O novo prazo para resolver o impasse envolvendo o TikTok nos Estados Unidos acaba no mês de abril. E apesar dos esforços do presidente Donald Trump, o banimento da rede social ainda é uma possibilidade real.
Para que não deixe de operar no país, a ferramenta precisa passar para o controle de donos norte-americanos, o que a ByteDance, dona da plataforma, não aceita.
No entanto, uma nova sugestão foi apresentada pela Casa Branca.
Fim das tarifas comerciais poder ser a solução
Trump afirmou que pode cortar as novas tarifas impostas sobre a China em troca de um acordo envolvendo o TikTok. O republicano ainda informou que está disposto a estender o prazo para resolução do impasse, que acaba no dia 5 de abril, embora senadores dos EUA pressionem para que isso não aconteça.
Com relação ao TikTok, e a China terá que desempenhar um papel nisso, possivelmente na forma de uma aprovação, talvez, e acho que eles farão isso. Talvez eu dê a eles uma pequena redução nas tarifas ou algo assim para fazer isso.
Donald Trump, presidente dos EUA
O republicano quer usar as tarifas comerciais como forma de obrigar a China negociar o TikTok (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)
As declarações do presidente dos EUA aconteceram depois do anúncio de novos impostos de importação de 25% para todos os carros e peças de automóveis que entrem no país. Separadamente, a Casa Branca aumentou as taxas sobre todas as importações da China para 20%.
O governo chinês condena a adoção das tarifas e afirma que elas violam as regras do livre comércio. Por conta disso, Pequim pediu que os EUA suspendam as medidas imediatamente, o que pode acabar sendo um moeda de troca no caso TikTok.
TikTok ainda pode ser banido dos EUA (Imagem: salarko/Shutterstock)
Rede social chegou a ser retirada do ar
O prazo inicial para que o TikTok evitasse o banimento da rede social nos EUA acabou em 19 de janeiro.
A justiça do país, então, determinou a interrupção das operações, medida que foi revertida por decreto do presidente Donald Trump, que deu mais 75 dias de prazo para resolver a situação.
O principal impasse é em relação ao uso feito dos dados coletados pela plataforma, que seriam enviados para o governo da China, representando um risco para a segurança nacional norte-americana.
Por isso, o TikTok está sendo pressionado para vender as operações para um dono dos EUA, o que não aconteceu até agora.
A empresa chinesa e o governo do país asiático contestam as alegações e acusam os norte-americanos de ferirem os princípios da concorrência justa.
O governo Trump intensificou as restrições ao acesso da China à tecnologia americana, impondo limites mais rígidos do que os implementados pelo governo Biden. As informações são do Wall Street Journal.
Na última terça-feira, os EUA adicionaram dezenas de empresas chinesas à lista negra comercial, exigindo que empresas americanas obtenham aprovação do governo para vender tecnologia para essas entidades.
Entre as adicionadas estavam subsidiárias do Inspur Group, o maior fabricante de servidores da China, e empresas ligadas ao maior fabricante de supercomputadores do país, Sugon.
Políticas de Trump vão intensificando as tensões comerciais entre as duas potências (Imagem: WD Stuart/iStock)
Tensões crescentes
As mudanças refletem a intenção do governo Trump de restringir ainda mais a compra de tecnologia americana por empresas chinesas, especialmente no setor de computação de alto desempenho, usado em aplicações militares e no desenvolvimento de armas hipersônicas.
A lista de entidades inclui quase 80 empresas, a maioria chinesas, e a medida gerou atritos entre as duas maiores economias do mundo.
Durante o governo Biden, houve limitações à compra de chips de ponta, o que também gerou críticas de executivos do setor de tecnologia, como a Nvidia.
Entre as empresas afetadas, está a Inspur Electronic, uma subsidiária do Inspur Group, que trabalha com a Nvidia na China. A empresa montava servidores de inteligência artificial usando chips Blackwell da Nvidia, cuja venda à China foi proibida.
A medida reflete as preocupações dos EUA sobre o uso da tecnologia americana para fins militares pela China, enquanto as tensões entre os dois países continuam a aumentar. A China criticou a ação dos EUA, acusando-os de comportamento hegemônico e violação do direito internacional.
Trump quer impedir ainda mais o acesso de tecnologia americana para a China (Imagem: Jonah Elkowitz/Shutterstock)
Integrantes da administração de Donald Trump e do DOGE, departamento liderado por Elon Musk, conversam sobre assuntos importantes e delicados no Signal. Mas por que o aplicativo de mensagens caiu nas graças do governo?
Esse aplicativo é conhecido por sua segurança e privacidade. E por oferecer um bom ambiente para conversas “em off”. Servidores públicos federais e oficiais do alto escalão do governo Trump migraram para o app em busca de sigilo, segundo o jornal Washington Post.
Nesta semana, ocorreu um deslize. A Atlantic revelou que integrantes do governo Trump discutiram planos de guerra no app. Como a revista descobriu isso? O editor-chefe, Jeffrey Goldberg, foi incluído por acidente no grupo onde figurões conversaram sobre ataques militares.
