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Artemis 3 não vai mais levar à Lua a primeira mulher e a primeira pessoa preta? Entenda

Inicialmente, a missão Artemis 3 prometia levar a primeira mulher e a primeira pessoa preta à Lua. A NASA, no entanto, não menciona mais esse compromisso nos comunicados do programa, levantando dúvidas sobre o futuro da diversidade na exploração lunar.

A mudança ocorre em meio a uma reestruturação de políticas do governo de Donald Trump, que ordenou o fim de programas voltados à diversidade, equidade, inclusão e acessibilidade (DEIA). Segundo a Casa Branca, essas iniciativas representam “desperdício de dinheiro público e discriminação vergonhosa”.

Donald Trump, presidente dos EUA, determinou o fim dos programas de diversidade da NASA e de todas as instituições apoiadas pelo governo. Crédito: Chip Somodevilla – Shutterstock

Relatórios indicam que a NASA tem eliminado conteúdos relacionados a esses esforços de seus canais oficiais. De acordo com o site Space.com, o jornal Orlando Sentinel apontou que todas as menções ao pouso da primeira mulher e da primeira pessoa afrodescendente na Lua foram removidas do site do programa Artemis.

Medida não altera tripulação selecionada para ir à Lua, diz NASA

Ainda não está claro se essa mudança afetará a escolha de astronautas para futuras missões lunares. Um porta-voz da NASA afirmou que a remoção das referências não altera a composição da tripulação. Segundo ele, o foco continua sendo o retorno da humanidade à superfície lunar.

O site oficial do programa Artemis antes afirmava que a NASA pousaria “a primeira mulher, a primeira pessoa preta e o primeiro astronauta de um país parceiro na Lua”. Agora, a mensagem foi reformulada para destacar apenas os avanços científicos e tecnológicos da missão e a preparação para futuras viagens a Marte.

A missão Artemis 2 vai levar à órbita da Lua, pela primeira vez na história, uma mulher (Christina Koch) e um homem preto (Victor Glover). Também fazem parte da tripulação Reid Wiseman e o canadense Jeremy Hansen. O quarteto, no entanto, não vai pousar em solo lunar. O próximo pouso da humanidade na Lua será com a missão Artemis 3, ainda sem tripulação anunciada. Crédito: NASA

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A exclusão de termos ligados à diversidade segue uma ordem executiva assinada por Trump logo no início de seu segundo mandato. Essa decisão exigiu que agências financiadas pelo governo federal encerrassem programas e fechassem escritórios ligados a iniciativas de diversidade.

Janet Petro, administradora interina da NASA, enviou um comunicado aos funcionários justificando o corte. No memorando, ela afirmou que os programas DEIA “dividiram os americanos por raça, desperdiçaram dinheiro dos contribuintes e resultaram em discriminação vergonhosa”.

A agência espacial não foi a única afetada. Outras instituições científicas financiadas pelo governo dos EUA, como o Observatório Vera C. Rubin, em construção no Chile, também apagaram conteúdos relacionados a DEIA de seus sites.

Além das mudanças de discurso, a NASA enfrenta cortes orçamentários e redução de pessoal, parte de uma política do governo para diminuir gastos federais. Ainda não há informações sobre o impacto total dessas medidas na continuidade dos projetos da agência.

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O que os astronautas sentem durante a reentrada na Terra?

A história envolvendo a dupla de astronautas Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, foi acompanhada de perto. Eles passaram mais de nove meses “presos” no espaço antes de retornarem à Terra nesta semana.

O caso levantou uma série de dúvidas sobre o trabalho destes profissionais. Por exemplo, o que eles sentiram quando reentraram na atmosfera do nosso planeta? Um astronauta que passou pela mesma experiência conta o que acontece.

Ruídos ensurdecedores e muito calor

Warren “Woody” Hoburg ingressou no corpo de astronautas da NASA em 2017 e pilotou a missão Crew-6 da SpaceX em 2023. Em entrevista à CNN, ele relatou os sentimentos experimentados durante este tipo de procedimento.

