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Estudo relaciona consumo de frango a câncer — mas há um porém

Pesquisadores do Instituto Nacional de Gastroenterologia (Itália) identificaram possível associação entre o consumo frequente de carne de aves e o aumento do risco de morte precoce por câncer gastrointestinal.

O estudo, publicado na revista Nutrients, acompanhou 4.869 adultos italianos ao longo de 20 anos, avaliando seus hábitos alimentares, estado de saúde e causas de morte.

Estudo italiano encontra possíveis riscos no consumo elevado de aves, mas destaca limitações e necessidade de mais investigações (Imagem: AS Foodstudio/Shutterstock)

O que o estudo aponta

  • Tradicionalmente, carnes brancas, como o frango, são vistas como opções mais saudáveis do que carnes vermelhas, especialmente no que diz respeito à saúde cardiovascular e ao risco de certos tipos de câncer;
  • No entanto, esta nova pesquisa sugere que o consumo elevado de aves – acima de 300 gramas por semana – pode estar ligado a risco 27% maior de morte por câncer do sistema digestivo, em comparação com pessoas que consomem 100 gramas por semana ou menos;
  • Os dados foram obtidos por meio de entrevistas, exames médicos, questionários alimentares e registros regionais de saúde;
  • A análise apontou relação entre alta ingestão de aves e maior incidência de cânceres digestivos, além do aumento de mortes relacionadas a esses tipos de câncer.

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Calma! Você não precisa parar de comer frango

Apesar dos resultados, os autores destacam que são necessárias mais investigações para entender melhor essa associação. Portanto, nada de pânico! Os pesquisadores não estão dizendo que, efetivamente, precisamos cortar o consumo de frango para evitar desenvolver câncer.

Ainda não está claro se o risco elevado se deve, diretamente, ao consumo da carne de ave em si ou a outros fatores, como o método de preparo (por exemplo, frituras ou alimentos processados) e o uso de temperos ou aditivos.

O estudo também reconhece limitações, como ausência de dados sobre atividade física, que poderia influenciar os resultados. Os pesquisadores recomendam cautela na interpretação dos dados e sugerem que futuras pesquisas explorem, com mais profundidade, os possíveis mecanismos por trás dessa ligação.

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Pesquisadores observam associação entre aves e câncer, mas alertam: não é hora de cortar o frango do prato (Imagem: nelea33/Shutterstock)

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Óleo de cozinha comum relacionado com câncer agressivo — entenda por que

Um estudo recente da Weill Cornell Medicine, publicado na revista Science, reacendeu o debate sobre a influência da dieta no câncer de mama.

A pesquisa identificou uma ligação molecular entre o ácido linoleico, um tipo de gordura ômega-6 abundante em óleos de soja, girassol e milho, e o câncer de mama triplo-negativo, uma forma agressiva da doença que representa cerca de 15% dos casos.

Ácido graxo comum em óleos de cozinha ligado a câncer

  • Os cientistas descobriram que o ácido linoleico pode ativar diretamente uma via de crescimento nas células cancerígenas triplo-negativas.
  • Essa ativação ocorre através da ligação do ácido graxo a uma proteína chamada FABP5, presente em altos níveis nessas células.
  • Essa ligação desencadeia a via mTORC1, um regulador crucial do crescimento e metabolismo celular, impulsionando a progressão tumoral em estudos pré-clínicos com animais.
  • Em camundongos alimentados com dieta rica em ácido linoleico, os tumores se desenvolveram maiores.
  • A pesquisa também encontrou níveis elevados de FABP5 e ácido linoleico em amostras de sangue de pacientes com câncer de mama triplo-negativo, reforçando a plausibilidade dessa ligação em humanos.
Pesquisa identificou uma ligação molecular entre o ácido linoleico, um tipo de gordura abundante em óleos de cozinha, e o câncer de mama triplo-negativo. (Imagem: Kwangmoozaa / iStock)

Reação não precisa ser de pânico

Apesar da descoberta, os autores do estudo enfatizam que não se trata de um sinal de pânico. O estudo não prova que óleos de cozinha causam câncer de mama. Outros fatores como genética, dieta geral e exposições ambientais continuam sendo importantes.

O ácido linoleico é um ácido graxo essencial, importante para a saúde da pele e a regulação da inflamação. No entanto, a dieta moderna tende a apresentar um desequilíbrio, com excesso de ômega-6 e deficiência de ômega-3 (encontrado em peixes e sementes), o que pode promover inflamação crônica, um fator de risco conhecido para o câncer.

