Destaque-Elon-Musk-13-de-fevereiro-1024x576-2

Como a lua de mel entre Trump e Musk chegou ao fim

Elon Musk, líder do controverso Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), voltou a criar tensões em Washington ao tentar nomear Gary Shapley como chefe interino do IRS, sem a aprovação do Secretário do Tesouro, Scott Bessent.

A tentativa gerou um confronto direto entre Musk e Bessent na Casa Branca, com Trump ouvindo a discussão. Bessent venceu a disputa e Shapley foi removido em apenas três dias, conforme revela o Washington Post.

Musk eleva tensões na Casa Branca

  • Esse episódio é apenas mais um de uma série de conflitos entre Musk e membros do alto escalão do governo Trump, alimentados pelo estilo impulsivo do bilionário e suas ações unilaterais.
  • Embora Musk tenha prometido cortar gastos públicos massivos, a meta inicial de US$ 1 trilhão foi drasticamente reduzida para US$ 150 bilhões.
  • Seu envolvimento político também prejudicou a Tesla, cujos lucros e ações caíram, impulsionando sua decisão de reduzir sua atuação no governo a partir de maio.

Mesmo assim, Musk afirmou que continuará colaborando parcialmente com a DOGE enquanto Trump achar útil.

Elon Musk enfrenta resistência crescente dentro e fora do governo (Imagem: Frederic Legrand/Shutterstock)

Leia mais

Controle nos danos

A Casa Branca, por sua vez, tenta limitar sua influência, e aliados do governo expressam frustrações com sua abordagem, comparando-a a uma “quimioterapia agressiva” — que removeu excessos, mas também causou danos colaterais.

Musk também se envolveu em uma campanha judicial fracassada em Wisconsin, o que intensificou críticas à sua figura, agora vista por parte do Partido Republicano como um fardo político.

Apesar da pressão e desgaste, Trump ainda demonstra apoio público ao bilionário, mesmo que os bastidores revelem um desejo crescente de vê-lo afastado do centro do poder.

Silhuetas de Musk e Trump; atrás, bandeira dos Estados Unidos
Enquanto Musk atua com estilo agressivo, aliados de Trump pedem mais cautela (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)

O post Como a lua de mel entre Trump e Musk chegou ao fim apareceu primeiro em Olhar Digital.

shutterstock_1677985339-1024x576

EUA promovem teoria de vazamento de laboratório como origem da Covid-19

Nesta sexta-feira (18), o site covid.gov, que até então reunia informações sobre testes, vacinas e tratamentos contra a Covid-19, passou a redirecionar usuários para uma nova página do governo dos Estados Unidos. A mudança, aparentemente promovida pela gestão do presidente Donald Trump, sinaliza um reposicionamento oficial sobre a origem do coronavírus, com forte ênfase na teoria do vazamento de laboratório.

A nova página, intitulada “Lab Leak — a verdade sobre as origens da Covid-19” (tradução livre), traz uma imagem de Trump em destaque e afirma que a pandemia teria começado a partir de um incidente em um laboratório na cidade de Wuhan, na China. O conteúdo questiona a versão até então apoiada por agências de saúde e pela própria Casa Branca, que indicava uma origem natural do vírus a partir da transmissão entre animais e humanos.

Covid-19 volta a ser tópico após mudança em site de governo norte-americano (Imagem: Ninc Vienna / Shutterstock.com)

Teorias e disputas políticas em torno da Covid-19

O novo site acusa diretamente o ex-presidente Joe Biden e seu então assessor médico, Dr. Anthony Fauci, de “ocultar” informações sobre o suposto vazamento em laboratório. Segundo o texto, Fauci teria promovido um estudo específico que reforça a teoria da origem natural, ignorando outras possibilidades.