Segundo ele, os astronautas a bordo ouviram uma série de ruídos ensurdecedores, começando com um “estalo muito, muito alto” emitido pelos dispositivos pirotécnicos da espaçonave ao ejetar seu compartimento traseiro, que não é necessário na reentrada.

Tripulação da SpaceX Crew-10 e membros da Expedition 72 (Imagem: divulgação/NASA)

À medida que a Crew Dragon mergulha de volta na atmosfera, um calor extremo se acumula no exterior da cápsula, enquanto forças gravitacionais intensas aumentam gradualmente. Isso proporciona aos astronautas uma das primeiras sensações gravitacionais desde que deixaram a Terra.

Os tripulantes são protegidos do calor da reentrada por um escudo térmico fixado no exterior da Crew Dragon. Mas Hoburg afirmou que “definitivamente estava suando apenas por trabalhar e sentir essas forças G”.

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Barry “Butch” Wilmore e Suni Williams ficaram “presos” no espaço por mais de nove meses (Imagem: NASA)

Astronautas ficaram presos no espaço

  • Os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams estavam a bordo da Starliner para uma viagem até a Estação Espacial Internacional (ISS);
  • A missão CFT seria o último voo de qualificação da espaçonave antes de entrar em rotação operacional como um transporte de tripulação para a ISS;
  • No entanto, problemas no propulsor levaram a um atraso de três meses no retorno da cápsula para a Terra, o que acabou acontecendo sem os astronautas a bordo;
  • A NASA anunciou o retorno da Starliner sem tripulação no final de agosto do ano passado, transferindo a volta de Wilmore e Williams para o início de 2025 em uma cápsula Dragon da SpaceX;
  • Com isso, em vez de dez dias, a dupla passou mais de nove meses no espaço, retornado à Terra apenas nesta semana.

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Astronautas devem passar por programa de reabilitação após meses no espaço

Conforme noticiado (e transmitido ao vivo) pelo Olhar Digital, quatro astronautas que estavam na Estação Espacial Internacional (ISS) voltaram para a Terra na terça-feira (18). Para dois deles, esse retorno é o desfecho de uma jornada que se estendeu mais do que o previsto: Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, ficariam apenas uma semana em órbita – e acabaram ficando 286 dias no espaço!

Já Nick Hague, também da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da agência espacial russa (Roscosmos), integrantes da missão SpaceX Crew-9, concluíram seus trabalhos dentro do tempo previsto de cerca de seis meses.

Espaçonave SpaceX Dragon Freedom pousando no mar com quatro astronautas, incluindo os dois da Starliner que ficaram 9 meses em missão estendida. Crédito: NASA TV

De qualquer forma, os quatro vão precisar passar pelo mesmo processo de reabilitação ao qual qualquer astronauta é submetido após viver um longo período fora da Terra.

Williams e Butch Wilmore foram lançados em junho do ano passado para testar a cápsula Starliner, da Boeing, no primeiro voo tripulado do veículo. O plano inicial era uma missão de apenas oito a dez dias, mas falhas no sistema de propulsão da espaçonave impediram o retorno imediato, prolongando a estadia da dupla – ao final da matéria, você encontra um resumo desta saga.

Quatro astronautas deixando a espaçonave
Os quatro astronautas deixando a espaçonave (Imagem: NASA TV)

Entre os efeitos mais comuns das viagens espaciais de longa duração no corpo humano estão inchaço na cabeça, enfraquecimento das pernas, aumento da altura e perda de densidade óssea (saiba mais aqui). Para se readaptar à gravidade terrestre, os astronautas devem cumprir um programa de reabilitação de 45 dias estabelecido pela NASA em 2003.

Como é a reabilitação dos astronautas?

De acordo com o protocolo, ao longo de um ano antes do lançamento eles enfrentam duas horas de treinamento pré-voo, três dias por semana. A rotina se intensifica durante o voo, com 2,5 horas de exercício em seis dias por semana. Os especialistas da equipe Astronauta Força, Condicionamento e Reabilitação (ASCR) são responsáveis pelo acompanhamento e execução do programa.

Suni Williams fazendo exercícios físicos dentro da ISS. Crédito: NASA

Os astronautas são testados quanto à aptidão funcional, agilidade, força isocinética e avaliação submáxima do cicloergômetro antes e depois do voo. As informações desses testes são usadas para prescrições de exercícios, comparação e avaliação dos programas de astronauta e treinamento. 

