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Veja como a vida começa a partir da visão de “câmeras quânticas”

Pesquisadores da Universidade de Adelaide (Austrália) conquistaram importante feito: conseguiram gerar as primeiras imagens de embriões com câmeras projetadas para medições quânticas.

Como funcionam as “câmeras quânticas”

  • Acadêmicos do Centro de Luz para a Vida da universidade australiana estudaram o melhor uso da tecnologia de câmeras ultrassensíveis;
  • Isso incluiu a geração mais recente de câmeras capazes de conter fótons em cada píxel para ciências biológicas;
  • À instituição, o diretor do centro, Professor Kishan Dholakia, afirmou que a detecção sensível dos fótons é vital para captar os processos biológicos em seu estado natural, o que permite, aos pesquisadores, iluminem células vivas com doses suaves de luz.

“Danos causados ​​pela iluminação são preocupação real que pode, frequentemente, ser negligenciada. Usar o menor nível de luz possível, junto a essas câmeras muito sensíveis, é importante para entender a biologia em células vivas e em desenvolvimento. A tecnologia de imagem moderna é muito empolgante com o que ela nos permite ver”, disse.

Ruído espacial de fotoresposta; (a) Mapa de fotoresposta para o ORCA-Quest; O PRNU para a câmera é baixo (1%), tão baixo que manchas de resíduos difíceis de remover e reflexos de invólucros metálicos internos são visíveis; (b) O mapa de fotorresposta do iXON Life 888 é mais distinto, com o padrão estruturado sendo uma consequência da fabricação do sensor (Imagem: APL Photonics (2025); DOI: 10.1063/5.0245239)

A equipe testou a tecnologia para obter imagens de embriões como parte de ensaio pré-clínico. “Essas amostras são espécimes vivos e em desenvolvimento que servem como base para estudos que apoiam avanços na fertilização in vitro clínica“, prosseguiu Dholakia.

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Já Zane Peterkovic, principal autor do estudo e aluno de doutorado, afirmou que a tecnologia de câmeras digitais chegou a um ponto que conceitos fundamentais da física, como a mecânica quântica, viraram importantes e relevantes.

“Muitos compostos naturais nas células acendem quando iluminados e isso pode nos dizer muito sobre o que estamos observando, mas, infelizmente, o sinal é muito fraco. É emocionante aplicar essas câmeras quânticas e usá-las para tirar o máximo proveito de nossos microscópios. Uma grande parte do projeto envolveu o desenvolvimento de um método para comparar, de forma justa, a qualidade da imagem entre diferentes câmeras“, prosseguiu.

Para a análise das imagens, os pesquisadores usaram de combinação de conhecimentos, incluindo óptica, biologia, física de laser e microscopia.

“Nós até exploramos como a IA [inteligência artificial] pode ser usada para remover ruído das imagens capturadas, que são, essencialmente, estáticas, porque a câmera tem dificuldade para capturar luz suficiente. Essas etapas vão além de, simplesmente, colocar a câmera no microscópio para tirar fotos“, explanou Peterkovic.

Os próximos passos da equipe incluem estender os estudos para o campo da imagem quântica, no qual os estados quânticos de luz podem ser utilizados para obter mais informações sobre a amostra.

Efeito dos três algoritmos diferentes de redução de ruído não supervisionados
Efeito dos três algoritmos diferentes de redução de ruído não supervisionados discutidos no texto principal em imagens de embriões de camundongos em estágio de blastocisto capturados sob diferentes condições; A câmera ORCA-Quest foi executada nos modos “Standard” e “light sheet” (LS) versus a câmera iXON; SNR, CNR e SSIM fornecem diferentes insights sobre o efeito do algoritmo; o alto SNR resultante do algoritmo Neighbor2Neighbor sendo aplicado à imagem do modo light sheet sugere alto desempenho, mas o baixo SSIM implica que o sinal extraído não é daquele embrião (Imagem: APL Photonics (2025); DOI: 10.1063/5.0245239)

Além de Dholakia e Peterkovic, estão na equipe de pesquisa Dr. Avinash Upadhya, Ramses Bautista Gonzalez, Dra. Megan Lim, Dr. Chris Perrella, Admir Bajraktarevic e a Professora Associada Kylie Dunning, que também lidera o Reproductive Success Group no Robinson Research Institute.

O estudo foi financiado pelo Conselho Australiano de Pesquisa e foi publicado na APL: Photonics.

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Maior câmera digital do mundo é instalada em telescópio para mapear Universo

A câmera LSST – a maior câmera digital do mundo – foi instalada no Observatório Vera C. Rubin, no Chile. Agora, o observatório está na última fase de testes antes de usar a câmera (com mais de 3 gigapixels e quase três toneladas) para mapear o Universo de forma sem precedentes.

No início de março, a equipe do observatório levantou a câmera para a posição no Telescópio de Levantamento Simonyi. “Este é o último grande passo na construção de uma das instalações científicas mais ambiciosas já criadas”, disse Sethuraman Panchanathan. Ele é o diretor da Fundação Nacional de Ciências dos EUA (NSF, na sigla em inglês), que financia o observatório junto ao Departamento de Energia (DOE).

Maior câmera digital do mundo vai ajudar a aprofundar pesquisas sobre o Universo

A câmera digital gigante foi projetada para fazer uma varredura do céu a cada três dias, em movimentos repetitivos, tirando uma foto a cada 30 segundos. Isso vai ajudar no aprofundamento das pesquisas sobre o Universo.

