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Cientistas do Brasil ajudam a desvendar origem de Mercúrio

Uma equipe internacional de cientistas do Brasil, Alemanha e França propõe uma nova explicação para a origem do enigmático Mercúrio. Segundo o estudo, o planeta pode ter surgido após uma colisão violenta entre dois corpos celestes de tamanho semelhante, no início da formação do Sistema Solar.

Mercúrio é o menor mundo do Sistema Solar e também o mais próximo do Sol. Apesar do tamanho modesto, ele é surpreendentemente denso. Cerca de 60% da massa de Mercúrio está concentrada em seu núcleo, extremamente rico em ferro – algo que não se observa nos outros planetas rochosos, como Terra, Vênus ou Marte.

Essa característica sempre intrigou os cientistas, porque não se encaixa nas teorias tradicionais sobre como os planetas se formam. Além disso, a sonda MESSENGER, da NASA, que estudou Mercúrio entre 2011 e 2015, revelou outra surpresa: sua superfície é rica em elementos voláteis como potássio, enxofre e sódio.

Esses elementos são facilmente destruídos por calor extremo. Se Mercúrio tivesse sofrido um único impacto colossal, como se pensava antes, esses voláteis teriam desaparecido. Isso levou os pesquisadores a duvidar da ideia de uma colisão única e rara no passado do planeta.

Colisão com corpo celeste de tamanho semelhante ao de Mercúrio (e nao maior) teria dado origem ao planeta mais próximo do Sol. Crédito: Flavia Correia via DALL-E/Olhar Digital

Objeto “atropelou” Mercúrio e “fugiu”

Agora, novas simulações mostram que uma colisão diferente pode explicar tanto o núcleo grande quanto a presença de voláteis. Em vez de bater em um corpo muito maior, Mercúrio teria colidido de forma oblíqua com outro protoplaneta de tamanho parecido.

Esse tipo de colisão – apelidada de “atropelamento e fuga” – pode acontecer com mais frequência do que se imaginava. O impacto não teria destruído completamente os dois corpos, mas teria arrancado parte da camada externa de Mercúrio, sem vaporizar ou derreter seus elementos voláteis.

Segundo o astrofísico Patrick Franco, principal autor do estudo, esse tipo de evento não seria tão raro. “Esses impactos podem ser os verdadeiros responsáveis pela forma final dos planetas rochosos no sistema solar”, disse ele em entrevista ao site Live Science.

As simulações feitas pela equipe conseguiram recriar a estrutura interna e a composição química de Mercúrio com impressionante precisão. Um fator essencial foi o ângulo da colisão: certos ângulos permitiram que o planeta perdesse a quantidade certa de massa para adquirir sua atual configuração.

Outro fator importante é o momento em que o impacto teria ocorrido. A colisão teria acontecido dezenas de milhões de anos após o nascimento do Sistema Solar, quando os planetas jovens já possuíam núcleos e mantos bem definidos.

Um impacto nesse estágio da formação planetária poderia remover seletivamente parte do manto rochoso de Mercúrio, sem destruir sua estrutura interna. Segundo Franco, se o choque tivesse ocorrido antes, quando ainda havia muitos detritos no espaço, Mercúrio poderia ter sido reabsorvido por outros corpos.

Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol, mas pode ter nascido entre as órbitas de Vênus e da Terra, migrando posteriormente. Cédito: Withan Tor – Shutterstock

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Planeta teria mudado de posição no Sistema Solar

As simulações também indicam que o impacto teria acontecido entre as órbitas de Vênus e da Terra – uma região muito mais tumultuada nos primeiros tempos do Sistema Solar. Isso sugere que Mercúrio pode ter se formado ali e migrado para mais perto do Sol mais tarde.

Essa nova hipótese ainda precisa ser confirmada por dados reais. E a resposta pode estar a caminho: a missão BepiColombo, uma parceria entre as agências espaciais da Europa e do Japão, chegará a Mercúrio em 2026. Seus instrumentos poderão testar as previsões do novo modelo.

Até lá, a origem exata de Mercúrio continua sendo um mistério em aberto. Mas o novo estudo oferece uma explicação mais plausível e coerente com o que se conhece hoje sobre colisões cósmicas e a formação dos planetas.