O programa de reabilitação de 45 dias já começa no mesmo dia do retorno e inclui sessões diárias de duas horas, sete dias por semana. O treinamento é personalizado, levando em conta a condição física, os exames médicos e até mesmo as atividades recreativas preferidas do astronauta.

O processo é dividido em três fases:

  • Fase 1: Começa imediatamente após o pouso e foca em mobilidade, flexibilidade e fortalecimento muscular;
  • Fase 2: Inclui exercícios para equilíbrio e treinamento cardiovascular;
  • Fase 3: A etapa mais longa, voltada à recuperação funcional completa.

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado no dia 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida;
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de um vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave, e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore iriam voltar para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurança, em setembro/
  • Williams, Wilmore, Hague e Gorbunov pousaram em segurança no Golfo da Flórida no fim da tarde de terça-feira – sendo recepcionados não apenas pela equipe de resgate, como também por adoráveis golfinhos (confira aqui).

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Astronautas “presos” no espaço são recebidos por golfinhos após pouso no mar; veja

O retorno à Terra dos astronautas Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, já seria um evento marcante por si só. Isso porque o mundo acompanhou de perto a saga da dupla, que ficou mais de nove meses “presa” no espaço.

Eles finalmente retornaram ao planeta nesta terça-feira (18), e a sua chegada foi “comemorada” por um grupo de golfinhos. Os animais apareceram logo após a espaçonave que trazia a missão Crew-9 pousar no Golfo do México, na costa de Tallahassee, Flórida.

Animais roubaram a cena

  • Uma frota de embarcações estava a postos para resgatar a tripulação da missão;
  • Além da dupla de astronautas que ficou famosa, também estavam na nave Nick Hague, da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da agência espacial russa Roscosmos;
  • Algo que chamou a atenção foi a aparição de golfinhos no local.

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Por que os astronautas ficaram tanto tempo fora da Terra?

Wilmore e Williams voaram para a Estação Espacial Internacional (ISS) a bordo da Starliner para uma temporada de cerca de uma semana. A missão CFT (sigla para “teste de voo tripulado”) seria o último voo de qualificação da espaçonave antes de entrar em rotação operacional como um transporte de astronautas para a ISS.

No entanto, problemas no propulsor levaram a um atraso de três meses no retorno da cápsula para a Terra, o que acabou acontecendo sem os astronautas a bordo.

Barry “Butch” Wilmore e Suni Williams ficaram “presos” no espaço por mais de nove meses. Crédito: NASA

A NASA anunciou o retorno da Starliner sem tripulação no final de agosto do ano passado, transferindo a volta de Wilmore e Williams para o início de 2025 em uma cápsula Dragon da SpaceX. Com isso, em vez de dez dias, a dupla passou mais de nove meses no espaço.

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Astronautas que ficaram “presos” no espaço chegam à Terra

Eles estão de volta! Finalmente, após 286 dias na Estação Espacial Internacional (ISS), os astronautas Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, voltaram para a Terra. Eles pousaram no Golfo da Flórida no fim da tarde desta terça-feira (18), junto com os membros da missão SpaceX Crew-9, a bordo da cápsula Dragon Freedom. E o Olhar Digital transmitiu esse momento emocionante ao vivo!

[Em atualização]

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado no dia 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida;
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de um vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave, e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore iriam voltar para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurança, em setembro.

O vídeo acima, compartilhado no perfil oficial da ISS no X (antigo Twitter), mostra o desacoplamento da cápsula Dragon Freedom.

De acordo com a CBS News, no total, Williams e Wilmore passaram 286 dias e 7 horas na estação, completando 4.576 órbitas e quase 195 milhões de km. Além deles, também pousaram os astronautas da missão SpaceX Crew-9, Nick Hague, da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da agência espacial russa, após uma missão de seis meses no laboratório orbital (que durou o tempo previsto).