Apesar da nova descoberta, estudos anteriores não encontraram uma ligação clara entre o consumo de ácido linoleico e o risco geral de câncer de mama. A pesquisa atual sugere que o efeito pode ser específico para certos subtipos de câncer, como o triplo-negativo, e pode depender de fatores individuais como os níveis de FABP5.

Mulher segurando azeite em mercado
Especialistas sugerem a preferência por óleos como o azeite. (Imagem: Gleb Usovich/Shutterstock)

De qualquer forma, especialistas recomendam moderação no uso de óleos ricos em ácido linoleico e sugerem a preferência por óleos como o azeite, que contém menos dessa gordura. Uma dieta balanceada, rica em frutas, vegetais e grãos integrais, continua sendo fundamental na prevenção do câncer.

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Organizações de pesquisa do câncer reforçam que a obesidade é um fator de risco alimentar mais significativo do que gorduras específicas, e o uso moderado de óleos vegetais é considerado seguro. A pesquisa atual destaca a complexa relação entre gorduras alimentares e câncer, sendo apenas uma peça de um quebra-cabeça maior.

Com informações do The Conversation.

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Óleo comum no Brasil está ligado a câncer agressivo, segundo estudo

Um tipo de gordura presente em diversos óleos vegetais usados no Brasil, como o óleo de soja, foi associado ao crescimento de um tipo agressivo de câncer de mama. A descoberta vem de um estudo pré-clínico conduzido por pesquisadores da Weill Cornell Medicine, nos Estados Unidos, e publicado na revista Science na última semana.

A pesquisa investigou os efeitos do ácido linoleico, uma gordura do tipo ômega-6 amplamente encontrada em óleos de semente (como o de cártamo e soja) e também em alimentos de origem animal, como carne suína e ovos. Os cientistas observaram que essa substância favorece o crescimento do subtipo de câncer de mama conhecido como triplo negativo, considerado de difícil tratamento por não responder a terapias hormonais.

Óleos vegetais como o de soja e o de cártamo foram associados ao câncer de mama (Imagem: Kwangmoozaa / iStock)

Ligação entre ácido linoleico e crescimento tumoral

  • De acordo com os autores, o ácido linoleico ativa uma importante via de crescimento celular chamada mTORC1, mas esse efeito foi observado apenas em células do subtipo triplo negativo.
  • O motivo está na interação da gordura com uma proteína chamada FABP5, abundante nesse tipo de tumor, mas ausente nos outros.
  • A ativação da mTORC1 foi comprovada tanto em culturas de células quanto em testes com camundongos com câncer de mama triplo negativo.
  • Quando esses animais foram alimentados com uma dieta rica em ácido linoleico, houve aumento dos níveis de FABP5, maior atividade da via mTORC1 e aceleração do crescimento dos tumores.

Biomarcador e possíveis novas abordagens

O estudo também analisou amostras de sangue e tecidos de pacientes recém-diagnosticadas com câncer de mama triplo negativo, encontrando níveis elevados de ácido linoleico e da proteína FABP5. Segundo os pesquisadores, essa descoberta ajuda a explicar a relação entre gordura alimentar e o desenvolvimento de certos tipos de câncer.

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Estudo associou câncer de mama triplo negativo a níveis elevados de ácido linoleico e proteína FABP5 (Imagem: Mohammed Haneefa Nizamudeen / iStock)

“Essa descoberta ajuda a esclarecer a relação entre gorduras da dieta e o câncer, além de indicar como definir quais pacientes podem se beneficiar de recomendações nutricionais personalizadas”, afirmou o autor sênior do estudo, Dr. John Blenis.

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Implicações além do câncer de mama

Embora o foco da pesquisa tenha sido o câncer de mama, os cientistas observaram que a mesma via de sinalização FABP5-mTORC1 também pode favorecer o crescimento de subtipos de câncer de próstata. Isso sugere que o impacto do ácido linoleico pode se estender a outras doenças, incluindo condições crônicas como obesidade e diabetes, hipótese que ainda está sendo investigada.

O estudo é considerado o primeiro a estabelecer um mecanismo biológico claro que liga o consumo de ácido linoleico ao desenvolvimento de câncer. A partir disso, os pesquisadores apontam que a proteína FABP5 pode ser um biomarcador relevante para orientar intervenções terapêuticas e alimentares, especialmente para casos de câncer que ainda carecem de tratamentos direcionados.