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Ataques hackers disparam e Brasil se torna um dos principais alvos

Um novo relatório divulgado pela NETSCOUT SYSTEMS aponta que ataques DDoS foram o principal método utilizado por hackers no ano passado. Além disso, o trabalho destaca que estas ações têm relação direta com conflitos geopolíticos.

A empresa, que atua no desenvolvimento de soluções de cibersegurança, ainda afirmou que o Brasil foi o mais da América Latina mais visado pelos cribercriminoos. Foram meio milhão de ataques cibernéticos apenas no segundo semestre de 2024.

Aumento de cerca de 43% em relação ao ano passado

Em toda a América do Sul, foram registrados 1.066.035 ataques DDoS no período analisado pelo relatório.

O número representa um crescimento de 29,83% em relação ao primeiro semestre do mesmo ano.

Brasil é um dos principais alvos dos ataques (Imagem: PX Media/Shutterstock)

Apenas em território brasileiro foram 514.210 ações, contra 357.422 ataques do último relatório, do primeiro semestre de 2024. Isso quer dizer que houve um aumento de cerca de 43% no número de atividades virtuais criminosas.

As empresas de telecomunicações sem fio (exceto de satélite) foram as mais visadas, sofrendo 48.845 ataques. Outros alvos importantes foram as infraestruturas de computação e hospedagem, com 28.923 ataques, e o setor de transporte local de frete, com 11.697 incidentes. 

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Um ataque DDoS é uma investida cibernética para atingir os servidores de uma plataforma online e torná-la inacessível para os demais usuários (Imagem: Frame Stock Footage/Shutterstock)

Ferramenta usada na “guerra cibernética”

  • Ainda de acordo com o levantamento, ao longo do ano, os ataques DDoS mostraram uma forte conexão com conflitos sociais e políticos. 
  • Exemplos incluem o aumento de 2.844% em Israel, relacionado ao resgate de reféns feitos pelo Hamas e conflitos políticos.
  • Além disso, houve um crescimento de 1.489% na Geórgia, antes da aprovação da “Lei Russa” e o temor de uma aproximação maior com o regime de Vladimir Putin.
  • Já nas Américas, o México teve um salto de 218%, impulsionado pelas eleições no país.
  • Até o Reino Unido, com crescimento de 152%, aparece na lista após o Partido Trabalhista retomar o controle do governo.

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Adeus, La Niña: o que a mudança significa para o clima no Brasil?

O cenário climático global acaba de passar por uma importante transformação. A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (Noaa) anunciou, nesta quinta-feira (10), o término oficial do fenômeno La Niña, marcando o retorno das temperaturas do Oceano Pacífico Equatorial à fase neutra.

Esse evento, caracterizado pelo resfriamento das águas do Pacífico, teve impactos no padrão climático do Brasil e do mundo nos últimos meses.

Os efeitos do La Niña

  • O La Niña, que se manifesta a cada 3 a 5 anos, provoca alterações na distribuição de chuvas e temperaturas em diversas regiões do planeta.
  • No Brasil, seus efeitos se traduziram em aumento das chuvas no Norte e Nordeste, enquanto o Centro-Sul e o Sul enfrentaram períodos de seca e maior variação térmica.
  • Com o fim do fenômeno, a tendência é que esse padrão se desfaça, dando lugar a um clima mais instável e irregular.
  • As previsões da Noaa indicam que a neutralidade climática deve persistir pelo menos até o verão no Hemisfério Norte, com mais de 50% de chance de se estender até outubro.
  • No entanto, o cenário para o segundo semestre ainda é incerto, com a possibilidade de um novo La Niña ou El Niño.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) prevê que as temperaturas da superfície do mar e da terra continuarão acima da média nos próximos meses. (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

O que a mudança significa para o clima brasileiro?

A mudança no padrão climático do Pacífico traz implicações importantes para o Brasil. O Climatempo alerta para a possibilidade de alternância entre períodos de chuva e seca no Sul, enquanto o Norte e o Nordeste devem experimentar uma leve diminuição das chuvas.

Essa transição exige atenção especial, especialmente em um país que já enfrenta desafios relacionados à seca em quase 2 mil cidades.

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Além do fim do La Niña, é importante ressaltar que as mudanças climáticas induzidas pela ação humana têm um papel crucial na alteração dos padrões climáticos globais. Recordes de temperatura têm sido sucessivamente quebrados, com janeiro de 2025 registrando o maior calor da história, mesmo sob a influência do La Niña.

