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Esse alimento comum parece prevenir câncer de intestino

O câncer colorretal se desenvolve no intestino grosso e no reto, sendo também conhecido como câncer de cólon e reto. 

Este é um dos tipos mais comuns de tumor e os casos têm aumentando em todo o mundo nos últimos anos.

Segundo um novo estudo, no entanto, um alimento pode ajudar a prevenir o desenvolvimento da doença.

Pesquisadores afirmam que o consumo regular de iogurte pode modificar o microbioma intestinal, as bactérias naturais que vivem no intestino.

Efeitos benéficos para o organismo

  • Os cientistas explicam que o microbioma intestinal desempenha um papel crucial na saúde geral, influenciando a digestão, a função imunológica e até o risco de câncer.
  • As bactérias intestinais podem viver dentro do próprio câncer e, em geral, acredita-se que um equilíbrio saudável delas seja essencial para manter um sistema imunológico forte e prevenir a inflamação.
  • O iogurte contém culturas vivas de bactérias benéficas, como lactobacillus bulgaricus e streptococcus thermophilus, que podem ajudar a manter esse equilíbrio.
  • Além disso, o alimento pode exercer efeitos anti-inflamatórios nas células do revestimento do cólon, chamadas de mucosa, o que pode ajudar a prevenir o desenvolvimento do câncer.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Gut Microbes.
Iogurte pode ser um aliado no combate ao câncer (Imagem: Ebrahim Lotfi/Shutterstock)

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Redução do risco de desenvolvimento de câncer

Segundo os pesquisadores, consumir duas ou mais porções de iogurte por semana diminui o risco de desenvolvimento de um tipo específico de câncer colorretal agressivo. Ele ocorre no lado direito do cólon e pode ser mais mortal.

O estudo analisou dados de mais de 150 mil participantes acompanhados por várias décadas, indicando que o consumo do alimento a longo prazo pode alterar o microbioma intestinal de maneiras benéficas para o organismo.

Estudo revelou benefícios do iogurte para a saúde (Imagem: nikkytok/Shutterstock)

As conclusões foram baseadas na medição da quantidade de Bifidobacterium, um tipo de bactéria encontrada no iogurte, no tecido tumoral de 3.079 participantes do experimento que foram diagnosticados com câncer colorretal.

Os cientistas ainda destacam que é importante escolher com sabedoria qual iogurte consumir. O mais benéfico é o puro e sem sabor. Isso porque a adição de açúcares presentes em alguns tipos do produto podem causar ganho de peso, um fator de risco para obesidade e câncer.

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Iogurte contra o câncer? Veja o que a ciência sabe

Iogurte no combate ao câncer? Uma nova pesquisa aponta que o alimento queridinho do café da manhã pode ter um superpoder: proteger o intestino contra formas agressivas de câncer colorretal. Enquanto os casos da doença disparam entre adultos com menos de 55 anos, cientistas agora miram no microbioma. Esse conjunto de bactérias que vive no nosso intestino pode ser a chave para frear a ameaça.

O número de novos casos de câncer colorretal praticamente dobrou entre os mais jovens nas últimas décadas. Só recentemente, o aumento nos diagnósticos foi de quase 20%. Diante desse cenário, cresce a curiosidade sobre o que pode ser feito para reduzir o risco — e a resposta pode estar na geladeira.

As estrelas desse possível efeito protetor são bactérias como Lactobacillus bulgaricus e Streptococcus thermophilus. Presentes em iogurtes naturais, essas culturas vivas ajudam a manter o microbioma saudável. E isso faz toda a diferença: um intestino com bactérias equilibradas é menos propenso a produzir substâncias nocivas e mais eficiente na defesa contra doenças.

Microrganismos do bem e proteção silenciosa

A explicação para esse efeito está na interação entre os microrganismos do iogurte e o ambiente intestinal. Segundo pesquisadores, esses microrganismos atuam como guardiões invisíveis, ajudando a modular a resposta do organismo a ameaças internas. Eles mantêm o equilíbrio da microbiota e dificultam a proliferação de bactérias associadas ao desenvolvimento do câncer.

Iogurte pode turbinar o microbioma intestinal e ajudar na prevenção de doenças silenciosas (Imagem: FOTOGRIN/Shutterstock)

É o que destaca a Medical Xpress, ao citar um estudo com mais de 150 mil participantes. A pesquisa observou que pessoas que consumiam iogurte duas vezes por semana tinham até 20% menos incidência de câncer colorretal associado a uma bactéria específica: a Bifidobacterium, presente no cólon proximal.

