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Amazon mais cara? Tarifas de Trump podem impactar no bolso, alerta CEO

Andy Jassy, CEO da Amazon, alertou para a possibilidade de aumento nos preços dos produtos vendidos na plataforma. A declaração foi feita na última quinta-feira (10) durante entrevista à CNBC, na qual o executivo apontou as tarifas de importação de Donald Trump como a principal causa do impacto econômico.

Segundo Jassy, a gigante do comércio eletrônico está avaliando as mudanças nos custos da empresa, causadas pela guerra tarifária, e fará o possível para manter os preços. No entanto, ele acredita que os vendedores terceirizados, responsáveis por 60% do volume de vendas da Amazon, não terão a mesma capacidade de absorver os custos adicionais e, consequentemente, repassarão o aumento para os consumidores.

“Entendo que, dependendo do país, não há uma margem extra para absorver esses custos. Acredito que tentarão repassar o custo”, afirmou Jassy durante a entrevista.

Amazon busca alternativas

Temendo o aumento de preços, alguns consumidores da Amazon anteciparam suas compras, estocando produtos antes da implementação das tarifas. A própria Amazon adotou uma estratégia semelhante, realizando “compras estratégicas de estoque” para se proteger dos impactos econômicos.

Além disso, a empresa está buscando renegociar os preços com seus fornecedores, a fim de evitar aumentos que seriam repassados aos clientes. A diversificação dos fornecedores para a construção de data centers de IA também é uma medida da Amazon para evitar a dependência de um único mercado.

Guerra tarifária afeta vendedores terceirizados, muitos dos quais são chineses ou compram seus produtos da China. O aumento das tarifas torna os produtos importados mais caros, o que pode levar ao aumento dos preços para os consumidores. (Imagem: BongkarnGraphic/Shutterstock)

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Cancelamento de pedidos

Apesar das medidas tomadas pela Amazon, a Bloomberg noticiou que a empresa cancelou pedidos de diversos produtos fabricados na China e em outros países asiáticos. A medida, tomada após a entrada em vigor das novas tarifas, visa evitar custos extras.

A guerra tarifária entre Estados Unidos e China, com a recente atualização das tarifas sobre produtos chineses atingindo 145%, pode ter um impacto significativo não só na economia global, mas também no bolso do consumidor.

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Para derrubar a Microsoft, Google oferece descontos para o governo dos EUA

O Google anunciou um novo acordo com a Administração de Serviços Gerais dos Estados Unidos (GSA) que prevê descontos de até 71% no pacote de aplicativos corporativos Google Workspace para agências federais. As informações são da Reuters.

A medida pode gerar até US$ 2 bilhões em economia caso seja adotada amplamente por todo o governo.

Gestão de Trump está focada em economizar

A iniciativa surge em meio ao esforço do governo do ex-presidente Donald Trump de reduzir gastos públicos, liderado pela equipe de reforma administrativa conhecida como DOGE (Departamento de Eficiência Governamental), apoiada por Elon Musk.

Uma das frentes desse movimento é revisar contratos e otimizar os custos operacionais das agências públicas, muitas das quais estão sendo enxugadas ou reformuladas.

Segundo a GSA, o novo modelo de precificação é baseado em volume nacional — ou seja, válido para todo o governo federal — e não mais em acordos isolados por agência, como era feito anteriormente. Isso promete facilitar a adesão e ampliar o impacto financeiro positivo para os cofres públicos.

O Google oferece seus softwares para agências federais dos Estados Unidos (Imagem: JHVEPhoto/Shutterstock)

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O que o Google pretende

  • O objetivo do Google com o acordo é claro: enfraquecer o domínio da Microsoft no setor de software governamental.
  • Em 2021, a empresa de Redmond detinha cerca de 85% desse mercado nos EUA, de acordo com dados da consultoria Omdia.
  • O Google, por sua vez, vem investindo em inteligência artificial para fortalecer o Workspace, que agora integra funcionalidades impulsionadas pelo seu modelo de IA Gemini.

Embora o Google Workspace já esteja presente em algumas instituições federais — como o Laboratório de Pesquisa da Força Aérea, que utiliza a plataforma desde 2021 —, a expectativa é que os descontos incentivem uma adoção muito mais ampla.

O acordo com a GSA é válido até 30 de setembro e pode representar uma oportunidade estratégica para o Google ganhar espaço em um setor historicamente difícil de penetrar.

