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Cientistas criam cão-robô que consegue se mover sem motores

Cientistas da Universidade de Tecnologia de Delft e da EPFL (Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Lausanne) desenvolveram um robô quadrúpede capaz de correr como um cachorro, sem a necessidade de motores.

Essa inovação, publicada na revista científica Nature Machine Intelligence, combina mecânica avançada com tecnologia orientada por dados, podendo abrir caminho para robôs mais eficientes em termos de energia.

De acordo com Cosimo Della Santina, professor assistente da Universidade de Delft, robôs quadrúpedes comerciais têm sido limitados pela ineficiência energética, restringindo seu tempo de operação. “Nosso objetivo era otimizar a mecânica do robô para imitar a eficiência dos sistemas biológicos”, afirma ele.

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Pesquisadores buscaram projetar um robô quadrúpede com mecânica otimizada, sem sofrer com limitações energéticas vistas em outros modelos – Imagem: Universidade de Tecnologia de Delft

Movimentos projetados com análise de cães reais

  • Inspirados por fenômenos naturais, como a maneira como um peixe morto pode nadar devido à mecânica passiva de seu corpo, a equipe usou aprendizado de máquina para analisar os movimentos de cães e projetar a estrutura do robô.
  • Usando dados sobre a movimentação canina, eles posicionaram molas, cabos e tandems, permitindo que o robô se movesse apenas pelo impulso de uma esteira, sem motores.
  • Embora o robô funcione passivamente, ele possui motores para lidar com situações como subir escadas ou desviar de obstáculos, mas esses motores são usados minimamente, graças ao design mecânico otimizado.

A inovação do projeto oferece um avanço importante na robótica, com o potencial de criar robôs quadrúpedes mais eficientes e adaptáveis a diferentes ambientes. A equipe acredita que, ao melhorar a mecânica e a cognição, é possível desenvolver robôs mais inteligentes e energeticamente sustentáveis.

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Conheça o Luna, cão robô com sistema nervoso semelhante ao dos humanos

Você já deve ter visto (inclusive aqui no Olhar Digital) robôs de todos os tipos. Eles podem trabalhar, dar cambalhotas e até fazer seu café. A startup sueca IntuiCell revelou que criou uma máquina diferente (e impressionante): um cão robô chamado Luna, com um sistema nervoso digital funcional, semelhante ao dos humanos e animais.

A novidade permite que ele aprenda a se adapte de forma semelhante a outros seres vivos, sem necessidade de um treinamento com dados. Para provar isso, a companhia quer treiná-lo com um adestrador de cães.

Expectativa da empresa é levar o modelo a ambientes inóspitos (Imagem: IntuiCell/Reprodução)

Cão robô Luna aprende como nós

Segundo a IntuiCell, o Luna é capaz de aprender e se adaptar como outros seres vivos, graças ao sistema nervoso digital. O CEO e cofundador da empresa, Viktor Luthman, revelou em entrevista que trata-se do “primeiro software que permite que qualquer máquina aprenda como humanos e animais”.

Isso porque as máquinas aprendem de um jeito diferente: a partir de grandes conjuntos de dados. Então, as companhias refinam esses dados para ensinar os robôs a realizarem tarefas específicas para as quais foram criados.

Não é o caso do cão robô. Luthman revelou que não há nenhum tipo de pré-treinamento, simulação ou um grande data center por trás do aprendizado. É tudo pelo sistema nervoso.

Modelo será treinado como um cão normal (Imagem: IntuiCell/Reprodução)

Para provar isso, a IntuiCell vai ensinar o Luna a andar com um treinamento bastante tradicional: com um treinador de cães. Isso será possível devido aos neurônios digitais do sistema, que interagem e processam entre si (como funciona em um cérebro real).

A agência de notícias Reuters lembrou que esses é um dos primeiros casos de IA física ágeis, em que a máquina pode tomar decisões em prol de objetivos específicos (ao invés de apenas executar comandos). Seria como treinar um cão normal.

Veja o modelo em ação:

Para que serve o cão robô?

O CEO tem grandes planos para o Luna:

  • Ele afirmou que o robô tem potencial para levar a avanços nas capacidades de outras máquinas semelhantes a humanos;
  • Luthman revelou que o próximo passo é “explorar a robótica humanoide e autônoma em ambientes previsíveis”, como na explosão espacial, no fundo do mar ou até na resposta a desastres;
  • Para ele, máquinas inteligentes poderiam ser enviadas a Marte para construir habitats para humanos, por exemplo. No entanto, esses ambientes inóspitos, onde um robô não poderia ser treinado, exige que as próprias máquinas aprendam a resolver os problemas conforme eles surgem.

Essa é a intenção do cão robô da IntuiCell. No momento, ele apenas consegue ficar de pé, mas, no futuro, poderá perceber, processar e melhorar suas ações em resposta ao ambiente.

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