“Eu não conseguia acreditar que a liderança da segurança nacional dos Estados Unidos iria comunicar no Signal sobre planos de guerra iminentes”, escreveu Goldberg em seu relato, publicado na segunda-feira (24).
Signal passou a ser usado pelo governo dos EUA após Trump reassumir presidência
Até pouco tempo atrás, o Signal era mais conhecido entre geeks do Vale do Silício e dissidentes globais por deixar poucos vestígios digitais.
Uso do Signal é tática para proteger comunicação do governo, diz jornal (Imagem: Anna Moneymaker/Shutterstock)
Sua adoção entre burocratas federais ocorreu após o retorno de Trump à cadeira de presidente dos EUA. É uma tática para proteger a comunicação do governo, disseram servidores ouvidos, sob condição de anonimato, pelo jornal.
Essa mudança marcam uma transformação cultural para os oficiais do governo federal, funcionários e o público que eles servem, aponta a reportagem. “Adotar o Signal e outras táticas de fuga de vigilância dos espiões e bilionários vem com a possível perda de histórico em tempo real da administração Trump.”
Os eleitores nunca terão um relato completo das políticas feitas em seus interesses quando oficiais e trabalhadores se comunicam em canais privados e fechados para os cidadãos dos EUA. É o que disse Lauren Harper, da Freedom of the Press Foundation.
Quando há “segredo de ambos os lados”, disse Harper, “o público não tem como entender o que está acontecendo dentro do governo”.
Organização sem fins lucrativos processa membros do governo Trump por uso do Signal
Um grupo de vigilância governamental processou o Secretário de Defesa, Pete Hegseth, e outros oficiais da administração Trump por discutirem planos militares no Signal.
A American Oversight alega que a conversa no aplicativo violou as leis federais de registros. A ação foi apresentada num tribunal federal de Washington D.C.
Organização sem fins lucrativos alega que conversa entre membros do governo Trump no Signal violou as leis federais de registros (Imagem: Michele Ursi/Shutterstock)
“A Lei de Registros Federais exige que os oficiais federais preservem as comunicações relacionadas a negócios oficiais do governo”, afirmou a organização sem fins lucrativos em comunicado.
A organização disse, em comunicado, que busca “recuperar mensagens deletadas ilegalmente e evitar destruição adicional”.
Além de Hegseth, oficiais mencionados incluem a diretora de inteligência nacional, Tulsi Gabbard; o diretor da CIA, John Ratcliffe; o secretário do Tesouro, Scott Bessent; e o Secretário de Estado, Marco Rubio.
O conselheiro de segurança nacional Mike Waltz disse, na terça-feira (25), que assume “total responsabilidade” pelo incidente envolvendo o Signal e o jornalista da Atlantic.
O conselheiro de segurança Mike Waltz assumiu a responsabilidade pelo deslize da semana do governo Trump envolvendo o Signal e um jornalista (Imagem: noamgalai/Shutterstock)
Em entrevista à Fox News, Waltz disse que foi ele quem criou o grupo no qual o editor-chefe foi incluído por acidente. E acrescentou: “cometemos um erro”.
Waltz afirmou que lições foram aprendidas e que “não estamos mais usando” o aplicativo de mensagens.
Signal é um aplicativo de mensagens. Seu nome pipocou na imprensa após a The Atlantic revelar que integrantes do governo Trump discutiram planos de guerra no app. Como a revista descobriu isso? O editor-chefe, Jeffrey Goldberg, foi incluído por acidente no grupo onde figurões da administração conversaram sobre ataques contra rebeldes no Iêmen.
“Eu não conseguia acreditar que a liderança da segurança nacional dos Estados Unidos iria comunicar no Signal sobre planos de guerra iminentes”, escreveu Goldberg em seu relato, publicado na segunda-feira (24). Para você ter ideia, entre os integrantes deste grupo no Signal estavam o secretário de Defesa, Pete Hegseth; o secretário de Estado, Marco Rubio; e o vice-presidente J.D. Vance.
Ao ser questionado sobre o episódio, considerado “uma falha extraordinária” de segurança pelo jornal New York Times, Donald Trump disse apenas: “Eu não sei de nada. Você está me contando isso pela primeira vez”, segundo a BBC.
Signal parece Telegram e WhatsApp, mas tem camadas a mais de privacidade
O Signal é um aplicativo de mensagens com foco em privacidade e segurança. No geral, é parecido ao Telegram e ao WhatsApp. Por meio dele, dá para enviar mensagens, áudios e figurinhas. Também dá para fazer chamadas de áudio e vídeo. Mas o app tem camadas a mais de privacidade.
