Conforme noticiado pelo Olhar Digital, neste sábado (29), acontece um dos fenômenos astronômicos mais especiais de 2025: um eclipse solar parcial. Este é o segundo de quatro eventos desse tipo aguardados para o ano – com o primeiro, que foi lunar, ocorrido em 14 de março.
Após o eclipse de sábado, ainda tem mais dois este ano: outro da Lua e outro do Sol. Antes de relacionar as datas de cada um deles, vamos entender o que são eclipses solares e lunares.
Eclipse lunar total de 26 de maio de 2021 fotografado perto Sydney, na Austrália. Crédito: Peter Ward (Barden Ridge Observatory)
Sobre os eclipses solares:
Um eclipse solar ocorre quando a Lua passa entre a Terra e o Sol, lançando uma sombra sobre determinada área do planeta e bloqueando total ou parcialmente a luz solar;
Existem três tipos mais conhecidos desse fenômeno: parcial, anular e total;
Há ainda um quarto padrão, mais raro, que praticamente mistura todos eles: o híbrido (como o que aconteceu em abril de 2023).
Sobre os eclipses lunares:
Um eclipse lunar ocorre quando a sombra da Terra “esconde” a Lua, que fica escura e, portanto, invisível no céu durante alguns minutos;
Isso acontece porque a Terra se posiciona exatamente entre a Lua e o Sol, fazendo com que a sombra do planeta seja projetada sobre o nosso satélite natural;
Existem três tipos de eclipse lunar: o total (com a Lua totalmente encoberta), o parcial (em que apenas parte dela é escondida pela sombra da Terra) e o penumbral (quando a sombra do planeta não é suficientemente escura para reduzir o brilho da Lua, que fica meio acinzentada).
Captura impressionante feita por um fotógrafo dos EUA no Novo México, escolhida como Imagem Astronômica do Dia pela NASA em 10 de setembro de 2023. Crédito: Colleen Pinsk/APOD/NASA
De acordo com a plataforma de climatologia e meteorologia espacialTime And Date, os próximos eclipses de 2025 (depois do evento deste sábado) vão acontecer nas seguintes datas:
Horário: entre 12h28 e 17h55 (horário de Brasília);
Pode ser visto do Brasil: sim (em partes das regiões Sudeste e Nordeste);
Onde vai dar para ver: Europa, Ásia, Austrália, África, oeste da América do Norte, leste da América do Sul, oceano Pacífico, oceano Atlântico, oceano Índico, Ártico e Antártida.
Um eclipse lunar total na madrugada desta sexta-feira (14) foi visto em boa parte do mundo, incluindo no Brasil. E claro, a Lua de Sangue nos céus rendeu belas imagens. O Olhar Digital separou uma coletânea delas aqui.
Mas tem um problema: a geração de imagens artificiais ficou mais fácil. Ou seja, as ‘fotos’ circulando na internet e nas redes sociais podem não ser o que dizem.
Pensando nisso, o astrofotógrafo e caçador de asteroides David Rankin conversou com o site Space.come deu dicas de como saber se uma imagem do eclipse lunar desta semana é verdadeira ou artificial.
Eclipse lunar total foi visto em boa parte do mundo (Imagem: Time and Date/reprodução)
Imagens do eclipse lunar total podem enganar
Rankin é astrofotógrafo do RankinStudio e faz parte do programa Catalina Sky Survey, da NASA. Ele lembrou como era difícil e trabalhoso falsificar imagens antigamente, no Photoshop, por exemplo. Agora, basta usar a IA. Rápido e fácil.
Ele explicou as consequências disso:
Isso não está impactando apenas a astronomia, mas todas as áreas da fotografia, de paisagens a modelagem, vida selvagem e muito mais. As pessoas estão desesperadas por curtidas e reconhecimento, então estão dispostas a se envolver em técnicas de edição que eu acho que vão além da manipulação básica de imagens e entram no reino da arte de fantasia.
