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Embarcações nazistas são localizadas na costa da Argentina

A localização de cinco botes em três diferentes pontos de uma praia da região de Camarones, na província de Chubut, na Patagônia argentina, revelou um segredo guardado desde a Segunda Guerra Mundial. O pesquisador Abel Basti descobriu que estas eram embarcações nazistas.

Todos os barcos apresentam as mesmas características: casco de metal com quatro metros de comprimento e fundo liso e chato. Esta configuração servia para permitir o encalhe nas praias e o desembarque de cargas e pessoas.

Viagens em submarinos

Segundo Basti, não há dúvidas de que os antigos botes foram usados por submarinos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Estas embarcações teriam sido descartadas na região após cumprir o objetivo de desembarcar mercadorias e os ocupantes.

A descoberta alimenta uma hipótese antiga e bastante polêmica. Após o fim do conflito mundial, vários oficiais nazistas teriam desembarcado na Argentina, onde passaram a viver secretamente.

Barco nazista encontrado na costa da Argentina (Imagem: reprodução/Abel Basti)

Esses botes foram barcos de apoio dos submarinos nazistas, e eram transportados dentro deles, como comprovam as plantas daquelas naves de guerra que eu tenho em meus arquivos. Mesmo assim, para ter certeza científica, coletei fragmentos dos cascos e mandei para laboratórios na Europa, que estão analisando e comparando as ligas metálicas com os materiais utilizados pelos alemães naquela época. Tenho certeza que o resultado será positivo.

Abel Basti, pesquisador argentino

O pesquisador ainda afirma que cada submarino levava dois desses botes. Portanto, só na região de Camarones, teriam chegado três embarcações, que devem ter sido afundadas ali mesmo para não deixar provas do ocorrido.

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Embarcações teria sido usadas para desembarque de pessoas e materiais (Imagem: reprodução/Abel Basti)

História pode ser reescrita?

  • Oficialmente, o governo argentino só reconhece a chegada ao país de dois submarinos alemães.
  • As embarcações se renderam em uma base militar, em agosto de 1945.
  • No entanto, Abel Basti diz que o episódio serviu apenas para encobertar a operação de chegada em massa de oficiais nazistas em outros submarinos, em diferentes pontos da costa argentina.
  • É importante destacar que esta tese não é aceita na comunidade científica.
  • Abel Basti defende a teoria de que, depois do final da Segunda Guerra Mundial, houve uma fuga em massa de militares nazistas para a Argentina – incluindo Adolf Hitler.
  • Segundo a História, Hitler cometeu suicídio em 30 de abril de 1945, em Berlim.

Essa matéria foi feita com informações da coluna Histórias do Mar, do UOL.

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Nova espécie de dinossauro é descoberta na Patagônia

Um sítio fóssil sem precedentes foi descoberto no norte da Patagônia, trazendo à luz um antigo ecossistema repleto de vida e dinossauro até então desconhecido. 

Em uma pedreira próxima à cidade de General Roca, na Argentina, paleontólogos encontraram 432 fósseis pertencentes a mais de cem grupos de animais. A área, que há 78 milhões de anos abrigava lagos cercados por dunas de areia e palmeiras, preservou restos de tartarugas, crocodilos, peixes e dinossauros.

Entre os achados mais surpreendentes, estão restos mortais de caracóis terrestres tropicais, como os primeiros registros da família Neocyclotidae e do gênero Leptinaria. A grande estrela da descoberta, no entanto, é Chadititan calvoi, um titanossauro herbívoro que viveu no final do período Cretáceo. 

Esse conjunto diverso de fósseis torna o local um dos mais importantes sítios fósseis da região e oferece novas pistas sobre a fauna pré-histórica do Hemisfério Sul.

Osso do dedo do pé (visto de vários ângulos) da espécie recém-descrita de titanossauro chamada Chadititan calvoi. Crédito: Angolín et al., 2025

Segundo Diego Pol, paleontólogo do Museo Argentino de Ciencias Naturales Bernardino Rivadavia, a descoberta, publicada na Revista del Museo Argentino de Ciencias Naturales, amplia o conhecimento sobre os ecossistemas do final da era dos dinossauros. 

O local provavelmente era um oásis em meio a um ambiente árido. No Cretáceo, as temperaturas eram de 5 a 10°C mais altas do que hoje, tornando as regiões tropicais inóspitas para muitas espécies. Assim, áreas com lagos entre dunas de areia concentravam biodiversidade, funcionando como polos de vida em um mundo mais quente.

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Nome do dinossauro homenageia especialista em titanossauros

Cerca de 20 dos fósseis encontrados pertencem ao Chadititan calvoi. O nome “Chadi” significa “sal” na língua mapuche, em referência ao salar onde a escavação foi feita. Já “calvoi” homenageia o paleontólogo argentino Jorge Calvo, especialista em titanossauros.

Esses dinossauros herbívoros variavam de tamanho, desde espécies comparáveis a uma vaca até gigantes de 60 toneladas. Alguns atingiam mais de 30 metros de comprimento, mas este era relativamente pequeno para o grupo, medindo cerca de sete metros – o equivalente a um micro-ônibus.