A Casa Branca afirma agora que um vazamento laboratorial é provavelmente a origem da Covid-19, contrariando o consenso majoritário de cientistas que apontam para a transmissão zoonótica como causa mais plausível. Um estudo revisado por pares, inclusive, identificou material genético de animais selvagens em amostras recolhidas no mercado de frutos-do-mar de Huanan, reforçando essa hipótese.

Redirecionamento e exclusão de informações

Além do Covid.gov, outro endereço federal, o Covidtests.gov — antes utilizado para solicitar testes gratuitos — também passou a redirecionar para a nova página. Não está claro exatamente quando a mudança ocorreu, mas registros arquivados mostram que os conteúdos originais estavam disponíveis até pelo menos 10 de abril. A mudança foi notada por Andrew Couts, do Wired.

A substituição desses sites por uma narrativa alinhada ao discurso da nova administração tem gerado críticas. A publicação americana The Verge classificou o novo conteúdo como conspiratório, destacando que ele promove ideias sem respaldo científico e acusa a Organização Mundial da Saúde (OMS) de ceder a pressões do governo chinês.

Placa com o logo da OMS
Organização Mundial da Saúde é alvo de críticas em novo site da Casa Branca (Imagem: Elenarts/Shutterstock)

Divergência entre agências e incertezas persistentes

Em janeiro, a CIA divulgou um relatório indicando que o vazamento laboratorial seria uma possibilidade, mas com “baixa confiança”. Essa classificação indica que as informações disponíveis são insuficientes, contraditórias ou pouco confiáveis. A própria agência havia declarado anteriormente que não tinha dados suficientes para chegar a uma conclusão definitiva sobre a origem do vírus.

Outros órgãos, como o Departamento de Energia e o Departamento de Estado, também mencionaram a hipótese do laboratório, mas sem apresentar evidências conclusivas. Já a comunidade científica tem reiterado que, apesar de ainda haver incertezas, não há indícios sólidos que sustentem a tese de manipulação genética ou vazamento intencional.

Leia mais:

Críticas a medidas tomadas durante a pandemia

A nova versão do site também critica medidas adotadas durante a pandemia, como lockdowns, o uso de máscaras e o financiamento de pesquisas em doenças infecciosas. Um dos focos do conteúdo é a defesa da retomada da moratória sobre pesquisas de ganho de função, que envolvem o aprimoramento de vírus em laboratório para entender seu comportamento.

A OMS segue mantendo todas as hipóteses em aberto, mas ainda considera a origem natural como a explicação mais provável, reiterando que falta acesso a dados completos da China para uma investigação definitiva.

O post EUA promovem teoria de vazamento de laboratório como origem da Covid-19 apareceu primeiro em Olhar Digital.

5-RRS_23MY_02_FE_039_GLHD_100522-1024x466

Efeitos do Tarifaço Trump: montadora de carros de luxo suspende importação para os EUA

A montadora de carros de luxo Jaguar Land Rover anunciou hoje, 05, que vai suspender a importação para os Estados Unidos. A medida é baseada pelo ‘Tarifaço Trump’: uma política internacional de tarifas, instituída pela Casa Branca na última quarta-feira.

As tarifas do presidente Donald Trump taxam as importações dos outros países em pelo menos 10%, o que impacta o mercado global.

Com esta nova taxa, a Jaguar Land Rover, cuja sede está localizada no Reino Unido, informou que “dará uma pausa” nas remessas enviadas à nação norte-americana. Essa pausa entra em vigor agora em abril e ainda não tem data oficial para terminar.

Para quem tem pressa:

  • A Jaguar Land Rover, uma montadora britânica de carros de luxo, anunciou hoje que irá suspender a importação de carros para os Estados Unidos;
  • A decisão está baseada na tarifa imposta pelo governo de Donald Trump, atual presidente dos EUA;
  • Diante da taxa de 25% sobre os itens importadas, a companhia está reavaliando como pretende lidar com a taxação e, por isso, pausou o envio de veículos para a nação americana neste mês de Abril.
Carro desenvolvido pela montadora Jaguar Land Rover (Imagem: Jaguar Land Rover / Divulgação)

A empresa informou o seguinte:

Enquanto trabalhamos para abordar os novos termos comerciais com nossos parceiros de negócios, estamos tomando algumas medidas de curto prazo, incluindo uma pausa nas remessas em abril, enquanto desenvolvemos nossos planos de médio e longo prazo.