Signal parece Telegram e WhatsApp, mas facilita anonimato (Imagem: Michele Ursi/Shutterstock)
O aplicativo usa protocolo de criptografia de ponta a ponta – assim, interceptar a troca de mensagens fica basicamente impossível. Se isso parece familiar para você, é porque deve ser mesmo. O WhatsApp usa esse protocolo (e o menciona em suas propagandas) desde 2016.
Além disso, não dá para rastrear os usuários do Signal pelo número de celular. Em outras palavras, é um ambiente mais adequado para conversas “em off” por garantir o anonimato. Por isso, atrai informantes, jornalistas e ativistas de direitos humanos, por exemplo. Isto é, pessoas que geralmente precisam de mais privacidade na hora de se comunicar.
Lançado em 2012, o aplicativo é mantido atualmente pela Signal Foundation, organização sem fins lucrativos criada em fevereiro de 2018. Figuras como Elon Musk (conselheiro de Trump, aliás) e Edward Snowden já recomendaram o uso do Signal.
Aplicativo é conhecido no Brasil
Foi também no Signal onde quatro militares do Exército brasileiro discutiram o Plano Punhal Verde e Amarelo. Num grupo chamado “Copa 2022” e sob codinomes de países, eles conversavam sobre plano de golpe de estado e execução de autoridades, segundo a investigação da Polícia Federal (via G1).
Foi também no Signal que militares do Exército brasileiro conversaram sobre golpe de estado, segundo a Polícia Federal (Imagem: Daniel Constante/Shutterstock)
Entre as autoridades na mira do plano, estavam: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Os militares envolvidos foram presos em novembro de 2024.
O banimento do TikTok nos Estados Unidos ainda é uma realidade. Para que não deixe de operar no país, a rede social precisa passar para o controle de donos norte-americanos, o que a ByteDance, dona da plataforma, descarta.
Em meio a este cenário, o presidente Donald Trump continua buscando uma saída. Mas o republicano agora enfrenta também a pressão de senadores norte-americanos, contrários a mais um adiamento do prazo para resolução do impasse envolvendo a plataforma.
Lei dos EUA precisa ser seguida, dizem os senadores
Três senadores democratas (Ed Markey, Chris Van Hollen e Cory Booker) enviaram uma carta à Casa Branca se opondo a uma nova prorrogação do prazo para a venda do TikTok. Eles afirmam que “é inaceitável e impraticável que o governo continue ignorando os requisitos da lei”.
Trump é contra o banimento do TikTok, mas ainda não encontrou uma saída para a rede social (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)
O grupo alega que a situação tem gerado tensão em empresas dos Estados Unidos, como Apple e Google. Isso porque a lei prevê punições para os provedores de serviços que disponibilizarem a rede social chinesas aos usuários norte-americanos.
As multas podem chegar aos US$ 850 bilhões (mais de R$ 4,8 trilhões). No entanto, Trump garante que ninguém vai ser punido e que a situação vai ser resolvida logo. O presidente dos EUA parece ter duas opções neste momento: estender o prazo novamente após o dia 5 de abril ou convencer os chineses a fazerem negócio. As informações são da The Verge.
TikTok ainda pode ser banido dos EUA (Imagem: salarko/Shutterstock)
Rede social chegou a ser retirada do ar
O prazo inicial para que o TikTok evitasse o banimento da rede social nos EUA acabou em 19 de janeiro.
A justiça do país, então, determinou a interrupção das operações, medida que foi revertida por decreto do presidente Donald Trump, que deu mais 75 dias de prazo para resolver a situação.
O principal impasse é em relação ao uso feito dos dados coletados pela plataforma, que seriam enviados para o governo da China, representando um risco para a segurança nacional norte-americana.
Por isso, o TikTok está sendo pressionado para vender as operações para um dono dos EUA, o que não aconteceu até agora.
A empresa chinesa e o governo do país asiático contestam as alegações e acusam os norte-americanos de ferirem os princípios da concorrência justa.
A Nasa está planejando implementar um plano de reorganização para responder a ordem do presidente Donald Trump de eliminar “desperdício, inchaço e insularidade” em órgãos governamentais, sob a supervisão do departamento comandado por Elon Musk.
O timing não poderia ser pior: a agência espacial americana tem pela frente metas das mais ambiciosas em seus quase 67 anos de história, incluindo um assentamento lunar permanente após a retomada de missões à superfície da Lua no final da década.
Em um e-mail ao qual a CNN obteve acesso, a administradora interina da Nasa, Janet Petro afirmou que uma equipe interna vai definir uma “estratégia para identificar e agir em oportunidades de otimização da nossa organização — seja simplificando operações ou reduzindo relatórios”.
DOGE pressiona por demissões na agência espacial americana (Imagem: bella1105/Shutterstock)
O grupo recebeu o nome de “Tiger Team”, termo usado na era Apollo para se referir a reuniões criadas para lidar com um problema complexo em tempo real durante uma missão espacial, como explica a reportagem.
Janet Petro foi escolhida para liderar a agência até que o Senado americano confirme o novo administrador, o CEO da Shift4 Payments, Jared Isaacman, nomeado por Trump. A engenheira já chefiou as instalações de lançamento do Kennedy Space Center na Flórida.