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Tarifas podem criar “avalanche” de produtos chineses no Brasil

O cenário provocado pelas tarifas econômicas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ainda é incerto. No entanto, algumas projeções já estão sendo feitas e a indústria brasileira está preocupada com uma delas

A China escolheu bater de frente com os EUA, retaliando o tarifaço e desencadeando uma guerra comercial.

Se o impasse não for resolvido, milhares de produtos chineses podem acabar sendo vendidos em outros países.

Brasil pode ser um dos destinos do excedente chinês

  • Atualmente, a China é considerada o parque industrial do mundo.
  • O país produz absolutamente de tudo e exporta para praticamente todos os mercados.
  • O problema é que as tarifas de mais de 100% impostas pela Casa Branca inviabilizam o comércio entre as duas principais potências do mundo.
  • Isso significa que todos os produtos chineses que tinham como destino o território norte-americano agora precisarão ser absorvidos por novos mercados.
  • Neste cenário, o Brasil deve ser um dos destinos.

Exportações chinesas terão novos destinos (Imagem: MISTER DIN/Shutterstock)

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Chegada de mais produtos chineses trará impactos

O governo dos Estados Unidos afirma que a estratégia chinesa é baseada “em inundar o planeta com produtos baratos”. Segundo a Casa Branca, as exportações antes feitas para os norte-americanos agora devem ser destinadas “para os países do G7 e do Sul Global”.

O especialista em relações internacionais Thiago de Aragão concorda com esta avaliação. Segundo ele, a China precisará manter sua máquina industrial rodando, o que significa procurar novos mercados para os seus produtos.

Brasil pode receber milhares de novos produtos chineses (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

O Brasil pode ser um destino de produtos que são necessários para o dia a dia, seja para indústria, sejam componentes, que pode acabar barateando o acesso desses produtos por parte da população. Mas, por outro lado, o Brasil também vai ser um destino cada vez maior de dumping chinês, que é jogar produto em determinado país, e isso já acontece com o Brasil e a tendência é que isso aconteça ainda mais.

Thiago de Aragão, CEO da Arko International.

Aragão defende que o Brasil negocie melhores condições com a China. Uma das possibilidades é que as empresas chinesas aumentem os investimentos em fábricas no país, trazendo a produção para o território brasileiro. As informações são do G1.

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8 aves curiosas que só podem ser encontradas no Brasil

O Brasil é um país de biodiversidade incomparável, abrigando algumas das aves mais raras e fascinantes do mundo. Muitas dessas espécies são endêmicas, ou seja, só podem ser encontradas em território brasileiro. 

Neste artigo, exploramos oito aves curiosas que são exclusivas do Brasil, destacando suas características e a importância da conservação de seus habitats.

8 aves curiosas que só podem ser encontradas no Brasil

As informações deste artigo foram retiradas do site WikiAves, a maior plataforma brasileira para observadores de aves. O site conta com informações detalhadas sobre diversas espécies.

Jacupiranga (Penelope pileata)

O jacupiranga, também conhecido como jacu-de-cocoruto-branco, é uma ave da família Cracidae endêmica do Brasil. Habita regiões entre os rios Madeira e Xingu, no Pará, Maranhão e Tocantins. Mede entre 75 e 82,5 cm e pesa entre 1,1 kg e 1,6 kg.

Jacupiranga (Penelope pileata) em cima de um galho e olhando o horizonte (Crédito: Foto: Sem autor em Animaliabio. Mapa: WikiAves)

Possui plumagem escura, peito e ventre castanho-avermelhados, uma crista branca e barbela vermelha. Vive nas copas das florestas e se alimenta de frutos, sementes e pequenos invertebrados. A espécie está vulnerável devido à caça e ao desmatamento.

Rapazinho-estriado-do-leste (Nystalus torridus)

O rapazinho-estriado-do-leste é uma ave discreta encontrada ao sul do rio Amazonas, entre o Pará e o Maranhão.

Rapazinho-estriado-do-leste (Nystalus torridus) trepado em um galho e com uma presa na boca
Rapazinho-estriado-do-leste (Nystalus torridus) trepado em um galho e com uma presa na boca (Crédito: Foto: Sem autor em Animaliabio. Mapa: WikiAves)

Mede cerca de 20 cm e apresenta peito bege com riscas negras, barriga branca com listras grossas e um bico marrom-amarelado. Alimenta-se de pequenos vertebrados e insetos. Pouco se sabe sobre seus hábitos e reprodução.