David Rankin
O fotógrafo destacou como está nesse ramo há muitos anos e, normalmente, as pessoas são competitivas. As imagens feitas por IA muitas vezes são consideradas fotografias e, por isso, surgiram para facilitar a vida de alguns profissionais. E nem estamos falando daquelas imagens escrachadas geradas artificialmente. Às vezes, trata-se de simples ajudinha da tecnologia para editar a foto ou melhorar a qualidade – o que engana ainda mais o público na hora de identificar o que é real.
Esse é o caso do eclipse lunar desta semana, que criou uma bela Lua de Sangue no céu. Você com certeza viu imagens impressionantes circulando nas redes sociais. Mas será que todas elas são verdadeiras?
Essa imagem é verdadeira, mas é antiga. Você acreditaria? (Crédito: Small Chip – Shutterstock)
Dicas para identificar imagens falsas
David Rankin deu dicas de como distinguir imagens falsas e verdadeiras do eclipse lunar.
Imagens falsas tendem a exagerar
A Lua é linda e cheia de detalhes. Porém, ela está longe e costuma ficar pequena nas fotos. Se você se deparar com uma imagem da Lua grande em relação ao primeiro plano, pode ser que ela tenha sido ampliada para chamar mais atenção.
Esse tipo de visualização fica mais fácil se houver outros objetos na foto, como prédios e casas, que sirvam como referência. Mas saiba: se a Lua estiver muito grande na foto, tem algo de errado.
Olhe para as estrelas
E se não houver pontos de referência na foto? Você pode olhar para as estrelas ao redor dela. Ranking explicou que a Lua não ocupa muito espaço no céu noturno e, se a imagem tiver sido ampliada, será possível perceber um espaçamento incomum em relação às estrelas.
Já se você tiver um pouco mais de conhecimento do céu noturno, pode analisar a posição do astro. Vamos supor que você esteja vendo uma foto do eclipse lunar supostamente tirada da América do Sul. De repente, vê a constelação Ursa Maior. Ela não deveria estar ali, já que é visível apenas no Hemisfério Norte. De duas uma: ou o “autor” da imagem mentiu sobre o local onde a fotografia foi tirada, ou trata-se de uma montagem em um céu noturno diferente.
Você também pode se guiar pela posição da Lua em relação às principais constelações (ou usar um site especializado para isso, como o Astrometry.net).
Essa é falsa – e foi gerada pelo Olhar Digital para mostrar a diferença (Imagem gerada com IA via DALL-E/Olhar Digital)
Pesquise e pergunte
Tirar uma foto da Lua com o celular pode ser desafiador. Os registros mais impressionantes de fenômenos no céu noturno vêm de astrônomos (profissionais ou amadores) com equipamentos especializados, como câmeras ou telescópios. No caso dos telescópios, o crédito normalmente vem junto da foto, ajudando a identificar a autoria. Também é possível perguntar diretamente ao autor.
Outra dica é fazer uma pesquisa reversa de imagem no Google. Não é incomum que uma foto seja antiga (ou tenha um autor diferente) e esteja sendo publicada novamente para aproveitar o assunto em alta. A pesquisa revelará se aquele registro já foi publicado antes.
Muitas imagens publicadas por observadores na internet são legítimas, mas uma boa saída para garantir que a foto é verdadeira é optar por páginas (ou fotógrafos) especializados no assunto.
Você pode buscar perfis ou instituições de renome, como a NASA, Agência Espacial Europeia e observatórios, ou fotógrafos e astrônomos prestigiados no assunto.
O mais importante é não acreditar em tudo online. Rankin destaca que as plataformas de redes sociais não são boas em identificar imagens falsas – e nem estão interessadas em fazer isso.
Começou! O eclipse lunar total desta madrugada já está nos céus brasileiros! Vamos ao roteiro, levando em consideração o horário de Brasília:
00h57 – Eclipse penumbral: fase em que a Lua perde o brilho ao entrar na sombra difusa da Terra.