Maior câmera digital do mundo, a câmera LSST, instalada no Observatório Vera C. Rubin, no Chile, tem mais de 3 gigapixels (Imagem: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/B. Quint)

O nome da câmera é uma sigla, em inglês, para Levantamento do Legado do Espaço e do Tempo. Sua resolução passa dos 3 gigapixels, seu peso beira três toneladas e seu tamanho é praticamente o de um carro.

Financiado pelo governo dos EUA, o desenvolvimento da câmera LSST custou aproximadamente US$ 800 milhões (cerca de R$ 4,6 bilhões). E chegou ao observatório no começo de junho de 2024.

O Observatório Vera C. Rubin consiste num telescópio terrestre de campo largo de oito metros de largura, a câmera LSST e um sistema automatizado de processamento de dados. O telescópio vai gerar aproximadamente 20 terabytes de dados por noite e sua exploração de dez anos produzirá um banco de dados de catálogo de 15 petabytes.

Funcionários olhando câmera LSST, a maior câmera digital do mundo, sendo içada no Observatório Vera C. Rubin, no Chile
Câmera LSST chegou ao Observatório Vera C. Rubin, no Chile, em junho de 2024 (Imagem: Olivier Bonin/SLAC National Accelerator Laboratory)

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Alcançaremos um nível de clareza e profundidade nunca visto antes em imagens que cobrem todo o céu do hemisfério sul.

Aaron Roodman, Diretor da Câmera LSST e Vice-Diretor da Construção do Rubin no Laboratório Nacional de Aceleradores (SLAC), da Universidade de Stanford, em comunicado do observatório

O objetivo da exploração será investigar a natureza da energia escura e da matéria escura no Universo, além de estudar a possibilidade de colisão entre asteroides e a Terra, ou estrelas e planetas próximos ao Sol.

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Novas câmeras nas ruas de São Paulo podem multar?

Você já deve ter visto em São Paulo novas câmeras espalhadas pelas ruas – sejam parecidas com essa da imagem acima ou daqueles modelos mais tradicionais. Ao todo a prefeitura instalou mais de 20 mil dispositivos na maior cidade do país.

Eles fazem parte do Programa Smart Sampa, uma iniciativa de Segurança Pública que visa monitorar por vídeo e em tempo real as principais regiões da capital paulista. A ideia é que essas câmeras de monitoramento sejam capazes de encontrar foragidos da Justiça por meio de reconhecimento facial.

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A proposta vem se mostrando bem-sucedida, com a prisão de dezenas de criminosos nos últimos meses. Vejam o exemplo desse último Carnaval. Segundo a prefeitura, as câmeras levaram a 10 prisões em flagrante e outras 13 em decorrência de mandados em aberto.

A administração afirma que os equipamentos estão localizados em pontos estratégicos, escolhidos de acordo com um “mapa de calor” que mede os maiores índices de criminalidade em São Paulo.

Só que muitas dessas câmeras ficam em postes no meio da rua, da avenida, em pontes e viadutos. E eu, como motorista, sempre me indago o seguinte: será que elas aplicam também multas de trânsito? Tenho certeza que essa é a dúvida de muita gente…

Mas, afinal, elas multam ou não?

  • De acordo com a Prefeitura de São Paulo, a resposta é não.
  • No caso do trânsito, a ferramenta de Inteligência Artificial serve para ler placas dos veículos, podendo identificar carros roubados, por exemplo.
  • Com o cruzamento de dados, um agente passa a acompanhar o veículo, que vira alvo de uma ação policial.
  • O algoritmo também é capaz de fazer o reconhecimento facial de motoristas através do para-brisa.
  • Ou seja, o sistema pode encontrar um criminoso mesmo se ele estiver dentro do carro dirigindo.
  • De acordo com a prefeitura, as câmeras ajudam ainda a evitar atos de vandalismo e podem detectar acidentes viários graves.
  • Sobre o ato de multar, os equipamentos não têm nem estrutura para isso.
  • Radares desse tipo precisam de sensores próprios colocados sob o chão.
O Programa Smart Sampa não multa, mas a cidade conta com outros 877 radares eletrônicos em funcionamento – Imagem: Alexander Steamaze/Shutterstock

Privacidade e alguns cuidados

A administração municipal garante que o Programa Smart Sampa segue rigorosamente todos os critérios estabelecidos na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Segundo texto no site oficial da prefeitura, “as imagens e dados são utilizados exclusivamente para fins de segurança e as que não estiverem diretamente relacionadas a investigações, são descartadas”.

Vale destacar que todas as gravações ficam disponíveis em tempo real para uma central de agentes de segurança. Essa Central de Monitoramento fica no centro histórico da cidade e funciona 24 horas por dia, com aproximadamente 250 agentes da Guarda Civil Metropolitana e da Defesa Civil.

Rosto de homem coberto por um capuz sendo identificado biometricamente
Tecnologias de reconhecimento facial podem se tornar tendência em Segurança Pública – Imagem: Artem Oleshko/Shutterstock

Como disse lá em cima, os primeiros resultados são animadores. Não podemos, porém, perder de vista a questão da privacidade. Quem traz outro ponto importante é o ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal.

Como relatou o portal Metrópoles, Barroso pediu “cuidados éticos” no uso de sistemas como o Smart Sampa. De acordo com ele, tecnologia de reconhecimento facial em políticas de segurança tem muitos pontos positivos, mas, ao mesmo tempo, pode “reforçar estereótipos e preconceitos”.

As informações são do UOL.

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