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Ainda que o iogurte não seja uma cura ou solução milagrosa, os especialistas reforçam que pequenos hábitos fazem diferença. Integrar o alimento à dieta, preferindo versões naturais e com culturas vivas, pode ser um passo simples e eficaz. Quando aliado a outros cuidados — como alimentação rica em fibras, prática regular de exercícios e exames preventivos — o iogurte se torna mais do que um lanche saudável: é um aliado na prevenção.

Mais do que prevenção: um aliado da saúde diária

Além do potencial protetor contra o câncer, o iogurte traz uma série de outros benefícios à saúde. Assim como o leite, ele é rico em cálcio, essencial para manter a densidade óssea e afastar o risco de osteoporose, especialmente com o avanço da idade.

Alimentação saudável protege seu intestino e ajuda a fortalecer os ossos (Imagem: Josep Suria/Shutterstock)

O iogurte também pode fazer bem ao coração. Há evidências de que seu consumo frequente contribui para a redução da pressão arterial e melhora a saúde cardiovascular como um todo. Além disso, ele pode ter um papel importante na regulação dos níveis de açúcar no sangue, ajudando a prevenir a diabetes tipo 2 e outras doenças metabólicas.

Mas é preciso atenção na escolha. Para aproveitar todos esses benefícios, o ideal é optar por versões naturais e sem adição de açúcar. Iogurtes adoçados ou com sabores artificiais podem anular os efeitos positivos — favorecendo o ganho de peso e aumentando, por tabela, o risco de obesidade e câncer.

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Câncer colorretal tem crescido entre jovens; tratamento precoce é crucial

O câncer colorretal, o terceiro mais comum nos EUA, tem aumentado entre os jovens nas últimas duas décadas. Na realidade, ele envolve dois tipos: o câncer de cólon, que se origina no intestino grosso, e o câncer retal, que começa no reto, última parte do intestino grosso.

O Dr. Derek Ebner, gastroenterologista da Mayo Clinic, aponta ao Medical Xpress que a incidência do câncer colorretal em adultos abaixo de 50 anos tem crescido, especialmente o retal. Ele enfatiza a importância de reconhecer os sinais de alerta e procurar tratamento médico rapidamente.

Embora o câncer colorretal fosse historicamente dividido igualmente entre cólon e reto, as taxas de câncer retal têm aumentado em pessoas com menos de 50 anos, especialmente entre os mais jovens.

Sinais de alerta e sintomas de câncer colorretal

  • Dor abdominal;
  • Diarreia;
  • Presença de sangue nas evacuações;
  • Anemia por deficiência de ferro.

O Dr. Ebner ressalta que a perda de sangue, mesmo sem ser visivelmente aparente, pode levar a baixos níveis de ferro, algo que pode ser identificado por exames de sangue.

Sintomas, como anemia por deficiência de ferro e sangue nas fezes, podem ser os sinais de alerta para a doença (Imagem: iStock/peterschreiber.media)

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Reduzindo os riscos

Embora não seja possível prevenir completamente a doença, é possível reduzir os riscos com estilo de vida saudável. O Dr. Ebner recomenda adotar hábitos que ajudem na prevenção e atenção aos sintomas. Além disso, o rastreamento regular é fundamental.

O ideal, conforme aconselha o Dr. Ebner, é estar em contato com profissionais de saúde sobre o rastreamento do câncer colorretal, além de manter hábitos saudáveis, como a prática de, ao menos, 30 minutos de exercícios, manter dieta com o consumo frutas e vegetais, controlar o peso, evitar fumar e limitar o consumo de álcool.

Hábitos saudáveis são essenciais para se proteger contra a doença (Imagem: Lightspring/Shutterstock)

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Novo modelo de IA poderia revolucionar o diagnóstico do câncer

Pesquisadores de uma equipe internacional, incluindo cientistas da Charles Darwin University (CDU), desenvolveram um modelo de inteligência artificial (IA) chamado ECgMPL, que identifica o câncer endometrial com uma precisão impressionante de 99,26%.

Este câncer é um dos tipos mais comuns de tumores reprodutivos e, se diagnosticado precocemente, tem boas chances de tratamento. O estudo foi publicado no jornal Computer Methods and Programs in Biomedicine Update.

