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EUA promovem teoria de vazamento de laboratório como origem da Covid-19

Nesta sexta-feira (18), o site covid.gov, que até então reunia informações sobre testes, vacinas e tratamentos contra a Covid-19, passou a redirecionar usuários para uma nova página do governo dos Estados Unidos. A mudança, aparentemente promovida pela gestão do presidente Donald Trump, sinaliza um reposicionamento oficial sobre a origem do coronavírus, com forte ênfase na teoria do vazamento de laboratório.

A nova página, intitulada “Lab Leak — a verdade sobre as origens da Covid-19” (tradução livre), traz uma imagem de Trump em destaque e afirma que a pandemia teria começado a partir de um incidente em um laboratório na cidade de Wuhan, na China. O conteúdo questiona a versão até então apoiada por agências de saúde e pela própria Casa Branca, que indicava uma origem natural do vírus a partir da transmissão entre animais e humanos.

Covid-19 volta a ser tópico após mudança em site de governo norte-americano (Imagem: Ninc Vienna / Shutterstock.com)

Teorias e disputas políticas em torno da Covid-19

O novo site acusa diretamente o ex-presidente Joe Biden e seu então assessor médico, Dr. Anthony Fauci, de “ocultar” informações sobre o suposto vazamento em laboratório. Segundo o texto, Fauci teria promovido um estudo específico que reforça a teoria da origem natural, ignorando outras possibilidades.

A Casa Branca afirma agora que um vazamento laboratorial é provavelmente a origem da Covid-19, contrariando o consenso majoritário de cientistas que apontam para a transmissão zoonótica como causa mais plausível. Um estudo revisado por pares, inclusive, identificou material genético de animais selvagens em amostras recolhidas no mercado de frutos-do-mar de Huanan, reforçando essa hipótese.

Redirecionamento e exclusão de informações

Além do Covid.gov, outro endereço federal, o Covidtests.gov — antes utilizado para solicitar testes gratuitos — também passou a redirecionar para a nova página. Não está claro exatamente quando a mudança ocorreu, mas registros arquivados mostram que os conteúdos originais estavam disponíveis até pelo menos 10 de abril. A mudança foi notada por Andrew Couts, do Wired.

A substituição desses sites por uma narrativa alinhada ao discurso da nova administração tem gerado críticas. A publicação americana The Verge classificou o novo conteúdo como conspiratório, destacando que ele promove ideias sem respaldo científico e acusa a Organização Mundial da Saúde (OMS) de ceder a pressões do governo chinês.

Placa com o logo da OMS
Organização Mundial da Saúde é alvo de críticas em novo site da Casa Branca (Imagem: Elenarts/Shutterstock)

Divergência entre agências e incertezas persistentes

Em janeiro, a CIA divulgou um relatório indicando que o vazamento laboratorial seria uma possibilidade, mas com “baixa confiança”. Essa classificação indica que as informações disponíveis são insuficientes, contraditórias ou pouco confiáveis. A própria agência havia declarado anteriormente que não tinha dados suficientes para chegar a uma conclusão definitiva sobre a origem do vírus.

Outros órgãos, como o Departamento de Energia e o Departamento de Estado, também mencionaram a hipótese do laboratório, mas sem apresentar evidências conclusivas. Já a comunidade científica tem reiterado que, apesar de ainda haver incertezas, não há indícios sólidos que sustentem a tese de manipulação genética ou vazamento intencional.

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Críticas a medidas tomadas durante a pandemia

A nova versão do site também critica medidas adotadas durante a pandemia, como lockdowns, o uso de máscaras e o financiamento de pesquisas em doenças infecciosas. Um dos focos do conteúdo é a defesa da retomada da moratória sobre pesquisas de ganho de função, que envolvem o aprimoramento de vírus em laboratório para entender seu comportamento.

A OMS segue mantendo todas as hipóteses em aberto, mas ainda considera a origem natural como a explicação mais provável, reiterando que falta acesso a dados completos da China para uma investigação definitiva.

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Guerra dos Chips: restrições dos EUA contra China aumentam

O governo Trump intensificou as restrições à exportação de chips avançados para a China, mirando diretamente empresas como Nvidia e AMD. As informações são do Wall Street Journal.

As novas medidas — as mais rigorosas até agora — sinalizam que os EUA pretendem barrar qualquer progresso chinês em inteligência artificial (IA) que dependa de tecnologia americana.