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Google colabora com um dos objetivos de Trump, que é cortar gastos públicos – Imagem: Evan El-Amin/Shutterstock

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iPhone fabricado nos EUA não deve virar realidade; entenda os motivos

O presidente dos EUA, Donald Trump, gostaria de ver iPhones sendo fabricados nos Estados Unidos como um símbolo do sucesso de sua política tarifária e de seu compromisso com o retorno da produção industrial ao país.

A Casa Branca chegou a afirmar que o investimento de US$ 500 bilhões prometido pela Apple nos próximos quatro anos seria um indicativo de que isso é possível. Porém, especialistas afirmam que essa meta é altamente improvável no curto prazo, conforme relata um artigo da Bloomberg.

EUA carecem da infraestrutura e mão de obra que se encontra na Ásia

  • A produção do iPhone exige um ecossistema complexo de fornecedores, instalações gigantescas e mão de obra altamente treinada — fatores que hoje só existem, em escala, na Ásia.
  • A China, em especial, lidera esse processo com mega fábricas que funcionam como pequenas cidades, abrigando centenas de milhares de trabalhadores.
  • Nos EUA, faltam tanto infraestrutura quanto profissionais qualificados para esse tipo de operação.
  • Além disso, a Apple já está apostando na Índia como sua principal alternativa à China, com uma nova megafábrica que deve produzir dezenas de milhões de iPhones por ano.
  • Embora o Brasil também tenha uma pequena linha de montagem, ela atende apenas modelos mais antigos.
Plano de Trump enfrenta a complexidade da produção da Apple, que continua apostando na Ásia (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

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China ainda oferece as melhores condições

A Apple argumenta que a razão para manter a produção na China não é salarial, mas sim a concentração de conhecimento técnico. O CEO Tim Cook já afirmou que é possível reunir milhares de engenheiros especializados em um único local na China — algo inviável nos EUA atualmente.

Automatizar toda a produção, como alguns sugerem, também é inviável. O design do iPhone muda constantemente, o que exige uma reconfiguração rápida das linhas de montagem — algo que ainda depende do trabalho humano.

Mesmo países como a Tailândia, Vietnã e Malásia, onde a Apple produz outros dispositivos, ainda não oferecem escala ou infraestrutura para competir com a China na produção de iPhones.

No momento, as fábricas indianas devem ajudar a Apple a contornar tarifas e manter o fornecimento para o mercado norte-americano, mas a dependência da Ásia continua forte — e a produção nos EUA permanece uma meta distante.

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Apple mantém produção de iPhones concentrada na Ásia por causa de escala, especialização e infraestrutura (Imagem: Wongsakorn 2468/Shutterstock)

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Tarifaço: montadoras já começam a abandonar os EUA

As tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já começaram a movimentar o setor automotivo nos Estados Unidos. Marcas tradicionais, como Audi e Jaguar Land Rover, foram as primeiras a suspender a exportação de veículos para o país.

A taxa extra de 25% sobre o setor de autopeças e na importação de carros de passeio e picapes prontas começou a valer no dia 3 de abril. A resposta veio em menos de uma semana.

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Além da Audi e da Jaguar Land Rover, outras montadoras também reagiram ao tarifaço do republicano. O Grupo Stellantis, responsável por Jeep e Fiat, por exemplo, paralisou a produção em fábricas no Canadá e no México – e suspendeu centenas de funcionários.

Várias marcas, aliás, mantêm plantas no México. E por vários motivos: a mão de obra é mais barata do que nos EUA, o governo federal dá bastante apoio, os impostos são mais baixos e a localização geográfica é excelente, facilitando o envio de carros para o vizinho americano.

A Jaguar Land Rover foi uma das primeiras montadoras a “abandonar os EUA”, mas ela não será a única – Imagem: Zakaria Zayane/Unsplash

O que pode acontecer agora?

