O sonambulismo é um distúrbio do sono no qual a pessoa realiza atividades motoras, como andar e executar tarefas, sem estar consciente. Embora haja um mito popular de que “não pode acordar sonâmbulo”, a realidade é mais complexa. Acordá-los abruptamente pode causar reações inesperadas, como confusão, desorientação e até mesmo agressividade.
Neste artigo, exploramos as razões por trás dessa recomendação e o que fazer ao encontrar alguém em um episódio de sonambulismo.
Uma dúvida comum é se o sonâmbulo pode ser acordado. Segundo especialistas, é possível, mas deve-se fazer isso com muito cuidado. Acordá-los de forma brusca pode gerar reações imprevisíveis. O ideal é conduzir o indivíduo suavemente de volta para a cama para evitar riscos. Se for necessário acordá-lo, deve-se fazer isso de forma delicada e sem o assustar.
O sonambulismo é mais comum em crianças, afetando até 40% delas em algum momento, e geralmente desaparece na adolescência. Entre adultos, a prevalência varia de 0,5% a 4%. O sonambulismo tem forte componente genético, sendo mais frequente em gêmeos idênticos e em pessoas com histórico familiar.
Os episódios ocorrem geralmente nas primeiras horas do sono profundo e podem durar de segundos a mais de 30 minutos. A causa exata ainda é desconhecida, mas envolve a ativação irregular das áreas motoras do cérebro enquanto as responsáveis pela consciência permanecem inativas.
Fatores como uso de sedativos, álcool, estresse, ansiedade e febre aumentam o risco de sonambulismo. Além disso, problemas respiratórios, refluxo gastroesofágico e transtorno de estresse pós-traumático podem estar associados ao distúrbio.
Para conviver com um sonâmbulo de forma segura, é essencial tomar alguns cuidados com o ambiente. Trancar portas e janelas, retirando as chaves, ajuda a evitar que a pessoa saia de casa sem perceber.
Também é recomendável instalar telas ou grades de proteção nas janelas, além de bloquear o acesso às escadas e evitar o uso de beliches para reduzir o risco de quedas. Além disso, é importante guardar objetos cortantes em locais seguros e remover e obstáculo para minimizar a chance de tropeços.
Outra medida útil é o uso de luzes com sensor de movimento, que podem alertar os familiares caso o sonâmbulo se movimente durante a noite.
Você sabe o que é acromegalia ou gigantismo? São duas doenças com padrões de crescimento anômalo, causados por uma quantidade excessiva do hormônio do crescimento. A maioria das pessoas tem uma quantidade regular desse hormônio, fazendo com que cresçam mais ou menos, mas se mantendo no padrão.
Os portadores dessas condições convivem com as dificuldades de ter um corpo com tamanho desproporcional, seja como um todo ou de partes dele, como mãos, pés e nariz, por exemplo. Além disso, essas doenças podem causar outros sintomas bastante desconfortáveis para quem as possui.
Preparamos uma matéria com mais informações sobre a acromegalia e o gigantismo, como o porque elas ocorrem, seus sintomas e seu tratamento. Conheça abaixo!
Comparação entre uma pessoa com sintomas de acromegalia e uma que não apresenta. (Imagem: iStock)
O que são acromegalia e gigantismo?
A acromegalia e o gigantismo são padrões de crescimento anômalo, que é causado pelo excesso do hormônio do crescimento. Em crianças, isso causa o gigantismo, fazendo com que elas cresçam demais e fiquem muito altas, e em adultos, causa a acromegalia, apresentando deformações nos ossos e no crânio.
Geralmente, essas condições são quase sempre causadas por um tumor não canceroso, ou seja, benigno, na hipófise, fazendo com que ela produza o hormônio do crescimento em excesso.
A hipófise é uma glândula pequena como uma ervilha, que fica na parte inferior do cérebro, enquanto as glândulas são órgãos que produzem e liberam os hormônios no sangue.