Os membros da SpaceX Crew-9 da NASA posam juntos dentro do canal entre a Estação Espacial Internacional e a espaçonave Dragon Freedom. No sentido horário, a partir da esquerda, estão os astronautas da NASA Butch Wilmore, Nick Hague e Sunita Williams, e o cosmonauta da Roscosmos Aleksandr Gorbunov. Williams e Wilmore são originalmente da missão Starliner CFT-1, mas foram incorporados à Crew-9. Crédito: NASA

Condições climáticas na Flórida ajudaram a reduzir tempo de espera

A princípio, o retorno do quarteto aconteceria na quarta-feira (19), mas a NASA informou, em comunicado, que o processo seria antecipado porque as condições climáticas estariam mais favoráveis na região do pouso.

A reentrada na atmosfera da Terra começou às 18h11 (pelo horário de Brasília), com duração estimada em 7,5 minutos. Os astronautas atingiram a atmosfera em velocidade hipersônica, protegidos por um escudo térmico vital das temperaturas escaldantes da reentrada, que podem exceder 1.700℃.

O processo terminou com o mergulho da nave no oceano com a ajuda de paraquedas acontecendo às 18h59 – tudo transmitido em tempo real pelo Olhar Digital no YouTube, Facebook, Instagram, LinkedIn e TikTok.

A live foi apresentada por Bruno Capozzi, nosso editor-executivo, e pelo astrônomo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) e colunista do Olhar Digital.

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Missão Crew-9 foi modificada para resgatar astronautas da Starliner

Conforme mencionado acima, além dos astronautas “resgatados” da missão Starliner CFT-1, a cápsula Dragon Freedom trouxe também os integrantes da missão SpaceX Crew-9 – que chegaram à ISS em 29 de setembro de 2024.

Inicialmente, a tripulação contaria com quatro membros, mas a composição precisou ser alterada. Os assentos das astronautas norte-americanas Zena Cardman e Stephanie Wilson, que participariam da missão, foram ocupados por simuladores de massa, enquanto ambas permanecem elegíveis para futuras missões. Essa alteração foi justamente para acomodar Sunita Williams e Butch Wilmore na tão aguardada viagem de volta para casa.

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Astronautas “presos”: o que acontece com o corpo humano depois de 9 meses no espaço?

Foram mais de nove meses de espera. Após ficar “presa” no espaço, a dupla de astronautas Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, finalmente deixou a Estação Espacial Internacional (ISS) rumo à Terra.

Na madrugada desta terça-feira (18), elespegaram carona com os membros da missão Crew-9Nick Hague, da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da Roscosmos, colocando fim a uma missão que se estendeu mais de 280 dias além do previsto. E o que acontece com o corpo humano depois de tanto tempo fora da Terra?

Impactos sentidos pelos astronautas

Segundo a NASA, sem a força gravitacional da Terra, o corpo humano passa por mudanças significativas. Os ossos, por exemplo, perdem cerca de 1,5% de sua densidade a cada mês, ficando mais frágeis e suscetíveis a fraturas. Isso acontece porque, sem o peso constante do corpo pressionando contra o solo, o organismo “entende” que não precisa manter estruturas ósseas tão resistentes.

Os músculos também sofrem uma deterioração acelerada no espaço. Sem o esforço constante contra a gravidade, eles tendem a atrofiar rapidamente. Por conta disso, os astronautas seguem rotinas rigorosas de exercícios durante as missões.

Outro fenômeno causado pelo tempo no espaço é a redistribuição dos fluidos corporais. Na Terra, a gravidade mantém os líquidos predominantemente na parte inferior, mas fora do nosso planeta estes fluidos se deslocam para a parte superior do corpo, deixando os rostos inchados e mais arredondados. Há também riscos de alteração na visão.

O estresse do ambiente confinado, a exposição à radiação e as alterações nos ritmos corporais ainda podem enfraquecer o nosso sistema imunológico. Isso deixa os astronautas mais vulneráveis a infecções e reativações de vírus latentes. O sono também fica comprometido pela ausência do ciclo natural de dia e noite.