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HPV

Como vírus HPV pode dar câncer nos ânus?

O papilomavírus humano (HPV) é um dos vírus mais comuns do mundo, conhecido principalmente por causar verrugas genitais e estar associado ao câncer do colo do útero.

No entanto, o HPV também pode levar a outros tipos de câncer, como o câncer anal, que tem ganhado atenção devido ao aumento dos casos nos últimos anos. Esse tipo de câncer, embora menos falado, pode ter consequências graves se não for diagnosticado e tratado precocemente.

O câncer anal ocorre quando células anormais no tecido do ânus sofrem mutações e se multiplicam descontroladamente, formando tumores malignos.

O principal fator de risco para o desenvolvimento dessa doença é a infecção pelo HPV, especialmente pelos tipos oncogênicos, que têm maior potencial de causar alterações celulares. Compreender como o HPV é transmitido e como pode evoluir para o câncer anal é essencial para prevenção e diagnóstico precoce.

HPV: conceito, cepas e transmissão

O HPV (Papilomavírus Humano) é um vírus que infecta a pele e as mucosas, sendo altamente transmissível. Tanto mulheres quanto homens estão suscetíveis a serem infectados.

O vírus HPV infecta não apenas mulheres, mas homens também (Imagem: Evan Lorne/iStock)

Existem mais de 200 tipos de HPV, dos quais cerca de 40 podem infectar a região anogenital. Alguns tipos de HPV são considerados de baixo risco e causam apenas verrugas, enquanto outros são de alto risco, podendo levar ao desenvolvimento de câncer.

As cepas de alto risco, como o HPV 16 e o HPV 18, são as principais associadas ao câncer anal. Elas têm a capacidade de alterar o DNA das células hospedeiras, favorecendo o crescimento desordenado e a formação de tumores.

A transmissão do vírus ocorre principalmente pelo contato direto com a pele ou mucosa infectada, sendo o contato sexual a principal via de transmissão. Isso inclui relações vaginais, anais e orais, mesmo na ausência de penetração.

Outras formas de transmissão incluem o contato com objetos contaminados e a transmissão vertical, quando a mãe infectada passa o vírus para o bebê durante o parto. O uso de preservativos reduz o risco de transmissão, mas não o elimina completamente, pois o vírus pode estar presente em áreas não cobertas pelo preservativo.

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Como vírus HPV pode dar câncer anal?

O câncer ocorre quando células sofrem mutações genéticas que fazem com que elas cresçam e se dividam sem controle.

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Vírus dentro do organismo humano (Imagem: Kateryna Kon / Shutterstock.com)

No caso do câncer anal, essas mutações afetam as células que revestem o canal anal e a região perianal. A infecção persistente pelo HPV é o principal fator de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer.

Quando o HPV infecta a região anal, ele pode permanecer no organismo sem causar sintomas por anos. Em alguns casos, o sistema imunológico consegue eliminar o vírus antes que ele cause danos.

Manequim usando calça jeans
Ilustração de um bumbum (Reprodução: @saintape/Unsplash)

No entanto, em situações onde a infecção persiste, o vírus pode levar à formação de lesões pré-cancerosas, conhecidas como neoplasia intraepitelial anal (AIN). Se não tratadas, essas lesões podem evoluir para câncer anal.

Os sintomas do câncer anal incluem:

  • Sangramento anal;
  • Dor ou pressão na região anal;
  • Coceira ou secreção incomum;
  • Massa ou caroço no ânus;
  • Alteranção nos hábitos intestinais.

Fatores que aumentam o risco de desenvolver câncer anal incluem:

  • Infecção pelo HPV de alto risco;
  • Relações sexuais anais desprotegidas;
  • Sistema imunológico enfraquecido;
  • Tabagismo;
  • Idade avançada.

A prevenção é essencial para reduzir o risco da doença. A vacina contra o HPV é altamente eficaz na prevenção de infecções pelas cepas mais perigosas do vírus. O exame preventivo, como a anuscopia de alta resolução, pode detectar lesões precoces e evitar a progressão para o câncer.

Diante disso, é fundamental aumentar a conscientização sobre a relação entre HPV e câncer anal para que mais pessoas busquem prevenção e tratamento adequado.

