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Brasil quer repatriar cientistas dos EUA; entenda

As medidas adotadas por Donald Trump após assumir o cargo de presidente dos Estados Unidos estão gerando uma série de incertezas. Uma delas diz respeito ao futuro de cidadãos estrangeiros que moram no país, entre eles os brasileiros.

Em meio a este cenário, o governo do Brasil pode ter uma oportunidade única para repatriar cientistas que deixaram o território brasileiro e foram viver nos EUA nos últimos anos. As informações são do Jornal da USP.

Liderança científica dos EUA pode estar ameaçada

  • As principais motivações que fariam com que os brasileiros desejassem voltar para casa são os cortes de verbas, demissões em massa, discursos negacionistas e a adoção de outras medidas pela Casa Branca consideradas como hostis às universidades, à liberdade de pesquisa e à presença de imigrantes no país.
  • Lembrando que grande parte da força de trabalho da ciência norte-americana vem de outros países.
  • Além disso, muitos desses estrangeiros não possuem um vínculo permanente de emprego no país.
  • Eles costumam ser recrutados pelas instituições para trabalhar em projetos específicos e cuja remuneração provém majoritariamente, ou até integralmente, de verbas governamentais.
  • Um cenário que pode comprometer o protagonismo científico histórico dos EUA, que desde o fim da Segunda Guerra Mundial consolidou o país como maior potência mundial do setor.
  • O avanço da China, por exemplo, já ameaça a liderança norte-americana.
Ações de Trump tem gerado preocupação na comunidade científica dos EUA (Imagem: Anna Moneymaker/Shutterstock)

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Programa do governo quer atrair cientistas que vivem no exterior

Segundo um levantamento da revista Nature, 75% dos pesquisadores que hoje vivem nos EUA disseram que estão considerando deixar o país por causa das interferências do governo Trump na ciência. Os destinos de preferência seriam Canadá e Europa.

Neste cenário, no entanto, o Brasil pode virar uma alternativa. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), principal agência federal de fomento à pesquisa no país, lançou em abril de 2024 um programa de repatriamento de cientistas, chamado Conhecimento Brasil.

Se o Brasil tiver uma visão estratégica, agora é o momento. Porque vai ter muita gente querendo voltar; especialmente os jovens.

Helena Nader, professora da Universidade Federal de São Paulo e presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC)

Pesquisadores podem retornar ao Brasil (Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock)

Com investimento previsto de R$ 822 milhões, a iniciativa visa pagar bolsas de R$ 10 mil a R$ 13 mil por mês, durante cinco anos, para profissionais com mestrado ou doutorado que concluíram sua formação recentemente no exterior ou que possuem vínculo com instituição fora do país e queiram retornar ao Brasil para desenvolver pesquisas dentro de instituições ou empresas brasileiras.

O CNPq, inclusive, estuda, em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a possibilidade de criar um programa para atrair professores dos Estados Unidos, sejam eles brasileiros ou estrangeiros, para passar um período de um ou dois anos no Brasil. Além disso, a entidade analisa estender o programa original para repatriar mais brasileiros.

Obviamente, muitos brasileiros vão pensar se querem continuar lá ou não. O cenário mudou completamente desde que nós lançamos o programa.

Ricardo Galvão, professor aposentado do Instituto de Física da USP e presidente do CNPq

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Nova parabólica digital: prazo para substituição vai até quando?

Em todo o Brasil, cerca de 4,9 milhões de famílias já trocaram as suas antenas de TV antigas pelas parabólicas digitais. Lembrando que quem não realizar a troca vai perder o sinal e não conseguirá mais assistir TV aberta.

O prazo para realizar a substituição dos aparelhos vai até o mês de dezembro de 2025. No entanto, não é recomendado aguardar até lá, uma vez que o sinal dos equipamentos antigos pode ser desligado antes desta data pelas emissoras.

