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Tomar café à noite é mesmo ruim e interfere no sono?

O café é um alimento muito popular pelo mundo, principalmente em forma de bebida. No Brasil, tomar um cafezinho pela manhã é essencial para a maioria das pessoas, para acordar e aumentar a disposição para enfrentar o dia que vem pela frente.

Inclusive, é bastante comum que o café também seja consumido em outros momentos ao longo do dia, como depois do almoço e no café da tarde. Contudo, é preciso tomar cuidado com o horário em que ele é consumido porque consumi-lo muito tarde pode atrapalhar o sono.

Isso porque a cafeína é famosa por ter propriedades estimulantes que nos mantém alerta, totalmente ao contrário de como o corpo espera ficar perto da hora de dormir. Dessa forma, um cérebro quimicamente mais estimulado — pelo café — terá dificuldades para dormir.

Então, vem a pergunta: quando devemos parar de beber o café durante o dia? Ou, então, o quão tarde você pode ingerir a bebida sem que ela seja prejudicial ao seu sono? Veja na matéria abaixo.

Tomar café à noite é mesmo ruim e interfere no sono?

A cafeína bloqueia os efeitos da adenosina, um químico natural do corpo que promove o desejo de dormir. Além disso, reduz os níveis de melatonina, o que pode interferir no sono. Por isso, tomar café à noite pode ser ruim.

Mulher assoprando café em uma xícara / Crédito: Pheelings media (shutterstock/reprodução)

Além disso, a substância encontrada no café pode, inclusive, aumentar os níveis de ansiedade nas pessoas. Sendo assim, vemos que a cafeína tem quase tudo o que é capaz de nos impedir de dormir.

Então, que horas é recomendado tomar a última xícara de café do dia? Antes de qualquer coisa, é preciso dizer que isso é bastante individual, dependendo do organismo de cada pessoa.

E muito disso é por conta da nossa genética, que faz com que algumas pessoas sejam capazes de metabolizar a cafeína mais rapidamente do que outras.

Quem metaboliza a cafeína lentamente, provavelmente deve evitar a cafeína noturna caso queira ter uma boa noite de sono, de acordo com o nutricionista Anthony DiMarino, em entrevista para a Cleveland Clinic.

De acordo com o profissional, pode levar de duas a 10 horas para que apenas metade dos efeitos da cafeína passem, e isso varia de pessoa para pessoa.

No entanto, especialistas em sono aconselham, no geral, que se você for para a cama por volta das 23h, o ideal é parar de tomar café por volta das 14h ou 15h, por exemplo. Por mais que pareça cedo, há algumas evidências de que beber cafeína por volta de seis horas antes de dormir já é o suficiente para que o sono sofra alterações.

Xícara de café e alguns grãos
Xícara de café e alguns grãos (Imagem: worradirek/Shutterstock)

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Já uma revisão de estudos publicada na revista Sleep chegou à conclusão de que, para evitar os efeitos da cafeína na hora de dormir, a última xícara precisa ser consumida cerca de 8,8 horas antes da pessoa ir para a cama.

Isso significa que, se você costuma dormir às 22h, o último café deve ser tomado idealmente logo depois do almoço, por volta das 13h.

Apesar de existir praticamente um consenso a respeito do horário máximo de consumo de café, o mesmo não vale para a quantidade a ser ingerida. E isso também tem a ver com as diferenças de metabolização da cafeína em cada organismo.

Ainda de acordo com o estudo, consumir uma xícara de café perto da hora de dormir diminui o tempo total de sono, e o impacto aumenta quanto mais próximo da hora de ir para a cama ele for ingerido.

O consumo da cafeína mais perto da hora de dormir reduz em cerca de 45 minutos o tempo de sono, diminuindo a eficiência do descanso em 7%, encurtando o tempo de sono profundo e aumentando o de sono leve.

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8 sinais que seu nível de açúcar no sangue está elevado – e quando buscar ajuda

O excesso de açúcar no sangue – condição conhecida como hiperglicemia – é um sinal de alerta importante para o desenvolvimento do diabetes e pode afetar várias partes do corpo de maneira significativa.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de casos de diabetes, com 16,8 milhões de adultos diagnosticados. A estimativa é ainda mais preocupante: até 2030, o número pode chegar a 21,5 milhões, segundo o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF).

A seguir, você confere 8 sinais que podem indicar níveis elevados de açúcar no organismo – e como isso pode impactar sua saúde. Vale lembrar: todas as informações aqui são baseadas em estudos e orientações de especialistas da área. Ao identificar qualquer sintoma, procure atendimento médico para avaliação e tratamento adequados.

Por que é ruim ter um nível elevado de açúcar no sangue?

Em entrevista ao Olhar Digital, a nutricionista Olívia Garbin Koller, mestre em Alimentação, Nutrição e Saúde, destacou que a hiperglicemia é um sinal direto de alerta para o diabetes – uma doença crônica caracterizada pela produção insuficiente ou ausência de insulina, hormônio responsável por controlar os níveis de açúcar no sangue.

Segundo Olívia, a glicose pode se elevar em situações de estresse, infecções ou até mesmo diante de desequilíbrios emocionais. “A glicose em jejum entre 100 – 125 mg/dL já é considerada elevada para quem não tem diabetes. Isso significa que o açúcar está acima do normal, mas ainda não é alto o
suficiente para confirmar o diagnóstico de diabetes”, explicou.

Imagem: superbeststock/Shutterstock

Existem pessoas mais propensas a ter o açúcar elevado no sangue?

Sobre pessoas propensas a desenvolver a hiperglicemia, ela destacou que existem alguns grupos como:

  • Quem está acima do peso, especialmente com acúmulo de gordura na região da barriga;
  • Pessoas com histórico de diabetes na família;
  • Quem tem hipertensão ou problemas no coração;
  • Pessoas com níveis elevados de triglicerídeos no sangue;
  • Pessoas sedentárias, que não praticam atividade física regularmente;
  • Quem tem uma alimentação desequilibrada, especialmente baseada em alimentos industrializados ricos em açúcar, gordura e sódio;
  • Mulheres com síndrome dos ovários policísticos;
  • Entre outros.