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Uso excessivo de tomografia pode estar por trás de milhares de casos de câncer

Um novo estudo da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF) estima que até 5% de todos os casos de câncer diagnosticados anualmente possam estar relacionados à exposição à radiação de tomografias computadorizadas (TC), alertando para o uso excessivo e, muitas vezes, desnecessário desse tipo de exame.

Publicado no JAMA Internal Medicine, o estudo analisou dados de 93 milhões de exames de TC realizados em 2023 nos Estados Unidos, envolvendo cerca de 61,5 milhões de pacientes.

A pesquisa prevê que aproximadamente 103 mil casos de câncer poderão ser atribuídos a essa exposição, número de três a quatro vezes maior do que estimativas anteriores.

Embora as tomografias sejam ferramentas essenciais na medicina moderna — usadas para detectar tumores, diagnosticar doenças e orientar tratamentos —, os pesquisadores destacam que a radiação ionizante presente nesses exames é um agente cancerígeno conhecido, e os riscos têm sido subestimados.

Bebês correm o maior risco

  • O estudo mostrou que o risco é maior entre bebês, que têm até 10 vezes mais chances de desenvolver câncer após uma TC em comparação com outras faixas etárias.
  • Crianças e adolescentes também apresentam risco elevado.
  • No entanto, os adultos são os mais expostos, por realizarem a maior parte dos exames. O pico de exames foi registrado entre pessoas de 60 a 69 anos.
Risco oculto: tomografias podem causar 1 em cada 20 casos de câncer – Imagem: Accuray/Unsplash

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Entre os tipos de câncer mais associados à exposição estão pulmão, cólon, mama, bexiga e leucemia em adultos; e tireoide, pulmão e mama em crianças.

Exames de abdômen e pelve são os que mais contribuem para os casos de câncer em adultos, enquanto as tomografias de crânio lideram os riscos entre crianças.

Uso desnecessário da tomografia

A principal autora, Dra. Rebecca Smith-Bindman, alerta que muitos exames são realizados sem real necessidade clínica — por exemplo, para dores de cabeça sem sinais preocupantes ou infecções leves — e que há grande variação nas doses de radiação utilizadas, o que eleva ainda mais o risco de efeitos adversos.

Ela compara o risco da TC a outros fatores já bem estabelecidos, como o consumo de álcool ou o excesso de peso corporal.

Os pesquisadores recomendam que médicos e pacientes discutam com mais clareza os riscos e benefícios da tomografia, optando por exames com doses menores de radiação ou métodos alternativos, sempre que possível.

A coautora Malini Mahendra ressalta a importância de informar melhor as famílias sobre os riscos em exames pediátricos, promovendo decisões mais conscientes.

Novo estudo liga radiação de exames a 103 mil diagnósticos só em 2023; risco é maior em bebês e crianças, mas afeta também adultos – Imagem: kckate16/Shutterstock

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Teste de saliva pode revolucionar diagnóstico do câncer de próstata

O câncer de próstata é o segundo tipo de tumor que mais mata homens no Brasil. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), 17 mil pessoas morreram por conta da doença em 2023 no país, uma média de 47 óbitos por dia.

Este cenário preocupa as autoridades de saúde. Mas uma esperança acaba de surgir. Pesquisadores desenvolveram um teste de saliva capaz de analisar o DNA dos pacientes para descobrir quem nasceu com maior risco de desenvolver câncer de próstata.

Rastreio de mutações no DNA

A equipe responsável pelo trabalho explica que o exame de saliva não procura sinais de câncer de próstata dentro do corpo. Em vez disso, ele busca por 130 mutações no DNA dos homens, cada uma das quais pode aumentar o risco de desenvolvimento da doença.

Câncer de próstata é uma das doenças que mais mata homens no Brasil (Imagem: Ebrahim Lotfi/Shutterstock)

Participaram do estudo 745 pacientes com idades entre 55 e 69 anos. Destes, 187 foram diagnosticados com câncer de próstata a partir do uso da nova tecnologia.

O exame apontou 103 tumores de alto risco e que precisavam de tratamento.

Os pesquisadores ainda observaram que em 74 destes casos a doença não teria sido descoberta neste estágio sem a análise da saliva. As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista New England Journal of Medicine.

