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Chikungunya: vacina do Butantan avança para ser incorporada ao SUS

O Ministério da Saúde anunciou que solicitará oficialmente a incorporação da vacina contra a chikungunya ao Sistema Único de Saúde (SUS), conforme informado pela Agência Brasil.

Como já informamos por aqui, o imunizante, desenvolvido pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Valneva, recebeu nesta semana o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que permite sua futura disponibilização na rede pública.

Em nota, a pasta informou que encaminhará o pedido à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), responsável por avaliar e recomendar a introdução de novas tecnologias no sistema público de saúde.

O objetivo é dar início imediato às medidas necessárias para que o imunizante possa ser oferecido à população, caso seja aprovado e haja capacidade de produção.

A expectativa do ministério é que a vacina seja incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI), o que representaria um avanço importante no enfrentamento das arboviroses no Brasil, sobretudo diante da crescente incidência da chikungunya.

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O Aedes aegypti carrega o vírus que transmite a chikungunya aos humanos – Imagem: frank60 / Shutterstock.com

A doença e os casos no Brasil:

  • A doença é causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue e do Zika vírus.
  • Seus sintomas mais comuns incluem febre alta, dores intensas nas articulações — que podem se tornar crônicas — e mal-estar generalizado. Introduzido no Brasil em 2014, o vírus da chikungunya já se espalhou por todos os estados do país.
  • Até 14 de abril deste ano, o Brasil havia registrado mais de 68 mil casos prováveis e 56 óbitos confirmados.

Vacina: aplicação e contraindicações

A vacina, que já foi aprovada por autoridades sanitárias como a FDA (Food and Drug Administration), nos Estados Unidos, e a Agência Europeia de Medicamentos, é do tipo recombinante atenuada, administrada em dose única e indicada para adultos a partir de 18 anos em situação de maior risco de exposição ao vírus.

No entanto, o imunizante é contraindicado para gestantes e pessoas imunocomprometidas.

Inicialmente, a produção será feita na Alemanha pela empresa IDT Biologika GmbH, mas a tecnologia será gradualmente transferida para o Brasil, onde o Instituto Butantan assumirá a fabricação.

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Imunizante foi desenvolvido com tecnologia do Instituto Butantan – Imagem: shutterstock/Numstocker

Segundo o Ministério da Saúde, essa transferência é estratégica para garantir autonomia na produção e distribuição do imunizante no país.

Com o avanço do processo regulatório e a possível aprovação da Conitec, o governo pretende disponibilizar a vacina como parte de uma estratégia nacional de combate às arboviroses, que vêm apresentando índices crescentes ano após ano.

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Anvisa aprova primeira vacina contra a Chikungunya

Uma vacina recombinante atenuada contra a Chikungunya, desenvolvida pela farmacêutica austríaca Valneva, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Este é o primeiro imunizante autorizado para uso contra a doença no Brasil.

Aplicada em dose única, a vacina poderá ser utilizada em pessoas com 18 anos ou mais, que estejam em risco aumentado de exposição ao vírus. 

Por outro lado, ela é contraindicada para mulheres grávidas, pessoas imunodeficientes ou imunossuprimidas.  

Butantan será responsável pela produção da vacina

A vacina IXCHIQ induziu uma produção robusta de anticorpos neutralizantes contra o vírus Chikungunya em estudos clínicos que avaliaram adultos e adolescentes dos EUA e do Brasil. O público-alvo recebeu uma dose do imunizante durante os experimentos.

Anvisa considerou imunizante eficaz e seguro (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

De acordo com a Anvisa, a vacina contra o vírus demonstrou ser segura. A fabricação do imunizante será feita na Alemanha, pela empresa IDT Biologika GmbH. Já aqui no Brasil, o Instituto Butantan será o responsável pela produção no futuro.

Lembrando que a IXCHIQ já havia sido aprovada por outras autoridades internacionais, como a Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para a prevenção da Chikungunya. 

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Chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue (Imagem: khlungcenter/Shutterstock)

Vírus já está presente em todas as regiões brasileiras

  • A Chikungunya é uma arbovirose transmitida pela picada de fêmeas infectadas do mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue.
  • O vírus chegou ao continente americano em 2013 e provocou uma epidemia em países da América Central e ilhas do Caribe.
  • Com o tempo, avançou também para o território brasileiro.
  • No segundo semestre de 2014, por exemplo, o Brasil confirmou, por métodos laboratoriais, a presença da doença nos estados do Amapá e Bahia.
  • Atualmente, todos os estados registram transmissão do vírus.
  • De acordo com o balanço mais recente do Ministério da Saúde, foram identificados cerca de 66 mil casos de Chikungunya no país neste ano.
  • Ainda foram confirmadas 56 mortes pela doença e outras 53 estão sob investigação das autoridades.

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