Impacto das restrições

  • A decisão interrompe o envio de chips de alto desempenho, como o H20 da Nvidia e o MI308 da AMD, impactando severamente as vendas dessas empresas no mercado chinês.
  • Só a Nvidia vendeu cerca de US$ 12 bilhões em chips H20 para a China no último ano fiscal, o que representa 70% das suas vendas no país.
  • A reação foi imediata: as ações das empresas caíram cerca de 7% e o mercado global sentiu o impacto.

A medida ocorre em meio ao avanço da startup chinesa DeepSeek, que chamou atenção global ao criar modelos potentes de IA com menor poder computacional — um sinal de que a China poderia reduzir sua dependência de chips estrangeiros.

Mesmo diante das restrições, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, viajou a Pequim, onde se encontrou com líderes chineses, inclusive o fundador da DeepSeek. Huang afirmou que o mercado chinês segue sendo “muito importante” e reconheceu os impactos das novas sanções.

Nova rodada de sanções revela estratégia para frear o avanço da inteligência artificial chinesa – Imagem: William Potter/Shutterstock

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O endurecimento das regras visa limitar o acesso chinês à tecnologia de ponta usada para treinar e operar modelos de IA. Autoridades americanas alertam que permitir esse acesso é como “dar as ferramentas” para um competidor direto. “Se vão competir conosco, que seja com as próprias ferramentas”, disse o Secretário de Comércio, Howard Lutnick.

Mudança de fornecedores

Em resposta, empresas chinesas correram para garantir pedidos antes do bloqueio. A Nvidia recebeu US$ 18 bilhões em encomendas nos primeiros meses de 2025, número que supera toda a receita anual da empresa na China no ano anterior.

Agora, sem acesso aos chips americanos, empresas como Alibaba e ByteDance deverão recorrer a alternativas locais como Huawei e Cambricon, alinhadas com o esforço do governo chinês de fortalecer a produção doméstica de semicondutores.

Analistas estimam que a Nvidia terá prejuízos de cerca de US$ 5,5 bilhões com a medida, enquanto a AMD pode perder até US$ 800 milhões.

A tensão crescente adiciona um novo capítulo à disputa tecnológica entre EUA e China — uma guerra fria digital com implicações globais.

Celular exibindo logomarca da Nvidia na tela na frente de outra tela exibindo bandeira dos Estados Unidos
Setor de tecnologia reage com queda nas ações e corrida de gigantes chinesas por alternativas locais (Imagem: Algi Febri Sugita/Shutterstock)

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Tarifaço de Trump não assusta Hyundai, que vai investir em elétricos nos EUA

A Hyundai inaugurou recentemente uma nova fábrica de mais de US$ 7 bilhões na Geórgia, focada na produção de veículos elétricos e híbridos. A abertura coincidiu com o anúncio de novas tarifas pelo ex-presidente Donald Trump, o que torna estratégica a fabricação local para evitar algumas dessas taxas.

Apesar da incerteza no mercado dos EUA — com mudanças políticas e indefinições sobre créditos fiscais —, a Hyundai mantém sua aposta nos veículos elétricos, como explica uma matéria da Fast Company.

A empresa planeja lançar 21 modelos elétricos globalmente até 2030 e duplicar sua linha de híbridos, com um investimento total de US$ 90 bilhões. A meta é vender 2 milhões de elétricos por ano até o fim da década, representando um terço das vendas globais.

A montadora já iniciou a produção local e adaptou sua nova fábrica para incluir também híbridos, garantindo mais flexibilidade.

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Hyundai investiu mais de US$ 7 bilhões em nova fábrica na Geórgia (Imagem: AntonovVitalii/Shutterstock)

Hyundai pronta para um mercado instável

  • Para lidar com as incertezas, a Hyundai foca na demanda do consumidor, diversidade de motorizações e controle de preços — prometendo não aumentar valores até junho de 2025.
  • Nos EUA, é a segunda maior vendedora de elétricos, atrás da Tesla.
  • No entanto, o crescimento no setor será mais gradual, à medida que os desafios de infraestrutura e preço persistem.

Aposta em um futuro elétrico

A empresa aposta também em modelos mais acessíveis, como o Inster (vendido na Europa e na Coreia por menos de US$ 30 mil), e explora novas tecnologias como células de combustível de hidrogênio, especialmente para veículos comerciais.

Por fim, a Hyundai reforça que o futuro da mobilidade será elétrico e quer liderar essa transformação com produtos acessíveis, eficientes e desejados pelos consumidores globais.

