IA prevendo assassinatos? Reino Unido analisa tecnologia “Minority Report”

A ideia parece roteiro de filme de ficção (literalmente), mas é real. Um sistema com inteligência artificial (IA) prevendo se uma pessoa pode cometer um assassinato está em desenvolvimento pelo governo do Reino Unido. Basicamente, o programa do Ministério da Justiça britânico usa dados policiais e governamentais para tentar prever a probabilidade de um indivíduo tirar a vida de alguém.

Isso é bem semelhante ao filme “Minority Report”, de 2002, dirigido por Steven Spielberg e estrelado por Tom Cruise. Nele, um departamento especial conseguia antecipar crimes, mas também contava com a ajuda de humanos com poderes psíquicos. No caso, o Reino Unido quer usar IA e bancos de dados para fazer algo similar (sem auxílio de humanos mutantes, claro).

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O “Projeto de Previsão de Homicídios” utiliza informações do Computador Nacional da Polícia e outros bancos de dados detalhados. O objetivo é revisar características pessoais, histórico criminal, avaliações de risco feitas por oficiais de liberdade condicional e até registros de saúde mental e dependência química para identificar padrões que possam indicar riscos de homicídio.

Segundo documentos obtidos pela instituição beneficente britânica Statewatch, o Ministério da Justiça local afirma que este trabalho é apenas para fins de pesquisa. Ainda assim, levanta preocupações éticas importantes. Especialistas temem que ferramentas como essa possam reforçar preconceitos estruturais ao traçar perfis de indivíduos como potenciais criminosos violentos.

Prevendo discriminação

Como traz a reportagem do Euronews, Sofia Lyall, pesquisadora da Statewatch, alerta que a iniciativa pode ser profundamente invasiva. A instituição produz e promove pesquisas críticas, análises políticas e jornalismo investigativo para informar debates, movimentos e campanhas sobre liberdades civis, direitos humanos e padrões democráticos.

Para Lyall, usar dados tão sensíveis sobre saúde mental, vício e deficiência é alarmante. A pesquisadora pede ao governo que abandone o desenvolvimento dessa ferramenta e invista em serviços de bem-estar social mais humanizados – e que realmente atuem de modo responsável.

Essa ideia de IA prevendo assassinatos e crimes de um modo geral já foi vista em outros lugares. Já houve notícias nesse sentido na China, na Índia e nos Estados Unidos, por exemplo.

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Existe uma trava que protege ‘cérebro’ de carros contra furtos

Criminosos exploram brechas de módulos eletrônicos para roubar carros. Entre eles, está a ECU – o “cérebro” do veículo. Ao “contaminá-lo” com uma espécie de vírus, a peça pode autorizar a partida do motor – mesmo se ele for ligado por um ladrão. Mas existe uma trava para protegê-la.

A trava antifurto da ECU é um método híbrido por meio do qual se tranca o computador do carro, no sentido literal mesmo. O objetivo é impedir a transformação do componente numa espécie de parasita dos criminosos.

ECU é o ‘cérebro’ do carro – e criminosos conseguem injetar vírus para transformá-lo em parasita

A ECU (Engine Control Unit) gerencia e monitora diversos sistemas, principalmente o motor e a injeção eletrônica do veículo. Entre esses sistemas, está o responsável por dar a partida por meio do botão que substitui a chave tradicional.

A ECU gerencia e monitora diversos sistemas, principalmente o motor e a injeção eletrônica (Imagem: Filippo Carlot/Shutterstock)

O que criminosos fazem? Roubam a ECU, a “contaminam” com uma espécie de vírus e a colocam de volta no carro. Assim, podem usá-la como “chave fria” para autorizar a partida do motor. É o que explicou um engenheiro, em off, ao UOL Carros. Ele trabalha com segurança automotiva.

  • Existem injetores de vírus para ECUs por R$ 30 mil, descobriu Ken Tindell, outro especialista do setor, ao ajudar um colega numa investigação, segundo o site.

Injetores de vírus podem ser disfarçados. Tindell comprou um com cara de caixinha da JBL, por exemplo.

Ao apertar play, a caixinha enviava sinais para a “tubulação eletrônica” de veículos da Toyota. A brecha era o chip que acendia os faróis altos automaticamente ao escurecer.

Já a falha era: ao entrar no circuito de comunicação, o dispositivo invasor dava ordens consideradas legítimas, sem contestação, pelo veículo.

Trava antifurto da ECU: pequena e eficiente

Imagem de trava para evitar roubo de ECU de carros
Trava antifurto da ECU tem 20 centímetros de comprimento e é feita de metal (Imagem: Reprodução)

Feita de metal, a trava antifurto da ECU tem 20 centímetros de comprimento. Ela tranca a caixa onde ficam centrais eletrônicas importantes. Assim, fica praticamente impossível retirar o “cérebro” do carro para infectá-lo.

Alguns modelos já vêm com essa trava de fábrica. Mas, segundo o site, dá para comprá-la pela internet caso seu carro não tenha a peça. O preço varia de R$ 50 a R$ 100.

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Além disso, existem empresas – no Brasil, inclusive – que oferecem a trava em pacotes contra ameaças cibernéticas.

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