Disse a empresa em um comunicado por e-mail

Embora a tarifa mínima para várias nações internacionais seja de 10%, a JRL precisa lidar com uma taxa de 25% sobre os produtos enviados aos Estados Unidos. No todo, o ‘Tarifaço Trump’ atinge mais de 180 nações pelo mundo: a média de taxa é equivalente a 20% para a União Europeia, 34% para a China, 25% para Coreia do Sul, e 24% ao Japão.

Leia mais:

Inicialmente, o discurso do presidente Donald Trump era de que sua política de taxas traria benefícios para os EUA. Agora, a fala é outra: ele pede que os americanos aguentem firme, o que reflete que, para além de uma montadora de luxo ter suspendido a importação para lá, os preços de produtos dentro do território estadunidense também não agradam à população.

depoimento donald trump
Depoimento de Donald Trump em sua rede social Truth Social (Reprodução: @realDonaldTrump/Truth Social)

A JRL é uma das empresas britânicas com maiores volumes de venda de produtos do mercado. A companhia vende, todos os anos, aproximadamente 400 mil modelos de Range Rover Sport e Defender.

A tarifa enfrentada por eles, que representa 25%, não afeta apenas esta companhia: toda montadora de carro e caminhão leve, que faz importação para os EUA, é afetada igualmente pela mesma taxa.

O post Efeitos do Tarifaço Trump: montadora de carros de luxo suspende importação para os EUA apareceu primeiro em Olhar Digital.

Destaque-Elon-Musk-05-de-marco-1024x576

Musk deixa governo Trump? Bilionário e Casa Branca negam

A permanência de Elon Musk no governo de Donald Trump foi alvo de especulações nesta quarta-feira (2), após uma reportagem de um site americano afirmar que o bilionário estaria prestes a deixar seu cargo no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). Segundo a publicação, a decisão teria sido tomada em comum acordo com Trump e já teria sido comunicada a membros do gabinete.

O jornal digital Politico afirma que, apesar da satisfação do presidente com Musk, o empresário estaria se tornando um passivo político devido às suas ações imprevisíveis e posicionamentos controversos. A matéria cita fontes anônimas da administração, que alegam que a saída de Musk ocorreria nas próximas semanas e que ele manteria apenas um papel informal como conselheiro.

Portal Politico reportou possível saída de Musk do governo Trump, mas bilionário e Casa Branca negaram (Imagem: Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock)

Musk e governo negam informação

  • Poucas horas após a publicação da reportagem, tanto Elon Musk quanto a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, desmentiram as informações.
  • Em uma postagem no X, o bilionário classificou a matéria como “falsa” e negou que esteja deixando seu cargo.
  • Leavitt, em declaração oficial, chamou a reportagem de “lixo” e reforçou que Musk permanecerá no governo.
  • Atualmente, Musk ocupa o cargo de funcionário especial do governo, com a missão de identificar gastos excessivos e propor reformas administrativas.
  • Desde que assumiu o comando do DOGE, ele tem sido um dos principais nomes da gestão Trump na redução da burocracia governamental e na implementação de cortes de despesas.

Leia mais:

Especulações e impactos políticos

A matéria do Politico também destaca que aliados de Trump estariam divididos sobre a permanência de Musk. Enquanto alguns consideram seu trabalho essencial para a agenda de redução de custos do governo, outros apontam que sua imprevisibilidade e suas críticas frequentes a figuras políticas poderiam se tornar um problema para a administração.