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Montadora avança com novos modelos, mantém preços estáveis e mira dois milhões de elétricos vendidos por ano até 2030 – Imagem: Nick N A/ Shutterstock

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Domo de Ouro: SpaceX é uma das favoritas para desenvolver o escudo militar dos EUA

A construção do Domo de Ouro, o escudo militar dos Estados Unidos, pode estar mais perto de virar realidade. E de acordo com seis fontes familiarizadas com o assunto consultadas pela Reuters, a SpaceX, de Elon Musk, pode ser uma das favoritas para o desenvolvimento.

Outras duas empresas também estão cotadas para a construção da defesa aérea dos EUA. As três são fundadas por empreendedores que apoiam o presidente Donald Trump. No entanto, há divergências sobre como o processo de decisão e administração do equipamento pode funcionar.

Apesar do suposto favoritismo, o Domo de Ouro ainda está em estágios iniciais e não há nada decidido. A decisão caberá a Trump.

Muks é aliado pessoal de Trump e ganhou um cargo no governo federal (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)

SpaceX é uma das favoritas para construir o Domo de Ouro

Em 27 de janeiro, Trump citou um ataque de mísseis como “a ameaça mais catastrófica que os Estados Unidos enfrentam”, justificando a ordem executiva que deu origem ao Domo de Ouro. A estrutura será justamente um escudo aéreo de defesa antimísseis.

Agora, a SpaceX, de foguetes e satélites, surgiu como uma das favoritas para a construção. A fabricante de softwares Palantir e a construtora de drones Anduril também estão na ‘lista’. Cada uma delas ajudaria na construção de diferentes partes importantes do escudo.

No entanto, as fontes reforçaram que, apesar do aval do Pentágono, a decisão cabe a Donald Trump e está em estágios iniciais. Nas últimas semanas, as três empresas teriam se reunido com representantes do governo para apresentar seus planos, que incluem a construção e lançamento de 400 a 1 mil satélites para rastrear mísseis ao redor do mundo.

Ainda, outros 200 satélites de ataque, armados com mísseis e lasers, estariam nos planos. Eles seriam responsáveis por derrubar mísseis inimigos. A SpaceX não estaria envolvida nessa parte.

Logo da SpaceX na fachada de um prédio
Decisão depende de Trump… mas pode dar vantagens à SpaceX, de Musk (Imagem: Sven Piper/iStock)

Musk pode influenciar decisão de Trump?

As fontes citam a negociação como um “afastamento do processo usual de aquisição” e que a comunidade de segurança e defesa nacional quer ser “sensível e respeitosa com Elon Musk devido ao seu papel no governo”.

As três empresas e Musk se recusaram a comentar sobre o envolvimento com o Domo de Ouro. O Pentágono respondeu à Reuters que entregará “opções ao presidente para sua decisão, em conformidade com a ordem executiva e em alinhamento com as orientações e cronogramas da Casa Branca”.

A escolha pode não ser tão simples:

  • O Pentágono recebeu interesse de mais de 180 empresas interessadas em participar do escudo militar;
  • Apesar do favoritismo atual, grandes nomes do setor aeroespacial, como Boeing, Lockheed Martin e Northrop Grumman, podem ser concorrência;
  • Na prática, Trump não deve decidir sozinho. O ex-investidor de capital privado Steve Feinberg, número dois do Pentágono, também deve participar das decisões;
  • Se a SpaceX de fato vencer a disputa, será um aceno para o Vale do Silício. Além disso, pode dar à empresa vantagens importantes, especialmente relacionadas aos foguetes Starship (que quer levar humanos a Marte) e Falcon 9.
Decisão cabe a Donald Trump (Imagem: Jonah Elkowitz/Shutterstock)

Serviço de assinatura militar

Algo chamou atenção nesse caso: a SpaceX teria proposto um “serviço de assinatura” ao governo pelo Domo de Ouro. Nesse caso, a Casa Branca pagaria uma espécie de aluguel para ter acesso à tecnologia, ao invés de possuir o sistema como um todo.

Segundo as fontes, esse modelo de ‘aquisição’ pode burlar protocolos atuais do Pentágono. Por um lado, a abordagem não quebra nenhuma lei e permite uma implementação mais rápida. Por outro, há preocupações sobre a dependência do governo à empresa, incluindo os preços de assinatura.