Troca pode ser feita de forma gratuita

  • Famílias de baixa renda de todo o país podem solicitar a substituição gratuita das antenas tracionais pela versão digital.
  • O prazo para realizar este pedido vai até o dia 30 de junho, às 20h, horário de Brasília.
  • Para ter direito à instalação gratuita do kit com a nova parabólica digital é necessário estar inscrito em algum programa social do Governo Federal.
  • Além disso, é preciso ter uma parabólica tradicional instalada e em funcionamento em casa.
  • O agendamento pode ser feito em contato com a Siga Antenado, por meio do site www.sigaantenado.com.br ou pelo telefone 0800 729 2404.
Exemplo de antena parabólica que precisa ser trocada (Imagem: Bruno Martins Imagens/Shutterstock)

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Quem não aderir à parabólica digital perderá o sinal

O desligamento de todos os sinais das parabólicas antigas foi determinado pela Anatel e faz parte das regras para o início das operações do 5G no Brasil. Isso acontece porque a nova geração da internet móvel opera na chamada Banda C, que é a mesma de faixa de frequência do sinal de TV de canais abertos, transmitido para as parabólicas tradicionais.

Quando transmissões diferentes usam frequências muito próximas, os equipamentos sofrem interferência, deixando imagens com “chuvisco” e podendo até resultar na queda da conexão. Esses problemas já são registrados por pessoas que ainda não realizaram a troca das parabólicas antigas e vivem em cidades onde o 5G já está ativado.

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Substituição precisa ser feita em função do início das operações do 5G no Brasil (Imagem: solarseven/iStock)

Já a antena parabólica digital, que é menor, é feita com uma chapa rígida, opera em outra faixa, livre dessas interferências. É importante destacar que quem não realizar a troca vai perder o sinal e não conseguirá mais assistir à TV aberta. Lembrando que modelos como as externas, conhecidas como “espinha de peixe”, e as antenas internas, já contam com sinal digital e não precisam ser substituídas.

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O Brasil acaba de ganhar uma Alemanha em território

O tamanho dos países é definido a partir de acordos internacionais que levam em conta uma série de regras, visando diminuir a possibilidade de conflitos. Isso quer dizer que as áreas podem ser modificadas desde que isso seja aprovado. E é exatamente isso que acaba de acontecer com o Brasil. A Comissão de Limites da Plataforma Continental, da Organização das Nações Unidas (ONU), aprovou uma proposta que pedia pela ampliação da plataforma continental na costa do litoral norte.

Área é equivalente ao território da Alemanha

  • A plataforma continental é definida como a extensão submersa da massa terrestre do continente.
  • Em outras palavras, é a zona marítima que está dentro das fronteiras do país.
  • A mudança compreende áreas do Amapá ao Rio Grande do Norte e excede as 200 milhas náuticas (370 quilômetros) da Zona Econômica Exclusiva, faixa de mar sobre a qual o país já possui direitos reconhecidos internacionalmente.
  • A decisão reconhece o direito do Brasil de explorar a Margem Equatorial, em uma área de cerca de 360 mil km², equivalente ao território da Alemanha.
ONU aprovou pedido do Brasil (Imagem: ocphoto/Shutterstock)

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Recursos naturais presentes na área agora poderão ser explorados

Com a mudança, o Brasil poderá explorar recursos naturais do leito marinho e do subsolo na nova área. Em nota, a Marinha brasileira afirmou que “o reconhecimento representa uma importante conquista geopolítica e estratégica para o país”.

O governo brasileiro buscava, desde 2017, estender seu território além das 200 milhas náuticas definidas pelas autoridades internacionais. A proposta oficial foi apresentada no início deste ano, após sete anos de estudos.

Petrobras participou das discussões sobre o tema (Imagem: Donatas Dabravolskas/Shutterstock)

As discussões contaram com a participação da Petrobras, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e de outras instituições. Segundo a estatal brasileira, além de fortalecer a soberania do país, a decisão permite o acesso aos recursos ali presentes.

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Tarifas de Trump podem causar aumento nos preços dos carros no Brasil? 

As tarifas de 25% para veículos importados anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entrarão em vigor a partir do dia 2 de abril. Além dos carros, as autopeças importadas pelo país também serão taxadas, mas ainda sem data definida.

Estas medidas trarão reflexos diretos no mundo todo, inclusive no Brasil. Apesar de não exportarmos carros prontos para os EUA, devemos acabar recebendo o excedente da produção dos países que exportam, por exemplo.