Aliados de Trump estariam divididos sobre permanência do bilionário no governo (Imagem: Chip Somodevilla / Shutterstock.com)

A suposta saída de Musk também seria motivada por sua influência em decisões políticas, como o apoio a um juiz conservador em uma eleição em Wisconsin, que terminou em derrota. Segundo o Politico, esses episódios geraram desconforto dentro do governo e reforçaram a ideia de que a permanência do bilionário poderia trazer desafios na reta final do mandato.

O post Musk deixa governo Trump? Bilionário e Casa Branca negam apareceu primeiro em Olhar Digital.

shutterstock_2428082879-1024x682

Futuro do TikTok: reunião na Casa Branca pode selar destino do app

A Casa Branca realizará uma reunião nesta quarta-feira (2) para discutir uma proposta final relacionada ao futuro do TikTok nos Estados Unidos. O presidente Donald Trump avaliará o plano antes do prazo final de 5 de abril, estabelecido para que o aplicativo encontre um comprador não chinês ou enfrente um banimento no país.

De acordo com um funcionário da Casa Branca, confirmado pela CBS News, a reunião ocorrerá no Salão Oval e contará com a presença do vice-presidente JD Vance, do Secretário de Comércio Howard Lutnick, do conselheiro de segurança nacional Mike Waltz e da Diretora de Inteligência Nacional Tulsi Gabbard.

Investidores buscam participação no TikTok

O grupo de acionistas não chineses da ByteDance, liderado pela Susquehanna International Group e pela General Atlantic, está discutindo um plano para arrecadar capital e apresentar uma oferta pelo controle das operações do TikTok nos EUA. A empresa de private equity Blackstone também avalia se juntar a essa iniciativa, conforme relatado pela Reuters na semana passada.

Acionistas não chineses da ByteDance discute plano de aquisição do TikTok nos Estados Unidos (Imagem: RidhamSupriyanto / Shutterstock.com)

No domingo, Trump declarou que um acordo entre ByteDance e investidores americanos para a venda do TikTok será fechado antes do prazo de abril. O presidente estabeleceu essa data em janeiro, alegando preocupações com segurança nacional.

Interesse do Vale do Silício

A empresa de capital de risco Andreessen Horowitz também está em negociações para investir no TikTok, segundo o Financial Times. O cofundador da empresa, Marc Andreessen, apoia a administração Trump e estaria negociando um investimento que permitiria a aquisição das participações chinesas no TikTok. O movimento faz parte de um plano liderado pela Oracle e outros investidores americanos para separar a rede social de sua empresa-mãe, a ByteDance.

Na última sexta-feira (29), a Reuters informou que a Blackstone está considerando um pequeno investimento minoritário na divisão americana do TikTok. Nem a ByteDance nem a Andreessen Horowitz comentaram as negociações.

Leia mais:

Casa Branca como intermediária

As negociações sobre o futuro do TikTok estão se concentrando em um plano no qual os principais investidores não chineses da ByteDance aumentariam suas participações e assumiriam as operações do TikTok nos Estados Unidos.

Trump afirmou que sua administração está em contato com quatro grupos distintos interessados na compra do TikTok, sem revelar suas identidades. No cenário atual, a Casa Branca tem atuado como um banco de investimentos, com o vice-presidente JD Vance liderando o processo de venda.

O post Futuro do TikTok: reunião na Casa Branca pode selar destino do app apareceu primeiro em Olhar Digital.

openAI-1024x682-2

Quais as intenções da OpenAI ao pressionar o governo dos EUA?

A OpenAI enviou uma proposta de política ao Plano de Ação de IA da Casa Branca, pressionando o governo dos EUA a tomar medidas agressivas para manter o domínio da IA ​​americana em meio à crescente competição da China.

A proposta pedia o uso de leis comerciais para promover a liderança da IA ​​dos EUA, relaxando as restrições de direitos autorais para dados de treinamento, investindo pesadamente em infraestrutura de IA e impedindo regulamentações estaduais como o controverso projeto de lei de segurança de IA da Califórnia, SB 1047.