Os hormônios são substâncias químicas, que servem para estimular a ação de outras células ou tecidos. A hipófise produz diversos tipos de hormônios, incluindo o do crescimento. O excesso desse último no sangue causa não só o crescimento dos ossos, mas também dos músculos e órgãos.
O excesso de hormônio de crescimento pode causar acromegalia e gigantismo. (Imagem: iStock)
Os sintomas do gigantismo, a doença infantil, são:
Crescimento extremo dos ossos longos, tornando os braços e as pernas muito compridos;
Alta estatura;
Atraso do início da puberdade;
Às vezes, problemas de desenvolvimento dos órgãos genitais;
Já a acromegalia é uma doença que geralmente começa entre os 30 e os 50 anos de idade. Diferente dos ossos das crianças, os dos adultos não podem crescer mais e, em vez disso, acontece uma modificação de seu formato. Os sintomas incluem:
Características faciais grosseiras e alargadas;
Inchaço das mãos e pés;
Necessidade de adquirir anéis, luvas, chapéus e sapatos maiores;
Caixa torácica ampla, em forma de barril;
Dor articular;
Às vezes, fraqueza nos braços e nas pernas;
Em mulheres, menstruações irregulares;
Em homens, disfunção erétil.
Em ambos os casos, outros sintomas podem incluir fraqueza, problemas de visão e problemas cardíacos, que podem dar origem à insuficiência cardíaca.
Se não forem tratados, a acromegalia e o gigantismo podem causar:
Aumento do coração e insuficiência cardíaca;
Aumento da chance de ter diabetes, hipertensão arterial e apneia do sono;
Diminuição da expectativa de vida
Para o tratamento de ambas as doenças, o médico pode utilizar uma combinação de:
Cirurgia para remover um tumor da hipófise;
Radioterapia;
Medicação que interrompe a produção do hormônio do crescimento;
Depois da cirurgia ou radioterapia para tratar o tumor da hipófise, pode ser necessário que o paciente tome suplementos hormonais para repor os hormônios produzidos pela hipófise.
A acromegalia causa ossos deformados em pessoas adultas. (Imagem: iStock)
Qual a diferença entre acromegalia e gigantismo?
Ambas as condições são distúrbios hormonais raros causados pela hiperprodução do hormônio do crescimento (GH), ocasionando um crescimento excessivo. A principal diferença é a idade em que as doenças acontecem.
A acromegalia ocorre na idade adulta, e seu efeito não se trata do crescimento em altura, mas sim dos ossos e do crânio, que se deformam. Já o gigantismo acontece na infância ou na puberdade, e quem tem a condição tem o crescimento em altura afetado.
Para diagnosticar o gigantismo é um pouco mais fácil, já que fica mais evidente quando uma criança está crescendo muito. Contudo, nos adultos, pode demorar um tempo até que o crescimento anômalo dos ossos na acromegalia seja percebido, já que ele acontece de forma lenta.
O médico pode pedir exames para saber a dosagem do hormônio do crescimento. (Imagem: iStock)
Caso haja suspeita de gigantismo ou acromegalia, o médico pode:
Examinar fotografias da pessoa que foram feitas com o passar do tempo, pois elas podem mostrar alterações físicas comuns na acromegalia;
Fazer exames de sangue para medir a dosagem do hormônio do crescimento;
Pedir radiografias das mãos, buscando por ossos espessados ou tecido inchado;
Fazer exames de tumografia computadorizada ou ressonância magnética, procurando por um tumor na hipófise.
Quem tem gigantismo pode ter acromegalia?
Não. Quem tem gigantismo não pode ter acromegalia, mas pode sim ter manifestações das duas doenças.
Acromegalia e gigantismo têm cura?
Apesar de poderem ser controladas com tratamento, a acromegalia e o gigantismo não possuem cura. O tratamento pode ser feito com cirurgia, radioterapia e medicamentos.
Acromegalia e gigantismo são transmissíveis ou hereditários?
As duas doenças podem ter causas genéticas, mas na maioria dos casos, são esporádicas. Ambos os casos estão relacionados com excesso de hormômio do crescimento.