O que os consumidores devem esperar?

De acordo com analistas ouvidos pelo G1, a entrada deste excedente da produção que antes era destino aos norte-americanos deve afetar a indústria automotiva brasileiras. E isso pode eventualmente impactar a produção locais. México, Coreia do Sul e Japão são alguns exemplos de países que podem usar o Brasil para desafogar a produção. Isso significa que modelos lançados por estes países podem chegar por aqui mais cedo do que o normal.

Não vejo possibilidade dos carros brasileiros subirem de preço. Só se tivesse um choque grande de demanda, que não é o caso. E os chineses estão desesperados para vender aqui, só que o mercado só cresceu 2,9% até agora. Como ainda podemos ter uma enxurrada de carros novos aqui, não vejo motivo para os preços aumentarem.

Cassio Pagliarini, diretor de estratégia da Bright Consulting

Trump afirmou que a taxação ocorrerá de forma permanente, até o final de seu mandato (Imagem: mark reinstein/Shutterstock)

Já em relação ao mercado de autopeças, os impactos ainda são incertos. Trump adiou em até um mês a taxação destas mercadorias. Apenas em 2023, o Brasil exportou um total de US$ 308 milhões (mais de R$ 1,5 bilhão) em peças automotivas para os EUA.

Dessa forma, as sobretaxadas de 25% pode causar uma recessão na indústria nacional de peças automotivas. As consequências podem incluir produção ociosa, desemprego e até o fechamento de algumas empresas.

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Ideia dos EUA é forçar empresas a voltarem a produzir no país (Imagem: Jenson/Shutterstock)

Mercado automotivo já sente impactos das tarifas

  • A Casa Branca espera que a medida crie uma arrecadação de US$ 100 bilhões (cerca de R$ 575 bilhões) em receitas fiscais.
  • De acordo com Trump, as tarifas irão ajudar a estimular o crescimento da indústria doméstica do país.
  • No entanto, os consumidores norte-americanos devem acabar pagando de 15% a 20% mais caro pelos veículos.
  • O republicano garante que a taxação ocorrerá de forma permanente, até o final de seu mandato. 
  • O anúncio não foi bem recebido pelo mercado.
  • Fabricantes norte-americanas, europeias, japonesas e coreanas, como Ford, GM, Volkswagen e Honda chegaram a apresentar quedas significativas em suas ações.

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Adeus, calor! Brasil se prepara para primeiro pico de frio do ano

Após um início de ano atípico, marcado por temperaturas elevadas e clima predominantemente quente, o Brasil se prepara para uma reviravolta climática.

A partir do final de março e início de abril, a chegada de duas frentes frias promete trazer o primeiro grande pico de frio do ano, impactando principalmente as regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste do país.

Quando vai fazer frio no Brasil?

A primeira frente fria, prevista para chegar na sexta-feira (28), trará um aumento da umidade e uma leve mudança nos ventos na região Sul, começando pelo litoral de Santa Catarina. Apesar de ser um sistema mais fraco e de rápida passagem, ele sinaliza o início de uma mudança no padrão climático.

No entanto, a grande mudança está prevista para a segunda-feira (31), com a chegada de uma frente fria mais intensa, vinda da Argentina e Uruguai.

Este sistema trará um aumento significativo da umidade e a entrada de ar frio, marcando o início de uma semana com temperaturas mais baixas. O primeiro pico de frio deve ser sentido no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e em áreas do sul do Mato Grosso.

(Imagem: Cris Faga / Shutterstock)

A umidade persistirá na região Sul, com previsão de chuvas fortes em alguns momentos, mas à medida que a frente fria avança, o ar polar se espalhará para o Sudeste. No entanto, a queda nas temperaturas nesta região deve ocorrer apenas no primeiro fim de semana de abril, entre os dias 5 e 6.

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Apesar da mudança brusca, os modelos meteorológicos não indicam um frio extremo. No entanto, é esperado que as temperaturas fiquem abaixo da média para o período, trazendo um clima mais típico do outono do que do verão que predominou até então.