Em fevereiro, a Nasa fechou um acordo com o Office of Personnel Management que evitou demissões generalizadas de trabalhadores em estágio probatório, como solicitado pelo departamento de Musk, conhecido como DOGE.
Escritórios inteiros da Nasa foram fechados em março (Imagem: SNEHIT PHOTO/Shutterstock)
Mas isso não impediu uma rodada de desligamentos no início de março, quando três escritórios tiveram as atividades encerradas, incluindo duas das principais divisões de políticas e alguns funcionários seniores de ciência e engenharia, em Washington, DC.
Segundo a CNN, os 23 profissionais receberam apenas 30 dias de aviso, e não 60, como prevê um regulamento da agência. A Nasa informou à reportagem que o cronograma está alinhado com a “necessidade urgente de cumprir a Ordem Executiva de Trump e cronogramas mais amplos de reestruturação do governo”.
Por enquanto, não há planos para preencher as posições agora desocupadas, que incluía, por exemplo, a equipe do Escritório de Tecnologia, Política e Estratégia (OTPS) e uma filial específica de Diversidade, Equidade, Inclusão e Acessibilidade. Funcionários disseram à CNN que esperam cortes de 30% a 50% da equipe da agência.
Elon Musk participou de reunião com o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, no Pentágono recentemente, segundo a Reuters. Pouco antes, o New York Times tinha publicado que o bilionário teria acesso a planos secretos de guerra contra a China. No X, o empresário disse aguardar processos contra “aqueles no Pentágono que estão vazando informações maliciosamente falsas para o NYT”.
Além de Musk, o presidente dos EUA, Donald Trump, e outros negaram que o bilionário teria acesso aos tais planos secretos. Hegseth disse que conversou com o empresário sobre inovação e eficiência. “Não havia planos de guerra, nem planos de guerra chineses. Não havia planos secretos.“
Musk participa de reunião com secretário de Defesa enquanto governo investiga possíveis leakers
Ao sair da reunião com o secretário de Defesa, Musk teria dito que a reunião foi bem-sucedida. “Se houver algo que eu possa fazer para ajudar… gostaria que tivéssemos um bom resultado aqui”, teria dito o empresário ao sair. Musk lidera a investida interna da administração Trump para cortar gastos do governo.
Musk lidera a investida interna da administração Trump para cortar gastos do governo (Imagem: bella1105/Shutterstock)
Depois da reunião entre Musk e o secretário de Defesa, Trump disse que não queria mostrar os planos dos Estados Unidos para uma possível guerra com a China a ninguém.
“Não quero mostrar isso a ninguém. Mas certamente você não mostraria isso a um empresário que está nos ajudando tanto”, disse Trump. “Elon tem negócios na China, e ele seria suscetível, talvez, a isso”, acrescentou.
A Casa Branca já havia dito anteriormente que Musk não se envolveria caso surgissem conflitos de interesse entre suas negociações comerciais e sua função de cortar os gastos do governo federal.
Consequências e investigações
Após a controvérsia em torno da matéria do New York Times, uma reunião planejada entre Trump e membros do Estado-Maior Conjunto numa sala conhecida como “The Tank” foi cancelada.
Trump disse que não queria mostrar os planos dos EUA para uma possível guerra com a China a ninguém (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)
Recentemente, a diretora de Inteligência Nacional dos EUA, Tulsi Gabbard, disse que havia ordenado uma investigação sobre os vazamentos de dentro da comunidade de inteligência. Além disso, disse investigar as salas de bate-papo internas em busca de qualquer má conduta por parte dos funcionários.
O presidente dos Estados Unidos Donald Trump anunciou, em coletiva no Salão Oval da Casa Branca na sexta-feira (21), um acordo bilionário com a Boeing para a construção do F-47, caça militar “mais letal já criado” (nas palavras dele). O nome é em homenagem ao próprio Trump, que é o 47º presidente do país.
Detalhes sobre a aeronave não foram revelados e são considerados segredo de estado. O objetivo é preparar o exército estadunidense para possíveis confrontos com a China e Rússia.
Anúncio foi feito por Donald Trump no Salão Oval, sala de coletivas e reuniões da Casa Branca (Imagem: Chiarascura/Shutterstock)
Trump anunciou caça militar letal
De acordo com agência de notícias Reuters, o desenvolvimento e fabricação da aeronave ficarão com a Boeing, após um acordo de mais de US$ 20 bilhões (mais de R$ 100 bilhões). Os detalhes financeiros não foram detalhados, com Trump dizendo apenas que o governo encomendou um “grande pedido”.
O presidente descreveu o caça como o “mais letal já criado” e “praticamente invisível” aos radares. Além disso, afirmou que “os inimigos da América nunca o verão chegando”.
Espero que não precisemos usar o avião para esse fim, mas é importante ter uma aeronave como essa. Se isso algum dia acontecer, eles não saberão o que diabo os atingiu.