Cujubi (Aburria cujubi)

Também chamado de jacu-verdadeiro, o cujubi habita a Amazônia meridional e o sudoeste de Goiás. Mede entre 69 e 76 cm e pesa cerca de 1,3 kg.

Cujubi (Aburria cujubi) caminhando pelo solo
Cujubi (Aburria cujubi) caminhando pelo solo (Crédito: Foto: Sem autor em Animaliabio. Mapa: WikiAves)

Sua plumagem é preta e branca, com barbela vermelha ou azul. Alimenta-se de frutos e flores nas copas das árvores, mas também busca comida no solo. Vive em grupos e emite assobios e sons com as asas.

Jacu-estalo (Neomorphus geoffroyi)

Essa ave rara da Mata Atlântica mede entre 50 e 51 cm e pesa cerca de 340 g. Tem plumagem em tons vibrantes de verde-bronzeado, azul e ferrugem.

Jacu-estalo (Neomorphus geoffroyi) parada no chão entre várias folhas
Jacu-estalo (Neomorphus geoffroyi) parada no chão entre várias folhas (Crédito: Foto: Sem autor em Animaliabio, mas a imagem detém a marca d’água de “Greg Kanios”. Mapa: WikiAves)

Seu canto é um pio baixo, e produz estalos característicos com o bico. Alimenta-se de insetos e inspeciona buracos de tatus e cupinzeiros. Está vulnerável devido à destruição do habitat.

Mutum-de-bico-vermelho (Crax blumenbachii)

Endêmico da Mata Atlântica, o mutum-de-bico-vermelho mede cerca de 84 cm e pesa 3,5 kg. O macho é preto com ventre branco e base do bico vermelha, enquanto a fêmea é ferrugínea.

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Mutum-de-bico-vermelho (Crax blumenbachii) andando pelo solo (Crédito: Foto: Brendn Rayan no Flicker. Mapa: WikiAves)

Alimenta-se de frutos, sementes e pequenos animais. Forma casais monogâmicos, e ambos os pais cuidam dos filhotes. Com apenas cerca de 250 indivíduos na natureza, está em perigo crítico de extinção.

Crejoá (Cotinga maculata)

Ave da família Cotingidae, o crejoá se destaca pelo dorso azul-cobalto, peito roxo e colar de penas azuis. Mede cerca de 20 cm e é frugívora, vivendo nas copas das árvores.

Crejoá (Cotinga maculata) em cima do galho de uma árvore, observando os arredores
Crejoá (Cotinga maculata) em cima do galho de uma árvore, observando os arredores (Crédito: Foto: Sem autor em Animaliabio. Mapa: WikiAves)

Com população em declínio devido à perda de habitat, está classificada como “Em Perigo”. Sua reprodução ocorre entre outubro e novembro.

Saíra-apunhalada (Nemosia rourei)

Criticamente ameaçada, essa passeriforme mede entre 12,5 e 14 cm e pesa cerca de 22 g. Tem uma mancha vermelha no peito, que contrasta com o corpo branco, asas e cauda negras.

Saíra-apunhalada (Nemosia rourei) pousada em cima de um galho
Saíra-apunhalada (Nemosia rourei) pousada em cima de um galho (Crédito: Foto: Sem autor em Animaliabio. Mapa: WikiAves)

Alimenta-se de artrópodes e constrói ninhos em florestas úmidas. Encontra-se principalmente no Espírito Santo, mas também há registros em Minas Gerais e Rio de Janeiro. O desmatamento é sua principal ameaça.

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Teque-teque (Todirostrum poliocephalum)

Pequena ave passeriforme da Mata Atlântica, o teque-teque mede cerca de 9 cm. Possui cabeça cinza-azulada escura, ventre amarelo e olhos amarelo-ouro.

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Teque-teque (Todirostrum poliocephalum) (Crédito: Foto: Ciro Albano no WikiAves. Mapa: WikiAves)

Alimenta-se de invertebrados e pequenos frutos, construindo ninhos pendulares de aproximadamente 30 cm. Apesar da distribuição restrita, é classificada como “Pouco Preocupante” pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

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Acabou o frio? Veja como fica o tempo no Brasil nesta semana

Capitais no Sul, no Sudeste, no Centro-Oeste e até no Norte do Brasil registraram as temperaturas mais baixas de 2025 no primeiro fim de semana abril. Os termômetros chegaram a ficar negativos pela primeira vez no ano no país: Urupema, na serra de Santa Catarina, teve -0,2°C.