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TIME: Elon Musk figura (de novo) entre as 100 pessoas mais influentes de 2025

A revista TIME revelou sua lista anual das 100 pessoas mais influentes do mundo. Enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aparece no ranking da revista estadunidense pela sétima vez, o bilionário Elon Musk foi selecionado pela sexta vez.

A edição tem cinco capas mundiais: a atriz e produtora Demi Moore, o artista e empreendedor Snoop Dogg, a ex-tenista e empreendedora Serena Williams, o cantor e compositor Ed Sheeran e o cofundador e CEO do Google DeepMind, Demis Hassabis.

Edição especial dos mais influentes tem cinco capas mundiais (Imagem: Divulgação/TIME)

“O que a TIME100 de 2025 nos diz sobre as forças que moldam nossas vidas? Ela inclui seis membros do governo Trump… 16 CEOs corporativos, um recorde e um sinal do surgimento de uma classe de líderes empresariais que estão preenchendo um vazio de liderança… nove líderes que lutam por justiça, igualdade e democracia, em um momento em que os direitos de tantas pessoas estão em jogo”, disse o editor-chefe da TIME, Sam Jacobs.

O grupo das pessoas mais influentes do mundo será reunido em um evento organizado pela TIME na cidade de Nova York (EUA), na quarta-feira (23), e um baile de gala, na quinta-feira (24), que será exibido na televisão em 4 de maio.

O que diz a revista sobre Trump e Musk

Nenhum outro presidente moderno assumiu o controle do governo dos EUA com tanta força quanto Donald Trump”, diz o artigo. “O resto de seu mandato mostrará o quanto ele pode dobrar o país — e o mundo — antes que ele se quebre.”

Já sobre o empresário sul-africano, a publicação disse que “a ascensão meteórica de Elon Musk foi pontuada por surtos de energia frenética, que geralmente o dominam quando ele assume um novo desafio. Desta vez, o modo demoníaco de Musk destruiu muito mais do que criou. E esse parece ser o objetivo.”

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Outros destaques

Os líderes de negócios, tecnologia e inovação apresentados incluem:

  • Mark Zuckerberg;
  • Ted Sarandos;
  • Larry Fink;
  • Alex Karp;
  • Andrew Forrest;
  • Doug McMillon;
  • Ed Bastian;
  • Lisa Su;
  • Bobbi Brown;
  • Bonnie Y Chan;
  • Reshma Kewalramani;
  • Dario Amodei;
  • Tim Cadogan;
  • Mo Abudu;
  • Stephen J. Squeri;
  • Liang Wenfeng;
  • E muito mais.
Mark Zuckerberg sorrindo
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, também está entre as 100 pessoas mais influentes do mundo (Imagem: Muhammad Aamir Sumsum/Shutterstock)

As mulheres na lista deste ano incluem: Simone Biles, Scarlett Johansson, Serena Williams, Kristen Bell, Rashida Jones, Blake Lively, Nikki Glaser, Bobbi Brown, Sandra Díaz, Wendy Freedman, Reshma Kewalramani, Ismahane Elouafi, Fatou Baldeh, Julie Burkhart, Noa Argamani, Bonnie Y Chan, Lisa Su e outras.

O nadador olímpico Léon Marchand, de 22 anos, é o mais jovem na lista deste ano. O mais velho é o Conselheiro-Chefe de Bangladesh, Muhammad Yunus, de 84 anos.

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EUA: Governo acessa dados pessoais para identificar e deportar imigrantes

A administração Trump está usando dados pessoais protegidos — como informações fiscais, de saúde, moradia e educação — para localizar imigrantes indocumentados em suas casas, escolas e locais de trabalho. As informações são do Washington Post.

O objetivo é intensificar deportações e garantir que pessoas sem status legal não tenham acesso a benefícios públicos, mesmo quando vivem com cidadãos americanos.

No Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano (HUD), autoridades trabalham em uma regra que proibiria famílias com membros indocumentados de acessar moradias públicas.

O governo também busca expulsar famílias com “status misto” já instaladas, mesmo que apenas parte delas esteja em situação irregular.

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Governo acessa informações confidenciais para localizar e expulsar famílias com status ilegal no país (Imagem: Pixels Hunter/Shutterstock)

Agências federais contribuem com as ações

  • A iniciativa se estende a várias agências federais. A Previdência Social, por exemplo, incluiu milhares de nomes de imigrantes em um banco de dados usado para rastrear pessoas falecidas, o que dificulta que esses indivíduos trabalhem legalmente ou recebam benefícios.
  • O IRS firmou acordo com o Departamento de Segurança Interna (DHS) para compartilhar dados fiscais confidenciais.
  • O Departamento de Educação também foi instruído a coletar nacionalidades de estudantes universitários envolvidos em protestos, levantando preocupações sobre uso político da imigração.