O nível de açúcar elevado pode provocar quais doenças?

“Os níveis elevados de glicose podem prejudicar o coração, as artérias, os olhos, os rins, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, perda de visão, problemas renais e danos nos nervos”, informou a nutricionista em relação às complicações do excesso de açúcar no organismo.

Mulher mede nível de açúcar no sangue com monitor contínuo e aplicativo de celular
Uma das formas de acompanhar o nível de açúcar no sangue é pelos monitores contínuos conectados a aplicativos de celular. Imagem: Andrey_Popov / Shutterstock

8 dicas que podem ajudá-lo a detectar que a taxa de açúcar no sangue está alta

Segundo Olívia, a hiperglicemia muitas vezes não apresenta sintomas. Mas existem alguns sinais de alerta que o corpo emite quando ingerimos açúcar em excesso. Sendo elas;

Urinar com muita frequência (poliúria)

A incapacidade dos rins de filtrar o excesso de glicose no sangue resulta em sua eliminação através da urina. Esse processo causa uma perda significativa de líquidos.

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Sede excessiva e persistente

Para evitar a desidratação em decorrência da perda rápida de líquido devido ao excesso de glicose, o organismo estimula a sede.

Mulher bebendo água
Imagem: Yaroslav Olieinikov / iStock

Perda de peso sem explicação

Organismo não consegue utilizar a glicose de forma eficiente para gerar energia. Isso acontece porque a insulina, hormônio responsável por transportar a glicose para as células, está em níveis baixos ou não funciona adequadamente. Sem a glicose disponível, o corpo busca fontes alternativas de energia, como as reservas de gordura e, em casos mais graves, as proteínas musculares. Esse processo leva à perda de peso não intencional.

Visão turva (embaçada)

Devido à alta concentração de glicose no sangue, os vasos sanguíneos da retina podem sofrer um aumento de pressão, o que causa visão turva. No entanto, essa alteração visual tende a ser temporária e se resolve quando a glicemia é controlada.

Cansaço excessivo

O excesso de glicose no sangue, em vez de fornecer energia, impede que as células a utilizem adequadamente. Essa ineficiência metabólica resulta em cansaço extremo, pois o corpo não consegue converter o açúcar em energia utilizável.

Homem apertando os olhos por trás dos óculos por conta do cansaço
(Imagem: GBJSTOCK/Shutterstock)

Fome intensa

A fome intensa na hiperglicemia ocorre porque a insulina insuficiente impede a glicose de entrar nas células, gerando falta de energia. O corpo interpreta essa falta de energia como fome, buscando reposição. A desidratação, causada pelo excesso de micção, também contribui para a sensação de fome. A desregulação de hormônios do apetite agrava o quadro.

Cicatrização lenta de feridas

A hiperglicemia retarda a cicatrização ao prejudicar o fluxo sanguíneo, essencial para a reparação dos tecidos. O excesso de glicose compromete o sistema imunológico, aumentando o risco de infecções que dificultam a cicatrização.

Infecções recorrentes, como candidíase e periodontite

A hiperglicemia enfraquece o sistema imunológico, comprometendo a capacidade do corpo de combater infecções. O excesso de glicose cria um ambiente propício para o crescimento de microrganismos, como fungos e bactérias, aumentando o risco de infecções recorrentes, como candidíase e periodontite.

O que fazer?

Caso você tenha se identificado com algum dos sintomas, você pode responder o questionário da Sociedade Brasileira de Diabetes, que avalia o risco de desenvolver diabetes, recomendado pelo Ministério da Saúde.

O teste classifica o risco em níveis baixo, levemente elevado, moderado, alto e muito alto, por meio da idade, peso, atividade física e histórico familiar. O objetivo é identificar indivíduos com maior risco, permitindo intervenções preventivas e acompanhamento médico adequado.

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Conheça os diferentes tipos de hemorragia e seus riscos

A hemorragia é uma emergência médica séria que ocorre quando há sangramento excessivo dentro ou fora do corpo. Suas causas podem variar desde pequenos cortes até traumas graves, afetando diferentes regiões e exigindo atenção imediata para evitar complicações.

Mas você sabia que existem diferentes tipos de hemorragia e que cada um exige um cuidado específico?Nesta matéria, explicamos o que é a hemorragia, quando ela ocorre, quais são seus tipos e como agir corretamente para minimizar riscos. Confira!

O que é uma hemorragia e quando ela acontece?

A hemorragia é a perda súbita de sangue do sistema circulatório por conta da ruptura de um ou mais vasos sanguíneos. Ela pode aparecer como consequência de um ferimento, pancada ou até mesmo de alguma doença ou acidente.

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A gravidade dela é medida pela quantidade e rapidez que o sangue é perdido. O organismo age com respostas fisiológicas quando uma hemorragia acontece, porém, se a perda for acima dessa resposta compensatória, a pessoa pode ter um choque hipovolêmico, um problema muito grave.

O choque hipovolêmico é uma emergência médica que acontece quando o corpo perde uma grande quantidade de líquidos e sangue. Com isso, o coração não consegue bombear sangue suficiente para o corpo, podendo levar à falência de órgãos e à morte.

Contudo, a situação pode ser revertida caso o indivíduo receba assistência médica de forma imediata, com a reposição de volume de sangue correspondente à perda.

A hemorragia é a perda súbita de sangue do sistema circulatório, por conta da ruptura de um ou mais vasos sanguíneos. (Imagem: Freepik)

Quais são os tipos de hemorragia?

A hemorragia pode ser dividida em duas classificações:

Externa

Quando ela está na superfície e pode ser visível. Pode ser mais ou menos intensa de acordo com o tipo de vaso afetado e a localização, isto é, em uma área com poucos ou muitos vasos sanguíneos. Geralmente é causada por traumas, acidentes, fraturas externas ou feridas abertas, por exemplo.

