também conhecido como “As Sete Irmãs”, poderiam ter sido vistas próximas ao Sol obscurecido. Esse cenário raro pode ter impressionado profundamente os egípcios.

Ainda não se sabe se o eclipse foi interpretado como um bom ou mau presságio. No entanto, Magli sugere que a forma e a localização da tumba de Shepseskaf podem estar diretamente ligadas ao evento. O monumento teria sido construído exatamente dentro da área onde a totalidade do eclipse foi visível.

Se essa teoria estiver correta, o eclipse pode ter desencadeado uma mudança momentânea no culto ao Sol, levando Shepseskaf a romper com a tradição das pirâmides. Isso reforça a ideia de que fenômenos astronômicos influenciaram a cultura e as crenças do Egito Antigo de maneiras ainda pouco compreendidas.

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Tumba de faraó desconhecido é desenterrada no Egito

Uma equipe formada por arqueólogos egípcios e norte-americanos localizou uma enorme tumba em Abidos, uma das cidades mais antigas do antigo Egito. A construção estava soterrada pela areia e, segundo análises, tem 3.600 anos.

Os pesquisadores explicam que este local serviu como ponto sepultamento para os primeiros faraós, e uma necrópole se desenvolveu na Montanha Anúbis, ao sul da cidade. No entanto, não se sabe quem estava enterrado dentro da tumba recém-descoberta.

Não foram encontrados restos mortais no local

  • A câmara funerária possui uma entrada decorada, várias salas e abóbadas feitas de tijolos de barro.
  • Cenas pintadas em alvenaria mostram a deusa Ísis e sua irmã Néftis.
  • No entanto, não havia restos mortais dentro da tuba.
  • Além disso, a estrutura sofreu grandes danos ao longo dos séculos, dificultando o seu estudo.
  • Por conta disso, os pesquisadores do Museu Penn não sabem dizer qual faraó foi enterrado ali.
  • As informações são do The New York Times.
Tumba foi encontrada soterrada pela areia em uma das cidades mais antigas do antigo Egito (Imagem: Museu Penn)

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Teoria defendida pelos arqueólogos

Apesar da falta de evidências, as semelhanças da tumba recém-descoberta com uma construção localizada em 2014, que pertencia ao faraó Seneb-Kay, chamaram a atenção da equipe. Além disso, elas seriam as primeiras a terem decorações em seu interior.

Isso levou os arqueólogos a levantar a hipótese de que o espaço tenha sido construído para um membro da chamada dinastia Abidos. As principais apostas são Senaiib e Paentjeni, que aparecem em monumentos desenterrados em Abidos.

Tumba de faraó
Construção foi dedicada a um faraó ainda desconhecido (Imagem: Merydolla/Shutterstock)

Outra possibilidade é que esta época tenha sido marcada por faraós guerreiros. De qualquer forma, o achado deve ajudar a ciência a entender mais sobre esta antiga dinastia, que possivelmente comandou apenas algumas regiões em torno da cidade, e não todo o Egito antigo.

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Tumba de 3 mil anos de comandante do faraó Ramsés III é encontrada no Egito

Uma escavação arqueológica realizada em Tell Roud Iskander, no Egito, revelou a tumba de um comandante militar de alto escalão da época do faraó Ramsés III. O túmulo possui uma câmara funerária principal, três salas adjacentes, além de relíquias funerárias e joias.

No local, foram desenterradas também tumbas e valas comuns que datam dos períodos greco-romano e romano tardio. As descobertas revelam a importância militar da região, que no passado abrigou uma série de fortificações e castelos.