Barry “Butch” Wilmore e Suni Williams ficaram “presos” no espaço por mais de nove meses (Imagem: NASA)

De acordo com a NASA, além de todos estes problemas, os astronautas também precisarão se acostumar novamente com a vida na Terra. Isso acontece porque o nosso corpo, acostumado com a ausência de gravidade, perde temporariamente a capacidade de coordenar movimentos e manter o equilíbrio. 

Além disso, cerca de 92% dos astronautas sofrem algum tipo de lesão após o retorno ao nosso planeta, sendo que metade delas ocorre no primeiro ano. As mais comuns são: distensões e torções musculares (59%), lesões em tendões (20%), fraturas (16%) e problemas relacionados à baixa densidade óssea (5%).

A recuperação física completa segue um cronograma rigoroso de aproximadamente 45 dias, com exercícios diários específicos para recuperar força e resistência. Durante esse período, uma equipe médica especializada monitora constantemente o progresso e ajusta os protocolos conforme necessário.

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Cápsula fabricada pela Boeing apresentou falhas no espaço (Imagem: Dima Zel/Shutterstock)

Por que os astronautas ficaram tanto tempo fora da Terra?

  • Os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams estavam a bordo da Starliner para uma viagem até a Estação Espacial Internacional (ISS);
  • A missão CFT seria o último voo de qualificação da espaçonave antes de entrar em rotação operacional como um transporte de tripulação para a ISS;
  • No entanto, problemas no propulsor levaram a um atraso de três meses no retorno da cápsula para a Terra, o que acabou acontecendo sem os astronautas a bordo;
  • A NASA anunciou o retorno da Starliner sem tripulação no final de agosto do ano passado, transferindo a volta de Wilmore e Williams para o início de 2025 em uma cápsula Dragon da SpaceX;
  • Com issol, em vez de dez dias, a dupla passou mais de nove meses no espaço.

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Astronautas “presos” no espaço: Olhar Digital transmite chegada à Terra ao vivo

Eles estão a caminho! Finalmente, os astronautas Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, deixaram a Estação Espacial Internacional (ISS) para voltar para a Terra. Isso acontece após uma prorrogação em mais de 280 dias da missão original – o primeiro Teste de Voo Tripulado (CFT-1) da cápsula Starliner, da Boeing. E você pode acompanhar a chegada junto com o Olhar Digital!

A dupla vem “de carona” com os membros da missão SpaceX Crew-9 (Nick Hague, também da NASA, e o cosmonauta Aleksandr Gorbunov, da agência espacial da Rússia), a bordo da cápsula Dragon Freedom, que permaneceu ancorada no laboratório orbital ao longo de seis meses, desde setembro. 

Momento em que a Dragon foi desacoplada da ISS (Imagem: Reprodução/YouTube/NASA)

Com a chegada da missão Crew-10, na madrugada de domingo (16), o time foi substituído por outros quatro astronautas, recebendo autorização para retornar à Terra. A princípio, isso aconteceria na quarta-feira (19), mas a NASA informou, em comunicado, que o processo seria antecipado porque as condições climáticas estariam mais favoráveis na região onde a nave vai pousar (na costa do Golfo da Flórida).

A previsão é que o mergulho no oceano com a ajuda de paraquedas ocorra às 18h57 (pelo horário de Brasília). desta terça-feira (18) – com transmissão em tempo real em todos os canais oficiais do Olhar Digital: no YouTube, Facebook, Instagram, LinkedIn e TikTok.

Suni Williams, da NASA, o cosmonauta Aleksandr Gorbunov, da Roscosmos, e os astronautas Nick Hague e Butch Wimore, também da NASA, posam dentro da espaçonave SpaceX Dragon Freedom antes de iniciarem a jornada de volta à Terra. Crédito: NASA

Com início às 17h45, a live terá apresentação de Bruno Capozzi, nosso editor-executivo, e do astrônomo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) e colunista do Olhar Digital.

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado no dia 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida;
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de um vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave, e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore vão voltar para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurança, em setembro.

Quem são os outros dois astronautas que chegam na mesma nave?

Conforme mencionado acima, além dos astronautas “resgatados” da missão Starliner CFT-1, a cápsula Dragon Freedom traz também Nick Hague, da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da agência espacial russa (Roscosmos), membros da missão SpaceX Crew-9que chegou à ISS em 29 de setembro de 2024.

