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Seu celular pode virar um detector portátil de doenças

Imagine apontar o celular para uma pinta suspeita e, em segundos, saber se ela representa algum risco. Cientistas da Georgia State University estão desenvolvendo uma tecnologia que transforma o smartphone em um detector portátil de doenças — tudo com um escaneamento por infravermelho.

A pesquisa, liderada pelo físico Unil Perera e destacada pelo portal Medical Xpress, utiliza a tecnologia ATR-FTIR, um tipo de espectroscopia baseada em luz infravermelha. Essa técnica permite identificar alterações moleculares em tecidos humanos de forma rápida, indolor e sem necessidade de equipamentos complexos. Em poucos segundos, um sensor acoplado ao celular poderia indicar possíveis sinais de doenças como o melanoma, diretamente na tela.

Além disso, os pesquisadores pretendem ampliar o alcance da tecnologia. Já há indícios de que o método pode detectar outras condições clínicas, como linfomas e colite. O plano de Perera é ousado: transformar o celular em um laboratório pessoal, capaz não apenas de diagnosticar precocemente, mas também de monitorar a evolução da doença e a resposta ao tratamento.

Acompanhamento em tempo real pode revolucionar a medicina preventiva

Agora, a equipe se concentra em um novo desafio: acompanhar o avanço de doenças dia após dia. Para isso, Perera trabalha na definição de parâmetros que permitam medir com precisão a progressão de um quadro clínico. Com essa base, seria possível verificar rapidamente se um tratamento está surtindo efeito — ou se precisa de ajustes antes que o problema se agrave.

Smartphones agora acompanham sinais de saúde em tempo real, transformando o celular em aliado no diagnóstico precoce (Imagem: Kampan/Shutterstock)

O diferencial da espectroscopia ATR-FTIR está na sua capacidade de coletar dados moleculares detalhados sem recorrer a exames invasivos. Segundo Perera, a ideia é integrar essa tecnologia a dispositivos comuns do cotidiano, como os próprios smartphones. Dessa forma, qualquer pessoa poderia analisar sinais do corpo sem sair de casa.

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Se a proposta se concretizar, ela poderá transformar completamente a forma como as doenças são diagnosticadas. De resfriados a tipos mais graves de câncer, o futuro do diagnóstico pode caber no bolso.

Tecnologia aproxima ciência e vida cotidiana

O avanço desse tipo de diagnóstico portátil revela como a ciência aplicada está cada vez mais presente no dia a dia. Pesquisas que antes exigiam laboratórios especializados agora apontam soluções acessíveis, baseadas em dispositivos populares como o celular.

Celulares e Medicina.
Tecnologia aproxima ciência do cotidiano ao transformar o celular em ferramenta de diagnóstico portátil (Imagem: TippaPatt/Shutterstock)

Essa inovação só se torna possível graças à colaboração entre diversas áreas do conhecimento. Física, biologia, engenharia e ciência de dados se unem para interpretar com precisão os sinais emitidos pelo corpo humano, tudo sem a necessidade de métodos invasivos.

O resultado vai além da detecção de doenças. A tecnologia também permite acompanhar a evolução dos quadros clínicos e avaliar, em tempo real, a eficácia dos tratamentos. Assim, abre-se caminho para uma nova era da medicina preventiva: mais acessível, personalizada e guiada por dados confiáveis.

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5 motivos pelos quais as IAs ainda não substituem a pesquisa no Google

Os softwares de inteligência artificial disponíveis são uma ótima opção para ajudar os usuários a buscar por informações na internet. Contudo, essas plataformas dificilmente vão substituir totalmente as pesquisas feitas no Google. Por mais que elas estejam em constante atualização e ofereçam cada vez mais recursos, o buscador ainda continua sendo usado com mais frequência.

São milhões de pessoas ao redor do mundo que recorrem ao Google para fazer pesquisas. Além disso, apesar do avanço tecnológico, muitas das IAs ainda continuam apresentando algumas inconsistências e, de forma geral, são menos acessíveis do que a ferramenta da empresa que virou até sinônimo de buscas pela internet.

Pensando nisso, separamos uma lista com cinco motivos que fazem com que as ferramentas de inteligência artificial ainda não tomarem o lugar totalmente das pesquisas feitas pelo Google. Veja abaixo!

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5 motivos pelos quais as IAs ainda não substituem a pesquisa no Google

Plataformas de IA são menos acessíveis do que o Google

As ferramentas de IA ainda não são totalmente acessíveis para toda a população, principalmente entre quem possui menos conhecimento ou interesse pela área de tecnologia. (Imagem: Saradasish Pradhan/Unsplash)

Quando comparadas com o Google, até o momento, as ferramentas de IA são menos acessíveis do que o buscador, o que contribui para sua popularidade por tanto tempo.

