A Volvorevelou o primeiro caminhão elétrico articulado do mundo. Os modelos A30 Electric e A40 Electric foram apresentados na Bauma, em Munique, e devem estar disponíveis para clientes selecionados na Europa a partir de 2026.
Com uma carga útil de 29 toneladas e 39 toneladas, respectivamente, as duas novas máquinas combinam emissão zero para uma variedade de segmentos, incluindo pedreiras, mineração e construção — e estão entre as maiores do portfólio elétrico da Volvo.
“Esses caminhões elétricos representam um grande passo à frente em nossa ambição de descarbonizar a construção, combinando o mesmo desempenho imbatível que nossos clientes conhecem e adoram com uma operação mais sustentável”, disse Mats Sköldberg, Chefe de Tecnologia da Volvo CE.
Nova plataforma foca em segurança e eficiência das máquinas (Imagem: Volvo/Divulgação)
Menos emissões
Carregados com baterias de íons de lítio, os caminhões foram projetados para funcionar por períodos de quatro a quatro horas e meia na maioria das aplicações.
Em algumas condições, podem ser operados por até seis horas, de acordo com a Volvo.
O carregamento rápido de 20 a 80% em cerca de uma hora é possível ao usar uma solução de carregamento CC com uma capacidade máxima de carregamento de 350 kW.
Quando alimentadas por energia renovável, as duas máquinas oferecem uma economia de CO² de 84% (para o A30 Electric) e 90% (para o A40 Electric) em todo o seu ciclo de vida, quando comparadas aos seus equivalentes a diesel.
As aplicações ideais, segundo a fabricante sueca, incluem transporte de carga em declive e percursos vazios em subida, trabalhos em túneis e pedreiras e operações subterrâneas, onde a redução de emissões é crítica.
Operadores poderão acompanhar eficiência da máquina por aplicativo (Imagem: jetcityimage/iStock)
Os novos modelos articulados foram atualizados com uma nova geração de equipamentos focados em segurança, tempo de atividade e eficiência. Operadores poderão verificar o status do carregamento, as horas da máquina e o consumo de energia usando o aplicativo My Equipment da Volvo CE, seja no local ou remotamente.
“As vantagens dessa plataforma incluem sistemas avançados de suporte ao operador para reduzir o risco de acidentes, melhor visibilidade para uma operação mais segura e manutenção simplificada para uma manutenção mais rápida e fácil”, diz o comunicado.
Os pneus são itens de extrema importância para qualquer veículo, e deveriam estar no topo de prioridades do motorista ao fazer um check-up, por exemplo. Contudo, muitas vezes eles são esquecidos, e existe até quem acredita que basta uma checagem rápida visual para saber se está na hora de substituí-los ou não. Afinal, os pneus possuem prazo de validade?
Esse assunto é discutido há muito tempo e há diversas respostas para essa pergunta. A mais comum entre elas aponta que eles têm data de validade de cinco anos a partir da data de fabricação.
Essa informação é o código DOT, composto por quatro dígitos, que está localizado na lateral de todos os pneus. Porém, de acordo com as fabricantes, não existe uma validade fixa para pneus.
Apesar disso, a recomendação geral é não usar pneus com mais de dez anos a partir da data de fabricação, não importando o estado em que estejam. Confira abaixo mais informações sobre o assunto.
Pneus de veículos precisam ter uma validade?
Para começar, precisamos deixar claro que existe a garantia de fábrica dos pneus, que em geral é de cinco anos a partir da data de venda, e que garantia não significa validade.
Não existe uma data de validade fixa, porém, alguns fatores devem ser levados em consideração (Imagem: Divulgação/Bridgestone)
Porém, há quem defenda que esse prazo, na verdade, é de cinco anos a partir da data de fabricação, que está estampada na lateral do item.
Como informamos acima, a data é indicada pelo código DOT (Department of Transportation), que é composto por quatro dígitos. Os dois primeiros indicam a semana de produção, e os dois últimos, o ano. Por exemplo, o código 2519 significa que o pneu foi fabricado na 25ª semana de 2019.
Se for levada em consideração apenas a informação das fabricantes, os pneus não possuem data de validade fixa. Contudo, elas apontam que existem alguns fatores que podem ocasionar uma deterioração precoce e acelerada, esteja o pneu em uso pelas ruas ou armazenado antes de ser instalado.
Além disso, é preciso considerar qual o tipo de veículo em que os pneus estão, já que sua duração varia para motos, carros e caminhões.
Carros: os pneus de passeio costumam durar entre 5 a 6 anos dependendo do uso e armazenamento;
Motos: os pneus de motocicletas podem ter uma vida útil menor, cerca de 3 a 5 anos, devido à menor área de contato com o solo e desgaste mais rápido;
Caminhões: pneus de carga têm uma durabilidade maior, podendo chegar a 8 anos, pois são projetados para suportar mais peso e costumam passar por recapagem.
