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Infecções por bactéria comedora de carne mais que dobraram nos EUA

Autoridades dos Estados Unidos estão em alerta para um novo problema de saúde. Um recente estudo apontou que os casos de infecções por uma bactéria “comedora de carne” mais que dobraram no país desde 2012.

Os pesquisadores ainda descobriram que os estreptococos do grupo A estão mais resistentes aos antibióticos. Eles são responsáveis por doenças como a fascite necrosante, que destrói os tecidos moles abaixo da pele e é popularmente conhecida como “comedora de carne”. 

Maior diversidade de bactérias explica aumento nos casos

  • No total, 35 milhões de norte-americanos de 10 estados (Califórnia, Colorado, Geórgia, Maryland, Oregon, Nova York, Novo México, Tennessee, Connecticut e Minnesota) foram analisados durante o trabalho.
  • Antes de 2013, a maioria das infecções permanecia relativamente baixa e estável.
  • No entanto, os casos de estreptococos mais que dobraram, de 3,6 por 100 mil pessoas para 28,2 por 100 mil pessoas.
  • O número de diagnósticos passou de 1.082, em 2013, para 2.759, em 2022.
  • De acordo com especialistas, este aumento ocorre devido a uma maior diversidade de bactérias.
Bactérias estão mais resistentes aos antibióticos (Imagem: Gilnature/iStock)

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Sintomas da doença e formas de contágio

Os sintomas de infecções do tipo variam em gravidade e de acordo com a doença causada pela bactéria estreptococo do grupo A.

Alguns deles incluem: dificuldade em engolir ou dor ao engolir, dor de cabeça intensa e pequenas manchas vermelhas no céu da boca.

Outros sinais de atenção são dores de garganta, de estômago e nos gânglios linfáticos, além de amígdalas inchadas, erupções cutâneas no pescoço, coceira na pele, diarreia, tontura, febre, náuseas e vômitos, e bolhas espalhadas pelo corpo.

Bactéria comedora de carne provoca feridas (Imagem: sruilk/Shutterstock)

As bactérias são altamente contagiosas e se espalham através do contato com outras pessoas infectadas. Esta transmissão pode ocorrer a partir da respiração de gotículas liberadas no ar após tosse ou espirro, ou contato com a saliva do paciente.

O uso de máscaras é recomendado para evitar transmitir a bactéria para outras pessoas. O tratamento imediato das feridas também é fundamental para evitar casos mais graves, que podem potencialmente levar à morte.

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Concreto vivo se regenera e pode revolucionar a construção civil

Pesquisadores da Universidade Estadual de Montana, nos Estados Unidos, criaram um concreto vivo composto por fungos e bactérias, capaz de se regenerar e durar por mais tempo que materiais semelhantes. A novidade foi detalhada em um estudo publicado na Cell Reports Physical Science.

Entenda:

  • Pesquisadores criaram um novo concreto vivo feito de fungos e bactérias;
  • O material consegue se regenerar e possui vida útil de até um mês;
  • Além disso, a novidade também permanece viável por mais tempo que materiais de construção tradicionais;
  • Ao substituir materiais como o cimento – responsável por 8% das emissões de carbono de origem humana –, o concreto vivo pode ajudar a tornar a construção civil mais sustentável e adaptável.
Cimento tradicional emite 8% do CO2 de origem humana. (Imagem: Bannafarsai_Stock/Shutterstock)

Além da capacidade de regeneração, o novo concreto vivo também consegue permanecer viável por várias semanas – o que não acontece com os materiais de construção tradicionais. As vantagens ainda incluem o baixo impacto ambiental do concreto, visto que, como aponta a equipe, o cimento está por trás de até 8% das emissões de CO₂ em atividades humanas.

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Concreto vivo foi criado com fungos e bactérias

Produzido em baixas temperaturas, o concreto vivo é feito com micélios do fungo Neurospora crassa e células bacterianas. Ainda que outros biomateriais do tipo já tenham sido desenvolvidos antes, eles não são tão resistentes e sua vida útil chega a apenas dias ou semanas. O novo concreto, entretanto, pode durar até um mês com suas funções preservadas.

Concreto vivo é feito com fungos e bactérias. (Imagem: MakroBetz/Shutterstock)

“Materiais biomineralizados não têm resistência suficiente para substituir o concreto em todas as aplicações, mas estamos trabalhando para melhorar suas propriedades para que tenham maior utilização”, diz Chelsea Heveran, autora correspondente do estudo, no comunicado.