Ainda que as plataformas de inteligência artificial se popularizem cada dia mais, recebendo avanços e incentivos frequentes, elas ainda não são totalmente acessíveis para toda a população. E isso acontece principalmente entre quem possui menos conhecimento ou interesse pela área de tecnologia.

Sendo assim, para que as IAs sejam concorrentes de fato do Google, elas precisam chegar a uma parcela muito maior da população. Isso precisa ser feito através da criação de um apelo em massa, para que essas plataformas sejam usadas como mecanismos de busca que são capazes de disputar com o buscador.

IAs podem oferecer resultados mais imprecisos

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As IAs também podem mostrar resultados imprecisos ou ambíguos, um ponto muito importante para quem busca informações confiáveis. (Imagem: bertellifotografia/Pexels)

As IAs também podem mostrar resultados imprecisos ou ambíguos, um ponto muito importante para quem busca informações confiáveis para diversos fins. Isso faz com que as respostas pareçam não ser tão confiáveis quando comparadas com as fornecidas pelo Google, gerando até mesmo uma desconfiança para o usuário. Caso o usuário utilize a IA para fazer buscas, uma dica é verificar com uma segunda pesquisa no Google.

Isso não significa que o Google seja um mecanismo de busca totalmente perfeito e livre de possíveis erros. Entretanto, a plataforma é capaz de fazer uma checagem dos fatos com mais qualidade do que as IAs, evitando assim as informações imprecisas. Assim, o buscador popular acaba oferecendo respostas mais confiáveis para pesquisas a respeito de diferentes assuntos.

Buscadores de ferramentas de IA podem ficar desatualizados

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(Imagem: Jonathan Kemper/Unsplash)

Encontrar resultados atualizados é um dos maiores desafios ao usar uma ferramenta de inteligência artificial para buscas online. Quando se faz uma pesquisa, pode acontecer de a IA retornar com alguns dados de fontes que não tiveram atualização recente, o que pode gerar menos confiança e credibilidade na resposta.

Em contrapartida, as pesquisas feitas de forma clássica através do Google contam com informações atualizadas frequentemente. Quando o usuário faz uma busca, a plataforma exibe resultados atuais, com publicações de diferentes formatos que foram postados recentemente, aparecendo nas primeiras posições da página de resultados, que é chamada de SERP. Dessa forma, vemos que a atualização é um fator importante ao fazer pesquisas na internet.

O hábito dos internautas que usam o Google é difícil de mudar

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Muitas pessoas se acostumaram a usar o Google para encontrar informações de trabalho, estudos, lazer e muitas outras áreas. (Imagem: Olhar Digital)

O Google é o buscador mais famoso do mundo, que se tornou um padrão de mecanismo de pesquisa a partir do início dos anos 2000. Por conta disso, muitas pessoas se acostumaram a usar o buscador para encontrar informações de trabalho, estudos, lazer e muitas outras áreas. E, depois de tantos anos, é bastante complicado mudar o hábito dos usuários que já usam o Google naturalmente para pesquisar na web.

Ainda que as ferramentas de busca de IA cheguem a mais pessoas ao longo do tempo, não existe garantia de que a maior parte das pessoas vai aderir a elas para fazer buscas, a menos que elas se tornem muito mais fáceis de usar do que o buscador.

É o mesmo que acontece para quem continua, por exemplo, optando por ler revistas e jornais impressos ou assistindo TV, em vez de utilizar serviços de streaming e conteúdos digitais.

A interface do Google é mais fácil e simples de usar

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O Google tem um layout simples e fácil de usar, com uma interface que ajuda a manter sua popularidade. (Imagem: Proxima Studio/Shutterstock)

Outro ponto forte do Google é seu layout simples e fácil de usar, com uma interface que ajuda a manter sua popularidade. Isso porque os usuários precisam apenas acessar a plataforma e usar a barra de pesquisa para digitar o que querem buscar, apertando um Enter para que os resultados sejam exibidos em forma de lista.

Por outro lado, as ferramentas de busca de IA são mais complexas quando comparadas com o buscador do Google. Para ter melhores resultados, os usuários precisam aprender a iniciar as conversas, escrever os comandos corretos, “aquecer” a interação, além de entender como funciona a interface e recursos que as plataformas oferecem.

Todos esses pontos podem ser responsáveis pela criação de mais resistência por parte das pessoas ao escolherem as IAs quando querem buscar informações na internet.