02h09 – Eclipse parcial: a Lua começa a atravessar a sombra mais escura do planeta e ganha coloração avermelhada.
3h26 – Eclipse total: momento em que a Lua estará completamente encoberta pela sombra da Terra.
Depois disso, o processo se reverte, com a fase parcial acontecendo entre 4h31 e 5h47, seguida pela fase penumbral final, que se estende até 7h.
Mapa mostra onde o eclipse lunar de hoje é mais visível. Crédito: Estúdio de Visualização Científica da NASA
Além do Brasil, outros países da América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia, parte da Austrália e África também podem ver o fenômeno de hoje.
A melhor visão do eclipse é na América do Sul e na América do Norte, embora o ponto de maior cobertura ocorra sobre o Oceano Pacífico. Diferentemente do eclipse solar, não há risco em observar um eclipse lunar a olho nu.
Esse é o melhor eclipse para ser observado do Brasil em 2025. Imagem: Tragoolchitr Jittasaiyapan – Shutterstock
O que é um eclipse lunar?
Um eclipse lunar ocorre quando a sombra da Terra “esconde” a Lua, que fica escura e, portanto, invisível no céu durante alguns minutos;
Isso acontece porque a Terra se posiciona exatamente entre a Lua e o Sol, fazendo com que a sombra do planeta seja projetada sobre o nosso satélite natural;
Existem três tipos de eclipse lunar: o total (com a Lua totalmente encoberta), o parcial (em que apenas parte dela é escondida pela sombra da Terra) e o penumbral (quando a sombra do planeta não é suficientemente escura para reduzir o brilho da Lua, que fica meio acinzentada).
Outro eclipse lunar em 2025
Este primeiro eclipse do ano é mais especial para quem mora no Brasil. O fenômeno é visível em todo o território nacional. Um segundo eclipse lunar total acontece no dia 7 de setembro, mas apenas um pequeno trecho das regiões Sudeste e Nordeste verá a fase penumbral (que é quase imperceptível).
Lua de Sangue
No auge do evento, a Lua fica com um tom avermelhado por 65 minutos, o que explica o nome “Lua de Sangue”. O efeito acontece porque a luz do Sol, ao atravessar a atmosfera terrestre, se dispersa e reflete tons avermelhados na superfície lunar.
A expectativa pelo eclipse lunar total previsto para acontecer na madrugada entre esta quinta-feira (13) e sexta-feira (14) é grande. Conhecido como Lua de Sangue, o fenômeno poderá ser avistado inclusive no Brasil.
Mas você sabia que uma ocorrência semelhante salvou Cristóvão Colombo e sua tripulação há mais de 500 anos? Isso aconteceu no ano de 1504, quando o famoso navegador realizava a sua quarta viagem transatlântica.
Colombo usou seu conhecimento sobre a Lua
Naquele ano, Colombo havia chegado à Jamaica e as condições não eram as ideias.
Durante a longa viagem, ele perdeu dois barcos, e os outros dois estavam tão danificados que não podiam continuar navegando.
Dessa forma, era preciso esperar pela chegada de ajuda em um ambiente bastante desconhecido.
Inicialmente, os povos originários da região, os Arawak, foram receptivos.
Os europeus chegaram até mesmo a trocar alguns dos seus pertences por alimento com os nativos.
No entanto, meses se passaram e a relação entre eles começou a piorar.
Foi aí que Colombo resolveu usar seu conhecimento.
O navegador europeu sabia que um eclipse lunar total iria acontecer em breve (Imagem: Ntguilty/Shutterstock)
O explorador teria consultado seus registros astronômicos e descobriu que um eclipse lunar total iria acontecer no dia 1º de março daquele ano. Durante o fenômeno, a Terra fica entre o Sol e a Lua e projeta sua sombra em nosso satélite natural. Quando a Lua passa pela umbra, a parte mais escura da sombra da Terra, ela fica temporariamente avermelhada. É por isso que o fenômeno é chamado de Lua de Sangue.