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Teste de saliva foi testado em estudo (Imagem: Institute of Cancer Research)

Teste ainda precisa ser aperfeiçoado

  • Apesar dos resultados positivos, ainda não foi comprovado que o teste salva vidas.
  • Especialistas dizem que pode levar “anos” até que esses mecanismos possam ser usados rotineiramente.
  • Outra limitação da pesquisa é o fato dela ter se concentrado em pessoas de ascendência europeia.
  • A ideia é ampliar o número de participantes em novos experimentos.
  • Acredita-se que os homens negros, por exemplo, tenham o dobro do risco de câncer de próstata.

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Cientistas criam ‘detector de metais’ para achar tumores

O câncer se tornou um dos maiores causadores de mortes em todo o mundo. No Brasil, por exemplo, pesquisas apontam que mais de 704 mil novos casos da doença devem ser diagnosticados por ano até 2025. 

Mas um novo dispositivo pode revolucionar o diagnóstico e tratamento contra os tumores. Pesquisadores criaram um algoritmo que atua como uma espécie de “detector de metais” buscando falhas no DNA para localizar o câncer.

Descoberta pode acelerar diagnóstico de câncer

  • A equipe responsável pelo trabalho explicou que os tumores que apresentam DNA defeituoso têm maior probabilidade de serem tratados com sucesso.
  • Por isso, os cientistas resolveram focar neste tipo de câncer.
  • A ideia é que o algoritmo possa ajudar os médicos a descobrir quais pacientes têm maior probabilidade de ter um tratamento bem-sucedido.
  • Isso poderia abrir caminho para planos de tratamento mais personalizados que aumentam as chances de sobrevivência.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Nature Genetics.
Novo método pode facilitar a identificação de tumores (Imagem: Ebrahim Lotfi/Shutterstock)

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Padrões incomuns de mutações foram localizados

Durante o trabalho, os cientistas procuraram padrões no DNA criados pelas chamadas mutações indel.

Elas são alterações genéticas que consistem na adição ou exclusão de uma ou mais bases do material genético, sendo o segundo tipo de mutação mais comum no genoma humano. 

O resultado foi a localização de padrões incomuns de mutações em cânceres que tinham mecanismos de reparo de DNA defeituosos, conhecidos como “disfunção de reparo pós-replicativo” ou PRRd. Usando essas informações, eles desenvolveram um algoritmo que permite identificar os tumores.

Representação de um DNA
Algoritmo busca falhas no DNA que podem indicar a presença de câncer no organismo (Imagem: Billion Photos/Shutterstock)

Os pesquisadores acreditam que o novo sistema possa atuar como um “detector de metais” para permitir a identificação do câncer em pacientes com maior probabilidade de ter um tratamento bem-sucedido com imunoterapia.

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Apple Watch ajuda paciente a identificar câncer raro no sangue

Um Apple Watch pode ter sido a diferença entre a vida e a morte de uma mulher neozelandesa. O dispositivo foi fundamental para identificar um caso raro de câncer no sangue da usuária, uma condição que pode ser fatal sem o tratamento adequado.

A psiquiatra Amanda Faulkner começou a sentir muito calor e cansaço, mas achou que isso era um efeito da intensa rotina de trabalho. Foram os alertas do relógio, no entanto, que indicaram que algo de errado estava acontecendo.

Relógio identificou um aumento anormal na frequência cardíaca

  • O aplicativo Sinais Vitais (Vitals) do Apple Watch Series 10 enviou uma série de notificações alertando sobre um aumento anormal na frequência cardíaca de Amanda.
  • Isso acontecia mesmo quando ela estava em repouso.
  • Amanda chegou a pensar que o dispositivo estava com algum defeito.
  • No entanto, acabou sendo convencida a procurar atendimento médico com o passar dos dias (e com os alertas cada vez mais frequentes).
Apple Watch conta com uma série de aplicativos que monitora a saúde dos usuários (Imagem: Ringo Chiu/Shutterstock)

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Diagnóstico precoce da doença foi fundamental

Segundo reportagem do NZ Herald, os alertas do Apple Watch podem ter salvado a vida da paciente. A mulher foi diagnosticada com Leucemia Mielóide Aguda e foi transferida já no dia seguinte para um hospital.

Atualmente, ela realiza um tratamento de quimioterapia.

A psiquiatra deverá passar por um transplante de células-tronco em julho deste ano com o objetivo de reparar problemas encontrados em sua medula óssea.

