Iguanodontia

Dinossauro misterioso de 150 milhões de anos é encontrado

Um grupo de paleontólogos fez uma descoberta impressionante em Portugal. Eles desenterram um fóssil que pertence a um dinossauro herbívoro até então desconhecido que viveu no planeta há cerca de 150 milhões de anos.

Os pesquisadores explicaram que este animal antigo se caracteriza por uma boca bicuda e um corpo robusto. A espécie recém-descoberta não recebeu um nome devido ao material limitado recuperado até agora.

Ossos não correspondiam a nenhuma espécie conhecida

  • Apesar dos mistérios, os cientistas afirmam que a descoberta evidência que havia uma diversidade maior de dinossauros no Jurássico Superior do que se acreditava.
  • Eles também destacaram a importância da Europa nos eventos de diversificação e dispersão desta nova espécie.
  • O novo dinossauro herbívoro seria parente dos iguanodontianos e foi encontrado em camadas rochosas da era jurássica na Bacia Lusitana de Portugal, uma região rica em fósseis do período.
  • Após análise, os pesquisadores determinaram que os ossos não correspondiam a nenhuma espécie conhecida.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado no Journal of Systematic Palaeontology.

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Dinossauros teriam migrado entre continentes

Os pesquisadores estimam que o dinossauro era extraordinariamente pesado e robusto em comparação com outras espécies que viviam na mesma área. Eles relatam que os ossos demonstram que ainda há muito a ser descoberto sobre o período.

Dinossauro seria parente dos iguanodontianos (Imagem: AKKHARAT JARUSILAWONG/Shutterstock)

A equipe também ficou surpresa com a localização de fêmures menores e isolados. Isso indica que restos de animais de diferentes faixas etárias foram encontrados, sugerindo uma próspera comunidade desta nova espécie.

Por fim, os cientistas identificaram que o animal recém-descoberto compartilha semelhanças com as espécies iguanodontianas da América do Norte e da Europa. Eles acreditam que a Península Ibérica teria servido como uma ponte para a travessia entre os continentes.

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Pegadas de dinossauro com 167 milhões de anos encontradas na Escócia

Pesquisadores da Universidade de Edimburgo descobriram 131 pegadas de dinossauros na Ilha de Skye, na Escócia. Isso faz do local um dos mais abundantes em marcas dinossáuricas do país.  Com ajuda de equipamentos, a equipe mostrou no estudo que diferentes espécies gostavam de ficar em lagoas no local.

Em contraste com o clima frio da ilha hoje em dia, a região teria um clima subtropical quente e úmido durante o Jurássico Médio, há 170 milhões de anos. No local haveria diversos corpos d’água e um enorme estuário de rio, segundo o paleontólogo Tone Blkesley, um dos autores do estudo. As pegadas foram deixadas nas areias de uma antiga lagoa desse período.

Para estudar os vestígios, o grupo tirou milhares de fotografias de todo o local com um drone. Através de um software especializado, eles construíram modelos digitais em 3D das pegadas por meio de uma técnica conhecida como fotogrametria.

Pegadas em modelo 3D feito pelos cientistas. (Imagem: Blakesley et al.)

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Dinossauros diferentes frequentavam as lagoas

As marcas deixadas pelos dinossauros têm entre 25 e 60 centímetros e variam em duas formas. Há pegadas de três dedos, provavelmente deixadas por terópodes carnívoros bípedes e marcações mais redondas, do tamanho de pneus, feitas por saurópodes quadrúpedes de pescoço longo.

Segundo os cientistas, muitas dessas pegadas estão em sequência, indicando um trajeto. O maior desses caminhos tem cerca de 12 metros, também sendo um dos maiores de toda a ilha.

A distância e a orientação dessas marcas representam passos lentos, provavelmente deixados por animais andando tranquilamente em momentos diferentes. A análise das trilhas indica que os dinossauros circulavam pelas margens da lagoa, da mesma forma que os animais de hoje se reúnem em torno de lagos e corpos d’água.

“As pegadas em Prince Charles’ Point fornecem uma visão fascinante sobre os comportamentos e distribuições ambientais de terópodes carnívoros e saurópodes herbívoros de pescoço longo durante um momento importante em sua evolução”, disse Blakesley.

Ilustração dos megalossauros carnívoros e saurópodes herbívoros.
Ilustração dos megalossauros carnívoros e saurópodes herbívoros. (Imagem: Tone Blakesley e Scott Reid)

Curiosamente, as pegadas sugerem que, apesar dos conflitos, os terópodes carnívoros e os saurópodes herbívoros costumavam passar tempo nas lagoas. Porém, a equipe diz que, embora eles frequentassem o local, as pegadas não demonstram nenhuma evidência de que interagiram perto da lagoa, e é improvável que estivessem lado a lado

“Seria um desastre para os saurópodes se isso acontecesse. A tentação do almoço… teria sido demais para os terópodes”, explicou o paleontólogo para a CNN.