Sabendo disso, Colombo chamou os chefes da ilha e os alertou. Ele teria dito que Deus estava zangado com eles por não terem trazido mais alimento, e iria mostrar sua fúria com sinais no céu. Quando o eclipse começou, os Arawak se assustaram e logo levaram mais alimentos para os navegadores.
Fenômeno Lua de Sangue poderá ser visto do Brasil (Imagem: Tragoolchitr Jittasaiyapan/Shutterstock)
O eclipse desta semana vai ocorrer 521 anos após o episódio envolvendo Colombo, sua tripulação e os Arawak. Isso significa que a Lua vai seguir uma trajetória quase igual pela sombra da Terra em meio às mesmas estrelas no céu.
Conforme noticiado pelo Olhar Digital, 2025 traz quatro eclipses: dois do Sol e dois da Lua. Dois deles já acontecem neste mês, sendo um lunar na madrugada desta quinta-feira (13) e sexta-feira (14) e um solar no dia 29.
Saiba mais, a seguir, sobre a primeira “Lua de Sangue” do ano – como é popularmente chamado um eclipse lunar total.
Sobre os eclipses lunares:
Um eclipse lunar ocorre quando a sombra da Terra “esconde” a Lua, que fica escura e, portanto, invisível no céu durante alguns minutos;
Isso acontece porque a Terra se posiciona exatamente entre a Lua e o Sol, fazendo com que a sombra do planeta seja projetada sobre nosso satélite natural;
Existem três tipos de eclipse lunar: o total (com a Lua totalmente encoberta), o parcial (em que apenas parte dela é escondida pela sombra da Terra) e o penumbral (quando a sombra do planeta não é suficientemente escura para reduzir o brilho da Lua, que fica meio acinzentada);
Os dois eclipses lunares de 2025 serão totais e visíveis do Brasil.
Mapa mostra onde o eclipse lunar desta sexta-feira (14) (Imagem: Estúdio de Visualização Científica da NASA)
Lua fica vermelha por 65 minutos
De acordo com a plataformaTimeAndDate, o eclipse desta sexta-feira (14) começa à 0h57 e se estende até mais ou menos 7h (horário de Brasília). Ele será visível no Brasil e em outros países da América do Sul, além de América do Norte, Europa, Ásia, parte da Austrália e África e, também, nos oceanos Pacífico e Atlântico e na Antártida.
Esse fenômeno ocorre simultaneamente em diversas partes do mundo e deixa a Lua com tom avermelhado por 65 minutos, o que explica o nome “Lua de Sangue”. O efeito acontece porque a luz do Sol, ao atravessar a atmosfera terrestre, se dispersa e reflete tons avermelhados na superfície lunar.
A melhor visão do eclipse será na América do Sul e na América do Norte, embora o ponto de maior cobertura ocorra sobre o Oceano Pacífico. Diferentemente do eclipse solar, não há risco em observar um eclipse lunar a olho nu.
O evento completo terá mais de seis horas de duração, começando com um eclipse penumbral – fase em que a Lua perde o brilho ao entrar na sombra difusa da Terra – à 0h57 (horário de Brasília). Em seguida, a fase parcial inicia às 2h09, quando a Lua começa a atravessar a sombra mais escura do planeta e ganha coloração avermelhada.
A totalidade ocorre entre 3h26 e 4h31, momento em que a Lua estará completamente encoberta pela sombra da Terra. Depois disso, o processo se reverte, com a fase parcial acontecendo entre 4h31 e 5h47, seguida pela fase penumbral final, que se estende até 7h.