Donald Trump, em entrevista no Salão Oval
A aeronave F-47, batizada em homenagem a Trump, fará parte do programa de Dominância Aérea de Nova Geração (NGAD, na sigla em inglês).
Ao contrário do caça militar anteriores, da Lockheed Martin, próxima aeronave será em parceria com a Boeing (Imagem: VDB Photos/Shutterstock)
Como será o F-47?
Informações relacionadas ao NGAD estão protegidas pelas leis de segurança do país. Além do que Trump revelou na coletiva no Salão Oval, não há detalhes sobre o F-47. Design e ficha técnica da aeronave são considerados segredo de segurança estado.
O secretário do Departamento de Defesa Pete Hegseth também estava na coletiva e falou sobre a novidade
Agora temos o F-47, que envia uma mensagem muito direta e clara aos nossos aliados de que não vamos a lugar nenhum… e aos nossos inimigos, de que podemos e seremos capazes de projetar poder ao redor do mundo, sem impedimentos, por gerações vindouras.
Pete Hegseth, secretário do Departamento de Defesa e membro da administração Trump
Já em nota, a Força Aérea dos EUA disse que o F-47 será ponto central do NGAD, com tecnologias de “furtividade de próxima geração, fusão de sensores e capacidades de ataque de longo alcance, a fim de enfrentar os adversários mais sofisticados em ambientes contestados”. A nave será tripulada, mas também pode operar em conjunto com drones.
Caça F-35B é o mais moderno dos EUA atualmente (Imagem: Michael Fitzsimmons / Shutterstock.com)
EUA têm outro caça militar moderno
Atualmente, o caça militar mais moderno dos EUA é o F-35. O modelo é fabricado em conjunto com a Lockheed Martin e está em operação desde 2015. O Olhar Digital deu detalhes sobre essa aeronave aqui;
O Exército também conta com o F-22, fabricada há 20 anos, também em conjunto com a Lockheed Martin;
Este foi o primeiro caça de quinta geração a entrar em serviço, a fim de manter a superioridade dos Estados Unidos nos céus. Ele também pode realizar ataques ao solo.
Nesta sexta-feira (21), o Pentágono deve apresentar a Elon Musk os planos militares dos Estados Unidos para um eventual conflito com a China, segundo informaram dois altos funcionários estadunidenses nesta quinta-feira (20) ao The New York Times.
Outra fonte do jornal afirmou que a apresentação terá foco na China, sem, contudo, revelar mais detalhes. Um quarto funcionário confirmou a presença de Musk no Pentágono na sexta-feira (21), mas também não forneceu informações adicionais.
Conceder a Musk acesso a alguns dos segredos militares mais bem guardados do país representaria ampliação significativa de seu já extenso papel como conselheiro do presidente Donald Trump e líder na iniciativa de redução de gastos e eliminação de pessoas e políticas consideradas indesejáveis pelo governo.
Essa situação também evidencia as questões relativas aos conflitos de interesse envolvendo Musk, visto que ele atua em diversas áreas da burocracia federal enquanto continua à frente de empresas que são importantes contratadas pelo governo. Nesse contexto, o bilionário e CEO de SpaceX e Tesla é um dos principais fornecedores do Pentágono e possui investimentos financeiros expressivos na China.
Bilionário está ganhando cada vez mais poderes (Imagem: Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock)
Musk e os planos militares mais bem guardados do mundo
Os chamados planos de guerra do Pentágono, conhecidos no meio militar como O-plans ou planos operacionais, estão entre os segredos mais protegidos das Forças Armadas;
Se um país estrangeiro soubesse como os Estados Unidos planejam lutar contra ele, poderia fortalecer suas defesas e corrigir suas vulnerabilidades, reduzindo, significativamente, a eficácia desses planos;
A apresentação ultrassecreta sobre o plano de guerra contra a China consiste em cerca de 20 a 30 slides, nos quais se expõe como os Estados Unidos conduziria um conflito dessa natureza;
Segundo autoridades que têm conhecimento do assunto, o material abrange desde os primeiros sinais e alertas sobre a ameaça chinesa até as diversas opções de alvos a serem atingidos, em determinado período, que seriam submetidos à decisão do presidente Trump.
Um porta-voz da Casa Branca não respondeu a e-mail do Times que pedia esclarecimentos sobre o objetivo da visita, como ela foi organizada, se o presidente tinha ciência da mesma e se isso suscitaria dúvidas quanto a conflitos de interesse. A administração não informou se Trump assinou termo de isenção de conflito de interesses para Musk.
Poderes (quase) ilimitados
Após a publicação da reportagem, Sean Parnell, o principal porta-voz do Departamento de Defesa, afirmou, em comunicado: “O Departamento de Defesa está entusiasmado em receber Elon Musk no Pentágono na sexta-feira. Ele foi convidado pelo secretário Hegseth e está apenas visitando.”
