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Por que os aviões da Boeing começam e terminam com 7?

Quando pensamos em aviões comerciais, uma das marcas que imediatamente vêm à mente é a norte-americana Boeing. Reconhecida globalmente, essa fabricante produz algumas das aeronaves mais populares do mundo, como o Boeing 737, Boeing 747 e Boeing 787.

Uma característica curiosa dessas aeronaves é o fato de seus nomes começarem e terminarem sempre com o número sete. Mas por que exatamente a Boeing adotou essa convenção numérica peculiar para seus aviões?

Entenda por que os aviões Boeing começam e terminam em 7

Essa tradição numérica teve início nos anos 1950, uma época de grande expansão para a aviação civil. Originalmente, a Boeing separava seus produtos por categorias numéricas específicas.

Avião Malaysia Airlines Boeing 737-800 (Crédito: Malaysia Airlines)

Aeronaves movidas a hélice eram identificadas com séries 300 e 400, modelos com motores turbo usavam a série 500, enquanto mísseis e foguetes eram catalogados com o número 600. Quando chegou a vez dos aviões comerciais a jato, a empresa optou pela série 700, inaugurando essa fase com o emblemático modelo 707.

O número “707” não foi escolhido aleatoriamente. De início, o projeto do primeiro jato comercial da Boeing foi denominado 700, mas o departamento de marketing da companhia decidiu que “707” teria uma sonoridade melhor e mais memorável.

O número sete também carrega uma forte associação cultural com sorte e positividade, especialmente no Ocidente, fatores considerados importantes na promoção dos novos aviões.

O Boeing 707, lançado em 1957, tornou-se um sucesso global e firmou definitivamente a marca no mercado de aviação comercial.

Aeronave da Gol | Imagem: Miguel Lagoa/Shutterstock

Desde então, a empresa decidiu manter o padrão numérico com todos os novos aviões comerciais sendo batizados da mesma forma: começando e terminando com o número sete. Isso criou uma forte identidade visual e comercial para a Boeing, tornando seus modelos facilmente reconhecíveis em qualquer lugar do mundo.

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A sequência continuou com modelos como o 717, 727, e assim sucessivamente até o 787 Dreamliner. Embora cada aeronave possua especificações técnicas diferentes, voltadas para diferentes perfis de passageiros e trajetos, todas mantiveram o mesmo padrão de nomenclatura estabelecido há quase 70 anos.

Essa convenção numérica tornou-se tão emblemática que é reconhecida por passageiros, empresas aéreas e até mesmo por concorrentes.

Mais do que uma estratégia comercial, ela também simplificou o entendimento sobre as categorias de aeronaves produzidas pela companhia. Hoje, o padrão “7X7” é praticamente sinônimo de Boeing e se mantém como um símbolo de confiabilidade e inovação tecnológica dentro da indústria aeronáutica.

Essa curiosidade numérica da Boeing inspirou até mesmo outras fabricantes a criar sistemas semelhantes de nomeação, ainda que com números diferentes. A Airbus, principal concorrente da Boeing, por exemplo, adota a nomenclatura iniciada por “3”, como A320 e A380, também em um esforço para criar uma identidade facilmente reconhecível em seus produtos.

Com informações de Aviation File.

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Avião com asa diferentona promete reduzir emissões pela metade

A companhia aérea Delta Air Lines está apoiando uma startup com uma proposta promissora: construir uma asa-mista. A intenção é mudar o design da asa do avião para tornar as viagens mais sustentáveis. A expectativa da JetZero, empresa por trás da ideia, é diminuir as emissões da aviação pela metade.

Outras grandes empresas também já apoiam a startup, incluindo a Força Aérea dos Estados Unidos.

Esquema das poltronas no interior do avião mudaria (Imagem: JetZero/Reprodução)

Asa-mista promete reduzir emissões do avião

Na proposta de asa-mista, não há uma divisão clara entre a asa e o corpo principal do avião. Tudo é misturado. Como lembrou o The Verge, a vantagem é reduzir o arrastro associado às fuselagens tradicionais presentes na asa, gastando menos combustível.

Na prática, a JetZero espera que isso torne as viagens mais sustentáveis e reduzam as emissões da aviação em até 50%, sem ter que alterar a tecnologia do motor e a infraestrutura de abastecimento.

Além disso, a mudança na asa pode fornecer mais área de superfície de elevação, promovendo melhor distribuição de carga e reduzindo o peso geral do avião. Sem contar que o valor gasto com fuselagem cai.

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Delta Air Lines está apostando na asa diferentona

A Delta Air Lines anunciou nesta quarta-feira (05) que vai dar suporte ao desenvolvimento da aeronave de demonstração de asa-mista (BWB). O ‘investimento’ não será financeiro: a companhia aérea está oferecendo suporte operacional. Na prática, a incubadora Sustainable Skies Lab da Delta vai entregar “experiência operacional” de engenheiros experientes para ajudar na construção do modelo.

Em 2020, a Delta Air Lines prometeu investir US$ 1 bilhão em iniciativas de sustentabilidade (incluindo a incubadora), para atingir a neutralidade de carbono até 2050.

A Força Aérea dos Estados Unidos também apostou na JetZero, com uma doação de US$ 235 milhões em 2023 para construção de um modelo de asa combinada em escala real. Northrop Grumman e a Scaled Composites são outros investidores.

Boeing , Airbus e NASA já trabalharam em conceitos BWB, mas nenhum deles chegou a entrar em produção.

Fachada e um avião da Delta Airlines
Delta Air Lines espera usar combustível de aviação sustentável em boa parte da frota até 2050 (Imagem: Ian Dewar Photography/Shutterstock)

Como será o avião com asa remodelada

  • De acordo com a startup, o avião com asa remodelada poderá transportar 250 passageiros (o equivalente a uma aeronave internacional de médio porte) e será mais silencioso do que um modelo tradicional;
  • A Delta espera que o design BWB seja compatível com combustível de aviação sustentável, que espera usar até 2050;
  • O principal desafio da asa diferentona é a promoção de um processo de evacuação seguro no caso de pouso de emergência, já que o design interior da nave mudaria, bem como o esquema das portas de saída.
  • A expectativa é que um modelo de demonstração esteja pronto para testes em 2027.

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