Uma enorme rocha espacial mais ou menos do tamanho de um prédio de 37 andares (ou quase três vezes a altura do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro) está passando “perto” da Terra nesta quarta-feira (16). Com cerca de 120 metros de diâmetro, o asteroide 2011 VG9 viaja pelo espaço a mais de 85 mil km/h.
No momento de maior aproximação, às 9h24 (pelo horário de Brasília), ele chegou a 4,6 milhões de km do planeta. Embora pareça muito (e de fato é), essa distância está dentro do limite de 7,5 milhões de km usado pela NASA para classificar corpos como “objetos próximos da Terra” (NEOs).
Apesar do tamanho e da velocidade, o 2011 VG9 não é classificado como um asteroide potencialmente perigoso. Para entrar nessa categoria, ele precisaria ter pelo menos 140 metros de largura.
Esse asteroide pertence ao grupo Apollo, que é formado por corpos celestes que cruzam a órbita da Terra. Eles são monitorados de perto, já que podem se aproximar demais do planeta. Mesmo que nem todos representem ameaça, o número elevado e suas órbitas variáveis deixam os cientistas em alerta constante.

E se este asteroide atingisse a Terra?
Se um objeto como o asteroide 2011 VG9 colidisse com a Terra, o impacto seria devastador. A energia liberada seria comparável à de dezenas de bombas atômicas, abrindo uma grande cratera, levantando poeira, gerando incêndios e causando destruição em larga escala.
Para termos uma noção, podemos pegar como exemplo o asteroide que caiu em Chelyabinsk, na Rússia, em 2013. Embora tivesse menos de 20 metros de diâmetro, foi capaz de ferir mais de 1.500 pessoas. Ou seja, um objeto seis vezes maior causaria danos muito mais sérios.
Apesar de não haver risco de colisão com a Terra, eventos como esse mostram a importância da defesa planetária. Um simples deslize nos cálculos ou uma alteração sutil na trajetória do objeto pode causar um desastre. Por isso, o monitoramento constante é essencial para a nossa segurança.
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Veja objetos próximos da Terra em tempo real
Diariamente, o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA disponibiliza um painel online informando quais são os cinco próximos asteroides que passarão perto da Terra. Nele, há uma ferramenta que permite monitorar NEOs em tempo real.
É possível acompanhar a localização exata de milhares de asteroides e cometas, as próximas cinco aproximações da Terra e explorar missões passadas, presentes e futuras a NEOs.
Esta visualização interativa usa dados do Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra (CNEOS) do JPL, que calcula órbitas de alta precisão para NEOs em apoio ao Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da NASA.
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