Inicialmente, a tripulação contaria com quatro integrantes, mas a composição precisou ser alterada. Os assentos das astronautas norte-americanas Zena Cardman e Stephanie Wilson, que participariam da missão, foram ocupados por simuladores de massa, enquanto ambas permanecem elegíveis para futuras missões.

Essa alteração foi justamente para acomodar Sunita Williams e Butch Wilmore na tão aguardada viagem de volta para casa.

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Astronautas “presos”: após mais de nove meses no Espaço, dupla está a caminho da Terra

Após mais de nove meses “presos” no Espaço, a dupla de astronautas Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, deixaram a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) rumo à Terra. Na madrugada desta terça-feira (18), Williams e Wilmore “pegaram carona” com os membros da missão Crew-9Nick Hague, da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da Roscosmos.

Após cerca de duas horas de preparação, a Dragon Endurance (que já foi usada anteriormente nas missões Crew-3, Crew-5 e Crew-7) foi desacoplada da ISS e partiu às 2h05 (horário de Brasília), com o quarteto de astronautas, de volta à Terra.

Após cerca de 17 horas de viagem, a cápsula deve pousar no mar, na costa da Flórida (EUA), por volta das 18h57 (horário de Brasília). O Olhar Digital vai transmitir tudo ao vivo: nossa live começa às 17h45 (horário de Brasília) desta terça-feira (18). Você pode acompanhar neste link, na home de nosso site, ou na janela abaixo.

Como o resgate dos astronautas da NASA foi arquitetado

Para que os astronautas “presos” no Espaço pudessem ser resgatados, a agência espacial estadunidense, em parceria com a SpaceX, enviou, à ISS, a missão Crew-10, com Anne McClain e Nichole Ayers, da NASATakuya Onishi, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA, na sigla em inglês) e o cosmonauta russo Kirill Peskov, da Roscosmos, a bordo da Dragon Endurance, enviada ao Espaço por um foguete Falcon 9.

A nova equipe de astronautas foi enviada ao laboratório orbital na sexta-feira (14), às 20h03 (horário de Brasília)após dois adiamentos. Saiba mais sobre o time aqui e entenda aqui o que a missão Crew-10 vai fazer na ISS.

Foto oficial dos membros da missão SpaceX Crew-10 (da esquerda) o especialista da missão Kirill Peskov, da Roscosmos; a piloto Nicole Ayers e a comandante Anne McClain, ambas astronautas da NASA; e o especialista da missão Takuya Onishi, da JAXA (Imagem: NASA/Bill Stafford/Helen Arase Vargas)

Cronologia dos astronautas “presos” e como voltarão à Terra

Williams e Wilmore partiram para a ISS em junho de 2024, no primeiro voo tripulado da cápsula Starliner, da Boeing, para missão de oito dias – que durou mais de nove meses.

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado em 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA);
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore voltariam para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurançaem setembro.

Mas, por que tanta demora? O presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a acusar o governo anterior de deixar os astronautas “abandonados” na ISS – o que foi desmentido pela dupla.

Momento em que a Dragon foi desacoplada da ISS
Momento em que a Dragon foi desacoplada da ISS (Imagem: Reprodução/YouTube/NASA)

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Acontece que há um calendário e um trânsito a se cumprir no laboratório orbital. Todas as tripulações que vão para lá sabem que a previsão de volta pode não se cumprir dentro do prazo estabelecido (e tudo é meticulosamente calculado).

As equipes normalmente voltam para a Terra no mesmo veículo que as conduziram, que fica atracado na estação durante todo o percurso da missão. Como a espaçonave Starliner apresentou problemas graves e precisou regressar vazia ao planeta, seus tripulantes tiveram que aguardar a oportunidade mais adequada de retorno.

E não foi a primeira vez que isso aconteceu. É comum que astronautas excedam (e muito) o tempo de permanência previsto na ISS. Normalmente, as missões duram cerca de seis meses, mas podem ser estendidas por vários motivos, como experimentos ou imprevistos.