A acromegalia e o gigantismo não possuem cura, apenas tratamento. (Imagem: iStock)
Você confia em influenciadores digitais quando o assunto é saúde e medicina? Talvez seja hora de repensar. Um estudo da Universidade de Sydney, analisou quase mil postagens sobre exames médicos no Instagram e TikTok. A conclusão é alarmante: a maioria dessas postagens é enganosa, supervaloriza benefícios e ignora riscos importantes, como o risco de superdiagnóstico.
Os cientistas analisaram testes populares, como ressonância magnética de corpo inteiro, exames genéticos para múltiplos tipos de câncer e análises do microbioma intestinal. A promessa de um diagnóstico precoce pode parecer tentadora, mas especialistas alertam: muitos desses exames não têm evidências sólidas para justificar seu uso indiscriminado.
A pesquisa, divulgada pelo portal Euronews, alerta para os riscos das postagens sobre testes médicos feitas por influenciadores, apontando que a maioria dessas publicações é enganosa. O problema, segundo a reportagem, é que as pessoas podem receber diagnósticos equivocados e passar por tratamentos desnecessários, gerando consequências graves para a saúde pública.
O perigo dos exames desnecessários
Além do impacto econômico e emocional, exames desnecessários representam um risco real à saúde, podendo levar a falsos diagnósticos ou tratamentos indevidos. A medicalização excessiva pode transformar indivíduos saudáveis em pacientes crônicos, comprometendo a qualidade de vida e sobrecarregando sistemas de saúde.
Desinformação nas redes: quando a saúde vira um jogo de incertezas (Imagem: Prostock-studio/Shutterstock)
Um dos maiores perigos é o superdiagnóstico. Isso ocorre quando pessoas saudáveis são diagnosticadas com condições que jamais trariam danos reais. Como consequência, muitos passam por exames adicionais, tratamentos invasivos e um estresse desnecessário. Os próprios pesquisadores alertam: sem critérios médicos, esses testes podem fazer mais mal do que bem.
Apesar dos riscos, a preocupação com o superdiagnóstico quase não aparece nas redes sociais. Apenas 6% das postagens mencionavam o problema. Em contrapartida, mais da metade dos influenciadores incentivava os seguidores a realizá-los, sem qualquer ponderação. Especialistas ressaltam que essa abordagem reforça a desinformação e pode ter um impacto grave na saúde pública.
Interesses ocultos e a ilusão do conhecimento
Grande parte dos influenciadores não promove esses exames por altruísmo. Na verdade, 68% deles têm interesses financeiros, seja por meio de parcerias pagas ou códigos de desconto. A mensagem principal vendida ao público é sedutora: “conhecimento é poder”. No entanto, como alertam os pesquisadores, muitas informações são selecionadas a dedo, omitindo riscos importantes.
Informação ou ilusão? A desinformação médica nas redes pode custar caro (Imagem: Bystrov/Shutterstock)
Curiosamente, postagens feitas por médicos – cerca de 15% do total – apresentavam um tom menos promocional e mencionavam os riscos com mais frequência. Isso reforça a importância de buscar informações em fontes confiáveis e não apenas em conteúdos patrocinados. Sem uma visão completa, pacientes podem acabar realizando exames desnecessários e até recebendo tratamentos evitáveis.
Diante disso, especialistas defendem regras mais rígidas para conter a desinformação médica nas redes sociais. Afinal, sem regulamentação eficaz, influenciadores continuarão promovendo testes questionáveis, alimentando o medo e incentivando decisões que podem comprometer a saúde de milhões de pessoas.
O campo da saúde pode ser bastante confuso, uma vez que diferentes doenças podem ter sintomas muito semelhantes. Por isso, muitas vezes é necessária uma investigação mais detalhada com profissionais de saúde por meio de exames, para identificar corretamente qual a causa e seu tratamento.
Sintomas como espirros, tosse e nariz escorrendo estão presente em diversas condições de saúde, como em doenças respiratórias, podendo ser sinais de infecções que merecem atenção especial como a Covid-19. Assim que percebemos que nosso corpo estão dando esses indícios, a primeira coisa que fazemos é tentar identificar qual o motivo, para buscar uma forma de se curar.
