CO2

Vilão das mudanças climáticas pode virar aliado na produção de combustíveis renováveis

Os gases de efeito estufa são grandes vilões no contexto das mudanças climáticas.

Mas pode ser possível transformá-los em combustíveis renováveis a partir de um processo denominado hidrogenação do dióxido de carbono (CO2).

De acordo com os cientistas responsáveis por esta conclusão, isso poderia gerar metanol e metano. Além disso, podem ser formados hidrocarbonetos de cadeias maiores, que podem ser usados como gasolina ou combustível de aviação.

Combustíveis fósseis podem ajudar a limpar o planeta

  • A ideia dos cientistas era encontrar formas de potencializar as alternativas sustentáveis aos combustíveis fósseis tradicionais.
  • Segundo eles, em vez de vê-lo como um resíduo, podemos capturar o CO2 de fontes industriais ou até mesmo diretamente do ar e usá-lo como um valioso bloco de construção de carbono.
  • Em outras palavras, isso significaria mudar completamente a nossa relação com o dióxido de carbono.
  • As descobertas foram descritas em estudo publicado na revista Science.
Dióxido de carbono pode virar combustível renovável (Imagem: Krivosheev Vitaly/Shutterstock)

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Hidrogenação do CO2 é esperança para o futuro

Os pesquisadores explicam que a superfície das partículas catalíticas captura as moléculas de CO2 e hidrogênio, enfraquecendo as ligações fortes que as mantêm unidas.

Este processo permite que os átomos se reorganizem e formem novas ligações, criando os produtos desejados.

A hidrogenação do CO2 pode fornecer combustíveis limpos para setores nos quais a eletrificação é considerada um grande desafio, como a aviação e o transporte marítimo.

A chave para isso está no desenvolvimento de catalisadores mais eficazes, caso do dióxido de carbono.

Emissões de gases de efeito estufa são um grande problema (Imagem: AYDO8/Shutterstock)

De acordo com o estudo, “avançando na hidrogenação do CO2, podemos reduzir as emissões de gases de efeito estufa, especialmente quando usamos energia renovável para impulsionar o processo”. No entanto, existem vários problemas a serem superados.

Isso porque a tecnologia utilizada para converter o gás de efeito estufa em combustível limpo pode gerar impactos negativos para o meio ambiente. Dessa forma, ainda seria necessário desenvolver métodos mais avançados para colocar a nova descoberta em prática.

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Japão compra jatos da Embraer — e quer combustível brasileiro

A Embraer fechou acordo com a principal empresa japonesa do setor aéreo que vai render R$ 10 bilhões à companhia brasileira. A companhia All Nippon Aiways optou por 15 modelos E-190 e informou que pretende adquirir outras cinco aeronaves em um futuro breve.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira (26) pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, que participa de uma comitiva no país asiático. Segundo ele, o contrato sela a confiança dos japoneses, abrindo caminho para parcerias com outras nações.

“Com a venda dos aviões para os mercados internacionais, precisaremos preparar mão-de-obra brasileira, estruturando nosso grande plano de preparar nossos jovens para esse novo mercado de trabalho da aviação”, disse o ministro.

Embraer quer ampliar participação no mercado internacional (Imagem: Embraer/Divulgação)

Além disso, há conversas entre Embraer e investidores para o desenvolvimento da aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL), popularmente conhecido como “carro voador”. A companhia brasileira fechou uma joint venture com uma empresa japonesa para produzir os motores elétricos.

O plano é disponibilizar esse tipo de veículo para o mercado até o final de 2027. Regiões com trânsito intenso, como São Paulo, Los Angeles ou Nova York, seriam priorizadas.

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De olho no futuro

O governo brasileiro diz que avançou nas negociações para venda do Combustível Sustentável de Aviação (SAF) ao setor de aviação japonês, garantindo uma alternativa ao combustível de origem fóssil.

Governo brasileiro diz que avançou nas negociações para venda do Combustível Sustentável de Aviação (Imagem: Embraer/Divulgação)

O etanol produzido a partir da cana-de-açúcar tem sido promovido pela comitiva como uma opção sustentável que pode ser obtida também de resíduos da agricultura, óleo de cozinha usado, gorduras e milho, entre outros, puros ou misturados.

“O SAF é um combustível que é constituído de etanol. Portanto, é significativo para indústria do agronegócio brasileiro. Além disso, estamos trabalhando ao lado de todos os ministros do Japão, inclusive o primeiro-ministro, para que 10% do combustível aqui no Japão seja feito de etanol”, informou o ministro Silvio Costa Filho.

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