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Worldcoin: ANPD mantém restrição à coleta de íris em troca de criptomoeda no Brasil

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) reafirmou sua posição em relação ao projeto World ID, mantendo a suspensão da coleta de dados biométricos da íris e a prática de oferecer criptomoedas como compensação.

A decisão, divulgada esta semana, impõe uma multa diária de R$ 50 mil à empresa Tools for Humanity (TFH) em caso de descumprimento das determinações.

ANDP rejeitou recurso

O Conselho Diretor da ANPD rejeitou o recurso apresentado pela TFH, argumentando que as soluções propostas pela empresa não atendem às exigências legais estabelecidas pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

A autarquia considera que a prática de oferecer compensação financeira em troca de dados biométricos sensíveis configura uma violação da legislação.

Decisão impõe uma multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento das determinações. (Imagem: MaximP/ Shutterstock)

A decisão da ANPD reforça uma medida preventiva que já estava em vigor desde fevereiro de 2025, quando a autoridade determinou a suspensão de novos agendamentos para coleta de íris no Brasil.

Na ocasião, a diretora Miriam Wimmer expressou preocupação com a possibilidade de que a oferta de benefícios financeiros comprometesse a liberdade de consentimento dos titulares dos dados, especialmente em situações de vulnerabilidade econômica.

O que é o projeto World ID?

O projeto World ID, da Worldcoin, foi criado pela TFH e propõe a criação de uma identidade digital global através da coleta de dados biométricos da íris humana e com a oferta de criptomoedas como recompensa.

O objetivo é estabelecer uma forma de comprovar a singularidade de um indivíduo na internet, diferenciando-o de robôs e inteligência artificial. A ANPD, no entanto, considera que essa prática é incompatível com a LGPD, que exige que o consentimento para o tratamento de dados pessoais seja livre, informado e inequívoco.

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A decisão da ANPD representa um marco na proteção dos dados pessoais dos brasileiros. A TFH, por sua vez, deverá buscar alternativas para adequar suas práticas às exigências legais, caso deseje continuar operando no Brasil.

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Eclipse solar de março: espetáculo será visto no Brasil?

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, neste sábado (29), acontece um dos fenômenos astronômicos mais especiais de 2025: um eclipse solar parcial. Este é o segundo de quatro eventos desse tipo aguardados para o ano – com o primeiro, que foi lunar, ocorrido em 14 de março. 

Infelizmente, a observação do espetáculo será possível apenas em algumas regiões do planeta, e no Brasil, a visibilidade será extremamente limitada.

Mas o que é um eclipse solar? 

  • Um eclipse solar ocorre quando a Lua passa entre a Terra e o Sol lançando uma sombra sobre determinada área do planeta e bloqueando total ou parcialmente a luz solar;
  • Existem três tipos mais conhecidos desse fenômeno: parcial, anular e total;
  • Há ainda um quarto padrão, mais raro, que praticamente mistura todos eles: o eclipse solar híbrido (como o que aconteceu em abril de 2023).
Neste sábado (29), acontece um eclipse solar parcial. Crédito: John W. Ferguson – Shutterstock

O eclipse solar de março será parcial, o tipo mais comum. Neste caso, apenas uma parte do Sol é coberta pela Lua, sem grandes mudanças na luminosidade do dia para a maioria das localidades abrangidas. Quando a Lua cobre totalmente o Sol, temos um eclipse total, que escurece o dia. Já o eclipse anular deixa um anel de luz visível ao redor da Lua, devido à sua distância da Terra.

Quem pode ver o eclipse solar parcial?

De acordo com a plataforma TimeAndDate, evento deste sábado poderá ser observado por cerca de 814 milhões de pessoas, o que representa em torno de 10% da população mundial. O fenômeno será visível na Europa, norte da Ásia, norte e oeste da África, América do Norte, norte da América do Sul, além de áreas do Atlântico e do Ártico.