Abaixo, veja como será a visibilidade do eclipse em diferentes regiões do planeta:
América do Norte: todas as fases serão visíveis nos EUA, incluindo Alasca e Havaí, além do Canadá e do México;
América do Sul: a maior parte do continente verá todo o evento, incluindo a totalidade no Brasil, Argentina e Chile;
Europa: países da Europa Ocidental, como Espanha, França e Reino Unido, poderão ver a totalidade do eclipse no período da manhã;
África: o extremo oeste do continente, incluindo Cabo Verde, Marrocos e Senegal, terá visibilidade parcial do eclipse ao amanhecer;
Oceania: na Nova Zelândia, o fenômeno será observado já em seus estágios finais, com a Lua parcialmente encoberta ao nascer do Sol.
Nesta imagem composta do eclipse lunar total da terça-feira (8) mostra a Lua em vários estágios ao longo de todo o evento (Imagem: Andrew McCarthy)
Esse será apenas o primeiro eclipse lunar do ano. Outro eclipse total da Lua está previsto para 7 de setembro e também poderá ser visto do Brasil.
Os eclipses lunares, fenômenos astronômicos que cativam a humanidade há milênios, oferecem muito mais do que um espetáculo celeste. Eles são ferramentas valiosas para a ciência, revelando segredos sobre a Terra e a Lua.
Desde a antiguidade, os eclipses lunares despertaram a curiosidade humana. Na Grécia antiga, por exemplo, filósofos como Aristóteles observaram a sombra arredondada da Terra projetada na Lua durante um eclipse, fornecendo evidências cruciais de que nosso planeta é esférico.
Essa descoberta revolucionária desafiou concepções anteriores e impulsionou o desenvolvimento da astronomia.
A atmosfera da terra e eclipses lunares totais
A cor avermelhada característica dos eclipses lunares totais, popularmente conhecidos como “luas de sangue”, é um reflexo da nossa atmosfera. A luz solar, ao atravessar a atmosfera terrestre, sofre refração, dispersando cores de comprimentos de onda mais curtos, como o azul e o verde, e permitindo que tons vermelhos e laranjas alcancem a Lua.
A variação na tonalidade da Lua durante os eclipses lunares oferece percepções sobre a composição da atmosfera terrestre. Erupções vulcânicas, por exemplo, podem lançar partículas na atmosfera que alteram a cor da Lua durante um eclipse.
O monitoramento dessas variações auxilia os cientistas a compreenderem as mudanças na atmosfera e seus impactos no clima.
Informações sobre a Lua e impacto em missões espaciais
Os eclipses lunares também fornecem informações valiosas sobre a Lua. A sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) da NASA, por exemplo, monitora as mudanças de temperatura na superfície lunar durante os eclipses. Essas observações revelam detalhes sobre a composição da superfície lunar e a presença de crateras.
O fenômeno também pode afetar as missões espaciais que operam na Lua. Naves espaciais movidas a energia solar, como a LRO, precisam gerenciar o consumo de energia durante os eclipses, quando a luz solar direta é bloqueada. O planejamento cuidadoso das missões e o uso eficiente da energia são essenciais para garantir o sucesso das operações.
(Imagem: Grey Zone/Shutterstock)
Espetáculo para todos
Ao contrário dos eclipses solares, que são visíveis apenas em áreas restritas, os eclipses lunares podem ser observados por todos os que estiverem na face noturna da Terra. Esse caráter inclusivo torna os eclipses lunares eventos populares, capazes de despertar o interesse pela astronomia em pessoas de todas as idades.
Com o avanço da tecnologia e o crescente interesse na exploração lunar, os eclipses lunares continuarão a ser ferramentas valiosas para a pesquisa científica. O desenvolvimento de novas sondas e instrumentos permitirá que os cientistas coletem dados mais precisos e aprofundem nosso conhecimento sobre a Terra e a Lua.
Um verdadeiro espetáculo astronômico está previsto para a madrugada entre quinta (13) e sexta-feira (14): um eclipse lunar total, também chamado de Lua de Sangue. O evento será visível em todo o Brasil – e quem tiver sorte também pode testemunhar a chuva de meteoros Gama Norminídeos.