Os sintomas principais de hemorragia externa são:

  • Sangramento visível na parte externa do corpo;
  • Pouco ou muito sangue;
  • Palidez ou suor excessivo;
  • Fraqueza ou agitação.

Também pode acontecer confusão mental, batimentos cardíacos acelerados ou alteração do nível de consciência. Os sintomas ainda variam de acordo com a quantidade de sangue perdida.

Interna

É mais difícil de ser identificada, podendo acontecer sem lesão na pele. Ela não pode ser visível, já que acontece em alguma cavidade do organismo, como o abdômen ou tórax, por exemplo. É a mais comum de acontecer depois de acidentes.

Os sintomas principais de hemorragia interna são:

  • Palidez intensa e cansaço;
  • Pele fria e suor intenso;
  • Pulso rápido e fraco;
  • Respiração acelerada;
  • Muita sede;
  • Tontura, confusão mental ou desmaios;
  • Muita dor do abdômen, que fica endurecido.

Em alguns casos, dependendo da lesão, é possível que também seja verificada a saída de sangue pela boca, nariz, urina ou fezes. Os sintomas desse tipo de hemorragia podem demorar mais para aparecer, e geralmente surgem conforme o sangue vai se acumulando no corpo.

A hemorragia interna pode causar o choque hipovolêmico rapidamente, caso o sangramento não seja identificado e estancado pelo médico. Isso coloca a vida do paciente em risco.

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A hemorragia pode ser arterial, venosa ou capilar. (Imagem: Freepik)

Quanto aos tipos, a hemorragia pode ser:

Arterial

O sangue jorra de uma artéria, e o sangramento é vermelho vivo, em forma de jatos, pulsando em sincronia com as batidas do coração. Nesse caso, a perda de sangue é rápida e abundante.

Venosa

O sangue sai de uma veia, e o sangramento é uniforme e de cor escura.

Capilar

O sangue escoa de uma rede de capilares. Sua cor é vermelha, e geralmente menos viva do que o sangue arterial, com fluxo lento.

Independente do tipo da hemorragia, caso a pessoa apresente sinais de palidez, pulso fraco, confusão mental ou desmaio, é preciso levá-la de forma imediata ao pronto-socorro ou ligar para o SAMU no 192 ou corpo de bombeiros no 193. Com isso, o sangramento será estancado, evitando complicações.

Estancar a hemorragia é importante para evitar complicações. (Imagem: Freepik)

Tratamento para hemorragia

Embora existam algumas medidas que possam ajudar a interromper o sangramento, o ideal é buscar atendimento médico, especialmente se você não tiver experiência em primeiros-socorros. Aplicar pressão direta sobre o ferimento pode ser eficaz em muitos casos, mas o uso inadequado de torniquetes ou técnicas erradas pode agravar a situação.

Uma manobra mal-executada, como apertar excessivamente um torniquete ou deixá-lo por muito tempo, pode cortar completamente a circulação do membro afetado, aumentando o risco de necrose e, em casos extremos, levando à necessidade de amputação. Por isso, em situações de sangramento grave, é fundamental agir com cautela e chamar socorro o mais rápido possível.

Informações: site do Hospital Albert Einstein.

Quem pode ter uma hemorragia?

Qualquer pessoa pode ter uma hemorragia. Ela pode ser causada por diversos fatores, como traumas, doenças, medicamentos, hábitos de vida e complicações em procedimentos médicos.imagem ilustrativa de sangue sobre um fundo branco

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Qual a relação entre energéticos e problemas cardíacos?

As bebidas energéticas ganharam popularidade nas últimas décadas, especialmente entre jovens e adultos que buscam aumentar a disposição, melhorar o desempenho físico ou combater o cansaço. No entanto, o consumo excessivo dessas bebidas tem levantado preocupações entre médicos e especialistas em saúde, principalmente em relação aos seus efeitos no coração. 

Mas qual é, de fato, a relação entre energéticos e problemas cardíacos? E como saber se algo está errado com o coração? Vamos explorar essas questões com base em evidências científicas e orientações de órgãos de saúde.

Atenção: os dados deste artigo são apenas informativos. Em caso de alterações fisiológicas, o médico cardiologista deve sempre ser consultado.

Qual a relação entre energéticos e problemas no coração?

Lata de energético Red Bull / Crédito: Mehmet Cetin (shutterstock / reprodução)

O que há dentro de uma bebida energética?

As bebidas energéticas são compostas principalmente por cafeína, açúcares, taurina, guaraná, vitaminas do complexo B e outros estimulantes. Uma lata de 250 ml de energético pode conter entre 80 mg e 150 mg de cafeína, dependendo da marca. Para comparação, uma xícara de café contém cerca de 95 mg de cafeína.

Além disso, essas bebidas costumam ter altas concentrações de açúcar, o que também pode impactar a saúde cardiovascular.

A cafeína, em particular, é um estimulante que atua no sistema nervoso central, aumentando a frequência cardíaca e a pressão arterial. Em doses moderadas, ela pode melhorar o estado de alerta e o desempenho físico. 

No entanto, em excesso, pode desencadear efeitos colaterais graves, especialmente em pessoas com condições cardíacas pré-existentes.

Como os energéticos afetam o coração?

Cafeína
Cafeína / Crédito: Danijela Maksimovic (shutterstock / reprodução)

Estudos científicos demonstram que o consumo de bebidas energéticas pode causar alterações significativas no sistema cardiovascular. Um estudo clínico randomizado e controlado por placebo, publicado no Journal of the American Heart Association, analisou os efeitos do consumo de 946 ml (cerca de três latas) de bebidas energéticas em jovens saudáveis. 