Esta queda expressiva nas temperaturas em várias regiões foi causada pela passagem de uma grande massa de ar frio de origem polar. Mas o afastamento dela agora vai permitir uma elevação rápida nos termômetros.

Semana será marcada por grande amplitude térmica

De acordo com o Climatempo, as madrugadas ainda serão amenas ou até um pouco frias em áreas do Sul e Sudeste neste início de semana. As tardes, no entanto, vão ficando cada vez mais quentes com o passar dos dias.

Novas ondas de frio estão previstas para este mês (Imagem: Elza Fiúza/Agência Brasil)

Os meteorologistas chamam isso de “efeito cebola”. A previsão é de grande amplitude térmica, com as baixas temperaturas de manhã cedo e à noite exigindo roupas quentinhas, e as tardes quentes fazendo  muita gente tirar os casacos. 

Apesar do afastamento da massa de ar frio de origem polar, o frio deve voltar logo. Isso porque estão previstos outros dois fenômenos semelhantes até o final do mês. Isso significa que haverá uma nova queda acentuada nas marcas dos termômetros em breve.

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Massa de ar polar derrubou as temperaturas (Imagem: Cris Faga/Shutterstock)

Menores temperaturas do ano em várias cidades

  • Curitiba: os termômetros marcaram 12,4°C no sábado (5).
  • Porto Alegre: 12,5°C no sábado (5).
  • São Paulo: 15,4°C no domingo (6).
  • Florianópolis: 16,0°C no sábado (5).
  • Belo Horizonte: 18,0°C no domingo (6).
  • Campo Grande: 18,1°C no sábado (5).
  • Cuiabá: 20,5°C no domingo (6).
  • Rio Branco: 21,2°C no domingo (6).
  • Rio de Janeiro: 25,5°C no sábado (5).

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Brasil pode se tornar protagonista na transição energética global

Com recursos naturais em abundância, o Brasil está em posição privilegiada para liderar a transição energética mundial – uma transformação essencial para enfrentar a crise climática e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.

O país já conta com uma matriz majoritariamente renovável, abastecida principalmente por hidrelétricas, além de crescente produção solar e eólica. Isso abre espaço para investir em novas tecnologias sustentáveis e ampliar a geração de energia limpa.

De acordo com profissionais consultados pela coluna Ecoa, do Uol, além de suprir sua própria demanda, o Brasil pode expandir a produção para atender setores industriais e exportar energia em novas formas, como o hidrogênio verde, produzido a partir de fontes renováveis.

A matriz energética do Brasil é majoritariamente renovável, com domínio das hidrelétricas e avanço da energia solar e eólica. Crédito: Evgeny_V – Shutterstock

Potencial energético e estratégico do Brasil

Segundo o professor Ricardo Ribeiro, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), nosso país tem hoje cerca de 194 gigawatts (GW) de capacidade instalada em geração elétrica, com 85% vindo de fontes renováveis. Esse volume já é suficiente para suprir a demanda nacional, o que permite planejar um crescimento voltado à inovação.

Uma das grandes apostas é o hidrogênio verde, que pode ser usado em indústrias de difícil eletrificação, como a produção de fertilizantes e o transporte pesado. “Essa tecnologia pode reposicionar o Brasil como fornecedor global de energia limpa”, diz Ribeiro.

Outro destaque é o potencial da energia eólica offshore – gerada no mar. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o litoral brasileiro pode produzir até 700 GW. Desses, 160 GW já estão em processo de licenciamento ambiental, volume superior a muitas matrizes nacionais inteiras.

Turbinas de energia eólica offshore durante pôr do sol
Turbinas eólicas offshore durante anoitecer – o litoral brasileiro pode produzir até 700 GW de gerada no mar. Crédito: Pixabay

A professora Suani Teixeira Coelho, do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP), ressalta que o país vive uma “janela de oportunidade”. Para ela, o desenvolvimento desse setor exige políticas públicas que estimulem a inovação, com linhas de crédito específicas e incentivos à produção nacional.