Novo concreto pode apoiar sustentabilidade na construção civil

Os pesquisadores destacam que, ao substituir outros materiais com altas taxas de emissão de CO₂, o novo concreto pode ajudar a tornar a construção civil mais sustentável e adaptável. Atualmente, a equipe trabalha para estender ainda mais a vida útil e encontrar métodos para produzir o concreto vivo em larga escala.

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Bactéria “comedora de carne” está mais resistente a antibióticos

Os casos de infecções por uma bactéria “comedora de carne” mais que dobraram nos Estados Unidos, de acordo com um estudo que avaliou o cenário entre 2012 e 2022. A pesquisa também mostrou que o estreptococo tornou-se resistente a antibióticos comuns.

O levantamento dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) engloba cerca de 35 milhões de americanos em 10 estados: Califórnia, Colorado, Geórgia, Maryland, Oregon, Nova York, Novo México, Tennessee, Connecticut e Minnesota.

A bactéria Streptococcus pyogenes pode desencadear fasceíte necrosante, uma doença devoradora de carne, bem como a síndrome do choque tóxico, uma infecção semelhante à sepse que pode desencadear falência de órgãos.

Levantamento foi feito pelo CDC em 10 estados americanos (Imagem: hapabapa/iStock)

Descobertas da pesquisa

  • A prevalência de estreptococos mais que dobrou, de 3,6 por 100.000 pessoas para 28,2 por 100.000 pessoas;
  • No total, os casos anuais aumentaram de 1.082 em 2013 para 2.759 em 2022;
  • Pessoas em instituições de longa permanência, como asilos, tiveram quase o dobro do risco de morrer devido à infecção (17,7% dos casos);
  • Ao longo de 10 anos, as cepas mais raras que causam infecção aumentaram de 0,3% para 26,9%, incluindo as que desencadeiam infecções carnívoras;
  • A resistência antimicrobiana aumentou, particularmente em resposta à clindamicina e macrolídeos (de 12,7% para 33,1%) e à tetraciclina (16,2% para 45,1%);
  • Todas as cepas ainda são tratadas com β-lactâmicos, como penicilina e ampicilina.
CDC defende nova modelagem epidemiológica para rastrear a resistência antimicrobiana (Imagem: Md Ariful Islam/iStock)

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O que aprenderam com o estudo?

O CDC defendeu pesquisas para uma vacina contra as doenças, melhor acesso ao tratamento de feridas e uma nova modelagem epidemiológica para rastrear a resistência antimicrobiana.

“A vigilância contínua para monitorar a carga da doença, a distribuição das cepas e a resistência antimicrobiana é essencial. Uma melhor compreensão dos fatores que impulsionam a transmissão de GAS e o aumento da incidência da doença pode orientar os esforços de prevenção e controle antes da disponibilidade de uma vacina licenciada.”

A contaminação por estreptococo se dá por meio de gotículas no ar de uma pessoa infectada ao tossir, espirrar ou falar. Também é possível se infectar tocando em superfícies contaminadas, seja maçanetas a lesões na pele, ou compartilhando utensílios.

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Tijolos lunares podem ser reparados com bactéria produtora de cimento natural

Um estudo recém-publicado na revista Frontiers revelou uma alternativa promissora para a construção e manutenção de estruturas na Lua: o uso de bactérias para consertar tijolos feitos com solo lunar. A proposta é liderada por cientistas do Instituto Indiano de Ciência (IISc), em Bangalore, e pode ajudar a viabilizar moradias em futuras missões espaciais.

A técnica utiliza uma bactéria chamada Sporosarcina pasteurii, que vive naturalmente no solo da Terra. Ela tem a capacidade de produzir carbonato de cálcio, o mesmo componente presente em conchas e calcários. Quando aplicada em rachaduras nos tijolos lunares, a bactéria gera um tipo de cimento natural, preenchendo as falhas e reforçando a estrutura.

O método foi desenvolvido a partir de uma pesquisa anterior de 2020, também conduzida pelo IISc. Na ocasião, os cientistas criaram os chamados “tijolos espaciais” usando um simulador de solo lunar à base de cálcio, ureia, goma guar (extraída de feijões) e a própria bactéria. O objetivo era encontrar formas baratas e sustentáveis de construir na Lua.