Nem toda infecção gera uma doença, assim como nem toda doença é uma infecção. Porém, toda doença infecciosa é o resultado de uma infecção. (Imagem: Freepik)
Sabendo disso, como é possível saber qual a doença que está causando esses desconfortos? É possível diferenciar quais podem ser as causas, com procedimentos que vão além dos testes? Com diversas doenças infecciosas circulando, é importante ter essas informações. Saiba mais na matéria a seguir.
A infecção é um processo que acontece quando microrganismos como bactérias, vírus, fungos ou parasitas, invadem o corpo de um hospedeiro e se reproduzem nele. Elas podem ser transmitidas por contato direto com uma pessoa infectada, ou até mesmo pelo uso de objetos contaminados.
O contágio pode ser feito através da pele, pelas vias respiratórias, circulatórias ou pelas mucosas. Ainda que diversos agentes infecciosos possam coexistir no organismo sem que doenças sejam desenvolvidas, um sistema imunológico desregulado pode permitir que os microrganismos causem enfermidades, que interferem no funcionamento do corpo.
Alguns sintomas comuns de infecção podem ser:
Febre;
Fadiga;
Tosse;
Mal-estar geral;
Inchaço ou inflamação na área afetada;
Dor ou desconforto;
Secreções anormais (como pus, por exemplo);
Mudanças na função orgânica (dependendo da área afetada).
Enquanto isso, as doenças são a consequência das lesões causadas pelo agente infeccioso e pela resposta do hospedeiro, e pode ser manifestada por sintomas e sinais, além de alterações fisiológicas, bioquímicas e histopatológicas. Ela pode ser transmitida de pessoa para pessoa, ou não, e pode ser causada por patógenos como bactérias e vírus.
Podemos concluir que: nem toda infecção gera uma doença, assim como nem toda doença é uma infecção. Porém, toda doença infecciosa é o resultado de uma infecção.
A maioria das pessoas saudáveis que apresentam sintomas leves como coriza, congestão e fadiga não precisam de atendimento médico. (Imagem: Freepik)
É possível você mesmo identificar qual infecção contraiu?
Leana Wen, médica de emergência e professora associada clínica na Universidade George Washington, explicou um pouco sobre essa questão à CNN. De acordo com ela, é preciso analisar quem é a pessoa que está com esses sintomas, levando em conta a idade e as condições de saúde.
Isso porque a maioria das pessoas saudáveis que apresentam sintomas leves como coriza, congestão e fadiga não precisam de atendimento médico. Existem mais de 200 vírus que causam o resfriado comum, e que costuma ser a causa desses sinais. Ainda que esses indivíduos estejam com Covid-19 ou influenza, por exemplo, mas tiverem sintomas leves, provavelmente não precisam de tratamento.
Para esses casos, essas pessoas podem fazer testes caseiros para saber se estão com um desses vírus, contudo, esse conhecimento não muda muito o manejo clínico. Dessa forma, a recomendação é um tratamento sintomático, com repouso, muito líquido e medicamentos de venda livre para aliviar a febre e as dores no corpo. Já as pessoas com mais risco de ter doenças graves devem fazer o teste assim que os sintomas começam para iniciar o tratamento o quanto antes.
Os testes também são importantes quando eles pioram, como tosse persistente, febre alta constante, dor no peito, dor abdominal e dificuldade de respirar. Nesses casos também é importante buscar atendimento médico, pois pode não ser um simples resfriado, mas sim uma pneumonia bacteriana que requer antibióticos, por exemplo. E isso tudo apenas falando sobre doenças respiratórias.
Além disso, os espirros, tosses e congestão podem vir acompanhados de outros indícios, como dor de estômago, diarreia e vômito, o que podem estar relacionados com gastroenterite viral, por exemplo. Essa doença começa de repente e é bastante desconfortável, mas a recuparação do paciente acontece em alguns dias na maioria das vezes, sem que seja necessário um tratamento específico. Geralmente, não é necessário testes para confirmar o diagnóstico.