Os resultados mostraram que essas bebidas prolongaram o intervalo QTc no eletrocardiograma, um parâmetro associado ao risco de arritmias cardíacas. Além disso, houve um aumento significativo na pressão arterial sistólica e diastólica.

O prolongamento do intervalo QTc é particularmente preocupante, pois está associado a um maior risco de arritmias graves, como a taquicardia ventricular e a fibrilação ventricular, que podem levar à parada cardíaca. A Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, considera que um aumento de mais de 10 ms no intervalo QTc já é motivo para investigação adicional.

Outro estudo, publicado no International Journal of Cardiology, destacou que o consumo de energéticos pode aumentar a liberação de adrenalina, o que eleva a frequência cardíaca e a pressão arterial. Esses efeitos são especialmente perigosos para pessoas com hipertensão, doenças cardíacas ou predisposição a arritmias.

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Quem deve evitar bebidas energéticas?

Problema no coração
Problema no coração / Crédito: jaojormami (shutterstock / reprodução)

Alguns grupos de pessoas devem evitar ou limitar drasticamente o consumo de bebidas energéticas devido aos riscos cardiovasculares. Entre eles estão:

  • Pessoas com problemas cardíacos pré-existentes: indivíduos com arritmias, insuficiência cardíaca ou síndrome do QT longo devem evitar energéticos, pois a cafeína pode agravar essas condições.
  • Hipertensos: o aumento da pressão arterial causado pelos energéticos pode ser perigoso para quem já tem pressão alta.
  • Gestantes: a cafeína pode atravessar a placenta e afetar o feto.
  • Menores de 18 anos: o sistema cardiovascular de adolescentes ainda está em desenvolvimento, e o consumo de energéticos pode causar efeitos adversos.
  • Pessoas sensíveis à cafeína: alguns indivíduos metabolizam a cafeína mais lentamente, o que aumenta o risco de efeitos colaterais.

Como saber se algo está errado com o coração?

Médico Cardiologista
Médico Cardiologista / Crédito: Ton Wanniwat(shutterstock / reprodução)

O consumo excessivo de bebidas energéticas pode desencadear sintomas que indicam problemas cardíacos. O Ministério da Saúde informa alguns sinais que merecem atenção:

  • Palpitações: sensação de batimentos cardíacos acelerados ou irregulares.
  • Dor no peito: pode ser um sinal de angina ou infarto.
  • Falta de ar: dificuldade para respirar, especialmente durante atividades físicas.
  • Tonturas ou desmaios: podem indicar arritmias ou queda na pressão arterial.
  • Inchaço nas pernas: pode ser um sinal de insuficiência cardíaca.

Se você experimentar qualquer um desses sintomas após consumir bebidas energéticas, é fundamental buscar atendimento médico imediatamente. Exames como eletrocardiograma (ECG) e monitoramento da pressão arterial podem ajudar a identificar problemas cardíacos.

Quem tem problema de coração pode beber café e energético?

Pessoas com problemas cardíacos devem evitar o consumo de bebidas energéticas e café, pois a cafeína pode agravar arritmias e aumentar a pressão arterial.

Quem tem pressão alta pode tomar energético?

Hipertensos devem evitar bebidas energéticas, pois elas podem elevar ainda mais a pressão arterial e aumentar o risco de complicações cardiovasculares.

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O que acontece no seu corpo quando você para de beber álcool?

Se você está pensando em parar de beber álcool, provavelmente já sabe que a sobriedade pode trazer uma série de benefícios, tanto mentais quanto físicos. Claro, esses benefícios podem variar de pessoa para pessoa, dependendo da relação anterior com o álcool, mas, de modo geral, diversas vantagens são esperadas. 

O que acontece no seu corpo quando você para de consumir bebidas alcoólicas?

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o consumo de álcool está associado a mais de 200 doenças e lesões. Os impactos mais significativos ocorrem no fígado, onde o álcool é metabolizado, mas também há efeitos em outros órgãos, como o coração, o trato gastrointestinal, o pâncreas e o cérebro.

Esses efeitos negativos podem variar bastante, dependendo da frequência de consumo e da quantidade ingerida.

Entretanto, os problemas de saúde – bem como os problemas de segurança pública causados pelo álcool – podem ser significativamente reduzidos por meio de ações que abordem os níveis, padrões e contextos do consumo. Veja abaixo como o nosso corpo reage quando paramos de consumir bebidas alcoólicas. 

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Imagem: Korawat photo shoot/Shutterstock

O coração fica mais saudável

Foi-se o tempo em que as pessoas acreditavam que uma taça de vinho tinto ao dia poderia ser boa para o coração. Segundo a OMS, além do consumo de álcool não fazer bem para nenhum órgão, não existe dose segura para a nossa saúde. 

Assim, diminuir o consumo ou parar de beber álcool pode reduzir sua pressão arterial, os níveis de gordura chamados triglicérides e as chances de insuficiência cardíaca.

O fígado pode se recuperar

A função do fígado é filtrar as toxinas, e o álcool é tóxico para as nossas células. Ou seja, o consumo excessivo de álcool pode prejudicar o órgão e causar esteatose hepática, cirrose e outros problemas. A boa notícia é que o fígado pode se recuperar e, dependendo do contexto de cada pessoa, até se regenerar quando paramos de beber.

Além disso, na ausência de álcool no sistema, o fígado pode se concentrar em suas outras funções, como a quebra de outras toxinas produzidas pelo corpo e o metabolismo de gorduras.

Mulher bebendo um copo de cerveja com uma expressão de desgostos
Mulher bebendo um copo de cerveja com uma expressão de desgostos / Crédito: frantic00 (shutterstock/reprodução)

As funções cognitivas e o sono também melhoram

De acordo com pesquisas, em apenas uma semana sem álcool, nosso corpo é capaz de prover melhores padrões de sono e clareza mental. Isso porque o consumo de álcool pode aumentar a supressão do sono REM, que é a parte mais profunda do ciclo do sono e tem o impacto mais restaurador no corpo.