O encontro ressalta o duplo papel extraordinário desempenhado por Musk, que, além de ser o homem mais rico do mundo, recebeu amplos poderes do presidente Trump.
Musk possui autorização de segurança e o secretário de Defesa, Pete Hegseth, pode decidir quem tem acesso às informações sobre o plano. Entretanto, compartilhar muitos detalhes técnicos com Musk é questão à parte.
De acordo com os oficiais, o secretário Hegseth, o almirante Christopher W. Grady, presidente interino do Estado-Maior Conjunto, e o almirante Samuel J. Paparo, comandante do Comando Indo-Pacífico, estão programados para apresentar a Musk os detalhes do plano dos EUA para conter a China em caso de conflito militar.
Planos operacionais para contingências importantes, como uma guerra com a China, são extremamente complexos para quem não possui vasta experiência em planejamento militar. Devido à sua natureza técnica, geralmente, os presidentes recebem apenas os contornos gerais do plano e não o documento completo. Ainda não está claro quantos detalhes Musk desejará ou precisará conhecer.
Segundo autoridades próximas ao assunto, Hegseth recebeu parte da apresentação sobre o plano de guerra contra a China na semana passada e outra parte na quarta-feira (19).
Não ficou claro qual foi o motivo para conceder a Musk uma apresentação tão sensível. Ele não faz parte da cadeia de comando militar, nem é conselheiro oficial de Trump em questões militares relacionadas à China.
Entretanto, existe possível razão para que o bilionário precise conhecer certos aspectos do plano de guerra. Se Musk e sua equipe de redução de custos do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês) pretendem cortar o orçamento do Pentágono de forma responsável, eles podem necessitar saber quais sistemas de armas o Pentágono planeja utilizar em eventual conflito com a China, explana o Times.
Por exemplo, considere os porta-aviões. Reduzir a produção futura desses navios poderia economizar bilhões de dólares, recursos que poderiam ser investidos em drones ou outras armas. Contudo, se a estratégia de guerra dos EUA depende do uso inovador dos porta-aviões para surpreender a China, desativar navios existentes ou interromper a produção de novos pode comprometer esse plano.
Preparo para conflito com a China e gastos militares astronômicos
O planejamento para uma guerra com a China tem sido preocupação constante no Pentágono há décadas, muito antes de um confronto com Pequim se tornar opinião consolidada no Congresso. Os Estados Unidos estruturaram suas Forças Aéreas, Marinha e Forças Espaciais — e, mais recentemente, também os seus Marines e Exército — com a possibilidade de conflito com os chineses em mente.
Críticos afirmam que o setor militar investiu demais em sistemas caros e de grande porte, como caças e porta-aviões, e de menos em drones de médio alcance e defesas costeiras. No entanto, para que Musk possa reorientar os gastos do Pentágono, ele precisa saber quais equipamentos o setor militar pretende utilizar e para qual finalidade.
O bilionário já chegou a defender que o Pentágono pare de adquirir itens de alto custo, como os caças F-35, fabricados por um de seus concorrentes na área de lançamentos espaciais, a Lockheed Martin, em programa que custa aos Estados Unidos mais de US$ 12 bilhões (R$ 67,94 bilhões) por ano.
Por outro lado, os amplos interesses empresariais de Musk tornam seu acesso a segredos estratégicos sobre a China uma questão séria, do ponto de vista ético. Autoridades afirmam que as revisões dos planos de guerra contra a China têm dado ênfase à atualização das estratégias de defesa contra ataques espaciais. A China desenvolveu um conjunto de armas capazes de atingir satélites dos EUA.
Embora as constelações de satélites Starlink de baixa órbita, de propriedade de Musk, sejam consideradas mais resilientes do que os satélites convencionais, ele pode ter interesse em saber se os Estados Unidos conseguiriam proteger seus satélites em conflito com os asiáticos.
Participar de uma sessão ultrassecreta sobre a ameaça chinesa, ao lado de alguns dos mais altos funcionários do Pentágono e das Forças Armadas dos EUA, seria oportunidade extremamente valiosa para qualquer contratada de defesa que deseje fornecer serviços ao setor militar.
O líder do DOGE poderia, assim, obter insights sobre novas tecnologias que o Pentágono possa vir a necessitar e que a SpaceX, onde ele continua atuando como CEO, poderia oferecer.
Embora contratadas que trabalham em projetos relacionados ao Pentágono, geralmente, tenham acesso a certos documentos de planejamento de guerra – mas somente após sua aprovação –, executivos individuais, raramente, conseguem acesso exclusivo a altos funcionários do Pentágono para apresentação desse tipo, conforme afirmou Todd Harrison, pesquisador sênior do American Enterprise Institute, que se dedica à estratégia de defesa, ao Times.
“Musk participando de uma apresentação de planejamento de guerra?” afirmou Harrison. “Conceder ao CEO de uma única empresa de defesa um acesso exclusivo pode servir de base para protestos contratuais e configura verdadeiro conflito de interesses.”