Homem teria servido ao faraó Ramsés III

  • Em comunicado, o Conselho Supremo de Antiguidades informou que toda a tumba foi construída com tijolos de barro e revestida internamente com argamassa branca.
  • Dentre os itens identificados no local, destacam-se: pontas de flechas de bronze, vasos de alabastro adornados com inscrições levemente preservadas, um anel de ouro gravado com o cartucho do Rei Ramsés III, contas coloridas, pedras e uma pequena caixa de marfim intrincadamente trabalhada.
  • A presença dessas relíquias, bem como a qualidade dos materiais utilizados no espaço sugerem a alta patente do seu ocupante.
  • Provavelmente, ele desempenhou um cargo militar de bastante distinção e foi influente no país durante boa parte de sua vida.
Tumba teria pertencido a importante comandante militar do Egito antigo (Imagem: Conselho Supremo de Antiguidades)

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Tumba também revelou materiais de outras épocas

Os arqueólogos ainda localizaram um esqueleto humano dentro na tumba do comandante. Mas, diferentemente do que seria comum para os enterros do Novo Império (de 1580 a 525 a.C.), o corpo estava coberto com uma camada de cartonagem.

Esta técnica teria pertencido a um período posterior da cultura egípcia, o que indica a possibilidade do ambiente ter sido reaproveitado em eras subsequentes. Nos arredores da sepultura, a equipe escavou outras valas mais simples, pertencentes aos períodos greco-romano e romano tardio.

Artefatos do Egito antigo também foram desenterrados na região (Imagem: Conselho Supremo de Antiguidades)

Nelas, foram encontrados restos de esqueletos e uma coleção incrível de amuletos, incluindo alguns com representações de divindades, como Bes, protetor das famílias, e Hórus, que simbolizava a cura e bem-estar.

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Esqueletos desafiam o que sabemos sobre as Pirâmides do Egito

As Pirâmides do Egito são um dos monumentos mais famosos da antiguidade. E apesar de terem sido estudadas por décadas, estas incríveis estruturas ainda podem guardar alguns segredos, como revela um novo trabalho.

Pesquisadores fizeram uma descoberta no sítio arqueológico de Tombos, no atual Sudão, que pode mudar a história que conhecemos. Trata-se de esqueletos que não pertenciam aos mais poderosos e ricos da sociedade antiga.

Esqueletos intrigam pesquisadores

  • Localizada no norte do Sudão, Tombos foi capturada pelos antigos egípcios há 3.500 anos.
  • Este era o período de domínio dos faraós, quando a nobreza ainda costumava enterrar os seus mortos nas pirâmides.
  • Em tombos, foram encontradas ruínas de ao menos cinco construções feitas de tijolos de barro.
  • E nelas foram localizados esqueletos que não pertencem aos mais abastados, como se imaginava ser a tradição.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado no Journal of Anthropological Archaeology.
Pirâmides podem ter abrigado também pessoas de classes sociais inferiores (Imagem: Guenter Albers/Shutterstock)

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Restos mortais podem ser de servos

Análises feitas nos ossos revelaram que aqueles eram os restos mortais de pessoas extremamente ativas. Isso indica que eles seriam trabalhadores, o que revolucionaria a noção de que apenas os mais ricos tinham direito aos enterros nas tumbas de pirâmides.

No entanto, alguns cientistas contestam esta conclusão. Foram levantadas teorias de que seriam restos de nobres que decidiram manter a forma como reforço de seu status, mas há muita evidência de que os padrões das elites eram estritamente diferentes dos plebeus.

Restos mortais e outros objetos encontrados em pirâmides egípcias (Imagem: Journal of Anthropological Archaeology)

Outra explicação, sugerida pela própria equipe responsável pela descoberta, seria de que os servos poderiam ter sido enterrados com seus mestres para servi-los no além vida. Os egípcios antigos acreditavam precisar de servos na vida após a morte, mas usavam pequenas figuras enterradas consigo, chamadas ushabits, e não servos humanos.

Neste caso, os servos poderiam ter sido enterrados como um “plano B”. De qualquer forma, não se sabe ao certo o que estes esqueletos revelam, sendo necessários mais estudo para tirarmos qualquer tipo de novas conclusões.

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Descoberta de nova tumba real reacende mistérios sobre Tutmósis II

Em achado que remete aos tempos de Howard Carter e do túmulo de Tutancâmon, egiptólogos desenterraram uma tumba real decorada na região de Luxor, a oeste do icônico Vale dos Reis. Trata-se do primeiro local desse tipo descoberto em mais de um século.