A fase REM desempenha um papel importante em nossa função cognitiva, permitindo que nosso cérebro processe memórias, tome decisões mais claras e regule nossas emoções – viabilizando e facilitando nossas tarefas diárias.

A pele fica mais bonita

Pode parecer supérfluo mencionar a aparência, mas ela é uma das consequências positivas por um motivo importante: hidratação. O álcool é um diurético, o que significa que faz com que o corpo perca líquidos e se desidrate rapidamente.

Além disso, a desidratação prejudica a absorção de nutrientes essenciais, como as vitaminas A, C e E. Ao parar de beber, a pele – e outras partes do corpo – retém mais umidade e pode absorver melhor vitaminas importantes para sua saúde.

Mulher segurando um copo com água
Copo de água. Imagem: Fizkes/Shutterstock

Quanto para perceber mudanças depois de parar de beber?

A maior parte das pesquisas sobre os efeitos da interrupção do consumo de álcool tem foco em pessoas com consumo pesado. Assim, os sintomas físicos de abstinência são os mais perceptíveis durante os primeiros dias, mas geralmente melhoram bastante em poucas semanas. 

De qualquer forma, até mesmo para aquelas pessoas que consomem álcool de maneira mais moderada, é possível observar diversos efeitos positivos na saúde após parar de beber álcool por um mês.

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Superdotação: quais os sinais mais comuns em crianças?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 5% da população mundial apresenta altas habilidades, ou seja, são consideradas superdotadas. No Brasil, esse percentual equivale a cerca de 2,3 milhões de crianças. No entanto, muitas dessas crianças passam despercebidas, pois os sinais da superdotação podem ser confundidos com outros transtornos ou mesmo ignorados no ambiente escolar.

A superdotação pode se manifestar de diversas formas, como nas áreas psicomotora, intelectual, acadêmica, de talento especial, social e criativa. Para identificar uma criança superdotada, é importante observar sinais específicos que podem indicar um desenvolvimento cognitivo acima da média.

A seguir, destacamos os principais sinais da superdotação em crianças, com base em estudos e apontamentos de especialistas da área.

Crédito: Alex and Maria photo (Shutterstock/Reprodução)

Alto grau de curiosidade

Criança com um tablet
Crédito: BAZA Production (Shutterstock/Reprodução)

Crianças superdotadas frequentemente demonstram uma curiosidade incomum para a sua idade. Elas fazem perguntas profundas e insistentes, buscando entender o “porquê” e o “como” das coisas.

Essa característica está ligada a uma maior atividade no córtex pré-frontal, região do cérebro associada ao pensamento crítico e à resolução de problemas.

Segundo a Cartilha Saberes e Práticas da Inclusão, publicada pelo Ministério da Educação (MEC), essa curiosidade excessiva é um dos primeiros sinais observados pelos pais e educadores.

Vocabulário avançado para a idade

Outro sinal comum é o uso de um vocabulário complexo e preciso, muitas vezes surpreendente para a faixa etária. Isso ocorre porque crianças superdotadas têm uma capacidade acelerada de processamento linguístico, associada a uma maior conectividade neural nas áreas do cérebro responsáveis pela linguagem.

Criança  pintando um quadro
Crédito: VCoscaron (Shutterstock/Reprodução)

Facilidade de aprendizagem e alfabetização precoce

Crianças superdotadas costumam aprender rapidamente e, muitas vezes, se alfabetizam antes dos colegas. Essa facilidade está relacionada a uma maior eficiência na formação de sinapses no hipocampo, região cerebral associada à memória e ao aprendizado.

De acordo com o Conselho Brasileiro para Superdotação (ConBraSD), essa característica é frequentemente observada em crianças com altas habilidades acadêmicas.

Memória excepcional

Uma memória acima da média é outro sinal marcante. Crianças superdotadas conseguem reter e recuperar informações com facilidade, seja de eventos cotidianos ou de conteúdos acadêmicos.

Pesquisas em neurociência sugerem que isso está associado a uma maior densidade de neurônios no lobo temporal, área do cérebro responsável pelo armazenamento de memórias.

Criança brincando com tinta
Crédito: fizkes (Shutterstock/Reprodução)

Criatividade elevada

A criatividade é uma característica central da superdotação, especialmente na forma criativo-produtiva, como destacado por Joseph Renzulli em sua Teoria dos Três Anéis.

Crianças superdotadas frequentemente apresentam pensamento divergente, ou seja, a capacidade de gerar múltiplas soluções para um mesmo problema. Essa habilidade está ligada a uma maior atividade no hemisfério direito do cérebro, associado à imaginação e à inovação.

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Interesse intenso por um assunto específico

Muitas crianças superdotadas desenvolvem um interesse profundo e persistente por um tema específico, dedicando horas ao estudo e à exploração desse assunto. Esse comportamento, conhecido como “hiperfoco“, está relacionado a uma maior liberação de dopamina no cérebro, neurotransmissor associado à motivação e à recompensa. Segundo a OMS, esse traço é comum em indivíduos com altas habilidades.

Crianças em uma sala de aula estudando astronomia
Crédito: Gorodenkoff (Shutterstock/Reprodução)

Habilidades de liderança e autoconfiança

Crianças superdotadas frequentemente demonstram habilidades de liderança e uma autoconfiança acima da média. Elas tendem a organizar atividades, influenciar colegas e assumir papéis de destaque em grupos. Essa característica está associada a uma maior maturidade emocional e cognitiva. 

Importância da identificação precoce

Crianças em uma sala de aula
Crédito: Rido (Shutterstock/Reprodução)

Testes de QI, avaliações neuropsicológicas e observações comportamentais são essenciais para confirmar altas habilidades. Além disso, é importante diferenciar a superdotação de outros transtornos, como autismo ou TDAH, que podem apresentar características semelhantes.

No Brasil, a família pode buscar mais informações no Conselho Brasileiro para Superdotação (ConBraSD) e na Associação Mensa Brasil, a instituição de QI mais antiga do mundo.