  • O g1 conversou com representantes de várias montadoras e, obviamente, nenhuma delas gostou do tarifaço.
  • A grande maioria, no entanto, disse apenas que ainda avalia os efeitos da medida antes de tomar qualquer decisão.
  • Especialistas da área, porém, já fazem suas projeções sobre o futuro do setor.
  • A principal aposta é de um crescimento menor em 2025.
  • Alguns estudos falavam em uma alta global de 4% – número que deve cair agora.
  • Essa queda tem a ver com uma redução das vendas – uma redução que deve chegar à casa de 1 milhão de veículos.
  • Isso por causa da alta dos preços: a tarifa deve aumentar o valor dos carros em até US$ 12 mil (mais de R$ 60 mil), o que deve assustar uma boa parte do público.
  • Ah, mas isso não vai favorecer as empresas americanas?
  • Sim, mas a troca não é automática e orgânica.
  • Uma pessoa que quer um Audi específico não vai comprar um Ford no lugar dele.
  • A tendência é que esse consumidor espere mais para comprar o próximo carro.
  • O tarifaço também deve prejudicar o nível de emprego, a produção local e a eletrificação da frota.
  • Uma grande parte dos componentes de EVs são importados e isso deve atrasar a transição no país.
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O tarifaço de Trump tem potencial para destruir mercados globais – e até mesmo levar a uma recessão – Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock

O que Trump alega?

O governo Trump reclama que todo o mundo estaria cobrando tarifas desproporcionais dos Estados Unidos. Ele já citou mais de uma vez o exemplo europeu. E, de fato, a União Europeia cobra uma taxa de 10% sobre os veículos americanos, sendo que os EUA cobravam antes um valor de apenas 2,5% sobre carros de passeio europeus.

Agora, o que Trump não fala é que os mesmos EUA aplicam um tributo de 25% sobre todas as picapes importadas – justamente o modelo de carro que faz mais sucesso no país.

Na ponta do lápis, portanto, as taxas não são tão desproporcionais assim.

O presidente dos EUA também disse esperar que a mudança ajude a fortalecer a indústria nacional. É verdade que o país possui algumas gigantes, como Ford e GM, mas é difícil ver essas duas companhias respondendo pela quase totalidade do mercado.

Dados da agência de classificação de risco Standard & Poor’s mostram que, em 2024, 46% dos 16 milhões de veículos vendidos nos Estados Unidos no período foram importados. Estamos falando, portanto, de mais de 7 milhões de carros!

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Trump reclama das tarifas de outros países, mas os EUA cobram altas taxas de picapes importadas, favorecendo empresas locais, como a Ford e a GM – Imagem: Divulgação/Ford

Outro problema está no país de origem desses automóveis. Além do México, a lista inclui potências como Japão, Coreia do Sul e Canadá.

No caso mexicano, 76% da produção é exportada para o vizinho americano. Isso representa mais de 3 milhões de veículos. Se as exportações pararem (ou diminuírem), para onde vai tanto produto?

É claro que essa produção também deve cair, mas ainda assim vai sobrar carro no México. E para onde eles vão? Há uma possibilidade real deles virem para o mercado latino-americano, sobretudo o Brasil, já que os dois países possuem um acordo de livre comércio.

Pois é, o tarifaço de Trump é um verdadeiro tsunami no mercado automotivo. E quem pode sofrer é a nossa indústria, se tivermos de enfrentar a poderosa concorrência mexicana.

As informações são do g1.

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Tarifas de Trump: o que já está valendo?

As tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afetam todos os países do mundo. No entanto, os números são diferentes para cada nação e há também taxações específicas para alguns produtos.

Como se já não fosse um assunto confuso o suficiente, a Casa Branca decidiu adiar a aplicação de cobranças acima de 10%, exceto para a China. Mas, de fato, quais as tarifas que estão em vigor neste momento?

Idas e vindas do presidente norte-americano

  • Trump impôs um imposto mínimo de 10% sobre produtos de quase todos os países do planeta, além de tarifas ainda mais altas, chegando a quase 50%, para alguns parceiros comerciais.
  • A cobrança entrou em vigor no fim de semana passado, mas muitas nações buscaram os EUA para negociar.
  • Isso fez com que a Casa Branca adiasse em 90 dias todas as taxações acima de 10%.
  • A China, no entanto, se posicionou de forma diferente e retaliou os EUA.
  • A reação de Trump foi aumentar ainda mais as tarifas para importações chinesas, que hoje estão em 145%.
  • Mas parece claro que este braço de ferro está longe de terminar.
Principal alvo das tarifas de Trump é a China (Imagem: Knight00730/Shutterstock)

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Outras tarifas também foram anunciadas

Há também outras tarifas em vigor. São taxas de 25% sobre todas as importações de aço, alumínio que entraram em vigor ainda em fevereiro. Neste cenário, o Brasil é bastante afetado, uma vez que é um dos maiores exportadores destes produtos para os EUA.