A SpaceX já recebe bilhões de dólares do Pentágono e de agências de inteligência para ajudar os Estados Unidos a construir novas redes de satélites militares, com o objetivo de enfrentar as crescentes ameaças militares da China. A empresa espacial lança a maioria desses satélites militares a bordo de seus foguetes Falcon 9, que decolam de bases militares estabelecidas pela empresa na Flórida (EUA) e na Califórnia (EUA).
Além disso, a empresa já recebeu centenas de milhões de dólares do Pentágono, que, atualmente, depende fortemente da rede de comunicações via satélite da Starlink (cuja dona é a SpaceX) para transmitir dados de militares ao redor do mundo.
Elon Musk, dono de seis empresas, incluindo a Tesla, garantiu US$ 13 bilhões em contratos federais nos últimos cinco anos. Com Trump no poder, sua influência no governo só cresce (Imagem: bella1105/Shutterstock)
Em 2024, a SpaceX foi contemplada com, aproximadamente, US$ 1,6 bilhão (R$ 9,05 bilhões) em contratos com a Força Aérea. Esse valor não inclui os gastos classificados que o Escritório Nacional de Reconhecimento investe na empresa para a construção de nova constelação de satélites de baixa órbita, destinada a espionagem contra a China, Rússia e outras adversárias.
Trump já propôs a criação de novo sistema militar, denominado Golden Dome, sistema de defesa antimísseis baseado no Espaço que remete às iniciativas do presidente Ronald Reagan (cujo sistema “Star Wars” nunca foi totalmente concretizado).
A percepção de ameaças de mísseis vindos da China — seja de armas nucleares, mísseis hipersônicos ou mísseis de cruzeiro — foi um dos principais motivos que levaram Trump a assinar ordem executiva recente, instruindo o Pentágono a iniciar os trabalhos sobre o Golden Dome.
Mesmo o simples planejamento e construção dos primeiros componentes do sistema deverá custar dezenas de bilhões de dólares, segundo autoridades do Pentágono, o que, provavelmente, abrirá grandes oportunidades de negócio para a SpaceX, que já fornece lançamentos de foguetes, estruturas de satélites e sistemas de comunicação de dados baseados no Espaço, todos necessários para o Golden Dome.
Em paralelo, Musk tem sido alvo de investigações conduzidas pelo auditor-geral do Pentágono sobre possíveis descumprimentos relacionados à sua autorização de segurança ultrassecreta.
Essas investigações tiveram início no ano passado, após reclamações de funcionários da SpaceX junto a órgãos governamentais, que alegaram que Musk e outros membros da empresa não estariam reportando, adequadamente, contatos ou conversas com líderes estrangeiros.
Antes do final da administração Biden, autoridades da Força Aérea iniciaram sua própria revisão, após questionamentos de senadores democratas, que afirmaram que Musk não estava cumprindo os requisitos para a autorização de segurança.
De fato, a Força Aérea havia negado pedido de Musk para obter autorização de segurança de nível ainda mais elevado, o chamado Special Access Program – destinado a programas ultrassecretos –, alegando riscos de segurança associados ao bilionário.
A importância da SpaceX para o Pentágono chegou a tal ponto que o governo chinês passou a considerar a empresa uma extensão das Forças Armadas dos Estados Unidos.
Um artigo, intitulado “Militarização do Starlink e Seu Impacto na Estabilidade Estratégica Global”, foi publicado no ano passado por uma universidade chinesa de defesa, conforme tradução realizada pelo Center for Strategic and International Studies.
Além disso, Musk e Tesla – empresa de veículos elétricos sob seu controle – mantêm forte dependência da China, onde opera uma das principais fábricas da montadora, em Xangai. Inaugurada em 2019, essa instalação de última geração foi construída com autorização especial do governo chinês e, atualmente, responde por mais da metade das entregas globais da Tesla.
No ano passado, a empresa informou, em registros financeiros, que possuía acordo de empréstimo de US$ 2,8 bilhões (R$ 15,85 bilhões) com bancos chineses para despesas de produção.
Em público, Musk tem evitado críticas a Pequim e demonstrado disposição para colaborar com o Partido Comunista Chinês. Em 2022, ele escreveu coluna para a revista da Administração do Ciberespaço da China – órgão de censura do país – enaltecendo suas empresas e suas missões de aprimorar a humanidade.
Nesse mesmo ano, o bilionário afirmou ao The Financial Times que a China deveria receber algum controle sobre Taiwan, sugerindo a criação de “zona administrativa especial para Taiwan que fosse razoavelmente aceitável”, comentário que irritou políticos da ilha independente. Na mesma entrevista, Musk também destacou que Pequim exigiu garantias de que ele não venderia a Starlink na China.
No ano seguinte, durante conferência de tecnologia, Musk chegou a se referir à ilha democrática como “parte integrante da China que, de forma arbitrária, não faz parte da China”, comparando a situação entre Taiwan e China à relação entre Havaí e Estados Unidos.