Tumba milenar e a identidade do faraó

  • Fragmentos de cerâmica e vestígios diversos encontrados no amplo espaço subterrâneo indicam que a tumba pertencia a Tutmósis II, jovem faraó que morreu prematuramente há mais de três mil anos;
  • Esse é o último túmulo não identificado dos descendentes conhecidos da 18ª Dinastia, época marcada pelo apogeu do poder e das ambições imperialistas egípcias;
  • A descoberta também ajuda os estudiosos a delimitar o período em que os antigos egípcios passaram a enterrar seus reis no Vale dos Reis, logo após a morte de Tutmósis II.

Os arqueólogos afirmam, com convicção, a autoria do túmulo em relação ao faraó, baseando-se em fragmentos de alabastro inscritos que revelam que sua esposa e meia-irmã, Hatshepsut — que viria a se tornar a mais influente governante feminina da história do Egito — foi a responsável pela construção da câmara funerária em sua homenagem.

Esse é o último túmulo não identificado dos descendentes conhecidos da 18ª Dinastia (Imagem: Divulgação/Ministry of Tourism and Antiquities)

Elementos, como um teto ornamentado com estrelas amarelas sobre fundo azul e a descoberta de um texto religioso reservado aos reis, reforçaram essa conclusão, conforme explica Trent Hugler, egiptólogo da Universidade de Oxford (Inglaterra), que não participou da descoberta, ao The Wall Street Journal.

Anunciada no mês passado, a descoberta é fruto de colaboração entre o Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito e a New Kingdom Research Foundation, ligada à Universidade de Cambridge (Inglaterra).

Entretanto, o mistério se aprofunda: todos os pertences e móveis que acompanhariam Tutmósis II no sepultamento, assim como o próprio corpo, desapareceram do local.

Sinais de danos causados pela água e o completo esvaziamento dos itens funerários sugerem que, durante uma inundação, o conteúdo da tumba foi transferido para novo local, e não saqueado por ladrões, explica Piers Litherland, chefe da New Kingdom Research Foundation.

“Quando a tumba foi inundada, seus itens foram removidos para outro túmulo, que ainda não encontramos“, afirmou Litherland. Reenterramentos como esse não eram incomuns na antiguidade, segundo Hugler.

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Dúvida sobre verdadeira múmia de Tutmósis II

A localização do corpo de Tutmósis II ainda gera controvérsias. Uma múmia exposta no Museu Nacional da Civilização Egípcia, no Cairo (Egito), descoberta em 1881, é tradicionalmente atribuída ao faraó.

Contudo, alguns estudiosos argumentam que o indivíduo, que faleceu entre os 30 e 40 anos, aparenta ter idade incompatível com Tutmósis II, que teria ascendido ao trono na adolescência e governado por apenas alguns anos.

Apesar de um representante do museu afirmar que uma inscrição no sudário confirma a identidade do monarca, Hugler aponta que o nome está grafado incorretamente, sugerindo que o corpo pode ter sido rotulado erroneamente por antigos sacerdotes.

Fragmentos de alabastro inscritos revelariam que esposa e meia-irmã de Tutmósis II foi a responsável pela construção da câmara funerária em sua homenagem (Imagem: Divulgação/Ministry of Tourism and Antiquities)

Diversos especialistas acreditam que ainda existe um segundo túmulo de Tutmósis II, possivelmente contendo os artefatos funerários transferidos do local recém-descoberto.

Litherland deposita esperança na localização desse sepultamento, prevendo que o corpo também esteja lá. “Espero que possamos esclarecer essas dúvidas com novas evidências. Esse é o foco de nossas investigações atualmente”, concluiu.

A descoberta não só enriquece o panorama da história egípcia, mas, também, instiga novas pesquisas sobre os rituais de sepultamento e as dinâmicas de reenterramento praticadas na antiguidade.

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