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Como hackers enriqueceram um dos países mais isolados do mundo

A Coreia do Norte é um dos países mais fechados do mundo. Por conta disso, tornou-se também um dos mais pobres. No entanto, a ação de hackers patrocinados pelo governo de Kim Jong-un tem sido vital para manter o regime de pé.

Estes cibercriminosos conseguiram roubar e acumular bilhões de dólares em criptomoedas nos últimos anos.

Estes ataques foram tão bem sucedidos que colocaram a Coreia do Norte no ranking de nações com as maiores reservas de tokens digitais do mundo.

Complexo esquema criminoso foi criado

Segundo a plataforma de criptomoedas Arkham Intelligence, a Coreia do Norte conta hoje com a terceira maior reserva de ativos digitais do planeta. O país só fica atrás dos Estados Unidos e do Reino Unido no quesito. Agências globais de segurança, como o FBI, já alertaram publicamente que hackers patrocinados pelo regime norte-coreano estão por trás de vários ataques a plataformas de criptomoedas. Apesar dos avisos, as empresas seguem vulneráveis.

Regime norte-coreano patrocina ação dos hackers (Imagem: Stephen A. Rohan/Shutterstock)

Ao mesmo tempo, as ações dos hackers estão cada vez mais sofisticadas. A Coreia do Norte emprega uma ampla gama de técnicas de ataque cibernético, mas se tornou especialmente conhecida por sua habilidade em engenharia social. Esta técnica de manipulação é usada para obter informações privadas por meio da exploração de erros humanos. Muitas das operações envolvem a infiltração em dispositivos de funcionários e, em seguida, o uso desse acesso para violar sistemas internos das empresas.

Os hackers norte-coreanos se passam por investidores de risco, recrutadores ou trabalhadores remotos de TI para criar confiança e violar as defesas das companhias. Os principais alvos são startups de criptografia, bolsas de valores e plataformas de finanças descentralizadas, devido a seus protocolos de segurança que são frequentemente menos desenvolvidos.

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Criptomoedas
Coreia do Norte tem a terceira maior reserva de criptomoedas do mundo (Imagem: Wit Olszewski/Shutterstock)

Criptomoedas salvaram o regime

  • A escolha pelo roubo de criptomoedas foi uma forma do regime da Coreia do Norte depender menos de transações arriscadas, como o contrabando de narcóticos e produtos falsificados ou o fornecimento de instrutores militares para nações africanas.
  • Estas ações geravam recursos financeiros importantes para o país, mas nada comparado ao atual esquema.
  • Para Park Jungwon, professor de direito da Universidade de Dankook, na Coreia do Sul, as criptomoedas salvaram o regime norte-coreano.
  • Ele afirma que “sem elas, eles teriam ficado completamente sem fundos”.
  • Ainda destaca que o país investiu de forma pesada no treinamento dos melhores hackers.
  • Todo o dinheiro roubado nas operações vai direto para o governo e acredita-se que esteja sendo gasto em armas e maior tecnologia militar.
  • As informações são da DW.

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Espiões da Coreia do Norte estariam infiltrados em empresas de TI da Europa

Autoridades do mundo todo tem aumentado os investimentos para combater atos de espionagem. Neste cenário, a Coreia do Norte é um dos países que mais preocupa. Um temor confirmado por um novo relatório divulgado pelo Google Threat Intelligence Group (GTIG).

Segundo o trabalho, agentes norte-coreanos que se apresentam como trabalhadores remotos de TI estão se infiltrando cada vez mais em empresas da Europa.

Isso aumenta o risco de espionagem corporativa e de roubo de dados sensíveis.

Espiões buscam atuar em setores de defesa e governo

  • O relatório aponta que, embora os EUA continuem sendo o principal alvo da espionagem norte-coreana, os chamados de “guerreiros de TI” têm expandido suas atividades para outros países, com foco agora na Europa.
  • O regime de Kim Jong-un também está usando táticas cada vez mais sofisticadas, como a intensificação da extorsão, para colocar seus agentes dentro das organizações.
  • Citando um exemplo, o documento observa o caso de um suposto trabalhador que teria procurado emprego em várias organizações na Europa, particularmente dos setores de defesa e governo.
  • O agente mentiu sobre referências e construiu relacionamentos com diversos recrutadores de empregos.
  • Os pesquisadores ainda identificaram um portfólio diversificado de projetos no Reino Unido realizados por trabalhadores de TI norte-coreanos.
  • Eles incluem desenvolvimento de bots, sistemas de gerenciamento de conteúdos e tecnologia blockchain.
Espiões norte-coreanos fingem ser profissionais de TI (Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock)

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Europa pode estar ameaçada

O relatório também aponta que os trabalhadores supostamente usam táticas enganosas, como alegar falsamente nacionalidades de países como Itália, Japão, Malásia, Cingapura, Ucrânia, EUA e Vietnã. A partir disso, conseguiriam as vagas.

Esses espiões foram recrutados por várias empresas por meio de plataformas online, incluindo Upwork, Telegram e Freelancer. A conclusão dos especialistas em segurança cibernética é que estes “guerreiros de TI” possam estar sob maior pressão, levando-os a adotar medidas mais agressivas para concluir suas missões.

Regime de Kim Jong-un estaria por trás da rede de espionagem (Imagem: trambler58/Shutterstock)

Por fim, o documento alerta que a política de algumas empresas estaria favorecendo atos de espionagem. Ao contrário dos laptops corporativos que podem ser monitorados, os dispositivos pessoais (que tem seu uso incentivado por algumas companhias), são mais difíceis de rastrear, criando potenciais ameaças.

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Coreia do Norte testa drone “suicida” equipado com IA

Nos últimos meses, a Coreia do Norte tem dado sinais de que está avançando em seus projetos de desenvolvimento de novas armas tecnológicas. As prioridades do regime norte-coreano têm sido o controle de aeronaves não tripuladas e inteligência artificial.

E, de acordo com a rede de notícias estatal KCNA, Kim Jong Un teria dado um passo importante neste sentido. Nos últimos dias, o líder do país supervisionou testes de drones suicidas equipados com sistemas de IA.

Não foi detalhada a capacidade de destruição do armamento

  • De acordo com a imprensa norte-coreana, estes drones são capazes de fazer reconhecimento de múltiplos alvos táticos. 
  • Eles ainda podem ser utilizados para vigilância de atividades inimigas em continente ou nos mares.
  • O governo da Coreia do Norte classificou os dispositivos como “suicidas”.
  • Imagens divulgadas mostram os drones explodindo ao colidir com veículos militares.
  • No entanto, não foi detalhada a capacidade de destruição do armamento.
  • As informações são da Reuters.
Kim Jong Un supervisionou testes do armamento (Imagem: KCNA)

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Coreia do Norte tem recebido apoio tecnológico da Rússia

O regime da Coreia do Norte também está desenvolvendo uma aeronave de alerta aéreo antecipado. Ela tem quatro motores e um domo de radar anexo à fuselagem, o que melhoraria seu sistema de defesa aéreo.

Este novo equipamento permitiria que os norte-coreanos rastreassem ameaças como drones e mísseis de cruzeiro com mais eficiência. Esta possibilidade preocupa países ocidentais, especialmente em função da proximidade do regime de Kim Jong Un com Rússia e China.

Drone suicida da Coreia do Norte atingindo alvo (Imagem: KCNA)

Imagens de satélite já haviam reportado que a Coreia do Norte estava trabalhando em converter a aeronave de carga russa Il-76 em um equipamento de alerta aéreo. O Kremlin também já forneceu mísseis antiaéreos e outros equipamentos de defesa aérea ao país.

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