Apesar do porte reduzido, ele apresentava características únicas, como uma protuberância lateral no fêmur, uma espinha neural inclinada para trás e um úmero longo e fino. Segundo o paleontólogo Matthew Lamanna, do Museu Carnegie de História Natural, as proporções do Chadititan sugerem que os rinconsauros, grupo ao qual pertence, poderiam ter um corpo mais semelhante ao de uma girafa do que ao de outros saurópodes.

Os titanossauros foram os herbívoros mais comuns da América do Sul no final do Cretáceo. “Em qualquer ecossistema, os herbívoros desempenham um papel fundamental, pois conectam as plantas à cadeia alimentar”, explica Pol à National Geographic, complementando que ainda não se sabe quais predadores caçavam esses dinossauros, mas os indivíduos mais jovens provavelmente eram alvos de grandes carnívoros.

Formação Anacleto: nunca houve um achado fóssil com tanta diversidade em um único lugar no norte da Patagônia. Crédito: Damián H. Zanette / Creative Commons

Titanossauros podem ter abrigado a América do Sul até a grande extinção em massa

Quando um asteroide atingiu a Terra há 66 milhões de anos, os titanossauros estavam entre os últimos dinossauros herbívoros de grande porte ainda vivos. O estudo desses fósseis pode ajudar a entender como a biodiversidade mudou antes da extinção em massa.

Alguns cientistas sugerem que os dinossauros herbívoros estavam em declínio antes do impacto do asteroide. No entanto, Pol acredita que essa teoria pode não se aplicar à América do Sul, onde a diversidade desses animais permaneceu alta até o fim do Cretáceo. Novas pesquisas devem aprofundar essa questão, ajudando a reconstituir os últimos dias dos dinossauros no Hemisfério Sul.

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Rotas mais turbulentas do mundo estão na América do Sul; veja o ranking

Passar por uma turbulência é uma das piores experiências que uma pessoas pode viver. Tanto que eu conheço gente que não pega avião justamente para evitar isso. Ou que escolhe as rotas com menos chances de cruzar com uma delas.

Sim, isso existe desde 2020, quando entrou no ar o site Turbli. Trata-se de uma plataforma desenvolvida pelo engenheiro Ignacio Gallego-Marcos e que fornece previsões de turbulência para voos.

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Ele faz isso utilizando dados meteorológicos e traçando cenários de mudanças de pressão atmosférica. Para ser mais específico, são dados da da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) e do UK Met Office, o serviço nacional de meteorologia do Reino Unido. A conta não é simples, mas aparenta ser eficaz – tanto que o portal detém a marca de mais de 200 mil usuários mensais.

Eu fiz um teste e ele entrega um prognóstico de praticamente todos os voos comerciais do mundo. A única regra é que esse voo deve ocorrer dentro de um prazo de até 36 horas. Depois dessa janela, o Turbli afirma que pode perder um pouco da precisão.

Desde 2022, o portal também promove um ranking com as rotas que mais tiveram casos de turbulência no ano. E aqui eu tenho duas notícias para você.

Muita gente tem medo de voar de avião; e o site Turbli promete acalmar um pouco a tensão – Imagem: viper-zero/Shutterstock

Conheça o Top-10

A má notícia é que a maioria dessas rotas fica em nosso continente, a América do Sul. Agora, a boa notícia é que nenhuma delas passa pelo Brasil.

Como mostrou o Terra, a rota mais turbulenta do mundo em 2024 foi entre Mendoza, na Argentina, e Santiago, a capital do Chile. A Argentina, aliás, é o país com mais menções nesse ranking. Confira ele completo abaixo:

  1. Mendoza (Argentina) – Santiago (Chile)
  2. Córdoba (Argentina) – Santiago (Chile)
  3. Mendoza (Argentina) – Salta (Argentina)
  4. Mendoza (Argentina) – San Carlos de Bariloche (Argentina)
  5. Kathmandu (Nepal) – Lhasa (China)
  6. Chengdu (China) – Lhasa (China)
  7. Santa Cruz (Bolívia) – Santiago (Chile)
  8. Kathmandu (Nepal) – Paro (Butão)
  9. Chengdu (China) – Xining (China)
  10. San Carlos de Bariloche (Argentina) – Santiago (Chile)

Vale destacar que todas as rotas sul-americanas da lista passam pela Cordilheira dos Andes. Outra região que tem destaque no ranking é a do Himalaia. Ou seja, a conclusão é que as turbulências ocorrem com mais frequência nas regiões montanhosas.

Montanhas na Cordilheira dos Andes, no Chile
A Cordilheira dos Andes possui 6 das 10 rotas com mais turbulência no mundo em 2024 – Imagem: Thiago P./Shutterstock

Quando teremos o fim das turbulências?

Não dá para cravar o fim delas, mas já existem algumas tecnologias em estudo que buscam reduzir a quantidade desse tipo de ocorrência.

Um grupo de cientistas suecos treinou uma IA para evitar esse tipo de problema durante os voos. A ideia é aumentar a eficácia de tecnologias experimentais que manipulam o fluxo de ar na superfície das asas.

Uma outra iniciativa foi batizada de FALCON (Fourier Adaptive Learning and Control). Os pesquisadores criaram uma ferramenta de IA que seria capaz de adaptar a velocidade, o ângulo, o aerofólio e as asas aerodinâmicas para atenuar as mudanças bruscas de pressão.

Você pode ler mais sobre o projeto neste outro texto do Olhar Digital.

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