Sobre os eclipses lunares:
Um eclipse lunar ocorre quando a sombra da Terra “esconde” a Lua, que fica escura e avermelhada no céu por cerca de uma hora;
Isso acontece porque a Terra se posiciona exatamente entre a Lua e o Sol, fazendo com que a sombra do planeta seja projetada sobre o nosso satélite natural;
Existem três tipos de eclipse lunar: o total (com a Lua totalmente encoberta), o parcial (em que apenas parte dela é escondida pela sombra da Terra) e o penumbral (quando a sombra do planeta não é suficientemente escura para reduzir o brilho da Lua, que fica meio acinzentada).
Em um eclipse total, a Lua fica totalmente coberta pela sombra da Terra (que passa entre ela e o Sol), e por causa da coloração vista no satélite, o fenômeno é conhecido como Lua de Sangue. Crédito: Small Chip – Shutterstock
“Lua de sangue” pode ser acompanhada por até 10 meteoros por hora
Esta é uma chuva de meteoros cujo radiante está localizado em Norma, uma constelação do hemisfério sul do céu – um app de observação, como Stellarium, Star Walk, Sky Safari ou SkyView, pode ajudar a encontrá-la.
Em 2025, esse evento está ativo desde 25 de fevereiro e vai até 28 de março, atingindo o pico exatamente no dia do eclipse. Na ocasião, até 10 “estrelas cadentes” poderão ser observadas por hora.
Chuva de meteoros Quadrântidas, a primeira de todos os anos, fotografada da Itália. Crédito: Lamberto Sassoli
De acordo com o guia de observação astronômica In-The-Sky.org, do ponto de vista de São Paulo, a chuva de meteoros começa na quinta, por volta das 20h20 (pelo horário de Brasília), quando seu radiante se eleva sobre o horizonte leste. Ela permanece ativa até o amanhecer, mais ou menos às 5h40.
Chuvas de meteoros acontecem todos os anos basicamente nos mesmos períodos, quando a Terra passa pela trilha de detritos deixados pela passagem de determinados corpos espaciais, normalmente cometas. No caso da Gama Normídeos, o objeto cósmico que a origina é desconhecido dos astrônomos.
Após esse evento, teremos mais quatro chuvas de meteoros no primeiro semestre e seis no segundo – saiba mais aqui. E sobre o próximo eclipse lunar: será no dia 7 de setembro, também total, mas quase imperceptível no Brasil.
Na madrugada entre quinta (13) e sexta-feira (14), um verdadeiro espetáculo astronômico estará visível nos céus: um eclipse lunar total, também chamado de Lua de Sangue. E pode ficar tranquilo: será possível observá-lo do Brasil!
O Olhar Digital separou dicas de como aproveitar esse evento, qual o melhor horário para observar o eclipse e onde acompanhar pela internet. Confira!
Eclipse lunar total de 31 de janeiro de 2018, registrado em Chiricahua Mountains, Arizona (Créditos: Fred Espenak/MrEclipse.com)
O que é um eclipse lunar total?
Um eclipse lunar acontece quando a sombra da Terra esconde a Lua, que fica escura e, portanto, invisível no céu durante alguns minutos;
Isso acontece porque a Terra se posiciona exatamente entre a Lua e o Sol, fazendo com que a sombra do planeta seja projetada sobre o nosso satélite natural;
Existem três tipos de eclipse lunar: o total (com a Lua totalmente encoberta), o parcial (em que apenas parte dela é escondida pela sombra da Terra) e o penumbral (quando a sombra não é suficientemente escura para reduzir o brilho da Lua, que fica meio acinzentada).
Neste ano, teremos dois eclipses lunares totais. O primeiro acontece na madrugada desta sexta-feira (14) e promete um verdadeiro show: no auge do evento, a Lua fica com um tom avermelhado por 65 minutos, ganhando o nome de “Lua de Sangue”. Isso acontece porque, ao atravessar a nossa atmosfera, a luz do Sol se dispersa e reflete tons avermelhados na superfície lunar.
O segundo acontece no segundo semestre, em 7 de setembro, e terá visibilidade reduzida.