‘Tijolos espaciais’ feitos de simulador de solo lunar, ureia, bactéria S. pasteurii e goma guar. Crédito: Divakar Badal / IISc

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Esses tijolos foram endurecidos com calor intenso, em um processo chamado sinterização, para se tornarem mais resistentes. Porém, mesmo sendo firmes, eles mostraram-se quebradiços e suscetíveis a danos causados pelas condições lunares extremas, como temperaturas que vão de 121 °C a -131 °C, além da ação de partículas vindas do Sol.

Restaurar estruturas com cimento biológico reforça tijolos lunares

No novo estudo, os pesquisadores danificaram intencionalmente esses tijolos sinterizados e aplicaram uma pasta com a bactéria, goma guar e o solo lunar simulado. O resultado foi animador: o carbonato de cálcio produzido pelas bactérias penetrou nas fissuras, restaurando a solidez das peças. Biopolímeros naturais também ajudaram a unir melhor os componentes do solo.

Rachaduras criadas artificialmente nos tijolos espaciais preenchidos pelo carbonato de cálcio da bactéria (as manchas brancas destacadas em azul). Crédito: Gupta, Kulkarni, Naik, Viswanathan e Kumar / Frontiers

Essa abordagem pode se tornar essencial nas próximas décadas. Em 2028, a missão Artemis IV, da NASA, planeja enviar astronautas para a Lua. A expectativa é que eles iniciem a construção de uma base lunar, com módulos de habitação e pesquisa. Antes disso, a equipe do IISc pretende testar a bactéria em microgravidade para garantir seu desempenho no espaço.

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Esse alimento comum parece prevenir câncer de intestino

O câncer colorretal se desenvolve no intestino grosso e no reto, sendo também conhecido como câncer de cólon e reto. 

Este é um dos tipos mais comuns de tumor e os casos têm aumentando em todo o mundo nos últimos anos.

Segundo um novo estudo, no entanto, um alimento pode ajudar a prevenir o desenvolvimento da doença.

Pesquisadores afirmam que o consumo regular de iogurte pode modificar o microbioma intestinal, as bactérias naturais que vivem no intestino.

Efeitos benéficos para o organismo

  • Os cientistas explicam que o microbioma intestinal desempenha um papel crucial na saúde geral, influenciando a digestão, a função imunológica e até o risco de câncer.
  • As bactérias intestinais podem viver dentro do próprio câncer e, em geral, acredita-se que um equilíbrio saudável delas seja essencial para manter um sistema imunológico forte e prevenir a inflamação.
  • O iogurte contém culturas vivas de bactérias benéficas, como lactobacillus bulgaricus e streptococcus thermophilus, que podem ajudar a manter esse equilíbrio.
  • Além disso, o alimento pode exercer efeitos anti-inflamatórios nas células do revestimento do cólon, chamadas de mucosa, o que pode ajudar a prevenir o desenvolvimento do câncer.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Gut Microbes.
Iogurte pode ser um aliado no combate ao câncer (Imagem: Ebrahim Lotfi/Shutterstock)

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Redução do risco de desenvolvimento de câncer

Segundo os pesquisadores, consumir duas ou mais porções de iogurte por semana diminui o risco de desenvolvimento de um tipo específico de câncer colorretal agressivo. Ele ocorre no lado direito do cólon e pode ser mais mortal.

O estudo analisou dados de mais de 150 mil participantes acompanhados por várias décadas, indicando que o consumo do alimento a longo prazo pode alterar o microbioma intestinal de maneiras benéficas para o organismo.

Estudo revelou benefícios do iogurte para a saúde (Imagem: nikkytok/Shutterstock)

As conclusões foram baseadas na medição da quantidade de Bifidobacterium, um tipo de bactéria encontrada no iogurte, no tecido tumoral de 3.079 participantes do experimento que foram diagnosticados com câncer colorretal.

Os cientistas ainda destacam que é importante escolher com sabedoria qual iogurte consumir. O mais benéfico é o puro e sem sabor. Isso porque a adição de açúcares presentes em alguns tipos do produto podem causar ganho de peso, um fator de risco para obesidade e câncer.

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Qual o jeito certo de limpar o celular? Veja essas dicas

Você limpa o seu celular com frequência? E não estou falando em tirar aquelas marcas de dedo, mas sim em uma higienização de verdade. As empresas do setor, aliás, recomendam que você faça isso. E com certa regularidade.

Um dos motivos é que o seu smartphone vive sujo – e pode se tornar um verdadeiro depósito de bactérias. É o que mostra uma pesquisa de 2017.