As tarifas também se aplicam para importações de carros, caminhões e peças de automóveis. Neste último caso, as cobranças devem começar no dia 3 de maio. Já os veículos já estão sendo tarifadas desde o dia 3 de abril.

Indústria automotiva é uma das afetadas pelo tarifaço (Imagem: Jenson/Shutterstock)

Essas cobranças adicionais valem para o mundo todo, exceto para países têm acordos comerciais específicos em vigor. É o caso do Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA). Mesmo assim, os vizinhos dos EUA estão sofrendo com a medida.

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Trump vai pausar tarifas por 90 dias – menos para a China

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (09) que pausará as tarifas em produtos importados por 90 dias. Nesse tempo, ele manterá tarifas recíprocas mínimas de 10%. Há apenas uma exceção: a China.

Em publicação na rede social Truth Social, o republicano anunciou que as tarifas contra os chineses subirão pela segunda vez no mesmo dia. Dessa vez, chegarão a 125%.

O governo não admite pressão internacional na decisão, mas sim que a pausa serve para que os Estados Unidos tenham tempo para negociar acordos comerciais.

Tarifas contra China chegam a 125% (Imagem: amagnawa1092/Shutterstock)

Trump vai pausar tarifas

A Casa Branca decidiu pausar as tarifas por 90 dias, conforme anunciado por Trump no Truth Social. Nesse tempo, ele manterá tarifas recíprocas mínimas de 10%.

A exceção é a China. Ele chamou a resposta do governo chinês de “falta de respeito” e aumentou a taxa para 125%. Esse foi o segundo aumento no mesmo dia, já que, às 00h01, a taxa havia subido para 104%.

Ambas medidas passam a valer imediatamente. Veja o que Trump escreveu:

Com base na falta de respeito que a China demonstrou em relação aos mercados mundiais, estou aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com vigência imediata. Em algum momento, espero que em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de roubo dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis. Por outro lado, e com base no fato de que mais de 75 países convocaram representantes dos Estados Unidos, incluindo os Departamentos de Comércio, do Tesouro e o USTR, para negociar uma solução para os assuntos que estão sendo discutidos em relação a comércio, barreiras comerciais, tarifas, manipulação de moedas e Tarifas Não Monetárias, e que esses países não tenham, por minha forte sugestão, retaliado de qualquer maneira, forma ou jeito contra os Estados Unidos, autorizei uma PAUSA de 90 dias e uma Tarifa Recíproca substancialmente reduzida durante esse período, de 10%, também com vigência imediata. Obrigado por sua atenção nesse assunto!

Donald Trump, no Truth Social

Representante do governo justificou decisão (Imagem: White House/Reprodução)

O secretário do Comércio, Howard Lutnick, estava com Trump durante o anúncio. Ele escreveu nas redes sociais que “o mundo está pronto para trabalhar com o presidente Trump para consertar o comércio global, e a China escolheu a direção oposta”.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, deu uma coletiva de imprensa na frente da Casa Branca após o recuo das tarifas. Segundo ele, as decisões são de responsabilidade de Trump e ele teria recompensado os países por não retaliarem os Estados Unidos.

O governo não admite que a decisão tenha sido por causa da pressão internacional ou perdas na bolsa de valores. Bessent defendeu que a pausa daria tempo para que o governo ampliasse as negociações com os países dispostos a conversar.

Matéria em atualização

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Big techs sob pressão: tarifaço de Trump pode frear corrida da IA

O tarifaço anunciado recentemente pelo presidente dos EUA, Donald Trump, tem pressionado big techs. E isso pode frear o desenvolvimento de inteligência artificial (IA) no país, segundo o Wall Street Journal (WSJ).

Entre as empresas que tem bancado a expansão da IA nos EUA, estão: Amazon, Alphabet (dona do Google), Meta e Microsoft. Juntas, elas planejam gastar mais de US$ 270 bilhões (R$ 1,6 trilhão) com data centers voltados para IA em 2025, segundo estimativa do Citigroup.

No entanto, manter esse ritmo de investimento depende da disposição em gastar, mesmo com o risco de recessão no horizonte da economia estadunidense. “É pedir muito. Provavelmente demais“, aponta a reportagem do WSJ.

Medo de ficar para trás impulsionava corrida da IA, mas tarifaço do Trump muda cenário

Parte da corrida por investimentos em IA vinha do medo de ficar para trás. Agora, o cenário mudou, segundo o WSJ. Big techs já mostraram agilidade em se adaptar (na pandemia, por exemplo). Mas nem todas têm a mesma estrutura para resistir à crise.