Este projeto de lei, vetado em 2024, teria imposto responsabilidade estrita e regulamentações de segurança às empresas de IA, sufocando potencialmente o crescimento da indústria.

Leia mais:

Plano da OpenAI é impulsionar liderança em IA nos EUA com menos regulamentações que limitem inovações das empresas do ramo – Imagem: jackpress/Shutterstock

Empresas de IA menos limitadas por leis

  • Como observa um artigo do The Verge, a proposta da OpenAI contra a regulamentação estadual reflete preocupações de que uma “colcha de retalhos” de 50 leis estaduais diferentes poderia criar caos para empresas de IA.
  • Com ação federal limitada, os projetos de lei relacionados à IA estão aumentando rapidamente no nível estadual.
  • No início de 2025, quase 900 projetos de lei de IA foram propostos em 48 estados, abordando questões como engano gerado por IA, imagens íntimas não consensuais e IA em resposta a desastres.
  • Esse aumento legislativo, descrito como sem precedentes por especialistas, destaca a crescente complexidade da governança de IA.

No entanto, a pressão da OpenAI pela preempção federal levanta preocupações porque não propõe uma estrutura nacional para substituir as leis estaduais, deixando um vazio regulatório.

O foco da empresa em bloquear o SB 1047, que teria impactado fortemente os laboratórios de IA de fronteira, sinaliza sua preferência por regulamentações menos rigorosas, especialmente ao nível estadual.

Enquanto isso, a política de IA ao nível federal continua paralisada, com projetos de lei bipartidários não sendo aprovados no Congresso. A OpenAI e a indústria de tecnologia continuam a impulsionar sua agenda, alavancando temores sobre as crescentes capacidades de IA da China para obter apoio.

Ou seja, a empresa quer barrar a criação de leis estaduais, mas não sugere um conjunto de regras nacionais para ocupar esse espaço. Isso poderia deixar um vazio regulatório, em que a IA não teria nenhuma regulamentação clara nem em nível estadual nem em nível federal, o que poderia gerar incertezas jurídicas e permitir abusos no setor.

openAI
OpenAI e outras startups de IA enfrentam uma crescente onda de regulamentações estaduais (Imagem: Svet foto/Shutterstock)

O post Quais as intenções da OpenAI ao pressionar o governo dos EUA? apareceu primeiro em Olhar Digital.

iStock-458723155-1024x737

De Ben Stiller a Cate Blanchett: artistas furiosos com Google e OpenAI

Uma carta enviada ao Gabinete de Política Científica e Tecnológica da Casa Branca reúne assinaturas de mais de 400 líderes criativos pedindo a proteção de regras de direitos autorais nos Estados Unidos, segundo a revista Variety. Leia o documento na íntegra abaixo.

A lista de cineastas, escritores, atores e músicos inclui nomes como Ben Stiller, Mark Ruffalo, Cynthia Erivo, Cate Blanchett, Cord Jefferson, Paul McCartney, Ron Howard e Taika Waititi.

A carta foi redigida em resposta a recentes submissões feitas pela OpenAI e pelo Google defendendo que a lei de direitos autorais dos EUA deveria permitir o treinamento de IA usando obras protegidas sem a necessidade de permissão de seus autores.

(Imagem: photoquest7/iStock)

“Acreditamos firmemente que a liderança global em IA dos Estados Unidos não deve vir às custas de nossas indústrias criativas essenciais”, diz o texto. “A América não se tornou uma potência cultural global por acidente. Nosso sucesso decorre diretamente do nosso respeito fundamental pelos direitos autorais.”

Leia Mais:

O que dizem as empresas

A OpenAI propôs que os Estados Unidos “tomem medidas para garantir que o sistema de direitos autorais continue a apoiar a liderança americana em IA e a segurança econômica e nacional americana”, incluindo “trabalhar para impedir que países menos inovadores imponham seus regimes legais às empresas americanas de IA e retardem a taxa de progresso”.