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Como a China digitalizou a sua economia em apenas 30 anos

Atualmente, a China é um dos países com maior nível de digitalização da economia. Um processo que durou três décadas e exigiu muito planejamento e investimentos na busca de aplicações tecnológicas que permitam a inclusão e o acesso amplo, melhorando a vida da população nas áreas urbanas e rurais.

O resultado destes esforços é nítido. Os chineses já estão na vanguarda de áreas como a inteligência artificial e a disseminação das novas gerações de redes de internet móvel, competindo com empresas dos Estados Unidos.

Atualmente, 100% das cidades chinesas têm cobertura da rede 5G

Em entrevista ao Jornal da Unicamp, Qiu Zeqi, professor da Universidade de Pequim, explicou que a digitalização da China é amparada, principalmente, no tripé disponibilidade de infraestrutura, difusão das aplicações tecnológicas e resultados eficientes. Desde que o país se conectou à internet, em 1994, o governo chinês criou políticas públicas para fomentar o desenvolvimento do setor digital. Uma delas foi a criação de um grupo para tratar da informatização, dentro do Conselho de Estado, em 1996.

Em 2023, a economia digital representava 42% do Produto Interno Bruto (PIB) da China, um movimento crescente com impactos em todas as esferas da sociedade, abrangendo o produtor agrícola, o usuário doméstico, as empresas, os governos e a internet das coisas.

5G se tornou a principal infraestrutura de serviço de conexão na China (Imagem: MARHARYTA MARKO/iStock)

Como consequência, grandes empresas do setor tecnológico nasceram no país, na criação e no desenvolvimento de produtos, na prestação de serviços, no comércio eletrônico e em redes de telecomunicações, entre outros. Atualmente, 100% das cidades chinesas têm cobertura da rede 5G, alcançando 71% dos cidadãos chineses, enquanto apenas 51% da população mundial está conectada a essa tecnologia de redes móveis.

O 5G se tornou a principal infraestrutura de serviço de conexão na China. A cobertura total com alta velocidade e custo acessível é a principal política do governo chinês. É por isso que a inclusão é a base da política da digitalização da China.

Qiu Zeqi, professor da Universidade de Pequim

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Logo do DeepSeek em um smartphone; ao fundo, parte da bandeira da China desfocada
Lançamento do DeepSeek faz parte dos esforços chineses (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)

IA pode preencher lacunas que ainda existem

  • No âmbito governamental, mais de um bilhão de cidadãos chineses são usuários das plataformas digitais do governo, que disponibiliza mais de 10 mil serviços online.
  • Apesar dos números impressionantes, ainda são necessárias melhorias.
  • Para Qiu, as províncias do leste da China estão mais à frente nesse processo de digitalização em relação às do oeste.
  • Mas a chegada do DeepSeek e os investimentos pesados em inteligência artificial podem impulsionar ainda mais os chineses tecnologicamente.
  • O professor destacou que, atualmente, há iniciativas na China empregando a IA para integrar as diversas formas de medicina tradicional chinesa com a medicina moderna e para melhorias no transporte inteligente, com veículos autônomos e gestão do tráfego para redução de acidentes e aumento da eficiência, proporcionando contribuições significativas para as cidades inteligentes.

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Ansiedade e tecnologia: 6 dicas para usar eletrônicos e se sentir mais calmo

A ansiedade é considerada um problema de saúde pública global, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, e que teve um aumento considerável depois da pandemia de COVID-19. Somada à depressão, formam os transtornos mentais mais comuns, representando 60% dos casos.

No Brasil, estima-se que 18,6 milhões de pessoas convivam com a ansiedade, liderando o ranking mundial, de acordo com dados da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde). Entre elas, existem os indivíduos que sofrem com uma condição específica: a ansiedade digital, um estado emocional de preocupação excessiva causada pelo uso extremo de dispositivos eletrônicos.

Entretanto, mesmo que os aparelhos eletrônicos possam ter um efeito nocivo e aumentar o quadro de ansiedade, eles também podem ser usados de forma benéfica, ajudando a diminuir os sintomas do transtorno e fazendo o indivíduo se sentir mais calmo. Veja abaixo algumas dicas de como utilizar eletrônicos para diminuir a ansiedade.