Os testes são importantes quando os sintomas pioram, como tosse persistente, febre alta constante, dor no peito, dor abdominal e dificuldade de respirar. (Imagem: Freepik)
Contudo, assim como no caso das doenças respiratórias, existem exceções, se existirem sintomas persistentes de diarreia e vômito, com febres e dor abdominal grave. Quando isso acontece, pode ser uma infecção bacteriana que necessita de antibióticos para ser curada, ou até mesmo uma apendicite. Mais uma vez, é importante a avaliação de profissionais e exames adicionais para ter certeza.
De forma geral, a profissional recomenda que, caso você tenha um médico ou outro profissional da área que possa buscar orientações, é importante se consultar com ele para ter orientações. Se não houver facilidade de buscar ajuda médica, é essencial se atentar aos sintomas e o quão grave parece a doença, como dores no peito, dificuldade para respirar, dormência ou fraqueza em um braço ou perna. Nesses casos, é preciso ir à emergência imediatamente.
Por fim, deve ser observado se o paciente em questão faz parte de um grupo considerado vulnerável, como bebês, gestantes, idosos e pessoas com condições médicas que oferecem riscos adicionais de doença grave. Para essas pessoas, não é necessário aguardar até que os sintomas apresentados sejam persistentes, sendo aconselhável buscar por ajuda médica já no início dos sinais.
Conclusão: diversas doenças diferentes podem apresentar sintomas iguais ou semelhantes, dificultando a identificação de qual infecção foi contraída. Por isso, buscar em sites de pesquisa pode não ser uma boa ideia, já que os resultados podem não ser compatíveis com a causa desses sinais. Caso você ou alguém próximo esteja com espirros, tosse ou nariz escorrendo, vale observar se eles estão persistentes e se há outros sintomas mais sérios, como febre e dores.
Pode ser feito o uso de testes para identificar qual o causador da infecção, como é o caso de doenças respiratórias, porém, na maioria dos casos leves, o tratamento é feito de forma sintomática. Contudo, se a pessoa que está com esses sintomas faz parte de grupos vulneráveis, é importante que seja consultado um profissional da saúde o quanto antes, para a correta identificação e tratamento da doença.
De qualquer forma, caso seja possível, o ideal é sempre consultar um médico para ter orientações mais precisas do que ser feito quando aparecem esses sintomas.
Pode ser feito o uso de testes para identificar qual o causador da infecção, porém, na maioria dos casos leves, o tratamento é feito de forma sintomática. (Imagem: Freepik)
O arroto é uma massa gasosa que escapa do nosso esôfago para a faringe de forma repentina, sendo uma forma do corpo liberar o excesso dos gases que se acumulam no estômago. É um mecanismo natural e importante para a saúde, que pode acontecer até 30 vezes por dia em uma pessoa comum, principalmente se for consumido algumas bebidas gaseificadas ou certos alimentos.
Apesar de ser um processo biológico normal do corpo humano, o ato de arrotar pode ser visto em algumas culturas e situações como falta de educação. Já em alguns locais e culturas, arrotar depois de uma refeição é considerado um sinal de boa educação e satisfação pela comida. Em algumas situações, arrotar pode ser indício de que o corpo está saudável, e outros, de que existe algo de errado.
Seja como for, o arroto é um processo curioso que acontece em nosso corpo. Mas, você sabe o porque e como arrotamos, e também quais doenças podem contribuir para arrotarmos mais? Saiba tudo na matéria abaixo.
Arrotar é uma forma que o corpo tem de liberar o excesso de gases que estão acumulados em nosso estômago, agindo como um regulador natural do corpo. (Imagem: Freepik)
Por que nós arrotamos? A ciência explica
Como dito anteriormente, arrotar é uma forma que o corpo tem de liberar o excesso de gases que estão acumulados em nosso estômago, agindo como um regulador natural do corpo. Sem ele, o estômago poderia acumular muito dióxido de carbono, aumentando a sua pressão. Quando arrotamos, o ar sobe do estômago e faz vibrar a válvula que fica entre o esôfago e a boca.