O Google defendeu “regras de direitos autorais equilibradas, como exceções de uso justo e mineração de texto e dados”, que a empresa disse ter sido “essencial para permitir que sistemas de IA aprendam com conhecimento prévio e dados disponíveis publicamente, desbloqueando avanços científicos e sociais”.

Fachada da Casa Branca
Artistas acusam empresas de tecnologia de pedir “isenção especial” para explorar lei (Imagem: Chiarascura/Shutterstock)

A gigante da tecnologia alega ainda que a mudança não impactaria “significativamente os detentores de direitos e evitam negociações frequentemente altamente imprevisíveis, desequilibradas e demoradas com detentores de dados durante o desenvolvimento de modelos ou experimentação científica”.

Recentemente, uma discussão semelhante sobre alterações em regras de direitos autorais no Reino Unido mobilizou a indústria criativa do país e uniu jornais em uma campanha inédita, como relatou o Olhar Digital.

Íntegra do documento

Olá amigos e estranhos. Como vocês devem saber, recentemente houve uma recomendação da OpenAI e do Google para a atual Administração dos EUA que está ganhando força alarmante para remover todas as proteções legais e barreiras existentes em torno das proteções da lei de direitos autorais para o treinamento de Inteligência Artificial. Esta reescrita da lei estabelecida em favor do chamado “Uso Justo” precisava de uma resposta inicial até as 23h59 ET de sábado, então enviamos uma carta inicial com os signatários que tínhamos naquela época. Agora continuamos aceitando assinaturas para uma emenda à nossa declaração inicial. Sinta-se à vontade para encaminhar isso a qualquer pessoa que você ache que possa estar investida na manutenção ética de sua propriedade intelectual. Você pode adicionar seu nome e quaisquer guildas ou sindicatos ou descrição de si mesmo que achar apropriado, mas não edite a carta em si. Muito obrigado por divulgar isso em uma noite de sábado!

A resposta de Hollywood ao Plano de Ação de Inteligência Artificial do governo e a necessidade de que a lei de direitos autorais seja mantida.

Nós, os membros da indústria do entretenimento dos Estados Unidos — representando uma intersecção de diretores de fotografia, diretores, produtores, atores, escritores, estúdios, produtoras, músicos, compositores, figurinistas, designers de som e produção, editores, chefes, membros do sindicato e da academia, e outros profissionais de conteúdo criativos e dedicados — enviamos esta declaração unificada em resposta à solicitação da Administração por contribuições sobre o Plano de Ação de IA.

Acreditamos firmemente que a liderança global em IA dos Estados Unidos não deve vir às custas de nossas indústrias criativas essenciais. A indústria de artes e entretenimento dos Estados Unidos sustenta mais de 2,3 milhões de empregos americanos com mais de US$ 229 bilhões em salários anualmente, ao mesmo tempo em que fornece a base para a influência democrática americana e o soft power no exterior. Mas as empresas de IA estão pedindo para minar essa força econômica e cultural enfraquecendo as proteções de direitos autorais para filmes, séries de televisão, obras de arte, textos, músicas e vozes usadas para treinar modelos de IA no cerne de avaliações corporativas multibilionárias.

Não se engane: essa questão vai muito além da indústria do entretenimento, pois o direito de treinar IA em todo conteúdo protegido por direitos autorais impacta todas as indústrias de conhecimento dos Estados Unidos. Quando empresas de tecnologia e IA exigem acesso irrestrito a todos os dados e informações, elas não estão apenas ameaçando filmes, livros e música, mas o trabalho de todos os escritores, editores, fotógrafos, cientistas, arquitetos, engenheiros, designers, médicos, desenvolvedores de software e todos os outros profissionais que trabalham com computadores e geram propriedade intelectual. Essas profissões são o cerne de como descobrimos, aprendemos e compartilhamos conhecimento como sociedade e como nação. Essa questão não é apenas sobre liderança em IA ou sobre economia e direitos individuais, mas sobre a liderança contínua dos Estados Unidos na criação e posse de propriedade intelectual valiosa em todos os campos.