Fatores que podem interferir na vida útil dos pneus
É muito importante fazer a manutenção adequada, manter a calibração correta, o rodízio, o alinhamento e o balanceamento, que são fatores determinantes que garantem a longevidade do pneu, sejam eles de carro, moto ou caminhão.
Conforme os pneus vão sendo usados eles passam por mudanças físicas e químicas, que acabam diminuindo sua performance ao longo do tempo (Imagem: Jaye Haych/Unsplash)
Alguns fatores que podem prejudicar a vida útil desses itens:
Empilhamento inadequado;
Alta temperatura;
Congelamento;
Radiação solar;
Oxidação;
Freadas bruscas;
Passagem constante por buracos, valetas e quebra-molas;
Falta de calibragem;
Problemas com alinhamento e balanceamento.
Flávio Santana, gerente de Produto da Michelin América do Sul, conta que embora não haja prazo de validade, é importante sempre realizar manutenções adequadas; o que engloba calibrar os pneus semanalmente, realizar rodízio dos pneus, alinhá-los e balanceá-los. Estar atento a sinais de desgaste também faz parte desta rotina de cuidados.
“Outro fator determinante na durabilidade do pneu é o perfil de direção do motorista. Dirigir de forma agressiva ou em locais com muito trânsito, que requerem frenagens constantes, tende a gastar mais o pneu“, ele complementa.
Ainda de acordo com as fabricantes, conforme os pneus são utilizados, é comum que passem por mudanças físicas e químicas, o que acaba diminuindo sua performance ao longo do tempo.
Além disso, trafegar com uma carga superior a recomendada no veículo também contribui para o desgaste acelerado do pneu, bem como trafegar com a pressão inadequada. Esse ponto merece atenção principalmente para os motoristas de caminhão, por levarem cargas.
Fatores externos também afetam a vida útil, uma vez que o ressecamento nas fibras do pneu pode ocasionar rachaduras e perdas na flexibilidade, mudando as características físicas e aumentando as chances de entrada de ar e produtos químicos, que também pode ser prejudicial ao item.
Usar pneus “vencidos” pode resultar em multas?
Uma das preocupações de quem acredita que os pneus têm data de validade fixa é sofrer alguma penalização caso utilize o item “vencido”. No entanto, essa informação não é verídica. No Brasil, não existe uma legislação específica que determina penalidades pelo uso de pneus depois de um certo período.
Entretanto, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, é obrigatório manter os pneus em boas condições de conservação. Trafegar com pneus “carecas” ou desgastados compromete a segurança, e pode gerar uma multa de R$ 195,23 e cinco pontos na carteira de habilitação.
Quando substituir os pneus?
É importante ficar atento aos sinais de desgaste, e perceber se o item está com a performance comprometida. Nesses casos, é importante fazer a troca dos pneus, independente do tempo de vida que eles tenham.
A substituição dos pneus precisa ser feita com base no estado de conservação e na profundidade dos sulcos, e não somente pelo tempo de uso. (Imagem: Mason Jones/Unsplash)
Em outros casos, mesmo que não exista uma regra fixa, a recomendação é que os pneus sejam substituídos depois de dez anos, incluindo o estepe, mesmo que não tenham sido usados.
Outra informação importante é que todos os pneus certificados pelo Inmetro contam com o indicador TWI (Tread Wear Indicator), que mostra o desgaste da banda de rodagem.
O indicador possui 1,6 mm de altura, e quando ele está nivelado com a superfície do pneu, é hora de trocá-lo. Isso porque significa que a aderência já está comprometida, aumentando o risco de acidentes.
O gerente de Engenharia de Vendas da Bridgestone, Roberto Ayala, explica: “mesmo quando os pneus aparentam ser utilizáveis pela sua aparência externa ou a profundidade de rodagem ainda não atingiu a profundidade mínima de desgaste, recomenda-se que todos os (inclusive os estepes) que foram fabricados há mais de dez anos sejam substituídos por pneus novos”.
Por isso, a substituição dos pneus precisa ser feita com base no estado de conservação e na profundidade dos sulcos, e não somente pelo tempo de uso.
Sendo assim, a recomendação é inspecionar o item regularmente, incluindo o estepe, sendo a melhor forma de garantir segurança e evitar problemas. As fabricantes também recomendam que sejam feitas inspeções anuais depois que o pneu completar cinco anos de vida, estando ele em uso ou armazenado.
Recomendação de armazenamento para os pneus
A recomendação é que os pneus sejam substituídos depois de dez anos, incluindo o estepe, mesmo que não tenham sido usados. (Imagem: Nor Gal/Shutterstock)
Existem algumas dicas para o armazenamento correto dos pneus, válido para motos, carros e caminhões:
Não empilhar os pneus um em cima do outro na horizontal;
Armazenar o pneu longe de fontes de calor que aumentem a temperatura do ambiente;
Armazenar o pneu longe de locais que podem causar o congelamento do produto;
Evitar o contato do pneu com o ozônio proveniente de motores elétricos.