Aviso importante: as informações deste artigo foram baseadas em apontamentos de profissionais da saúde e fontes científicas confiáveis. No entanto, elas não substituem um diagnóstico profissional. Caso suspeite que uma criança possa ser superdotada, procure um especialista para avaliação e acompanhamento adequados. Pesquisas e informações da internet não podem diagnosticar superdotação.

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Café de um dia para o outro faz mal? Entenda os efeitos no corpo

O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo, conhecida por seus benefícios à saúde, como aumento da disposição e melhora da concentração. No entanto, o que acontece quando ele é consumido depois de horas ou dias do preparo? Será que o café velho ou requentado faz mal à saúde? 

Vamos explorar os efeitos dessa prática no corpo e entender por que o café fresco é a melhor opção.

Por que o café velho ou requentado pode fazer mal?

Xícara de café / Crédito: worradirek (shutterstock/reprodução)

O café, quando preparado, começa a passar por um processo natural de oxidação. Esse fenômeno ocorre quando os compostos químicos presentes na bebida entram em contato com o oxigênio do ar, alterando suas propriedades. No caso do café, a oxidação afeta principalmente os óleos essenciais e os polifenóis, responsáveis pelo aroma, sabor e parte dos benefícios à saúde.

O que é o café de um dia para o outro?

O café de um dia para o outro é aquele que foi preparado e armazenado por horas ou dias, seja em uma garrafa térmica, na geladeira ou em temperatura ambiente. Por exemplo:

  • Fazer o café em um dia à noite para tomá-lo na manhã seguinte.
  • Preparar uma quantidade grande de café e guardá-lo na geladeira para consumir ao longo da semana.
  • Deixar o café em uma garrafa térmica por várias horas.

Essas práticas são comuns, mas podem comprometer a qualidade da bebida e, em alguns casos, trazer efeitos indesejados à saúde.

O processo de oxidação do café

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Grãos de café/ Crédito: ril21 (shutterstock/reprodução)

A oxidação é um processo químico que ocorre quando o café entra em contato com o oxigênio. Esse fenômeno começa logo após o preparo da bebida e se intensifica com o tempo. Conforme o café oxida, ele perde seu aroma característico e adquire um sabor amargo e desagradável. Além disso, a degradação dos compostos pode gerar substâncias que irritam o sistema digestivo.

Segundo a nutricionista Luciene de Oliveira, diretora científica do Departamento de Nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), em um artigo pulicado no site do instituto, o café oxidado pode causar desconfortos como azia, náuseas e dores de estômago. Embora não haja evidências científicas conclusivas sobre danos graves à saúde, o consumo de café requentado ou velho não é recomendado.

Café requentado: o que acontece?

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Bule derramando café em uma xícara / Crédito: Lucas de Freitas (shutterstock/reprodução)

Requentar o café é uma prática comum, mas pode agravar os efeitos da oxidação. Quando a bebida é aquecida novamente, os compostos já degradados sofrem novas alterações, intensificando o sabor amargo e potencializando a produção de substâncias que podem causar desconforto gastrointestinal.

Em entrevista ao portal R7 a endocrinologista Thais Mussi, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), alerta que o reaquecimento degrada ainda mais os óleos essenciais e a cafeína, podendo levar a sintomas como dor de cabeça, refluxo e indigestão. Além disso, o café requentado perde suas propriedades antioxidantes, que são benéficas para a saúde.

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Em quantas horas o café deve ser consumido?

O ideal é consumir o café fresco, logo após o preparo. A nutricionista Gabriela Cilla, em entrevista ao jornal Folha Vitória, recomenda que a bebida seja ingerida em até 30 minutos após o preparo, pois após esse período o processo de oxidação já começa a alterar o sabor e as propriedades do café. Se armazenado em uma garrafa térmica de qualidade, o café pode manter suas características por até uma hora.

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Mulher assoprando café em uma xícara / Crédito: Pheelings media (shutterstock/reprodução)

Café na geladeira: pode ou não pode?

Guardar o café na geladeira é uma prática comum, mas não é a mais indicada. O frio pode alterar o sabor da bebida, e o café ainda continuará oxidando, mesmo em temperaturas mais baixas. Além disso, o café pode absorver odores de outros alimentos na geladeira, comprometendo ainda mais sua qualidade.

Pode guardar café na geladeira?

Não é recomendado. O café perde sabor e aroma, e o processo de oxidação continua ocorrendo.

Café só deve ser consumido fresco?

Sim, o ideal é consumir o café fresco, preparado na hora, para aproveitar seus benefícios e sabor.

Quanto tempo dura o café após o preparo?

O café deve ser consumido em até 30 minutos após o preparo. Em garrafas térmicas de qualidade, pode durar até uma hora.

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Conheça o homem com dois corações – e o que aconteceu quando ambos pararam de funcionar

Pode parecer um enredo de ficção científica ou de uma série de fantasia, como “Doctor Who“, em que o protagonista pertence a uma espécie alienígena com dois corações. No entanto, essa ideia não se limita à cultura pop.

Embora extremamente raro, há registros de pessoas que já tiveram dois corações funcionando simultaneamente em seu corpo, seja por condições médicas específicas ou devido a procedimentos cirúrgicos. 

Episódio de Doctor Who em que é possível ver os dois corações do protagonista / Crédito: BBC (reprodução)

Mas o que acontece quando ambos deixam de funcionar? Esse caso impressionante desafia a medicina e desperta a curiosidade sobre os limites do corpo humano.

Como é possível uma pessoa ter dois corações?

Ter dois corações não é uma condição natural para os seres humanos. No entanto, em alguns casos, uma pessoa pode viver temporariamente com dois corações devido a um procedimento médico chamado transplante cardíaco heterotópico

Nesse tipo de transplante, um coração doado é implantado sem remover o original, o que pode ser necessário quando o novo órgão não é forte o suficiente para funcionar sozinho ou quando o paciente apresenta pressão pulmonar elevada, dificultando o funcionamento de um único coração transplantado. 