A massa gasosa pode se acumular em nosso organismo por diversos motivos. Um deles é o ato de engolir ar sem querer (aerofagia), sendo uma das causas mais comuns. Ela pode acontecer quando a pessoa masca chiclete, bebe de canudo, fala e come ao mesmo tempo, fuma ou tem ataques de ansiedade, por exemplo. O processo é o seguinte:
Ao engolir algo, como saliva, bebidas e alimentos, também engolimos ar;
O ar acumula-se na parte superior do estômago, fazendo com que ele se estique;
O músculo na parte inferior do esôfago relaxa;
Os gases são expelidos pela boca.
Para os bebês, o arroto é bastante importante, sendo que eles precisam de ajuda para o ato. Eles costumam engolir muito ar enquanto mamam no peito e, por isso, é imporante que um adulto faça a criança arrotar antes de colocá-la para dormir. Caso contrário, ela pode passar mal, ou ter consequências como cólicas.
Muitas vezes, alimentos não são digeridos por completo em nosso trato digestivo, fazendo com que bactérias e fungos presentes em nosso corpo acabem consumindo esses restos e produzindo gases. (Imagem: Freepik)
Pessoas adultas também podem sofrer com casos de aerofagia e falta de arrotar, como flatulência, sensação de inchaço na barriga, queimação na região do estômago e dor abdominal. Muitas vezes, em adultos, as dores causadas pelos gases podem ser confundidas com as de problemas cardíacos.
O consumo de alguns tipos de comidas e bebidas, como refrigerantes, bebidas alcoólicas e alimentos ricos em amido, açúcar ou fibras também podem causar um acúmulo de ar no esôfago. Entre eles, estão inclusos: lentilha, feijão, repolho, cebola, brócolis e banana.
Muitas vezes, esses alimentos não são digeridos por completo em nosso trato digestivo, fazendo com que bactérias e fungos presentes em nosso corpo acabem consumindo esses restos e produzindo o gás.
Intolerância a lactose é uma das condições que pode provocar arrotos. (Imagem: Freepik)
Quais doenças contribuem para arrotarmos mais?
Além dos motivos citados, existem diversas doenças que podem causar uma maior frequência de arrotos. Geralmente, as circunstâncias que geram arrotos excessivos tem relação com o estômago, duodeno, vesícula biliar e esôfago.
Entre elas estão o refluxo gastroesofágico crônico (GERD), a dispepsia e o transtorno de ruminação. Além disso, pessoas com intolerância à lactose e doença celíaca também podem ter mais episódios de arrotos e flatulências.
Algumas doenças que podem causar arrotos:
Refluxo gastroesofágico: o ácido do estômago volta para o esôfago, causando azia e arrotos;
Hérnia de hiato: o estômago se desloca para o tórax, dificultando o controle do refluxo ácido;
Gastrite: o revestimento do estômago fica irritado;
Úlcera gástrica: pode ser causada por uma infecção do estômago pela bactéria Helicobacter pylori;
Intolerância à lactose: pode causar excesso de gases e arrotos;
Síndrome do intestino irritável (SII): pode causar cólicas abdominais, inchaço e diarreia ou constipação.
Contudo, o ato de arrotar só precisa se tornar motivo de preocupação caso ele se torne muito repetitivo e comece a afetar a rotina, causando desconforto ou constrangimentos, por exemplo. Caso isso aconteça, é preciso procurar um médico para tratar a doença que esteja causando o problema, caso ela exista. O uso de medicamentos pode ser outra medida usada para ajudar a combater esses quadros.
Caso a pessoa esteja com o estômago muito distendido e com dificuldade em arrotar, ela pode deitar do lado esquerdo para ajudar na expulsão do gás. Para diminuir a formação dos gases no estômago, também é recomendável a adoção de uma dieta equilibrada, reduzindo o consumo dos alimentos que podem aumentar a produção do elemento.
A gastrite é outra condição de saúde que pode causar arrotos. (Imagem: Freepik)