Está claro que o Google (avaliado em US$ 2 trilhões) e a OpenAI (avaliada em mais de US$ 157 bilhões) estão argumentando por uma isenção especial do governo para que possam explorar livremente as indústrias criativas e de conhecimento dos Estados Unidos, apesar de suas receitas substanciais e fundos disponíveis. Não há razão para enfraquecer ou eliminar as proteções de direitos autorais que ajudaram os Estados Unidos a florescer. Não quando as empresas de IA podem usar nosso material protegido por direitos autorais simplesmente fazendo o que a lei exige: negociando licenças apropriadas com detentores de direitos autorais — assim como todas as outras indústrias fazem. O acesso ao catálogo criativo de filmes, textos, conteúdo de vídeo e música dos Estados Unidos não é uma questão de segurança nacional. Eles não exigem uma isenção obrigatória do governo da lei de direitos autorais existente nos Estados Unidos.

A América não se tornou uma potência cultural global por acidente. Nosso sucesso decorre diretamente do nosso respeito fundamental pela PI e direitos autorais que recompensam a tomada de riscos criativos por americanos talentosos e trabalhadores de todos os estados e territórios. Por quase 250 anos, a lei de direitos autorais dos EUA equilibrou os direitos do criador com as necessidades do público, criando a economia criativa mais vibrante do mundo. Recomendamos que o Plano de Ação de IA Americano mantenha as estruturas de direitos autorais existentes para manter a força das indústrias criativas e de conhecimento dos EUA, bem como a influência cultural americana no exterior.

O post De Ben Stiller a Cate Blanchett: artistas furiosos com Google e OpenAI apareceu primeiro em Olhar Digital.

Casa-Branca

EUA avaliam restrições a DeepSeek por questões de segurança nacional

A Casa Branca está avaliando restrições ao chatbot DeepSeek, de inteligência artificial chinesa, devido a preocupações com a segurança nacional, especialmente em relação ao manuseio de dados de usuários. As informações são de uma matéria exclusiva do jornal The Wall Street Journal.

Autoridades dos EUA temem que os dados sejam armazenados em servidores na China e não estejam suficientemente protegidos ou esclarecidos quanto ao seu uso.

Outros países já anunciaram restrições sobre a DeepSeek

  • O governo dos EUA considera banir o aplicativo em dispositivos governamentais, proibir o download nas lojas de aplicativos e restringir o uso dos modelos de IA da DeepSeek por provedores de nuvem.
  • A DeepSeek, que ganhou atenção ao lançar um modelo de IA poderoso a um custo menor que os rivais dos EUA, já enfrentou restrições em outros países, como Itália, Coreia do Sul, Austrália, Canadá e Taiwan, devido a preocupações de privacidade e segurança.
  • Embora o uso geral do aplicativo não tenha sido proibido nos EUA, várias agências governamentais já o restringiram.
Casa Branca planeja limitar uso do modelo da DeepSeeek por provedores de nuvem e proibir download do chatbot em lojas de aplicativos – Imagem: Andrea Izzotti/Shutterstock

Leia mais:

Uma possível proibição do DeepSeek ao público em geral é mais complexa devido à natureza de código aberto dos modelos da empresa, que são gratuitos e podem ser executados por empresas em sua própria infraestrutura.

No entanto, algumas restrições aos provedores de nuvem dos EUA podem ser adotadas. A situação é inédita, e as autoridades enfrentam desafios sobre como lidar com modelos de código aberto em questões de segurança nacional.

deepseek
Preocupações sobre privacidade e segurança criam obstáculos para a DeepSeek em outros países (Imagem: Mojahid Mottakin/Shutterstock)

O post EUA avaliam restrições a DeepSeek por questões de segurança nacional apareceu primeiro em Olhar Digital.