Homem com dois corações
Homem com dois corações / Crédito: Imagem feita por inteligência artificial(Grok/reprodução)

Em alguns casos, esse procedimento permite que o coração original tenha tempo para se recuperar, trabalhando em conjunto com o novo órgão. Entre as vantagens dessa técnica, destaca-se o fato de que o coração original ainda pode auxiliar na circulação sanguínea e, caso o coração transplantado falhe, ele pode ser removido sem que o paciente morra imediatamente. 

No entanto, há desvantagens, como o espaço limitado no peito, que pode comprimir outros órgãos, além do maior risco de arritmias e rejeição imunológica.

Quanto ao fluxo sanguíneo e funcionamento, ambos os corações trabalham juntos, mas não de forma completamente sincronizada. O fluxo sanguíneo pode ser mais intenso, mas também exige maior coordenação dos médicos para garantir que a pressão arterial se mantenha equilibrada.

O curioso caso do homem com dois corações

Médicos operando um paciente
Médicos operando um paciente / Crédito: Assist m4x1ight happiness (shutterstock/reprodução)

Em 2010, um homem de 71 anos chegou ao pronto-socorro em Verona, Itália, com falta de ar. O que parecia um caso comum revelou-se uma situação rara: ele possuía dois corações.

Ele nasceu com apenas um coração, mas, devido a uma cardiomiopatia dilatada idiopática, sua função cardíaca estava comprometida. Em 2003, ele passou por um transplante cardíaco heterotópico, mantendo seu coração original e recebendo um novo.

Esse procedimento foi escolhido porque o coração doado era menor que o ideal e precisava de apoio para funcionar adequadamente. Dessa forma, ambos os corações foram conectados para trabalharem juntos.

O que acontece quando dois corações falham?

Desfibrilador em um paciente com parada cardíaca.
Desfibrilador em um paciente com parada cardíaca. / Crédito: trairut noppakaew (shutterstock/reprodução)

Anos depois, sua condição piorou. No hospital, os médicos notaram que seu coração original apresentava um ritmo irregular, enquanto o coração doado batia mais rápido que o normal. A arritmia piorou, levando-o à inconsciência, parada respiratória e perda de pulso.

Diante da situação crítica, a equipe médica aplicou uma descarga de 200 joules com um desfibrilador. O choque conseguiu restaurar o ritmo normal de ambos os corações. Posteriormente, seu marcapasso foi substituído por um cardiodesfibrilador implantável, um dispositivo capaz de corrigir arritmias perigosas automaticamente.

O destino desse paciente anos depois é desconhecido, mas, no momento da publicação do estudo de caso pela IFLScience ele estava “em boas condições clínicas”, um desfecho positivo para uma condição tão incomum.

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Caso semelhante no Brasil

Cirurgião médico com um coração
Cirurgião médico com um coração / Crédito: Marko Aliaksandr (shutterstock/reprodução)

Em 2023, o urbanista Lincoln Paiva, de 54 anos, viveu com dois corações por 45 dias após uma cirurgia inovadora no Instituto do Coração (Incor) em São Paulo. Após sofrer um infarto, um AVC e duas paradas cardíacas, ele foi diagnosticado com insuficiência cardíaca terminal, mas sua pressão pulmonar alta impedia um transplante convencional.

O cirurgião Fábio Gaiotto desenvolveu uma técnica inédita no Brasil, implantando um novo coração sem remover o original. Durante esse período, o coração doado ajudou a reduzir a pressão pulmonar, permitindo que o transplante fosse bem-sucedido. Passados os 45 dias, o coração original foi removido, e Paiva seguiu a vida com o novo órgão.

A técnica ainda está em fase de validação científica, mas pode beneficiar pacientes que não têm acesso a corações artificiais, um tratamento caro e de difícil acesso no Brasil. Graças à cirurgia, Paiva agora tem uma expectativa de vida de pelo menos 20 anos.

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Por que beber álcool pode causar câncer?

O consumo de álcool é um hábito socialmente aceito em muitas culturas, mas seus efeitos nocivos à saúde são cada vez mais evidentes. Estudos científicos comprovam que o álcool está diretamente relacionado ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer, mesmo em quantidades moderadas. 

Mas como exatamente o álcool age no corpo e quais são os mecanismos que levam ao câncer? Vamos explicar.

Homem abrindo uma garrafa de bebida com o palavra cancêr saindo dela / Crédito: Anton Watman (shutterstock/reprodução)

Como o álcool age no corpo e causa alterações cancerígenas

Quando ingerimos bebidas alcoólicas, o álcool (etanol) é metabolizado pelo fígado e transformado em acetaldeído, uma substância tóxica e carcinogênica. Esse composto danifica o DNA das células e interfere em sua capacidade de se reparar, o que pode levar ao crescimento descontrolado de células e, consequentemente, à formação de tumores.

Além disso, o álcool provoca estresse oxidativo, que também danifica o DNA e outras estruturas celulares. Outro mecanismo é a alteração no metabolismo hormonal, especialmente em mulheres, aumentando os níveis de estrogênio, o que está associado ao câncer de mama.

O álcool também facilita a absorção de outras substâncias carcinogênicas, como as presentes no tabaco, potencializando seus efeitos nocivos.

Homem olhando uma geladeira de cervejas
Homem olhando uma geladeira de cervejas / Crédito: simona pilolla 2 (shutterstock/reprodução)

O risco de câncer é dose-dependente, ou seja, quanto maior o consumo de álcool e o tempo de exposição, maior a probabilidade de desenvolver a doença. Não importa o tipo de bebida (cerveja, vinho, whisky, vodka, cachaça, etc.), pois todas contêm etanol, a substância responsável pelos danos.

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Quais tipos de câncer o álcool pode causar?