A equipe de Blakesley pretende continuar estudando o local e suas marcas. Eles também estão examinando outros caminhos de dinossauro na Ilha de Skye e em todo o sul da Inglaterra.

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Monstro gigante lendário do Congo “visto com frequência” revela problema ambiental

Um grupo crescente de pessoas na África Central diz ter visto a criatura misteriosa conhecida como Mokele-mbembe. Ela é um ser lendário do Congo que se parece com um dinossauro. Porém, um problema muito maior pode estar por trás desses relatos.

A lenda de Mokele-mbembe conta que ele é um monstro gigante habitante de pântanos, florestas e rios da bacia do Congo. O nome significa “aquele que interrompe o fluxo dos rios” na língua lingala. Sua aparência é descrita como um dinossauro de pescoço longo com o tamanho aproximado de um elefante.

No começo do século XX, os habitantes da região contaram essa história para os exploradores europeus e ela se espalhou pelo imaginário popular. Isso gerou obras literárias da área da criptozoologia, que compara seres lendários de diversas culturas com animais extintos. Obras como “Jurassic Park” surgiram desse tipo de literatura.

As lendas dizem que a criatura se parece com os brontossauros. (Imagem: Charles Robert Knight / Wikimedia Commons)

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Lenda revela uma triste realidade no Congo

Segundo o National Geographic, a população local tem visto a criatura misteriosa com mais frequência neste século do que no passado. A principal hipótese é de que esses relatos estejam ligados às mudanças ambientais na região.

O desflorestamento na bacia do Congo já derrubou 23 milhões de hectares de floresta entre 2000 e 2016. Isso fez com que os animais fossem forçados a sair de seus habitats e levou a encontros mais frequentes com os humanos.

Assentamentos na região dependem fortemente da agricultura de corte e queima, que desmata áreas de floresta para cultivar mandioca, amendoim, banana e milho. Agricultores derrubam árvores e arbustos e queimam a vegetação restante para enriquecer o solo com cinzas, oferecendo fertilidade de curta duração.

Normalmente, dentro de dois a cinco anos o solo fica esgotado, o que força os fazendeiros a limpar novas terras. Isso perpetua o ciclo de destruição de ecossistemas locais.

À medida que o desflorestamento se aprofunda, os encontros entre humanos e animais selvagens, e as lendas que eles inspiram, estão aumentando.
À medida que o desflorestamento se aprofunda, os encontros entre humanos e animais selvagens, e as lendas que eles inspiram, estão aumentando. (Imagem: Nick Greaves / Shutterstock)

“Em assentamentos maiores, onde os habitats estão sendo empurrados para dentro e as pessoas não estão acostumadas a ver animais grandes, elas de repente os encontram o tempo todo”, disse Laura Vlachova, uma conservacionista tcheca, à National Geographic.

Com o aumento desses casos, os habitantes podem estar se confundindo e vendo algo diferente da realidade, principalmente devido a uma crença já existente. 

“São as pessoas nesses assentamentos desmatados que me dizem que viram Mokele-mbembe. Acho que o que isso realmente mostra é como o folclore está começando a refletir a realidade de um ecossistema em declínio”, conclui Vlachova.

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Fóssil de 168 milhões de anos ajuda a desvendar mistério dos dinossauros

Um fóssil raro de dinossauro de 168 milhões de anos foi descoberto por paleontólogos na cordilheira Atlas Médio, no Marrocos. Em um artigo publicado na Royal Society Open Science, a equipe revelou que o exemplar – um fêmur – pertence ao dinossauro mais antigo do grupo Cerapoda conhecido até então. 

Entenda:

  • Um fóssil de dinossauro de 168 milhões de anos foi encontrado no Marrocos;
  • O exemplar – um fêmur – pertence ao dinossauro mais antigo do grupo Cerapoda;
  • Características únicas do fóssil permitiram determinar sua origem, ajudando a solucionar um mistério acerca da evolução do grupo.
Fóssil de dinossauro é o mais antigo do gênero Cerapoda. (S. Maidment et al.; Royal Society Open Science)

Herbívoros de pequeno porte, os dinossauros do grupo Cerapoda andavam sobre duas pernas e, durante o Cretáceo, habitavam todo o planeta. No Jurássico Médio, entretanto, sua população era um grande mistério – até o fóssil encontrado no Marrocos. “Tínhamos evidências de que os dinossauros ornitópodes [infraordem do grupo Cerapoda] provavelmente já haviam evoluído com base em algumas pegadas fossilizadas, mas este é o fóssil corporal mais antigo que existe”, disse Susannah Maidment, líder do estudo, ao IFLScience.