Detalhes do estudo

  • O modelo supera os métodos tradicionais, que têm uma precisão de cerca de 79%, ao analisar imagens microscópicas de células e tecidos, melhorando a qualidade da imagem e focando em áreas específicas que podem passar despercebidas a olho nu.
  • O ECgMPL foi otimizado para ser computacionalmente eficiente e é capaz de identificar não só câncer endometrial, mas também cânceres colorretal, de mama e oral, com altas taxas de precisão (98,57%, 98,20% e 97,34%, respectivamente).
  • Os pesquisadores acreditam que esse modelo pode ser uma ferramenta valiosa para médicos, ajudando na detecção precoce do câncer, no acompanhamento do tratamento e na tomada de decisões clínicas.
Métodos tradicionais para detectar presença do câncer endometrial possuem precisão menor que o alcançado pela IA – Imagem: Peakstock/Shutterstock

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Embora a IA não substitua os médicos, ela oferece uma solução rápida, acessível e econômica para o diagnóstico do câncer, com o potencial de melhorar os resultados dos pacientes.

A detecção precoce, especialmente do câncer endometrial, é crucial, pois facilita o tratamento eficaz e aumenta as chances de sobrevivência.

O modelo ECgMPL não só representa um avanço na luta contra o câncer, mas também abre portas para a aplicação dessa tecnologia em outros tipos de doenças, oferecendo uma nova abordagem no diagnóstico médico.

Modelo se apresenta como uma potencial ferramenta valiosa para médicos no diagnóstico precoce – Imagem: MUNGKHOOD STUDIO/Shutterstock

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Por que beber álcool pode causar câncer?

O consumo de álcool é um hábito socialmente aceito em muitas culturas, mas seus efeitos nocivos à saúde são cada vez mais evidentes. Estudos científicos comprovam que o álcool está diretamente relacionado ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer, mesmo em quantidades moderadas. 

Mas como exatamente o álcool age no corpo e quais são os mecanismos que levam ao câncer? Vamos explicar.

Homem abrindo uma garrafa de bebida com o palavra cancêr saindo dela / Crédito: Anton Watman (shutterstock/reprodução)

Como o álcool age no corpo e causa alterações cancerígenas

Quando ingerimos bebidas alcoólicas, o álcool (etanol) é metabolizado pelo fígado e transformado em acetaldeído, uma substância tóxica e carcinogênica. Esse composto danifica o DNA das células e interfere em sua capacidade de se reparar, o que pode levar ao crescimento descontrolado de células e, consequentemente, à formação de tumores.

Além disso, o álcool provoca estresse oxidativo, que também danifica o DNA e outras estruturas celulares. Outro mecanismo é a alteração no metabolismo hormonal, especialmente em mulheres, aumentando os níveis de estrogênio, o que está associado ao câncer de mama.

O álcool também facilita a absorção de outras substâncias carcinogênicas, como as presentes no tabaco, potencializando seus efeitos nocivos.

Homem olhando uma geladeira de cervejas
Homem olhando uma geladeira de cervejas / Crédito: simona pilolla 2 (shutterstock/reprodução)

O risco de câncer é dose-dependente, ou seja, quanto maior o consumo de álcool e o tempo de exposição, maior a probabilidade de desenvolver a doença. Não importa o tipo de bebida (cerveja, vinho, whisky, vodka, cachaça, etc.), pois todas contêm etanol, a substância responsável pelos danos.

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Quais tipos de câncer o álcool pode causar?

O álcool é classificado pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) como um carcinógeno do Grupo 1, o mesmo nível de risco de substâncias como o tabaco e o amianto. Isso significa que há evidências suficientes de que o álcool causa câncer em humanos. Abaixo, listamos os principais tipos de câncer associados ao consumo de bebidas alcoólicas:

Pessoa recebendo diagnóstico médico
Pessoa recebendo diagnóstico médico / Crédito: Chinnapong (shutterstock/reprodução)
  • Câncer de boca e garganta: o álcool danifica as células da mucosa da boca e da garganta, aumentando o risco de tumores nessas regiões.
  • Câncer de esôfago: o álcool irrita o revestimento do esôfago, facilitando o desenvolvimento de células cancerígenas.
  • Câncer de fígado: o consumo excessivo de álcool pode levar à cirrose hepática, que é um fator de risco para o câncer de fígado.
  • Câncer de mama: o álcool altera os níveis hormonais, especialmente o estrogênio, aumentando o risco de câncer de mama em mulheres.
  • Câncer colorretal: o álcool pode danificar o revestimento do intestino, levando ao desenvolvimento de tumores no cólon e no reto.
  • Câncer de estômago e pâncreas: embora menos comuns, esses tipos de câncer também estão associados ao consumo de álcool.

Como prevenir o câncer relacionado ao álcool

A principal medida para prevenir o câncer relacionado ao álcool é reduzir ou eliminar o consumo de bebidas alcoólicas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que não há nível seguro de consumo de álcool para a saúde. 

