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Fevereiro interrompe ciclo de recordes da temperatura global

A temperatura média global da superfície ficou 1,59°C acima da média pré-industrial (estimada de 1850-1900) em fevereiro, segundo o observatório europeu Copernicus. A medição ficou 0,18ºC abaixo do recorde de fevereiro de 2024 e interrompeu o ciclo de recordes dos últimos 20 meses — mas não há motivo para comemorar.

Esse foi o terceiro fevereiro mais quente da história, com períodos mais secos do que a média no sudeste da América do Norte e América do Sul, com a Argentina sofrendo incêndios florestais, além da Península Arábica e partes da Ásia.

Além disso, choveu menos do que o esperado para a maior parte da Europa, onde o inverno ficou 0,71 ºC acima do período que vai de 1991-2020, sendo a segunda maior temperatura média para a estação.

Inverno foi mais seco do que o esperado para a Europa (Imagem: Sandra Haase/iStock)

Vale lembrar que a medição do observatório considera médias globais e pode não incluir particularidades regionais, como foi o caso das ondas de calor no Brasil. No Rio de Janeiro, por exemplo, os termômetros marcaram 40°C com sensação térmica de 54,2°C no mês passado.

“Fevereiro de 2025 continua a sequência de temperaturas recordes ou quase recordes observadas ao longo dos últimos dois anos. Uma das consequências é o derretimento do gelo marinho, que atingiu um mínimo histórico”, disse Samantha Burgess, Líder Estratégica para o Clima no ECMWF.

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Extensão diária do gelo marinho do Ártico perdeu 0,3 milhões de km² (Imagem: Copernicus/Divulgação)

O problema do gelo marinho…

No final de janeiro, a extensão diária do gelo marinho do Ártico diminuiu drasticamente, perdendo cerca de 0,3 milhões de km² (aproximadamente o tamanho da Itália) em menos de uma semana, segundo o relatório.

De acordo com os cientistas, o fenômeno é incomum nesta época do ano, quando o gelo marinho está tipicamente se expandindo em direção ao seu máximo anual. A diminuição está relacionada com a elevação de temperaturas no Mar da Groenlândia e na região de Svalbard, na Noruega.

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Planeta em alerta: gelo marinho desaparece e temperaturas disparam

Fevereiro de 2025 registrou um marco preocupante para o clima global: a menor extensão de gelo marinho já observada, de acordo com dados do observatório europeu Copernicus (C3S).

Este evento crítico ocorreu em paralelo com o terceiro mês de fevereiro mais quente da história, intensificando os alertas sobre as rápidas mudanças climáticas que afetam o planeta.

Mínimos históricos nas regiões polares

A extensão do gelo marinho atingiu níveis sem precedentes no início de fevereiro, mantendo-se abaixo dos recordes anteriores. No Ártico, a cobertura de gelo ficou 8% abaixo da média, marcando o menor valor já registrado para o mês e o terceiro mês consecutivo de recordes negativos.

Na Antártida, a situação é igualmente alarmante, com a cobertura de gelo 26% abaixo da média, a quarta menor já registrada.

Evento crítico ocorreu em paralelo com o terceiro mês de fevereiro mais quente da história. (Imagem: Steve Allen/Shutterstock)

Temperaturas globais em ascensão

A sequência de temperaturas recordes, observada nos últimos dois anos, persiste. Fevereiro de 2025 registrou uma temperatura média global de 13,36 °C, um aumento de 0,63 °C em relação à média de 1991–2020.

O mês também ultrapassou em 1,59 °C os níveis pré-industriais, referência para o Acordo de Paris, com 19 dos últimos 20 meses registrando temperaturas acima deste limite.

Termômetro marcando temperaturas altas em montagem para ilustrar calor e aquecimento global
Inverno no hemisfério norte foi o segundo mais quente já registrado. (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

O aumento das temperaturas e o degelo acelerado têm consequências vastas. O inverno no hemisfério norte foi o segundo mais quente já registrado, com anomalias de temperatura evidentes em diversas regiões, incluindo o norte da Escandinávia, Islândia, Alpes, Ártico, partes da América do Sul e Oceania.

A temperatura da superfície do mar também atingiu um recorde para fevereiro, com 20,88°C, e recordes locais foram observados no Golfo do México e no Mar Mediterrâneo. As alterações climáticas também impactam os padrões de precipitação, com secas e chuvas intensas em diversas partes do globo, além de eventos climáticos extremos como furacões e ciclones.

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Alerta para o futuro

  • Os dados divulgados pelo Copernicus reforçam a urgência de ações globais para mitigar as mudanças climáticas.
  • A redução do gelo marinho e o aumento das temperaturas globais são sinais claros da aceleração do aquecimento global, com impactos diretos em ecossistemas e comunidades ao redor do mundo.
  • A necessidade de transição para energias renováveis, redução de emissões e adaptação às mudanças climáticas torna-se cada vez mais crucial para garantir um futuro sustentável.

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