Barry "Buch" Wilmore e Sunita "Suni" Williams, os astronautas da NASA que estão "presos" no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing
Barry “Buch” Wilmore e Sunita “Suni” Williams, os astronautas da NASA em missão prolongada no Espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing (Imagem: NASA)

No caso de Williams e Wilmore, eles passaram 286 dias em órbita. O astronauta Frank Rubio, dos EUA, junto com os russos Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, permaneceram 371 dias consecutivos no Espaço entre 2022 e 2023.

Isso porque um incidente danificou a espaçonave russa Soyuz que os traria de volta à Terra, motivo pelo qual a estadia do trio no laboratório orbital foi prorrogada por mais seis meses, até a chegada de uma cápsula de substituição.

Embora garantam que não se sentiam “presos”, vale uma observação curiosa: a cápsula Dragon da missão Crew-9 onde Williams e Wilmore embarcaram de volta para a Terra se chama Freedom – “Liberdade”, em inglês.

Matéria em atualização

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Assista hoje a chegada da Crew-10 à Estação Especal Internacional

Depois de muita expectativa, os astronautas da Crew-10 chegarão à Estação Espacial Internacional hoje à noite em pouso que será acompanhado pelo site oficial da NASA. A tripulação da SpaceX foi lançada ontem, 14, e conta com quatro astronautas: Anne McClain, Nichole Ayers, Takuya Onishi, e Kirill Peskov.

Lançada no topo de um foguete SpaceX Falcon 9, a cápsula será exibida por vídeo aos internautas a partir das 22h45 desta noite no horário de Brasília. Estima-se que ela vai atracar no laboratório às 23h30, também no horário de Brasília.

Para quem tem pressa:

  • A cápsula da missão Crew-10 chegará ao laboratório especial hoje à noite, com a uma transmissão oficial feita pela NASA a partir das 22h45 do horário de Brasília;
  • Os astronautas que foram enviados são: Anne McClain, Nichole Ayers, Takuya Onishi, e Kirill Peskov;
  • Dias após a chegada desta nave, outros astronautas, que estiveram em órbita por muito tempo, finalmente poderão voltar à Terra.
Foto oficial dos membros da missão SpaceX Crew-10, da esquerda para a direita: o especialista da missão Kirill Peskov, da Roscosmos; a piloto Nicole Ayers e a comandante Anne McClain, ambas astronautas da NASA; e o especialista da missão Takuya Onishi, da JAXA (Imagem: NASA/Bill Stafford/Helen Arase Vargas)

Também foi divulgado que as escotilhas devem ser abertas por volta das 02h05 da manhã do domingo, 16, e que uma breve cerimônia de boas-vindas será iniciada em seguida para celebrar a chegada da nova tripulação. Essa cerimônia deve durar até às 02h35 e será realizada pelos astronautas que já vivem no laboratório orbital.

Os quatro astronautas vem de diferentes nações: Anne McClain e Nichole Ayers pertencem à NASA, Takuya Onishi à agência japonesa JAXA de exploração aeroespacial, e Kirill Peskov da agência espacial russa Roscosmos.

McClain é a comandante responsável pela missão Crew-10, Ayers é a piloto, e Onishi e Peskov são os membros especialistas para realizar as atividades de pesquisa da missão. Estima-se que os quatro astronautas permanecerão por seis meses no laboratório espacial orbital, o tempo médio de revezamento antes de outra equipe viajar até lá.

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Barry "Buch" Wilmore e Sunita "Suni" Williams, os astronautas da NASA que estão "presos" no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing
Barry “Buch” Wilmore e Sunita “Suni” Williams, os astronautas da NASA em missão prolongada no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing (Imagem: NASA)

Dentre os objetivos da Crew-10, está o fato de que a sua chegada significa que outros astronautas, que já estavam na estação, finalmente poderão voltar à Terra.

Mais especificamente, falamos de Nick Hague, Suni Williams, Butch Wilmore (da NASA), e de Aleksandr Gorbunov (da Roscosmos). Todos estão em órbita há mais tempo do que o esperado.

No site da NASA, você pode acompanhar a transmissão oficial que mostrará a chegada da Crew-10 à Estação Especial Internacional. O evento será transmitido a partir das 22h45 no horário de Brasília.