Nem todas as big techs dos EUA têm estrutura para resistir à possível crise que paira no horizonte (Imagem: Ascanio/Shutterstock)

A Meta, por exemplo, depende quase totalmente de publicidade. E anúncios são um setor vulnerável. Isso porque tarifas mais altas encarecem produtos, reduzem o consumo e podem derrubar os investimentos em marketing.

O Google também é sensível a esse cenário, aponta o WSJ. Cerca de três quartos da receita da big tech vieram de publicidade em 2024. A Amazon também pode sofrer por depender do consumo em seu e-commerce e de negócios de publicidade.

Janelas de serviços de nuvem das big techs Amazon, Google e Microsoft abertas em navegador
Amazon, Google e Microsoft podem ter mais resistência à possível crise trazida pelo tarifaço de Trump por oferecerem serviços de nuvem para empresas (Imagem: Michael Vi/Shutterstock)

No entanto, as big techs aparecem junto da Microsoft entre as que podem ter mais resistência. Isso porque essas têm grandes operações de computação em nuvem voltadas para empresas. Nesses casos, o retorno dos investimentos em IA é mais direto — embora ainda incerto.

Outro nome possivelmente afetado é a Nvidia. A empresa vinha se beneficiando da corrida por data centers. Promessas do CEO, Jensen Huang, entusiasmavam investidores até março. “Agora, num piscar de olhos de Trump, tudo isso pode virar apenas ilusão”, diz o Wall Street Journal.

Possíveis impactos das tarifas

Donald Trump falando
Tarifaço de Donald Trump pode levar empresas a investirem mais ou servir de justificativa para cortes de gastos (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Antes das tarifas, as gigantes da tecnologia aceleravam os gastos com IA. Em fevereiro, o Citi estimou que o setor planejava investir US$ 325 bilhões (R$ 1,9 trilhão) em data centers em 2025.

No entanto, existe um problema: a IA ainda não se mostrou um negócio altamente lucrativo. Até agora, os lucros não acompanham o tamanho dos investimentos.

Leia mais:

Para alguns analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, esse é o momento de reforçar os aportes. Mas esse ponto é questionável.

  • De um lado, há quem argumente que as empresas de tecnologia vão usar as tarifas de Trump como um sinal para investir ainda mais na área, reduzindo gastos em outras partes do negócio;
  • De outro, especialistas acreditam que a tendência mais provável é algumas empresas recuarem e usarem as tarifas como justificativa para cortar gastos.

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Tarifaço do Trump começou para a China – e Pequim revidou à altura

A segunda etapa do plano tarifário (o tarifaço) do presidente dos EUA, Donald Trump, entrou em vigor nesta quarta-feira (09). O país mais atingido é a China, cujos produtos serão taxados em 104%. E o país asiático revidou, anunciando tarifas de 84% sobre produtos importados dos EUA a partir de quinta-feira (10).

No total, cerca de 60 países serão atingidos pela nova etapa do tarifaço de Trump. Ela ocorre após taxação ser imposta a mais de 180 nações na última sexta-feira (04). Entre elas, estavam o Brasil e a China. E o país asiático tinha sido alvo de uma das taxas mais altas (34%).

A nova tarifa por parte da China representa uma alta de 50% frente aos também 34% anunciados pelo governo asiático na última sexta, em retaliação ao tarifaço de Trump.

Tarifaço: guerra entre EUA e China já tem consequências em diversos setores

Alguns dos efeitos da guerra comercial já começaram a ser sentidos em diversos setores da economia.

Guerra tarifária entre China e Estados Unidos impacta diversos setores da economia – talvez, todos (Imagem: amagnawa1092/Shutterstock)

A Nintendo, por exemplo, adiou a pré-venda recém-anunciada do Switch 2. A Jaguar Land Rover suspendeu embarques de carros para os EUA em abril. E tanto a Framework quanto a Razer pausaram vendas de alguns laptops.

A fabricante norte-americana de chips de memória Micron anunciou que aplicará uma taxa extra em seus produtos a partir de 9 de abril, caso as tarifas mais altas entrem em vigor. E outras empresas provavelmente seguirão o mesmo caminho em breve, segundo o Verge.

Além disso, a Apple perdeu o posto de empresa mais valiosa, o setor automotivo enfrenta efeito drástico e essa história de tarifaço pode sobrar até para Hollywood.