Já Daniela Higgin Amaral, pesquisadora da USP, destaca a necessidade de equilibrar os avanços tecnológicos com medidas sociais. “A transição energética precisa ser inclusiva, promovendo empregos e garantindo acesso à energia para todos”.

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Corrida internacional por energia limpa

Por enquanto, países nórdicos estão no topo do ranking. A Dinamarca investe fortemente em energia eólica, inclusive offshore, e já transforma resíduos orgânicos em hidrogênio para abastecer ônibus urbanos. A Islândia obtém quase toda sua energia de fontes geotérmicas e hidrelétricas, enquanto a Noruega lidera o uso de carros elétricos.

China e EUA, apesar de estarem entre os maiores emissores globais, também avançam. A China foi responsável por 38% dos investimentos em energias renováveis em 2023, somando US$676 bilhões (quase R$4 trilhões). É também líder na fabricação de veículos elétricos e baterias. Já os EUA se destacam em pesquisa e têm forte mercado de energia solar e eólica.

Segundo Higgin, o diferencial desses países está na escala de produção e na capacidade de inovar. No caso brasileiro, ela alerta: “Não basta importar tecnologia, é preciso desenvolver soluções próprias e formar mão de obra qualificada”.

Para acelerar a transição, o Brasil precisa de políticas públicas mais ambiciosas. Isso inclui incentivos fiscais, metas claras de descarbonização, criação de um mercado regulado de carbono e apoio à pesquisa científica nacional.

Empresas também têm papel central ao investir em eficiência energética e geração própria com fontes limpas, como solar e eólica. Para o professor Ribeiro, essas práticas “reduzem custos operacionais e tornam as empresas mais competitivas”.

A sociedade pode contribuir adotando práticas sustentáveis, como economia de energia, reciclagem e apoio a projetos locais de geração renovável. A participação cidadã é essencial para manter o tema da transição energética como prioridade política e econômica.

Com sol, vento, água e capacidade técnica em expansão, o Brasil tem tudo para liderar esse novo capítulo energético – desde que haja planejamento, investimento e vontade política.

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Drones com armas são produzidos no Brasil, mas dependem de regulamentação

A fabricante de armas Taurus está desenvolvendo um tipo de drone inédito no mundo. Em fase de demonstração para venda, o equipamento pode receber fuzis e outros armamentos, sendo de uso exclusivo das forças de segurança.

O produto está sendo fabricado em São Leopoldo, na Região Metropolitana do Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Para entrar em operação, no entanto, a tecnologia ainda depende de regulamentação no Brasil.

Drone pode receber várias armas

  • Segundo a fabricante, o modelo Taurus TAS poderá substituir o uso de helicópteros em ações policiais, reduzindo o risco às equipes em solo.
  • O equipamento também minimiza a possibilidade de danos materiais em casos de alvejamento ou quedas.
  • O drone é equipado com um fuzil T4, mas pode receber também submetralhadoras, por exemplo.
  • O veículo ainda conta com uma câmera 4K estabilizada em 3 eixos, bem como rádio controle com transmissão em tempo real das imagens captadas.
  • Outras características do modelo são um sensor de distância, laser pointer, mecanismo de movimentação horizontal e vertical, além de inteligência artificial embarcada para identificação de alvos.
Drone militar está sendo fabricado no Rio Grande do Sul (Imagem: divulgação/Taurus)

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Discussões sobre a regulamentação no Brasil

A Taurus explica que ainda não há uma regulamentação para o uso de drone com armamento no Brasil. A legislação sobre os veículos aéreos não tripulados no Brasil é regulamentada pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Segundo especialistas em segurança pública ouvidos pelo G1, o uso de dispositivos semelhantes já é empregado em conflitos armados. No entanto, esta pode não ser a melhor solução para o combate à criminalidade nas cidades.

É claro que ele pode ser usado eventualmente em casos muito específicos, quando o crime eventualmente estiver com armas muito pesadas, mas me parece bastante arriscado pensar nesse tipo de armamento numa lógica de segurança pública.

Carolina Ricardo, diretora executiva do Instituto Sou da Paz

Drone será de uso exclusivo das forças de segurança (Imagem: Diy13/iStock)

Já Eduardo Pazinato, doutor em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), acredita que o uso dos drones pode, inclusive, agravar o problema da segurança pública. Ele explica que o equipamento pode expor mais pessoas ao risco.