Animação mostra o caminho do eclipse solar parcial de 29 de março de 2025 pelo planeta. Crédito: TimeAndDate

No Brasil, o eclipse ocorre apenas no céu do extremo norte do Amapá, de forma quase imperceptível. Com menos de 1% da cobertura do Sol, o evento será breve, começando às 6h20 da manhã (horário de Brasília), em Sucuriju, e terminando às 6h41, no Parque Nacional do Cabo Orange (uma unidade de conservação brasileira de proteção integral da natureza com território distribuído pelos municípios de Oiapoque e Calçoene).

Na Europa, as condições de observação serão melhores, especialmente em países mais a noroeste, como Islândia, Irlanda e Reino Unido. Nestes locais, uma parte maior do Sol será encoberta, oferecendo uma vista mais impressionante do fenômeno.

O eclipse também será visível no noroeste da África, mas com menor cobertura do Sol em comparação à Europa. Países como Marrocos, Tunísia, Argélia e Senegal verão, no máximo, 18% do astro ocultado pela Lua.

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Procura por internet via satélite cresce no Brasil

Hoje é impossível pensar na vida sem internet. Mas diversas localidades mais afastadas ainda enfrentam sérios problemas de conectividade. É por conta disso que a internet via satélite tem ganhado cada vez mais espaço.

No Brasil, por exemplo, houve um aumento de 38% no número de assinantes do serviço apenas no ano passado, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Isso representa mais de meio milhão de brasileiros.

Diferencial da internet via satélite

O serviço funciona por meio de um conjunto de satélites em órbita ao redor da Terra que garantem a conexão até mesmo em locais mais afastados. Hoje, 66 empresas estão autorizadas a operar no país, sendo a Starlink, de Elon Musk, e a Hughesnet as principais expoentes.

Segundo Fernando Frota Redígolo, pesquisador do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores da Universidade de São Paulo (USP), o grande diferencial da tecnologia é não depender de infraestruturas de conexão. No caso do 5G, por exemplo, é necessário ter torres de celulares próximas.

Starlink é a principal operadora do serviço no Brasil (Imagem: Saulo Ferreira Angelo/Shutterstock)

Em condições ideais, a internet via satélite oferece uma velocidade menor, mas as operadoras do serviço convencional podem diminuir a velocidade para atender um número maior de usuários ao mesmo tempo. Por outro lado, os satélites são prejudicados pelo mau tempo, então a velocidade é muito variável.

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Internet via satélite possibilita conexões em regiões remotas (Imagem: New Africa/Shutterstock)

Cuidados na hora de contratar o serviço

  • O especialista destaca que a alta na busca por esse serviço se justifica pela necessidade de maior conectividade e questões de inclusão digital nas regiões remotas, demandas que não podem esperar pela instalação de uma infraestrutura.
  • Atualmente, os custos para implantar a internet via satélite são maiores do que o 5G.
  • Devido a necessidade de comprar o kit, as empresas cobram o custo de instalação e os próprios pacotes em si acabam ficando mais caros, principalmente quando comparados quanto à velocidade de transmissão.
  • Outra questão importante é a qualidade do serviço.
  • É importante observar se a prestadora é autorizada pela Anatel e se oferece um suporte técnico adequado, por exemplo.
  • As informações são do Jornal da USP.

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Fungo resistente que causa micose extensa é identificado pela 1ª vez no Brasil

Trichophyton indotineae é um fungo resistente ao tratamento convencional. Ele é capaz de se espalhar por várias partes do corpo, provocando lesões extensas, ardidas e inflamadas. E mesmo após meses de tratamento com diferentes medicamentos, a infecção continua voltando.

Este microrganismo levou a grandes surtos de infecções graves em todo o mundo nos últimos dez anos. Mas só recentemente foi identificado pela primeira vez no Brasil, em um brasileiro que havia viajado para Londres, na Inglaterra.

Uso indiscriminado de antifúngicos cria organismos resistentes

O caso foi divulgado em um estudo publicado na revista Anais Brasileiros de Dermatologia. A situação do paciente chamou atenção de profissionais médicos da Santa Casa de São Paulo. Eles contataram o Laboratório de Micologia Médica do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP) e enviaram uma amostra, para auxiliar no diagnóstico.