Neozelandesa foi avisada do problema de saúde pelo relógio inteligente (Imagem: arquivo pessoal/Amanda Faulkner)

O perigo ainda não foi totalmente superado, mas a neozelandesa conta que graças ao dispositivo da Apple teve uma chance de lutar pela sobrevivência. Este é mais um caso de como a tecnologia pode ajudar na identificação de problemas de saúde.

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Estudo cria abordagem mais potente contra câncer no sangue

Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma versão aprimorada da terapia com células CAR-T, que é utilizada no tratamento de linfoma não Hodgkin e leucemia linfoblástica aguda, como mostra um artigo da Agência FAPESP.

Atualmente, metade dos pacientes com esses dois tipos de câncer, que afetam células do sangue, não responde adequadamente a esse tratamento, que envolve modificar as células de defesa do paciente para atacar as células tumorais.

Descobertas do estudo

  • O estudo, realizado no A.C. Camargo Cancer Center e publicado na revista Cancer Research, identificou uma droga promissora que melhora a eficácia das células CAR-T ao inibir alterações epigenéticas que reduzem sua eficácia.
  • A pesquisa, liderada por Maria Letícia Rodrigues Carvalho, testou diversas drogas nas células CAR-T e encontrou um inibidor do complexo PRC2, que bloqueia a expressão de genes que dificultam a ação das células de defesa.
  • Nos testes realizados em células tumorais e camundongos, as células CAR-T modificadas com o inibidor eliminaram os tumores de maneira mais rápida e eficaz do que as convencionais.
Pesquisadores obtiveram sucesso na melhoria das células CAR-T, tornando-as mais eficazes no tratamento de tipos refratários de linfoma e leucemia – Imagem: crystal light/Shutterstock

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Os pesquisadores agora buscam avaliar a segurança da terapia em camundongos antes de considerar ensaios clínicos em humanos.

A modificação das células CAR-T pode melhorar a resposta imunológica e permitir tratamentos mais eficazes, mantendo os riscos de toxicidade sob controle.

Se os testes futuros forem positivos, a inibição do PRC2 poderá ser incorporada à produção de células CAR-T, ampliando as possibilidades terapêuticas para pacientes com câncer hematológico refratário.

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Estudo ainda testará segurança da terapia em camundongos antes de realizar ensaios com humanos (Imagem: Jezperklauzen/iStock)

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Anvisa proíbe lâmpadas fluorescentes usadas em bronzeamento artificial

Uma decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe o uso de lâmpadas fluorescentes de alta potência utilizadas em equipamentos de bronzeamento artificial. A determinação foi anunciada nesta semana.

A medida busca coibir a fabricação e manutenção de câmaras de bronzeamento artificial para fins estéticos. Estes espaços são proibidos no Brasil desde 2009, mas continuam sendo utilizados de maneira irregular.

Decisão da Anvisa cita risco de câncer

De acordo com a Resolução – RE nº 1.260/2025, fica proibido o armazenamento, a comercialização, a distribuição, a fabricação, a importação, a propaganda e uso de lâmpadas fluorescentes de alta potência utilizadas em equipamentos de bronzeamento artificial.

Uso de lâmpadas fluorescentes de alta potência em câmaras de bronzeamento artificial podem causar câncer (Imagem: Ebrahim Lotfi/Shutterstock)

A determinação se baseia em um estudo da Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS).

O trabalho concluiu que o uso de câmaras de bronzeamento artificial pode causar câncer em humanos.

Apesar dos riscos serem conhecidos, a Anvisa alerta que Assembleias Legislativas Estaduais e Municipais estão aprovando, de forma irregular, o uso de câmaras de bronzeamento artificial. Por conta disso, a entidade garante que “providenciará as devidas medidas legais visando resguardar e proteger a saúde da população”.

Leia mais

Fachada da Anvisa
Determinação da Anvisa foi anunciada nesta quarta-feira (2) (Imagem: rafastockbr/Shutterstock)

Problemas de saúde causados pelas câmaras de bronzeamento artificial:

  • Câncer de pele;
  • Envelhecimento da pele;
  • Queimaduras;
  • Ferimentos cutâneos;
  • Cicatrizes;
  • Rugas;
  • Perda de elasticidade cutânea;
  • Lesões oculares como fotoqueratite;
  • Inflamação da córnea e da íris;
  • Fotoconjuntivite;
  • Catarata precoce;
  • Pterigium (excrescência opaca, branca ou leitosa, fixada na córnea);
  • Carcinoma epidérmico da conjuntiva.

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