Essas ações fazem parte de uma estratégia mais ampla para cruzar dados entre agências federais, em linha com uma ordem executiva de Trump que visa eliminar “silos de informações”.

A promessa do governo é reforçar a segurança nacional e combater fraudes, mas especialistas jurídicos alertam para violações de privacidade e riscos à confiança nos programas públicos.

Tensão crescente

Advogados e servidores de carreira relataram desconforto com o uso indevido de dados sensíveis, e alguns setores da administração enfrentam ordens judiciais que restringem o acesso a informações confidenciais. Ainda assim, membros da equipe de Trump continuam pressionando por mais acesso e controle.

O esforço para identificar e remover imigrantes sem documentos é coordenado por figuras como Mike Mirski, do DOGE, que está priorizando cidades como Nova York e Chicago. Críticos dizem que decisões estão sendo tomadas com base em interpretações erradas de dados e sem critérios claros de legalidade.

A Casa Branca não comentou, mas porta-vozes do governo afirmam que o objetivo é garantir que os recursos públicos beneficiem apenas cidadãos americanos.

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Casa Branca usa informações protegidas de moradia, saúde, impostos e educação para identificar e remover imigrantes ilegais – Imagem: Andrea Izzotti/Shutterstock

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O plano de Trump para fazer o carvão entrar na moda novamente

Os Estados Unidos podem experimentar, nos próximos meses, uma das maiores guinadas da história no setor energético. O presidente Donald Trump emitiu, na última semana, uma série de ordens executivas em prol da reativação e do incentivo às usinas de carvão do país.

Essa política contrasta frontalmente com o que vinha acontecendo na gestão anterior de Joe Biden. Enquanto o democrata se comprometeu a aposentar essa fonte de energia (durante a COP 28), o republicano começou a revogar essas decisões, assinando em seu lugar uma série de decretos para impulsionar o minério.

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Entre as ações, Trump derrubou todas as ordens federais que, segundo ele, “discriminam” a produção de carvão. Ele também determinou que o Departamento de Energia usasse poderes emergenciais para manter as usinas a carvão deficitárias em operação. Ele deve salvar ainda algumas dessas usinas que seriam desativadas.

O presidente americano afirma que tudo isso é necessário para evitar cortes de energia. A demanda por energia, de fato, vem aumentando bastante no mundo todo.

O treinamento e o desenvolvimento de Inteligências Artificiais, de carros elétricos e até mesmo a mineração de criptomoedas levaram nossa infraestrutura energética ao limite.

Especialistas, no entanto, garantem que o “renascimento” do carvão não é o melhor caminho. Nem financeiramente, nem ecologicamente.

Apesar de ainda ser popular, o carvão mineral é uma das fontes de energia mais polêmicas atualmente – Imagem: small smiles/Shutterstock

Um pouco de história

  • Essa fonte de energia começou a ser utilizada em larga escala durante a Revolução Industrial, ou seja, no século XVIII, há cerca de 300 anos.
  • Durante muito tempo, o carvão foi a principal fonte de energia do mundo, uma vez que ele é abundante em praticamente todos os continentes.
  • O problema é que a queima desse combustível é extremamente prejudicial para os seres humanos e a natureza em geral.
  • O carvão libera mais dióxido de carbono, o principal gás do efeito estufa, do que qualquer outro combustível fóssil.
  • Ele também emite poluentes que são responsáveis por doenças pulmonares e cardíacas.
  • O histórico “Grande Nevoeiro de Londres” e a situação atual em alguns locais da Índia ajudam a explicar como esse minério pode ser nocivo para nós.
  • Hoje, o carvão ainda é um das principais fontes de energia do planeta.
  • A Agência Internacional de Energia (IEA), porém, prevê uma redução no consumo global a partir de 2026.
  • Trump deseja reverter esse quadro – o que não deve acontecer, segundo especialistas ouvidos pelo jornal The New York Times.
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Um dos maiores problemas do carvão é a poluição e a geração de CO2 – Imagem: Morphius Film/Shutterstock

Especialistas contra o carvão

Dan Reicher, secretário assistente de energia do governo Clinton e ex-diretor de clima e energia do Google, explicou ao Times que há uma série de fatores que tornam essa reversão extremamente difícil.