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Os cientistas analisaram diversos aparelhos de alunos do Ensino Médio da Estônia. Os testes encontraram cerca de 17 mil cópias de genes bacterianos! Isso significa que os celulares podem ter até 10 vezes mais bactérias do que assentos sanitários.

Ok, a grande maioria desses germes não são nocivos à nossa saúde. Muitos deles vivem na pele – e acabamos fazendo a transferência para a tela do celular por causa do touchscreen. Aliás, passamos também o óleo que o nosso corpo solta naturalmente (e é por isso que ficam aquelas marcas de digitais).

Bom, esses motivos são mais do que suficientes para você começar a limpar o seu smartphone. Agora, é importante destacar que isso não pode ser feito de qualquer jeito.

Ele pode até parecer limpo, mas seu celular já virou casa para muitos germes – Imagem: Eviart/Shutterstock

A maneira correta, segundo especialistas

  • A Federal Communications Commission (FCC), uma agência reguladora dos EUA, sugere que você limpe seu telefone pelo menos uma vez por dia.
  • A recomendação é que você consulte as orientações do fabricante – e quase todos eles adotam procedimentos similares.
  • O primeiro passo é desligar o dispositivo antes de limpá-lo.
  • Use, então, um pano sem fiapos levemente umedecido com água e sabão.
  • A preferência é que esse pano seja de microfibra ou 100% algodão.
  • Tem muita gente que utiliza álcool – ele, no entanto, pode danificar os revestimentos protetores que impedem que óleo e água danifiquem sua tela.
  • Evite também outros produtos de limpeza pesada, principalmente aqueles que contenham alvejantes.
Que atire a primeira pedra quem nunca se incomodou com uma tela cheia de digitais como essa – Imagem: Jason Busa/Shutterstock

Mais dicas

Uma dica importante é que você deve manter líquidos e umidade longe de quaisquer aberturas no dispositivo. Isso mesmo nos aparelhos à prova d’água – o selo de proteção serve para acidentes e não para banhos frequentes.

Os especialistas também dizem que você não pode usar papel toalha para limpar telas, pois existe o risco de deixar arranhões.

Grãos de areia e pequenas partículas também podem causar esses arranhões. Nesse caso, o ideal seria retirá-los com uma fita adesiva – passar um pano pode arrastar esses grãos, riscando a superfície do smartphone.

Gostou das dicas? Você pode ler mais delas – e sobre outros aparelhos – nesta página do Olhar Digital.

As informações são do CNet.

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Homem come porco selvagem e contrai bactéria rara nos EUA

Um homem de 77 anos contraiu uma bactéria extremamente infecciosa, mas rara, após consumir carne de porco selvagem na Flórida, Estados Unidos. O caso aconteceu em 2020, mas foi relatado em um estudo na edição deste mês da Emerging Infectious Diseases.

O idoso procurou ajuda em um hospital de Gainesville relatando dores no peito que já duravam quase dois anos. O pastor vivia em uma fazenda rural com cães e cabras e contou que fez diversos tratamentos com antibióticos, mas nada resolvia o problema.

O histórico do paciente incluía diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol alto e insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida. Durante uma das visitas ao hospital, os médicos suspeitaram de uma infecção escondida em seu implante cardíaco — mas o desafio foi identificar o patógeno por trás desse quadro. 

Idoso buscou ajuda médica relatando dores no peito (Imagem: Images we create/iStock)

Depois de diversos testes, exames de hemocultura mostraram uma bactéria acumulada nas células sanguíneas do idoso. Ele teve de retirar o implante para uma análise detalhada no departamento de saúde da Flórida e para os Centros de Controle e Prevenção de Doenças.

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O resultado…

Todos os testes clínicos e genéticos revelaram infecção por Brucella suis, bactéria que geralmente é encontrada em porcos. Em animais, o principal sintoma são perdas reprodutivas; em humanos, pode causar infecções cerebrais, condições neurológicas, artrite, anemia, pancreatite, complicações cardiovasculares, entre outros.

Nos Estados Unidos, a prevalência de brucelose é de 80 a 140 casos por ano, com diferentes meios de contaminação, incluindo o consumo de leite cru, queijos, caça e abate de porcos e porcos selvagens.

Na Flórida, local da infecção relatada na reportagem, mais de um milhão de suínos selvagens podem ser portadores de zoonoses que incluem leptospirose, triquinela e toxoplasmose. Cães e cabras expostos também podem transmitir a infecção aos humanos.