O especialista destaca ainda que há possibilidade da tecnologia errar o alvo de disparos, o que poderia resultar numa tragédia em uma grande cidade. Por isso, ele defende que o armamento de guerra só seja utilizado em combates.

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Carros híbridos decolam no Brasil; veja quem mais vende

Um levantamento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) aponta os carros híbridos têm sido os queridinhos dos brasileiros. Estes modelos são quase três vezes mais procurados do que os totalmente elétricos.

No total, foram 37.197 veículos híbridos vendidos no primeiro trimestre de 2025. Este número representa um aumento expressivo de 70,5% em relação aos 21.814 carros comercializados no mesmo período do ano passado.

Híbridos combinam combustão e baterias

Os modelos híbridos podem ser divididos em quatro grupos. Os PHEV são veículos movidos pela junção de bateria com motor a combustão, e precisam de recarga em tomada ou eletropostos. No entanto, podem também utilizar o sistema tradicional de motores como gerador para recarga da energia elétrica.

Nesses casos, o consumo de combustível pode variar entre 20 e 40 quilômetros por litro. Em praticamente todos os automóveis dessa categoria é possível dirigir alguns quilômetros sem consumir uma gota de gasolina.

Carros híbridos podem usar motor a combustão e bateria ao mesmo tempo (Imagem: guteksk7/Shutterstock)

Já os HEV são movidos pela junção de bateria com motor a combustão, mas com recarga da energia ocorrendo por meio do funcionamento do próprio carro, sem uso de tomada ou eletroposto. Neste caso, podem não conseguir andar apenas com tração elétrica, e a autonomia geral (bateria + combustível) é menor que os PHEV.

Há ainda os HEV Flex, que funcionam exatamente como um HEV, com opção de utilizar etanol como alternativa à gasolina. E os MHEV, movidos exclusivamente por motor a combustão, com sistema elétrico adicionando pouca potência em alguns momentos ou reduzindo consumo de combustível. As informações são do G1.

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Imagem de uma loja da BYD
Chinesa BYD se destaca no segmento (Imagem: Foto Karolis Kavolelis/Shutterstock)

Estas foram as marcas que mais venderam carros híbridos no 1º trimestre:

  1. BYD: 11.706 unidades comercializadas;
  2. Fiat7.502 unidades;
  3. GWM: 5.879 unidades;
  4. Toyota: 4.277 unidades;
  5. Mercedes Benz: 1.727 unidades;
  6. Honda: 1.207 unidades;
  7. Caoa Chery: 1.203 unidades;
  8. Volvo: 901 unidades;
  9. BMW: 692 unidades;
  10. Land Rover: 627 unidades comercializadas.

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Você não sentiu, mas tivemos um terremoto no Brasil

Um terremoto foi detectado durante a madrugada desta quinta-feira (3), por volta das 4 horas, na região de Parauapebas, no Pará, segundo informações da Rede Sismográfica Brasileira.

O fenômeno foi posteriormente analisado e confirmado pelo Observatório Nacional e pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP).

Com magnitude estimada em 4,3 graus na escala Richter, que varia até o máximo de 10 pontos, o tremor foi forte o suficiente para ser percebido pelos moradores locais, mas insuficiente para causar danos significativos.

Tremor foi analisado pela USP. (Imagem: MuhsinRina/Shutterstock)

Não foi o primeiro terremoto na região

Apesar disso, trata-se do maior evento sísmico já registrado na região desde o início dos monitoramentos científicos.

Este é o quarto tremor relatado este ano pelo Observatório Nacional na parte leste do estado.

Os eventos anteriores ocorreram no dia 9 de janeiro, também em Parauapebas, com magnitude 2,8. Posteriormente, em 17 de janeiro, um tremor de magnitude 2,3 foi detectado em Novo Repartimento, situado a 380 km de Parauapebas.

Finalmente, no dia 28 de janeiro, um terceiro abalo sísmico, com magnitude 2,9, foi registrado na cidade de Tucuruí, localizada a 72 km de Novo Repartimento.

Dados sismográficos de um grande terremoto. Ondas sísmicas na página do relatório. Ilustração 3D.
Não foi a primeira vez que um tremor de terras atingiu o Pará neste ano (Imagem: DestinaDesign/Shutterstock)

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