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Esse é o segredo para viver mais e melhor, segundo estudo de Harvard

Viver mais e melhor. A Ciência e a Medicina caminham lado a lado há séculos em direção a esse objetivo. Como não descobrimos uma forma de enganar o tempo, o que nos resta é envelhecer com qualidade de vida.

Aqui e ali você já viu dezenas de fórmulas para isso. Sejam remédios, tônicos ou até mantras. Não estou aqui para condenar nenhum deles – as pessoas devem ir atrás daquilo que as façam se sentir bem. Um estudo de Harvard, porém, acaba de apontar para um caminho: e ele é bem mais simples do que você imaginava.

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Os pesquisadores descobriram que comer bastante vegetais, reduzir os alimentos de origem animal e evitar os ultraprocessados ​​promove um envelhecimento saudável.

‘Ah, mas isso eu já sabia’, você pode estar imaginando. Sim, de fato existem outros estudos que já apontavam para esse caminho – e muitos deles elogiam a dieta mediterrânea. A novidade é que esse artigo de Harvard é mais amplo e levou em consideração uma das maiores abordagens da história: mais de 105 mil pessoas acompanhadas por um período de 30 anos.

“Estudos já investigaram padrões alimentares no contexto de doenças específicas ou da expectativa de vida das pessoas. O nosso adota uma visão multifacetada, questionando como a dieta afeta a capacidade das pessoas de viver de forma independente e desfrutar de uma boa qualidade de vida à medida que envelhecem?”, disse o professor Frank Hu, um dos autores.

A dica de ouro é: quanto mais natural, melhor! – Imagem: Tatjana Baibakova/Shutterstock

Comida saudável

  • Foram analisados dados de adultos entre 39 e 69 anos de idade.
  • Durante todo esse tempo, eles relataram aos médicos e cientistas o que comiam no seu dia a dia.
  • A partir desses relatos, os pesquisadores contabilizaram uma espécie de pontuação de cada um.
  • Como métrica, eles utilizaram as bases de 8 tipos diferentes de padrões alimentares saudáveis.
  • Do total, 9,3% da amostra, cerca de 9.770 participantes tiveram o melhor desempenho no quesito envelhecimento saudável.
  • E eles seguiam a chamada Alimentação Saudável Alternativa, ela foi desenvolvida para prevenir doenças crônicas.
  • Trata-se de uma dieta rica em frutas, verduras, grãos integrais, castanhas, legumes e gorduras saudáveis.
  • Ao mesmo tempo, essa dieta é ​​pobre em carnes vermelhas e alimentos processados, bebidas açucaradas, sódio e grãos refinados.
  • Os participantes desse grupo tiveram 86% mais probabilidade de envelhecer com saúde aos 70 anos e 2,2 vezes mais probabilidade de envelhecer com saúde aos 75 anos.
  • Isso, claro, em comparação com os outros participantes do estudo.
Além de viver mais, as pessoas têm hoje a preocupação de viver melhor também – Imagem: Masha Petrakova/Shutterstock

Regras gerais

Para não dizer que a Alimentação Saudável Alternativa é o único caminho, outra dieta teve ótimo desempenho no estudo. Estamos falando do chamado Índice de Dieta de Saúde Planetária.

A ideia desse plano equilibrar a saúde humana e ambiental, dando preferência para alimentos de origem vegetal e minimizando alimentos de origem animal.

Os cientistas destacaram que, independentemente do plano alimentar, o maior consumo de alimentos ultraprocessados, especialmente carnes processadas e bebidas açucaradas e dietéticas, foi associado a menores chances de envelhecimento saudável.

Ou seja, quem quer viver mais e melhor deve passar longe deles. Ou diminuir bastante a sua ingestão.

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Os especialistas não recomendam o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados – Imagem: Niloo/Shutterstock

Você pode ler o estudo na íntegra na revista Nature Medicine. As informações são do Sci Tech Daily.

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O glúten é mesmo ruim? Veja o que acontece no corpo quando você deixa de consumi-lo

O glúten parece estar presente em praticamente tudo, especialmente nos alimentos mais básicos, como pães e massas. Entretanto, na última década, esse ingrediente se tornou um inimigo das dietas e trends nas redes sociais

Apenas uma pequena parcela da população realmente precisa evitar o glúten por motivos médicos. Ainda assim, milhões de pessoas adotaram a dieta sem uma razão clara – mas será que o glúten é realmente ruim? 

O que é e para que serve o glúten?

O glúten é uma proteína encontrada em muitos grãos, incluindo o trigo, a cevada e o centeio. Por isso, é comum em alimentos como pão, macarrão, pizza e cereais. Embora não forneça nutrientes essenciais e apesar da má reputação que adquiriu online, o glúten não é inerentemente prejudicial à saúde.

Nosso corpo processa as proteínas por meio da enzima protease, mas ela não consegue quebrar completamente o glúten, e essa parte não digerida chega ao intestino delgado. Para a maioria das pessoas, não há razão científica para cortar o glúten, pois elas conseguem lidar com o glúten não digerido sem problemas.

Imagem: LightField Studios / Shutterstock

Mas nas pessoas com doença celíaca, cerca de 1% da população de acordo com a Harvard Medical School, o glúten pode desencadear uma resposta autoimune grave ou outros sintomas desagradáveis.

Ainda assim, algumas pessoas que não têm doença celíaca podem se sentir mal depois de consumir alimentos com glúten. Os sintomas podem incluir inchaço, diarreia, dores de cabeça ou erupções cutâneas. Entretanto, de acordo com os pesquisadores da Johns Hopkins Medicine, isso pode ser uma reação a carboidratos, não ao glúten.

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Algumas pessoas que adotam uma dieta livre de glúten podem relatar tontura, náusea, e até mesmo ansiedade quando deixam de consumir muito glúten e passam a não consumir glúten nenhum. Mas, segundo a Dra. Selvi Rajagopal, da Johns Hopkins Medicine, esses sintomas geralmente desaparecem após algumas semanas em uma dieta gluten-free.

De qualquer maneira, até o presente momento, não existem evidências científicas de que uma dieta sem glúten melhore a saúde ou previna doenças se você não tiver doença celíaca e puder ingerir glúten sem problemas. 

(Imagem: Kate Korolova/Shutterstock)

Em outras palavras, evitar o glúten faz sentido apenas para pessoas com doença celíaca, alergia ao trigo ou para aquelas que não costumam se sentir bem sempre que consomem glúten.

Existe alguma desvantagem em não consumir glúten?

Segundo o Dr. Robert H. Shmerling, da Harvard Medical School, muitas pessoas pensam que dietas sem glúten são mais nutritivas, ou contêm mais minerais e vitaminas do que os alimentos convencionais, mas geralmente não é bem assim. 

Os alimentos sem glúten geralmente são menos fortificados com ácido fólico, ferro e outros nutrientes do que os alimentos comuns que contêm glúten. Além disso, os alimentos sem glúten tendem a ter menos fibras e mais açúcar e gordura. 

Caso você tenha suspeita de doença celíaca ou sensibilidade ao glúten, antes de mudar sua dieta ou excluir determinados alimentos, procure um médico para obter o acompanhamento correto. 

As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.

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