Leite cru também é fonte de contaminação por bactéria Brucella (Imagem: Serhii Bilohubets/iStock)

As medidas para reduzir esse risco incluem o uso de equipamentos de proteção individual e o cozimento completo de produtos de origem animal antes do consumo. Com a publicação do artigo, a comunidade espera conscientizar os moradores sobre a situação.

O paciente foi tratado com antibióticos por um período total de 6 semanas. Quatro meses após a remoção do dispositivo, ele recebeu um novo implante cardíaco. Após passar por acompanhamento ambulatorial de rotina ao longo de quase três anos, os médicos não encontraram mais nenhuma evidência clínica de brucelose no idoso.

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Pesquisa brasileira: biocarvão de laranja pode descontaminar a água

Um biocarvão feito com resíduos de laranja pode apoiar a descontaminação da água, aponta um novo estudo publicado na Ambiente & Água por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Testes com o produto se mostraram promissores especialmente na remoção de poluentes e bactérias.

Entenda:

  • Pesquisadores da UFSCar criaram um biocarvão de laranja que pode ajudar a descontaminar a água;
  • O produto é criado a partir do bagaço gerado na produção do suco da fruta;
  • Testes apontam que o biocarvão pode reduzir poluentes e bactérias presentes nas águas residuais (os chamados esgotos);
  • Além disso, o material também absorve nitrogênio;
  • Novos testes devem determinar a descontaminação de outros poluentes e encontrar possíveis aplicações para o carbono resultante do processo.
Bagaço de laranja foi usado para criar biocarvão. (Imagem: small smiles/Shutterstock)

Usando o bagaço gerado na produção de suco de laranja, os pesquisadores passaram o período de 2021 a 2024 trabalhando na criação do biocarvão. O processo envolve a secagem, moagem, peneiração, carbonização, filtragem e caracterização dos restos da fruta, dando uma nova vida ao material que seria geralmente descartado.

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Biocarvão de laranja apoia descontaminação de águas residuais

Testes mostraram que o biocarvão pode apoiar especialmente a descontaminação das chamadas águas residuais (os esgotos), filtrando poluentes através de processos físicos e biológicos. O experimento envolveu amostras de um tanque séptico da UFSCar.

Em comunicado, a equipe aponta que, além de absorver nitrogênio, o biocarvão conseguiu reduzir as concentrações de fósforo e magnésio em, respectivamente, 31,5% e 62%. Ainda, o produto removeu cerca de 60% a 70% das bactérias.

Esgoto. Imagem: Phatranist Kerddaeng/Shutterstock
Biocarvão de laranja pode descontaminar água de esgotos. (Imagem: Phatranist Kerddaeng/Shutterstock)

“Não se gasta praticamente nada para fazer, e é um material simples que tem grande eficiência para vários tipos de tratamento. Os resultados foram melhores do que imaginávamos, o que possibilita redução no uso de água potável e utilização de algo que seria descartado provavelmente de maneira irregular”, explica Mariana Cabrini, engenheira e autora do estudo.

Outras pesquisas devem ser conduzidas para, além de avaliar a eficácia da remoção de outros contaminantes, identificar possíveis aplicações para o carbono resultante do processo.

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Microplásticos podem fortalecer superbactérias, revela estudo

Os microplásticos já foram identificados em praticamente todos os órgãos humanos, podendo gerar graves problemas de saúde. Este pequenos materiais de menos de cinco milímetros também se espalham pela natureza, em rios, oceanos e até no solo.

Mas os riscos relacionados a estas partículas podem ser ainda maiores. Um novo estudo aponta que eles podem estar contribuindo para a proliferação de superbactérias resistentes a antibióticos. Isso acontece porque os microplásticos são excelentes hospedeiros para biofilmes criados por bactérias para se protegerem.

Resistência aos antibióticos pode aumentar até milhares de vezes

Os cientistas explicam que os biofilmes são estruturas tridimensionais protetoras criadas por bactérias a partir de seus próprios resíduos. Esta gosma pegajosa permite que os organismos continuem vivos, prosperem e se repliquem com segurança.

Embora muitas superfícies possam hospedar biofilmes, como a placa nos nossos dentes, os plásticos fornecem uma ligação especialmente forte que atrai as bactérias mais prolíficas. Eles funcionam tão bem que, segundo os pesquisadores, podem aumentar a resistência aos antibióticos de centenas a milhares de vezes acima do normal.