Próxima etapa do tarifaço

Donald Trump com o punho direito erguido
Donald Trump disse disse que outra grande tarifa vai ser anunciada “muito em breve” (Imagem: Anna Moneymaker/Shutterstock)

Ao discursar durante um jantar em Washington, Trump disse a apoiadores: “Estamos fazendo acordos e os países estão pagando as tarifas”. E acrescentou que “muito em breve” outra grande tarifa será anunciada, segundo a BBC.

Leia mais:

A próxima etapa do tarifaço de Trump vai mirar na indústria farmacêutica. A ideia é pressionar as empresas do setor a “deixarem a China” e desenvolverem sua fabricação nos Estados Unidos.

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Setor de US$ 1 trilhão dos EUA na mira de retaliação global

O recente “tarifaço” imposto por Donald Trump, embora tenha poupado um lucrativo setor dos Estados Unidos, acendeu um alerta para possíveis retaliações de outros países.

Com uma receita anual superior a US$ 1 trilhão e um superávit de quase US$ 280 bilhões, os EUA dominam o mercado de serviços, um pilar fundamental da economia global que, ironicamente, pode se tornar o calcanhar de Aquiles da guerra comercial.

Serviços dos EUA em risco

O setor de serviços, que abrange áreas como tecnologia, finanças e entretenimento, foi deixado de fora das tarifas de Trump, uma decisão que não surpreende, dada a sua importância para a balança comercial americana. No entanto, essa aparente blindagem pode se revelar um erro estratégico.

Os números não mentem: em 2023, os EUA exportaram cerca de US$ 1 trilhão em serviços, um valor três vezes superior ao da China, o segundo maior exportador, destaca o g1. O Brasil, por sua vez, ocupa a modesta 33ª posição nesse ranking.

Desde a utilização de smartphones e internet até o aluguel de imóveis para temporada, a influência dos serviços americanos é inegável. (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

A União Europeia, por exemplo, já explora a possibilidade de taxar as gigantes de tecnologia americanas, as chamadas “big techs”. Essa medida seria uma forma eficaz de retaliação, dada a forte dependência global dos serviços digitais americanos.

A imposição de taxas sobre os serviços americanos teria um impacto direto nos consumidores, encarecendo produtos e serviços. No entanto, essa medida também poderia gerara outro efeito: estimular a concorrência, abrindo espaço para empreendedores investirem em alternativas.

Leia mais:

A dúvida que paira no ar é se o setor de serviços se tornará o próximo campo de batalha da guerra comercial iniciada por Trump. A resposta dependerá da reação dos países afetados pelo “tarifaço” e da disposição do governo americano em negociar.

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TSMC pode ser multada em bilhões por violar regras de chips

A Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC) está sujeita a uma multa de US$ 1 bilhão (R$ 5,9 bilhões) por supostamente ter exportado chips para processadores da Huawei, violando regras comerciais dos Estados Unidos. A informação é da Reuters.

O Departamento de Comércio americano está investigando a venda de quase três milhões de chips da empresa taiwanesa para a chinesa Sophgo, de soluções em nuvem.

Os aparelhos, no entanto, teriam acabado em processadores de IA da Huawei.

Por se tratar de fabricação com tecnologia americana, o chip da TSMC está sujeito a controles de exportação dos EUA, que impediu a venda de certos chips avançados para clientes na China — incluindo a Huawei.

Huawei está proibida de adquirir tecnologias americanas sem licença (Imagem: HJBC/iStock)

As ações da TSMC caíram quase 3% e foram negociadas em leve baixa após a notícia, segundo a Reuters. Altos funcionários consultados pela reportagem disseram que planejam buscar penalidades maiores para violações de exportação.

Leia Mais:

Momento delicado

A investigação ocorre ao mesmo tempo em que a guerra comercial toma conta das relações EUA-Taiwan. Na semana passada, o presidente Donald Trump anunciou uma taxa de 32% sobre as importações de Taipei, excluindo chips.

Trump taxou importações de Taipei em 32% (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Em março, a TSMC havia prometido um investimento de  US$ 100 bilhões nos Estados Unidos, com a construção de cinco instalações adicionais de chips nos próximos anos.

Em uma declaração enviada à Reuters, a porta-voz da TSMC, Nina Kao, disse que a empresa não fornece serviços para a Huawei desde setembro de 2020, e que a companhia está cooperando com o Departamento de Comércio.

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