O álcool é classificado pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) como um carcinógeno do Grupo 1, o mesmo nível de risco de substâncias como o tabaco e o amianto. Isso significa que há evidências suficientes de que o álcool causa câncer em humanos. Abaixo, listamos os principais tipos de câncer associados ao consumo de bebidas alcoólicas:

Pessoa recebendo diagnóstico médico
Pessoa recebendo diagnóstico médico / Crédito: Chinnapong (shutterstock/reprodução)
  • Câncer de boca e garganta: o álcool danifica as células da mucosa da boca e da garganta, aumentando o risco de tumores nessas regiões.
  • Câncer de esôfago: o álcool irrita o revestimento do esôfago, facilitando o desenvolvimento de células cancerígenas.
  • Câncer de fígado: o consumo excessivo de álcool pode levar à cirrose hepática, que é um fator de risco para o câncer de fígado.
  • Câncer de mama: o álcool altera os níveis hormonais, especialmente o estrogênio, aumentando o risco de câncer de mama em mulheres.
  • Câncer colorretal: o álcool pode danificar o revestimento do intestino, levando ao desenvolvimento de tumores no cólon e no reto.
  • Câncer de estômago e pâncreas: embora menos comuns, esses tipos de câncer também estão associados ao consumo de álcool.

Como prevenir o câncer relacionado ao álcool

A principal medida para prevenir o câncer relacionado ao álcool é reduzir ou eliminar o consumo de bebidas alcoólicas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que não há nível seguro de consumo de álcool para a saúde. 

Além disso, adotar hábitos saudáveis, como uma alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos e evitar o tabagismo, pode ajudar a reduzir o risco de câncer.

Para quem não deseja parar de beber completamente, o consumo moderado é uma estratégia de redução de danos. O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) define como moderado:

  • Mulheres: 1 dose ou menos por dia.
  • Homens: 2 doses ou menos por dia.

Para você se orientar melhor, uma dose equivale a:

  • 355 ml de cerveja (uma latinha);
  • 150 ml de vinho;
  • 45 ml de destilados (como vodka ou cachaça).

Sintomas e tratamentos

Os sintomas variam conforme o tipo de câncer, mas podem incluir dor, dificuldade para engolir, perda de peso inexplicável e alterações na voz. O tratamento depende do estágio da doença e pode envolver cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou uma combinação desses métodos. A prevenção, no entanto, é a melhor estratégia, já que não há níveis seguros de consumo de álcool.

Copo de cerveja
Copo de cerveja / Crédito: L.O.N Dslr Camera (shutterstock/reprodução)

Em resumo, o álcool é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de vários tipos de câncer, e seu impacto na saúde pública é enorme. No Brasil, o consumo de álcool tem crescido, especialmente entre as mulheres, e os custos com o tratamento de cânceres relacionados ao álcool devem aumentar nos próximos anos. 

Políticas públicas mais rigorosas – como aumento de preços, restrição de publicidade e fiscalização da Lei Seca – podem ajudar a reduzir esse problema.

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Tomar água da torneira é mesmo saudável? Entenda

A água é o principal componente químico do nosso corpo, e dependemos dela para sobreviver. Ela desempenha um papel fundamental em muitas das funções do nosso corpo, incluindo levar nutrientes às células, proteger as articulações e os órgãos, e manter a temperatura corporal.

O fato é que a água deve ser sua bebida de escolha na maioria das situações. Então surge a pergunta, será que é saudável tomar água da torneira? Bom, assim como para a maioria das coisas, a resposta é: depende. 

É mesmo seguro tomar água da torneira?

Existem muitos países pelo mundo nos quais beber água direto da torneira é uma prática comum. A água da torneira nos Estados Unidos e no Reino Unido, por exemplo, precisa atender a padrões governamentais rigorosos para garantir que seja segura para beber.

No que diz respeito ao Brasil, a segurança da água da torneira depende da qualidade do sistema de tratamento e distribuição de água do local. Ainda assim, de modo geral, quase sempre é seguro tomar água direto da torneira em lugares que contam com uma boa rede de água tratada – mas é sempre melhor que ela passe por um filtro. 

Mulher bebendo água – Imagem: fizkes/Shutterstock

Inclusive, em comparação com muitas águas minerais, a água da torneira no Brasil possui uma vantagem: o flúor. A partir da década de 1970, o uso de flúor no tratamento da água passou a ser obrigatório nas cidades brasileiras, visando reduzir a ocorrência de problemas dentários e bucais na população. Além disso, mesmo que a água seja filtrada, o flúor não se perde. 

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Entretanto, é importante ressaltar também que apenas aproximadamente 84% da população brasileira tem acesso à água tratada, de acordo com informações da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico).

Nas áreas onde a água não é tratada, é comum que a ingestão de água contaminada resulte em problemas de saúde, frequentemente causados pelas bactérias Salmonella e Escherichia coli. Essas bactérias podem levar a infecções no estômago e no intestino, causando sintomas como diarreia, náuseas, dores abdominais, entre outros.

Imagem: New Africa/Shutterstock

Filtrar a água da torneira é a prática ideal

Apesar de ser segura para beber, visto que as centrais de abastecimento públicas no Brasil realizam o tratamento da água para torná-la potável antes de sua distribuição, os processos de purificação e filtragem seguem importantes para a qualidade da água consumida. 

Isso porque resíduos químicos, micro-organismos, bactérias e impurezas presentes em encanamentos e em caixas d’água mal conservadas podem contaminar a água no caminho para sua casa. 

De qualquer maneira, vale ressaltar que a água da torneira naturalmente contém baixos níveis de microrganismos, como bactérias e amebas. Ainda assim, ela é segura para beber porque esses patógenos normalmente são mortos pelo ácido estomacal.

Em comparação, tanto a água mineral e a água de nascente, costumam vir de águas subterrâneas que foram filtradas naturalmente – processo que remove a maioria das bactérias e micro-organismos.

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