Pesquisadores alertam que microplásticos podem ajudar na proliferação de superbactérias (Imagem: suhtterstock/Lightspring)

O trabalho analisou biofilmes em microplásticos e vidro criados por E. coli, uma bactéria potencialmente perigosa que pode causar diarreia e dor de estômago. Em tubos de ensaio no laboratório, os pesquisadores expuseram esses biofilmes a quatro antibióticos amplamente utilizados: ciprofloxacina, doxiciclina, fluoroquinolona e ampicilina.

Quando os biofilmes de E. coli estavam em microplásticos, eles cresceram mais rápido, ficando maiores e mais resistentes a antibióticos do que os biofilmes que cresciam em esferas de vidro. Além disso, as bactérias E. coli cultivadas em microplásticos mantiveram sua capacidade de formar biofilmes mais fortes mesmo quando removidas daquele ambiente. O estudo foi publicado na revista Applied Environmental and Microbiology.

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Presença dos pequenos plásticos já é preocupante (Imagem: SIVStockStudio/Shutterstock)

Riscos dos microplásticos

  • Os microplásticos são pequenas partículas sólidas de materiais baseados em polímero com menos de cinco milímetros de diâmetro.
  • Além de levar milhares, ou até milhões de anos para se decompor, elas estão espalhadas por todo o planeta, inclusive na própria água potável.
  • Essas substâncias podem ser divididas em duas categorias: primárias e secundárias.
  • Os primários são projetados para uso comercial: são produtos como cosméticos, microfibras de tecidos e redes de pesca.
  • Já os secundários resultam da quebra de itens plásticos maiores, como canudos e garrafas de água.
  • Este tipo de material já foi detectado em diversos órgãos humanos, sendo encontrados no sanguecérebrocoração, pulmões, fezes e até mesmo em placentas.
  • Embora os impactos à saúde humana ainda não sejam totalmente conhecidos, experimentos indicam que as substâncias podem ser consideradas um fator ambiental para a progressão de doenças, como o Parkinson.
  • Recentemente, estudos sugeriram que a exposição aos microplástiscos pode, inclusive, afetar a produção de espermatozoides nos testículos, contribuindo para o declínio da fertilidade.

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Eureka! Descobrimos um ‘novo’ sistema imunológico no corpo humano

Pesquisadores israelenses anunciaram uma descoberta que pode revolucionar o combate a infecções. Além disso, a novidade pode ser uma grande notícia na luta contra o crescente problema das superbactérias.

A equipe localizou uma nova parte do sistema imunológico, até então desconhecida, com grande capacidade de gerar antibióticos em potencial. De acordo com os cientistas, esta é uma parte do corpo conhecida por reciclar proteínas, mas que também pode expelir um arsenal de produtos químicos que matam bactérias.

Estrutura presente em todas as células pode matar as bactérias

  • Segundo os pesquisadores, a descoberta se concentra no proteassoma, uma pequena estrutura encontrada em todas as células do corpo.
  • Seu principal papel é cortar proteínas velhas em pedaços menores para que possam ser recicladas para fazer novas.
  • No entanto, os cientistas descobriram que ela também é capaz de detectar quando uma célula foi infectada por bactérias.
  • Quando isso acontece, o proteassoma muda de estrutura e função.
  • Ele começa a transformar proteínas velhas em armas que podem rasgar a camada externa de bactérias para matá-las.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Nature.
Proteassoma pode ser capaz de matar bactérias dentro do corpo humano (Imagem: wildpixel/iStock)

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Antibióticos naturais apresentaram resultados promissores

Os pesquisadores israelenses comemoram a descoberta. Segundo eles, a ciência não sabia exatamente o que acontecia no proteassoma. Agora, foi desvendado um novo mecanismo de imunidade que nos permite ter uma defesa contra infecções bacterianas.

Os cientistas ainda destacam que está processo “está acontecendo em todo o nosso corpo em todas as células e gera uma nova classe de antibióticos naturais em potencial”. Estes produtos foram testados em bactérias que crescem em laboratório e em camundongos com pneumonia e sepse, apresentando resultados semelhantes aos de antibióticos já conhecidos.

Descoberta gera uma nova classe de antibióticos naturais em potencial (Imagem: Fahroni/Shutterstock)

Apesar dos resultados divulgados, os próprios pesquisadores alertam que ainda são necessários mais estudos para confirmar a eficácia e segurança do uso destes antibióticos naturais. Isso significa que ainda deve levar algum tempo para termos certeza do potencial desta descoberta.

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