Além disso, adotar hábitos saudáveis, como uma alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos e evitar o tabagismo, pode ajudar a reduzir o risco de câncer.

Para quem não deseja parar de beber completamente, o consumo moderado é uma estratégia de redução de danos. O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) define como moderado:

  • Mulheres: 1 dose ou menos por dia.
  • Homens: 2 doses ou menos por dia.

Para você se orientar melhor, uma dose equivale a:

  • 355 ml de cerveja (uma latinha);
  • 150 ml de vinho;
  • 45 ml de destilados (como vodka ou cachaça).

Sintomas e tratamentos

Os sintomas variam conforme o tipo de câncer, mas podem incluir dor, dificuldade para engolir, perda de peso inexplicável e alterações na voz. O tratamento depende do estágio da doença e pode envolver cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou uma combinação desses métodos. A prevenção, no entanto, é a melhor estratégia, já que não há níveis seguros de consumo de álcool.

Copo de cerveja
Copo de cerveja / Crédito: L.O.N Dslr Camera (shutterstock/reprodução)

Em resumo, o álcool é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de vários tipos de câncer, e seu impacto na saúde pública é enorme. No Brasil, o consumo de álcool tem crescido, especialmente entre as mulheres, e os custos com o tratamento de cânceres relacionados ao álcool devem aumentar nos próximos anos. 

Políticas públicas mais rigorosas – como aumento de preços, restrição de publicidade e fiscalização da Lei Seca – podem ajudar a reduzir esse problema.

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Existe um problema oculto nos vapes vendidos no Brasil

O líquido de seus vapes pode estar contaminado com metais tóxicos. São elementos que se desprendem do circuito elétrico das versões descartáveis dos cigarros eletrônicos. E a contaminação ocorre antes mesmo de o dispositivo ser usado pela primeira vez.

É o que sugere um estudo do Laboratório de Química Atmosférica (LQA) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), obtido pela BBC.

Os pesquisadores analisaram 15 vapes descartáveis e identificaram diferentes concentrações de cobre, estanho, níquel e zinco em níveis “muito acima do esperado para qualquer tipo de material que vai ser inalado”, segundo a reportagem.

Venda de cigarros eletrônicos é proibida pela Anvisa desde 2009 (Imagem: SeventyFour/iStock)

A equipe também analisou 14 líquidos de vapes recarregáveis, mas não identificou elementos em níveis quantificáveis. Isso ocorre possivelmente pelo fato de o líquido ser vendido separadamente, sem entrar em contato com o circuito elétrico previamente.

Os cientistas alertam que tanto o “juice” quanto o “e-líquido” usados na recarga apresentaram “toxicidade significativa” que podem desencadear processos associados a doenças crônicas, incluindo doenças cardiovasculares e respiratórias.

A venda de cigarros eletrônicos é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil desde 2009. Mas isso não tem impedido a distribuição de lotes contrabandeados, com formatos que mudaram ao longo dos anos, desde caneta, pen-drive a uma espécie de pequeno tanque.

No ano passado, um estudo preliminar em dez amostras apreendidas também encontrou octodrina, substância com estrutura similar à anfetamina. A análise foi feita pelo Laboratório de Pesquisas Toxicológicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

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Vape usa aromatizante de vela e compostos de óleos essenciais (Imagem: Daisy-Daisy/iStock)

Vape: doce nada inocente

  • De acordo com a reportagem, mais de 20 substâncias foram detectadas nas amostras do estudo da PUC-Rio, das quais dez foram identificadas;
  • A maioria tem a função de conferir sabor e aroma ao cigarro eletrônico;
  • Os líquidos usam compostos extraídos de óleos essenciais que, em determinadas temperaturas, podem formar acroleína, presente nos escapamentos de carros e em frituras;
  • Se inalado de forma contínua, pode trazer prejuízos à saúde;
  • Diversas substâncias usadas pela indústria de alimentos também estavam presentes, como o mentol, que pode irritar as vias aéreas, além de um composto tradicionalmente usado pela indústria como aromatizante de vela.

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Vacinas contra Covid abrem caminho para revolução no tratamento do câncer

A pandemia de Covid-19, um período marcado por desafios globais sem precedentes, catalisou avanços científicos que transcendem a luta contra o coronavírus.

A tecnologia de mRNA, que se provou fundamental no desenvolvimento de vacinas eficazes contra a Covid-19, agora emerge como uma poderosa aliada na batalha contra o câncer, abrindo um novo capítulo na oncologia.

A oncologia e a revolução do mRNA

Lennard Lee, oncologista do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido e figura central na vanguarda dessa transformação, destaca o papel crucial da pandemia em demonstrar a viabilidade das vacinas de mRNA (Via: Wired).