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Fóssil de dinossauro ajuda a solucionar mistério do grupo Cerapoda

Ainda que um fêmur pareça simples, o segredo para identificar um dinossauro Cerapoda está justamente nas pernas: o fóssil encontrado pela equipe tinha características que só são encontradas no gênero. “A cabeça do fêmur é realmente distinta e separada do eixo em um pescoço, o que não vemos em ornitísquios divergentes anteriores”, explicou Maidment.

Fóssil de Cerapoda soluciona mistério sobre a evolução do gênero. (Imagem: david.costa.art/Shutterstock)

Até então, o fóssil de Cerapoda mais antigo pertencia a um outro fêmur encontrado na Inglaterra, com 166 milhões de anos. A descoberta mais recente não só confirma que os dinossauros do grupo se diversificaram durante o período Jurássico Médio, mas também aponta o sítio arqueológico em Marrocos como uma fonte promissora para novas descobertas.

Vale citar que a região também abrigava o fóssil de Anquilossauro mais antigo do mundo e um dos Estegossauros mais antigos descobertos até hoje.

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Pegadas de dinossauro são encontradas em escola da Austrália

Paleontólogos descobriram 66 pegadas de 47 dinossauros de três dedos em uma rocha que estava em exposição numa escola em Queensland, Austrália. O artefato apresenta traços de uma espécie pouco conhecida na história natural da região.

A rocha foi um presente da área de mineração Callide para o colégio Biloela, que fica próximo da mina. Os mineradores de carvão encontraram a pedra e identificaram as pegadas de dinossauro, mas não houve uma pesquisa aprofundada na época.

Tudo mudou quando um time liderado por Anthony Romillo, paleontólogo da Universidade de Queensland, descobriu os vestígios pré-históricos. Eles visitaram a escola após uma pesquisa anterior do grupo ganhar popularidade e a instituição de ensino entrar em contato.

Pegadas na pedra destacadas digitalmente. (Imagem: University of Queensland)

Os cientistas passaram por desafios para fazer a pesquisa. A rocha pesa duas toneladas, por isso foi necessário um grupo grande para que pudessem movê-la até uma posição ideal para ser estudada. Também tiveram que retirar os chicletes que os alunos colaram no artefato.

Depois que a equipe fez um modelo 3D e fotografou o objeto, conseguiram se aprofundar na descoberta.  “Eu pude ver que havia muitas pegadas de dinossauros, sabia que era uma descoberta altamente significativa.” diz Romilio em um comunicado.

O solo onde os animais gravaram os vestígios teria sido uma superfície arenosa com uma camada rasa de água. Ao lado das pegadas, há também buracos que provavelmente foram feitos por invertebrados escavadores.

Uma espécie misteriosa de dinossauro

A equipe não pôde associar nenhum osso fóssil conhecido com as pegadas. Além disso, como esqueletos de dinossauros do Jurássico Inferior nunca foram encontrados na Austrália, o grupo não conseguiu constatar exatamente de qual espécie são as pegadas.

No entanto, a principal hipótese é de que sejam do Anomoepus scambus. Os cientistas a consideram uma icnoespécie, um tipo de espécime conhecido apenas por traços de fósseis e vestígios como pegadas, ninhos e fezes.

“Eles são todos pequenos animais que fizeram as pegadas. Todos parecem ser o mesmo tipo de dinossauro herbívoro de duas pernas”, explica o doutor.

Modelo 3D do Anomoepus scambus
Modelo 3D do Anomoepus scambus. (Imagem: University of Queensland)

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Por meio do tamanho das marcas de três dedos, a equipe estimou que os dinossauros teriam pernas variando de 15 a 50 centímetros de comprimento. Com elas, estariam correndo a uma velocidade entre 2 e 6 quilômetros por hora quando registraram as pegadas.

“Evidências de fósseis de esqueletos encontrados no exterior nos dizem que dinossauros com pés como esses eram herbívoros, com pernas longas, corpo robusto, braços curtos e uma cabeça pequena com bico”, diz Romilio.

Modelos de alta resolução dos fósseis estão disponíveis online, permitindo que qualquer pessoa explore esses vestígios pré-históricos em detalhes. O grupo pretende seguir com as pesquisas a fim de conhecer melhor o passado natural da Austrália.

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