A estimativa é que Hague, Williams, Wilmroe e Gorbunov voltem à Terra no Crew-9 Dragon a partir da próxima quarta, 19 de março.

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Astronautas “presos”: missão para possibilitar volta já está no Espaço

Na noite desta sexta-feira (14), a missão Crew-10 foi enviada à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). Nela, estarão quatro astronautas. Com a chegada deles à Estação, os astronautas Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, que estão “presos” no Espaço, ficarão mais perto de voltar para casa.

Para isso, a nova equipe de astronautas precisará ser enviada ao laboratório orbital, o que ocorreu nesta sexta-feira (14), às 20h03 (horário de Brasília), após dois adiamentos.

Foguete já está rumando à ISS (Imagem: Reprodução/YouTube/NASA)

Os tripulantes estão sendo levados por um foguete Falcon 9, da SpaceX, que decolou do Complexo de Lançamento 39A no Centro Espacial Kennedy, da NASA, na Flórida (EUA).

Anne McClain e Nichole Ayers, da NASATakuya Onishi, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA, na sigla em inglês) e o cosmonauta russo Kirill Peskov, da Roscosmos, estão a bordo da Dragon Endurance (que já foi usada anteriormente nas missões Crew-3, Crew-5 e Crew-7) e tem previsão de atracar no módulo Harmony da estação neste sábado (15). Saiba mais sobre o time aqui e entenda aqui o que a missão Crew-10 vai fazer na ISS.

Cronologia dos astronautas “presos” e como voltarão à Terra

Williams e Wilmore partiram para a ISS em junho de 2024, no primeiro voo tripulado da cápsula Starliner, da Boeing, para missão de oito dias – que já dura mais de nove meses.

Ao que tudo indica, a volta de Williams e Wilmore para a Terra acontece na próxima semana, “de carona” com os membros da missão Crew-9, Nick Hague, da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da Roscosmos.

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado em 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA);
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore vão voltar para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurançaem setembro.

Mas, por que tanta demora? O presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a acusar o governo anterior de deixar os astronautas “abandonados” na ISS – o que foi desmentido pela dupla.

Leia mais:

Acontece que há um calendário e um trânsito a se cumprir no laboratório orbital. Todas as tripulações que vão para lá sabem que a previsão de volta pode não se cumprir dentro do prazo estabelecido (e tudo é meticulosamente calculado).

As equipes normalmente voltam para a Terra no mesmo veículo que as conduziram, que fica atracado na estação durante todo o percurso da missão. Como a espaçonave Starliner apresentou problemas graves e precisou regressar vazia ao planeta, seus tripulantes tiveram que aguardar a oportunidade mais adequada de retorno.

E não foi a primeira vez que isso aconteceu. É comum que astronautas excedam (e muito) o tempo de permanência previsto na ISS. Normalmente, as missões duram cerca de seis meses, mas podem ser estendidas por vários motivos, como experimentos ou imprevistos

No caso de Williams e Wilmore, se eles retornarem no domingo (16), como foi cogitado (mas ainda não oficializado) pela NASA, eles terão passado 284 dias em órbita. O astronauta Frank Rubio, dos EUA, junto com os russos Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, permaneceram 371 dias consecutivos no Espaço entre 2022 e 2023.

Astronautas no interior da nave
Astronautas no interior da espaçonave; até este sábado (15), estarão na ISS
(Imagem: Reprodução/YouTube/NASA)

Isso porque um incidente danificou a espaçonave russa Soyuz que os traria de volta à Terra, motivo pelo qual a estadia do trio no laboratório orbital foi prorrogada por mais seis meses, até a chegada de uma cápsula de substituição.

Embora garantam que não se sentem “presos”, vale uma observação curiosa: a cápsula Dragon da missão Crew-9 onde Williams e Wilmore vão embarcar de volta para a Terra se chama Freedom – “Liberdade”, em inglês.

Barry "Buch" Wilmore e Sunita "Suni" Williams, os astronautas da NASA que estão "presos" no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing
Barry “Buch” Wilmore e Sunita “Suni” Williams, os astronautas da NASA em missão prolongada no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing (Imagem: NASA)

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