Fungo Trichophyton indotineae foi identificado em paciente brasileiro pela primeira vez (Imagem: Anais Brasileiros de Dermatologia)

Segundo os pesquisadores, foi realizado tratamento com diferentes medicamentos e a infecção sempre acabava retornando. Ao final, após o diagnóstico mais preciso, o paciente recebeu outro medicamento e conseguiu resolver a situação.

Cientistas explicam que existem algumas hipóteses para o surgimento dos fungos resistentes, sendo uma delas as alterações climáticas. No entanto, o uso indiscriminado de antifúngicos, sejam medicamentos ou pesticidas, podem tornar estes organismos mais resistentes aos tratamentos convencionais. Além disso, destacam que é provável que os poucos casos relatados até o momento na América do Sul deste fungo específico se devam principalmente à identificação incorreta e subnotificação.

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Lesões provocadas pelo fungo (Imagem: Anais Brasileiros de Dermatologia)

Dicas para se prevenir de infecções por fungos

  • Secar bem locais do corpo com dobras, como dedos dos pés e virilha, axilas.
  • Não compartilhar roupas, toalhas e chapéus.
  • Caso uma pessoa da casa esteja infectada, lavar roupas pessoais e de cama separadamente.
  • Principalmente em dias quentes, evitar sapatos fechados por longos períodos, assim como roupas de tecido sintético que não absorvem o suor.
  • Em piscinas, vestiário e saunas sempre usar chinelo.
  • Caso suspeite de micose, procurar o médico e realizar o tratamento de acordo com orientação, sem interrompê-lo antes da conclusão.

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Mega secas: Brasil entra na lista de países mais afetados

Períodos de estiagem que duram pelo menos dois anos são conhecidos como mega secas. E segundo um novo estudo, estes fenômenos têm se tornado cada vez mais frequentes, quentes e devastadores nas últimas décadas.

De acordo com os pesquisadores, foram mais de 13 mil eventos do tipo entre 1980 a 2018. Os efeitos para o meio ambiente são catastróficos e o Brasil apareceu duas vezes entre os dez episódios mais graves.

Falta de chuvas e evaporação

Os cientistas explicam que essas secas prolongadas não são exatamente um evento meteorológico, mas algo que ocorre ao longo de um período maior e em uma área mais extensa. Elas são caracterizados principalmente pela redução das chuvas, embora em alguns casos também envolvam um aumento na demanda atmosférica por água.

Secas estão cada vez mais devastadoras (Imagem: Chakkaphong wanphukdee/Shutterstock)

De acordo com o estudo, três fatores principais estão contribuindo para o agravamento das mega secas pelo mundo: o aumento das temperaturas globais, a diminuição das chuvas em regiões específicas e o aumento da evapotranspiração, processo pelo qual a água é transferida da superfície da Terra para a atmosfera por evaporação do solo e transpiração das plantas.

De forma geral, o trabalho destaca um padrão alarmante: nas regiões mais quentes, a falta de chuvas castiga mais, enquanto nas áreas frias, o problema maior está na água que se perde para a atmosfera. As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Science.

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Terra seca e rachada; crise hídrica e mudanças climáticas mundiais.
Brasil enfrentou duas das piores secas dos últimos anos (Imagem: Piyaset/Shutterstock)

As piores secas da história

  • O estudo aponta que a pior seca analisada ocorreu na bacia do Congo, na África, e durou quase dez anos: de 2010 a 2018.
  • Ela afetou uma área 30 vezes maior que o estado do Rio de Janeiro. 
  • Já no no Brasil, a chamada Amazônia Sul-Ocidental, que abrange parte dos estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Mato Grosso, além de porções da Bolívia e Peru, enfrentou uma mega seca devastadora durante o mesmo período.
  • Este foi o sétimo episódio mais grave do mundo no período estudado, causando o secamento de rios importantes como o Madeira, Negro e Solimões, que atingiram níveis historicamente baixos.
  • Na região Leste do Brasil, o estudo ainda identificou como a nona mega seca mais severa do mundo aquela ocorrida entre 2014 e 2017, afetando principalmente os estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.
  • Na época, uma crise hídrica sem precedentes atingiu a região mais populosa e economicamente ativa do país.

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