Sim, alguns estados americanos, como a Virginia e o Kentucky, ainda dependem bastante dessa fonte de energia (por estarem historicamente ligados a ela). No país todo, porém, o carvão perdeu espaço.

O minério já chegou a ser responsável por mais da metade da geração de energia dos EUA. Hoje, no entanto, ele responde apenas por 17% (e vem numa tendência de queda).

De acordo com a Administração de Informação de Energia, quem tomou o seu lugar foi o gás natural, que responde por 38% atualmente. O gás natural também é um combustível fóssil, mas que polui muito menos do que o carvão.

O país também experimenta um boom de fontes renováveis, graças às políticas de incentivo de Joe Biden. Usinas eólicas, hidrelétricas e solares já respondem por 25% da geração de energia no território. Outros 20% vêm de usinas nucleares.

Especialistas afirmam que as fontes renováveis de energia são mais baratas e confiáveis do que as usinas de carvão – Imagem: Piyaset/Shutterstock

Na ponta do lápis

Os defensores do carvão argumentam que ainda há espaço para essa fonte energética. A maioria dos especialistas, porém, já decreta o fim dessa era.

Explicam que a energia produzida pelas usinas a carvão normalmente não consegue competir com alternativas mais baratas e limpas. E muitas dessas usinas são muito antigas e precisariam de modernizações extensas e caras para continuar funcionando.

Ou seja, estamos falando em contas de luz mais caras, mais gastos com reformas, maior risco de falhas e mais problemas de saúde. Sem contar o fator ambiental.

É claro que uma canetada do presidente é extremamente poderosa. Em última instância, no entanto, a decisão pertence aos estados e às concessionárias de serviços públicos. A Califórnia, o maior estado em população, por exemplo, praticamente já aboliu o uso do carvão. E esse parece ser um (bom) caminho sem volta. Com ou sem Trump.

As informações são do jornal The New York Times.

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Trump mira remédios e chips em novo tarifaço

O governo dos Estados Unidos abriu uma nova frente na política comercial ao iniciar investigações de segurança nacional que podem resultar na aplicação de tarifas sobre produtos farmacêuticos e semicondutores. A informação foi publicada oficialmente no Registro Federal e confirmada pelo Secretário de Comércio, Howard Lutnick.

A medida segue o posicionamento do presidente Donald Trump, que reafirmou no domingo (13) que a cadeia de eletrônicos não está isenta do chamado “tarifaço”. Segundo ele, esses produtos apenas estão sendo realocados para uma nova categoria tarifária, e não excluídos das tarifas impostas.

Produtos farmacêuticos estão na mira de Donald Trump (Imagem: funnyangel / Shutterstock.com)

Eletrônicos seguem em foco

  • Na sexta-feira anterior, o governo americano havia retirado da lista de tarifas recíprocas itens como smartphones, notebooks e outros eletrônicos.
  • Esses produtos estavam sujeitos a uma tarifa de 145% sobre importações da China, principal fornecedora de componentes como os utilizados nos iPhones, além da alíquota de 10% para a maioria dos demais países.
  • Mesmo com a retirada temporária desses itens da taxação direta, o próprio Trump esclareceu que não houve “isenção tarifária” real.
  • “Esses produtos [chineses] estão sujeitos às tarifas de 20% sobre o fentanil existentes e estão apenas mudando para um ‘balde’ tarifário diferente”, afirmou o presidente.
  • Além de celulares e computadores, os Estados Unidos listaram ao todo 20 categorias de produtos sob análise.
  • A lista inclui semicondutores, chips de memória e monitores de tela plana, itens que atualmente não são fabricados em grande escala no país.

Estratégia de proteção nacional

Segundo Lutnick, a intenção é fortalecer a produção doméstica de insumos considerados estratégicos. “Nós fizemos isso para automóveis, vamos fazer para farmacêuticos e semicondutores”, declarou o secretário, ao afirmar que esses setores devem ser incluídos nas novas tarifas voltadas à segurança nacional.

Governo dos Estados Unidos querem usar tarifas para fortalecer mercado doméstico de semicondutores (Imagem: Smileus/Shutterstock)

A mudança deve ocorrer nos próximos meses e, embora a atual exclusão tarifária beneficie diretamente empresas como Apple, Nvidia e Dell, o governo norte-americano sinaliza que essa isenção será temporária.