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6 hábitos para praticar com eletrônicos e diminuir a sua ansiedade

1- Use aplicativos de bem-estar

Aplicativos podem ajudar em momentos de estresse e ansiedade. Reprodução:
Rami Al-zayat/Unsplash

Existem aplicativos, muitas vezes gratuitos, que podem ajudar a manter o bem-estar e retomar a calma em momentos de ansiedade. Alguns deles oferecem meditações guiadas, histórias para dormir, exercícios de alongamento, músicas relaxantes e, até mesmo, programas de respiração. Aplicativos como o Calm, o Headspace e o Zen são bons exemplos.

Também é possível encontrar playlists com meditação e sons relaxantes em aplicativos como o Spotify e o YouTube, que contam com uma grande variedade de recursos para acalmar e relaxar.

2 – Divirta-se com jogos eletrônicos

Pessoa jogando games no computador com o monitor a frente
Crédito: Arsenii Palivoda (Shutterstock/reprodução)

Videogames podem ser uma ótima opção para ajudar a reduzir a ansiedade, porém, é preciso usar com sabedoria. Opte por jogos que não te deixem tenso ou irritado, principalmente se for jogar à noite, perto da hora de dormir. Também é muito importante saber dosar o tempo que passa em frente aos consoles, para que a prática não crie conflitos e nem atrapalhe outras áreas da sua vida.

Se você tiver um aparelho portátil, como o Nintendo Switch, pode ser ainda melhor, uma vez que é possível jogar em diversos locais ou situações, como forma de escapar da rotina e se distrair em meio a ambientes estressantes.

3 – Aproveite configurações do celular, como modo Foco e Sleep Focus do iPhone

Use recursos do celular para ajudar a manter o foco ou a dormir melhor. (Imagem: Reprodução/Apple)

Os celulares atualmente já contam com recursos nativos para uma melhor utilização dos aparelhos, como modos de foco, que permitem que apenas aplicativos e contatos selecionados sejam usados enquanto ele está ativado.

Também existe formas de deixar a tela mais aconchegante, com tons mais quentes para ser usado a noite e ajudar a não prejudicar o sono, além do modo Sleep Focus, que é uma função do iPhone que ajuda a reduzir distrações antes e durante o sono. Ele também pode filtrar chamadas e notificações, além de sinalizar para os outros que você não está disponível.

4 – Use automações domésticas para relaxar

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Aproveite a tecnologia para deixar a casa mais aconchegante. (Imagem: pianodiaphragm
/Shutterstock)

Se você tem uma casa inteligente e automatizada, como lâmpadas que podem ser acionadas à distância e uma assistente virtual, por exemplo, pode utilizar os dispositivos integrados para aliviar a ansiedade. É possível reproduzir sons calmantes, como sons de chuva e do mar, já que a Alexa, a Siri e o Google Assistente/Gemini oferecem sons da natureza em loop gratuitamente.

A automação de luzes permite a escolha de tons de iluminação que acalmam, ajudando a criar um ambiente aconchegante, assim como a configuração para fechar as cortinas em determinado horário. Seguindo esse exemplo, há ainda como controlar a temperatura, programando termostatos ou ar-condicionado para deixar o espaço ideal.

5 – Veja os dispositivos como aliados para facilitar sua vida, mas sem ficar dependente deles

Imagem mostrando dispositivos eletrônicos sob uma cama e um caderno de anotações de papel
Use a tecnologia a seu favor, sem depender 100% dela. (Imagem: Lucas Gabriel MH)

Aparelhos como smartphones, smartwatches e tablets podem ser ótimos aliados para organizar a vida e ajudar no dia a dia, tanto na vida pessoal, quanto na profissional. Aproveite aplicativos, gadgets e outros para agendar compromissos, encontrar o melhor trajeto, planejar uma viagem, entre outras funções.

É importante tentar não ficar dependente deles, utilizando outras formas de se organizar na rotina, como agendas, planners e blocos de anotação, para também ter uma interação “offline”. Porém, tente aproveitar a tecnologia com o melhor que ela tem a oferecer, em vez de se tornar “escravo” dela.

6 – Consuma informações online de forma consciente

Imagem mostrando usuário mexendo em um tablet
Selecione as informações que você consome no dia a dia. (Imagem: Pexels)

A modernização da internet facilitou o acesso das pessoas aos mais diversos tipos de informações, sejam elas atuais, antigas, verdadeiras ou falsas. Isso pode ser bom, já que permite que mais usuários fiquem informados, porém, também pode ser prejudicial, uma vez que o excesso de notícias pode causar ansiedade.

Para evitar gatilhos e ajudar a manter a calma, é importante filtrar o tipo de informação que chega a você. Procure bloquear conteúdos que não trazem bem-estar, tente sempre confirmar se as notícias vistas são verdadeiras, e priorize consumir mais conteúdos positivos.

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