No X, que ele mesmo administra, Musk, frequentemente, elogia a China, afirmando que o país é, “de longe”, líder mundial em veículos elétricos e energia solar, além de elogiar seu programa espacial por ser “muito mais avançado do que se imagina”. Ele também tem incentivado visitas ao país e manifestado abertamente sua crença em aliança inevitável entre Rússia e China.
Na terça-feira (18), a administração de Donald Trumpliberoumais de 30 mil páginas de documentos – até então classificados ou censurados – que tratam do assassinato do ex-presidente John F. Kennedy.
Essas páginas, digitalizações de papéis da década de 1960, mostram textos datilografados e anotações manuscritas, oferecendo vislumbre profundo das atividades sensíveis da CIA ao longo dos anos. A seguir, conheça cinco lições que os arquivos do assassinato do ex-presidente trouxe, elencadas pelo The Wall Street Journal.
CIA resistiu, por anos, em liberar arquivos (Imagem: Reprodução)
Resistência da CIA à divulgação dos documentos do assassinato de Kennedy
Durante a investigação do assassinato, foram recolhidos milhares de documentos relacionados às operações globais da agência;
Ao longo das décadas, altos funcionários ponderaram sobre o impacto explosivo que certas revelações poderiam ter sobre programas de espionagem;
Em avaliação de 1995, por exemplo, um oficial alertou que confirmar a existência de uma estação da CIA na Tunísia prejudicaria o país em relação a seus vizinhos.
Longa investigação sobre Fidel Castro
Mais de uma década após o atentado, a CIA empreendeu investigação que durou vários anos para apurar a possível implicação do líder cubano Fidel Castro;
Embora não tenham sido encontradas provas conclusivas ligando o regime de Castro ao assassinato, um dos documentos recém-publicados detalha campanha prolongada de sabotagem e tentativas de assassinato patrocinadas pela agência;
Em um episódio, Castro se indignou ao saber dos esforços de atacar a indústria da cana-de-açúcar e de instalar bombas no sistema de esgoto durante um de seus discursos;
Operativos da CIA, com o apoio da máfia estadunidense, chegaram, inclusive, a considerar a possibilidade de matar Castro mediante o pagamento de US$ 100 mil (R$ 566,51 mil, na conversão direta).
Relação secreta entre o presidente mexicano e a CIA
Um dos documentos revela que o então presidente Lyndon Johnson foi informado sobre a estreita relação pessoal entre o chefe da estação da CIA no México e o presidente mexicano Adolfo López Mateos, que chegou a ser padrinho do agente em seu casamento;
Johnson recebeu a instrução de não mencionar essa ligação ao presidente;
Apesar de Mateos manifestar publicamente sua oposição à intervenção dos Estados Unidos em Cuba, ele estava discretamente envolvido em operações de vigilância telefônica promovidas pela CIA na Cidade do México e, segundo outro documento, chegou a expressar sua satisfação com a decisão de eliminar Castro.
Escutas em reuniões com possível presença de Robert F. Kennedy
Em 1963, a CIA instalou equipamentos de escuta em residência localizada em área arborizada de Bethesda, Maryland (EUA), onde dois exilados cubanos se reuniriam com autoridades estadunidenses – possivelmente, incluindo o procurador-geral Robert F. Kennedy;
Memorandos que detalham a operação evidenciam o lado humano da espionagem: relatos de falhas de equipamento, desafios com pagamentos, burocracia e ajustes inesperados nos alvos da vigilância;
Entre as táticas, estava a ocultação de um gravador no sótão, porão ou garagem, com custo total em eletrônicos que ultrapassaria US$ 28 mil (R$ 158,62 mil) em valores atuais (uma única bateria, por exemplo, chegava a quase US$ 6 [R$ 33,99]);
A primeira tentativa de transmissão entre o local seguro e o posto de escuta fracassou, chegando ao ponto de um fornecedor acusar a agência de não cumprir com os pagamentos – mas, até o final de junho, os equipamentos passaram a funcionar de maneira satisfatória.
Escutas teriam sido inseridas em reuniões envolvendo exilados e, até, Robert F. Kennedy (Imagem: Reprodução)
Silêncio sobre as gravações de Oswald no México
Grande parte do mistério que cerca o assassinato de Kennedy está relacionada à estadia de Lee Harvey Oswald na Cidade do México (México), onde ele se encontrou com representantes das missões cubana e soviética;
A CIA registrou as conversas telefônicas de Oswald com autoridades desses países, mas afirmou ter destruído posteriormente essas gravações, de acordo com documento de 1998;
Contudo, quatro anos antes, a estação da CIA na Cidade do México havia solicitado à sede que evitasse a divulgação de informações sobre essas interceptações, alegando que isso poderia levar o México a reavaliar suas relações com os Estados Unidos;
A recomendação foi clara: “faça o que for possível para manter sigilo sobre as operações conjuntas anteriores com os mexicanos.”