Trump tem defendido que os Estados Unidos voltem a produzir internamente produtos essenciais como eletrônicos, veículos e medicamentos, argumentando que a dependência externa representa risco à segurança do país.

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Reação dos mercados

O anúncio de que smartphones e notebooks seriam, ao menos por ora, poupados das tarifas recíprocas trouxe alívio para os mercados financeiros. A decisão foi interpretada como uma possível abertura para diálogo comercial, especialmente com a China.

No pregão seguinte, bolsas na Ásia e Europa encerraram em alta. Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street também registraram ganhos.

No Brasil, o reflexo foi imediato: o Ibovespa, principal índice da B3, acompanhou o movimento internacional e também fechou em alta, seguindo a leitura mais otimista dos investidores em relação ao cenário comercial global.

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China x EUA: PS5 acaba de ficar mais caro

Fãs de videogame, se preparem: o PS5 acaba de ficar mais caro na Europa, Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido, Oriente Médio e África – e a mudança também pode chegar a outros países, como os Estados Unidos e o Brasil. O anúncio foi feito no domingo (13) pela Sony, que citou o atual “ambiente econômico desafiador” por trás dos aumentos no valor da edição digital do console.

Entenda:

  • A Sony aumentou o preço de varejo recomendado do PlayStation 5 Digital Edition na Europa, Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido, Oriente Médio e África;
  • A medida foi justificada pelo atual “ambiente econômico desafiador” em todo o mundo;
  • A versão do PS5 com leitor de disco também aumentou, mas só na Austrália e Nova Zelândia;
  • O PS5 Pro não passa por mudanças, e a unidade de disco removível do console ficou mais barata;
  • A Sony não mencionou o tarifaço de Trump, que vem afetando o cenário da tecnologia – principalmente na China, que fabrica parte do PS5;
  • Consequentemente, os preços do PlayStation 5 podem, em breve, começar a subir em outros países também – como EUA e Brasil.
Sony aumenta preço de varejo do PS5 em alguns países. (Imagem: Skrypnykov Dmytro/Shutterstock)

O aumento do preço de varejo recomendado começou a valer hoje (14) e se aplica apenas ao PS5 Digital Edition – versão que não possui leitor de disco e, logo, só roda mídias digitais. O console com suporte para mídia física também aumentou, mas só na Austrália e Nova Zelândia.

Por outro lado, os preços do PS5 Pro se mantêm os mesmos, e a unidade de disco removível do console fica mais barata.

Leia mais:

Tarifaço de Trump pode deixar PS5 mais caro em outros países

Ainda que a Sony não tenha mencionado o tarifaço de Donald Trump no comunicado, as tarifas implementadas pelo presidente dos EUA vêm afetando, entre outros setores, o ramo da tecnologia em todo o mundo – com impactos principalmente nas importações da China, que fabrica grande parte do hardware do PS5.

Por conta disso, o reajuste do preço da edição digital do console não deve demorar para chegar, também, aos Estados Unidos, de acordo com especialistas. “Eu ficaria muito surpreso se a Sony conseguisse manter os preços do PlayStation estáveis ​​nos EUA. Agora é o momento ‘certo’ para aumentar os preços, porque a reação negativa dos usuários seria comparativamente limitada”, explica Serkan Toto, CEO da consultoria Kantan Games, à CNBC.

PS5 também pode ficar mais caro em países como EUA e Brasil, apontam especialistas. (Imagem: Joeri Mostmans/Shutterstock)

Vale destacar que, apesar das isenções tarifárias para smartphones, computadores e outros componentes eletrônicos, a medida temporária não se aplica aos consoles.

Confira os novos preços do PS5

  • Europa: PS5 Digital Edition – €499,99 (R$ 3.325,00 sem alterações para a versão com leitor de disco Blu-ray Ultra HD);
  • Reino Unido: PS5 Digital Edition – £429,99 (R$ 3.294,00 também sem alterações para a versão com leitor de disco);
  • Austrália: PS5 com leitor de disco – AUD $829,95 (R$ 3.042,00) / PS5 Digital Edition – AUD $749,95 (R$ 2.749,00);
  • Nova Zelândia: PS5 com leitor de disco – NZD $949,95 (R$ 3.231,00) / PS5 Digital Edition – NZD $859,95 (R$ 2.925,00).