Anteriormente, as vacinas contra o câncer enfrentavam inúmeros obstáculos, com resultados clínicos frustrantes. A chegada da Covid-19, no entanto, impulsionou a pesquisa e o desenvolvimento, provando que a tecnologia de mRNA poderia ser utilizada para treinar o sistema imunológico a reconhecer e atacar células cancerígenas.

A capacidade de personalizar tratamentos, a eficácia comprovada da tecnologia de mRNA e o progresso acelerado das pesquisas clínicas indicam que estamos à beira de uma revolução no combate ao câncer.(Imagem por pedro7merino – Shutterstock)

Vacinas personalizadas e mais precisão no combate ao câncer

A tecnologia de mRNA permite a criação de vacinas personalizadas, adaptadas ao perfil genético de cada paciente. O processo envolve a realização de uma biópsia do tumor, o sequenciamento do tecido e o desenvolvimento de uma vacina sob medida, capaz de instruir o sistema imunológico a identificar e eliminar as células cancerígenas específicas daquele paciente.

Essa abordagem individualizada representa um avanço significativo em relação aos tratamentos convencionais, que muitas vezes apresentam efeitos colaterais severos e resultados limitados.

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A tecnologia de mRNA permite a criação de vacinas personalizadas, adaptadas ao perfil genético de cada paciente. (Imagem: angellodeco/Shutterstock)

O Reino Unido, reconhecendo o potencial transformador das vacinas de mRNA contra o câncer, lançou o Cancer Vaccine Launch Pad em 2022. Essa iniciativa ambiciosa visa acelerar os testes clínicos e impulsionar a pesquisa na área, aproveitando a infraestrutura e a experiência adquiridas durante a pandemia.

O país estabeleceu parcerias estratégicas com empresas líderes no setor, como BioNTech e Moderna, consolidando sua posição como um centro de excelência em oncologia de precisão.

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Testes clínicos em andamento

Atualmente, diversos testes clínicos de vacinas de mRNA contra o câncer estão em andamento em todo o mundo, com resultados promissores.

No Reino Unido, um teste para prevenir a recorrência do câncer de pele já concluiu a fase de recrutamento, com resultados esperados para o final de 2025 ou início de 2026. A expectativa é que, em breve, a primeira vacina de mRNA personalizada contra o câncer seja aprovada, marcando um novo marco na história da medicina.

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Medicamento contra malária pode tratar câncer, aponta estudo

Um medicamento contra a malária pode combater o câncer, aponta um estudo publicado na revista PLOS One. Os autores sugerem que, quando combinada à imunoterapia, um fármaco chamado de pironaridina pode acelerar o processo de eliminação das células cancerígenas.

Entenda:

  • A pironaridina, medicamento usado para tratar a malária há mais de 30 anos, pode combater o câncer;
  • Uma pesquisa mostrou que a pironaridina é capaz de retardar o crescimento da doença e provocar a morte programada das células cancerígenas;
  • Como apontam os pesquisadores, o tratamento tem impacto mínimo sobre as células saudáveis;
  • Combinada à imunoterapia, a pironaridina possui grande potencial na luta contra o câncer.
Remédio contra a malária pode combater o câncer. (Imagem: Shutterstock/Kateryna Kon)

Após participar de um seminário sobre a pironaridina em 2017, Renato Aguilera, professor de ciências biológicas na Universidade do Texas em El Paso (UTEP), observou a estrutura química do medicamento e percebeu seu potencial na luta contra o câncer. Então, Aguilera se uniu a outros pesquisadores para testar a hipótese.

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Medicamento contra malária retarda crescimento do câncer 

Quando testada em laboratório pela equipe, a pironaridina – que vem sendo usada para combater a malária há mais de 30 anos – não só retardou o crescimento do câncer, mas iniciou a apoptose (morte programada) das células cancerígenas com impacto mínimo sobre as células saudáveis.

Roberto Aguilera descobriu potencial de medicamento no combate ao câncer. (Imagem: UTEP)

“No futuro, esse medicamento pode ser potencialmente usado em combinação com imunoterapia para acelerar o processo de matar células cancerígenas”, disse Aguilera em comunicado.

Em 2023, durante uma entrevista para a rádio da UTEP, Renato Aguilera falou sobre o foco no câncer em suas pesquisas: “A pergunta que as pessoas me fazem é: ‘Por que você quer fazer isso?’ E eu digo: ‘Porque acho que é provavelmente disso que vou morrer, e gostaria de pelo menos contribuir para encontrar medicamentos que possam me curar ou curar meus amigos’.”

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