E os preços das unidades de disco removíveis do PS5 foram reajustados assim:

  • Europa: €79,99 (R$ 532,00);
  • Reino Unido: £69,99 (R$ 536,00);
  • Austrália: AUD $124,95 (R$ 458,00);
  • Nova Zelândia: NZD $139,95 (R$ 476,00).

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Tecnologia começa a semana com o pé direito, mas há incertezas

O tarifaço de Donald Trump continua movimentando a economia global, especialmente o setor de tecnologia. Um comunicado da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos indicou que isentaria semicondutores e eletrônicos (como computadores e tablets) do pacote de taxas, levantando os ânimos dos investidores e empresas. Logo depois, porém, a informação era de que os aparelhos teriam tarifas específicas.

Nesta segunda-feira (14), ações de fabricantes de chips e fornecedoras asiáticas (incluindo da China) registraram altas nas ações. Mas a nova esperança pode ter dias contados, alimentando mais incertezas.

Trump prometeu dar detalhes sobre as tarifas específicas ainda hoje.

Trump prometeu isentar tarifas de tecnologia… mas não deve durar muito

Um comunicado da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, publicado na sexta-feira à noite, informou que chips semicondutores e eletrônicos, como computadores, tablets e relógios da Apple, estariam isentos de várias tarifas impostas à China.

Para se ter uma ideia, dados do Census Bureau divulgados pelo Wall Street Journal revelaram que os produtos isentos foram 23% das importações dos EUA no ano passado. Desse número, 26% vieram da China, com 81% sendo smartphones e 78%, monitores de computador.

Trump prometeu que falaria sobre o assunto nesta segunda-feira.

Disputa comercial entre EUA e China continua (Imagem: Chip Somodevilla e Kaliva – Shutterstock)

No final de semana, o Secretário de Comércio, Howard Lutnick, afirmou que os produtos de tecnologia enfrentarão tarifas específicas para esse setor em um ou dois meses. Ou seja, as isenções são apenas temporárias. O assessor comercial da Casa Branca, Peter Navarro, corroborou com a estratégia, dizendo que a política oficial é “sem isenções, sem exclusões”. 

Também no domingo, Trump escreveu na Truth Social que “não houve nenhuma isenção anunciada na sexta-feira”. O comunicado da Alfândega e Proteção de Fronteiras foi suficiente para levantar os ânimos da indústria, em um cenário em que a disputal comercial entre EUA e China está acirrada, com tarifas para produtos importados que já passam dos 100%.

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Bolsa está otimista

O mercado parece ter se animado com a possibilidade de isenção de tarifas, mesmo que temporariamente. Na semana passada, após o anúncio da pausa do tarifaço por 90 dias, as big techs registraram ganhos importantes, depois de dias consecutivos de quedas. O Olhar Digital deu detalhes aqui.

Neste início de semana, a perspectiva parece positiva:

  • Ações de empresas asiáticas subiram após o comunicado das isenções – principalmente de fabricantes de chips e fornecedoras de equipamentos para smartphones e outros eletrônicos.
  • A maior fabricante de chips da China, a SMIC, teve alta de 0,5% no pregão da tarde desta segunda-feira em Hong Kong. A Hua Hong Semiconductor avançou 3,05%;
  • Ainda entre as fornecedoras de chips, a japonesa Tokyo Electron subiu 2,4% e a sul-coreana Samsung Electronics, 1,8%;
  • Empresas fornecedoras de equipamentos para a Apple na Ásia também tiveram ganhos. A taiwanesa Largan Precision subiu 5,2% e a Foxconn Technology, 3%;
  • Fabricantes de computadores entraram na onda: Lenovo subiu 3,4% e Quanta Computer, 5,8%.
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Setor de eletrônicos, incluindo fornecedoras da Apple, ficaram esperançosas (Imagem: Hadrian / Shutterstock)

Incerteza também afeta consumidor

As ações podem ter se recuperado, mas o clima ainda é de incerteza. O comunicado de Trump esperado para esta segunda-feira deve movimentar o setor (de novo).

As empresas não são as únicas afetadas. Segundo Adam Thierer, pesquisador sênior do think tank R Street Institute, focado em tecnologia e inovação, a “montanha-russa tarifária” continua tendo efeitos negativos e prejudica a confiança do consumidor, principalmente em relação à inflação.

Além disso, ele e outros especialistas alertaram que as taxas nos produtos de tecnologia prejudicam os EUA na corrida de inteligência artificial contra a China.

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