Fases do eclipse lunar (Imagem: Leena Robinson – Shutterstock)
Eclipse lunar será visível no Brasil
Será possível observar o eclipse lunar em todas as partes do Brasil. Outros países da América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia, parte da Austrália e África, os oceanos Pacífico e Atlântico, e a Antártida também poderão presenciar o evento.
O fenômeno começa às 00h57 e vai até cerca de 7 horas da manhã.O auge será entre às 3h26 e 4h31.
O Olhar Digital preparou um guia para descobrir o melhor horário para ver o eclipse lunar dependendo de onde você esteja. Acesse aqui.
Vale lembrar que, ao contrário de um eclipse solar, não é necessário cobrir os olhos para observar o fenômeno e nem utilizar instrumentos específicos.
Mapa mostra onde o eclipse lunar de 14 de março será visível (Crédito: Estúdio de Visualização Científica da NASA)
Apesar do eclipse estar visível em todo o Brasil, a observação depende das condições do céu de cada localidade. Prefira locais com pouca poluição luminosa, como as luzes da cidade. Também é importante se certificar de que o céu estará limpo, já que nuvens podem interferir a visão.
Caso a condição da sua cidade não seja a ideal para observação, é possível acompanhar o evento pela internet. Observatórios e planetários ao redor do país costumam organizar transmissões ao vivo e outros conteúdos informativos. O Olhar Digital preparou um guia de onde ficar antenado aqui.
Um dessas organizações é o Observatório Nacional, vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI). O órgão vai realizar uma transmissão ao vivo do eclipse lunar em seu canal oficial no YouTube, com previsão de início às 00h30 do dia 14 de março e término às 5h.
Como será o evento
Esse é o calendário do eclipse lunar total deste mês:
Observar um eclipse lunar é uma experiência incrível, e para aproveitá-la ao máximo, é fundamental saber o melhor horário para observar o fenômeno na sua região. O próximo eclipse lunar total acontecerá em 14 de março de 2025 e será visível em todo o Brasil!
Separamos aqui no Olhar Digital algumas recomendações para se preparar para esse evento astronômico.
Como descobrir o horário exato do eclipse lunar na sua cidade?
Para saber o melhor horário para assistir ao eclipse lunar na sua cidade, você pode utilizar diferentes recursos:
Sites de astronomia como o Time and Date fornecem informações detalhadas sobre eclipses lunares, incluindo os horários exatos das diferentes fases do eclipse para a sua localização. Basta inserir o nome da sua cidade ou suas coordenadas geográficas na caixa de pesquisa para obter as informações.
Diferentes pontos do planeta entram e saem da sombra em momentos distintos, o que causa a variação no horário de início, máximo e fim do eclipse. (Imagem: Reprodução/TimeandDate)
Aplicativos como o Star Walk 2 também oferecem informações sobre eclipses lunares, com horários específicos para a sua localização. Esses aplicativos geralmente usam a localização do seu dispositivo para calcular os horários do eclipse.
Planetários e observatórios da sua região também costumam divulgar informações sobre eventos astronômicos, como eclipses, com os horários corretos para a sua localidade.
O horário do eclipse lunar varia de acordo com a localização do observador. Isso acontece porque a Terra é esférica, e o eclipse ocorre quando a Lua entra na sombra projetada pela Terra. (Imagem: Tragoolchitr Jittasaiyapan/Shutterstock)
Encontre um local com pouca poluição luminosa: a luz artificial das cidades pode atrapalhar a visualização do eclipse. Procure um local mais escuro, como um parque ou uma área rural, para ter uma melhor visão do céu noturno.
Verifique a previsão do tempo: certifique-se de que o céu estará limpo na noite do eclipse. Nuvens podem bloquear a visão do fenômeno.
Esteja preparado para o horário: programe um alarme para não perder o início do eclipse. Tenha em mente que o eclipse lunar pode durar horas.
Com o próximo eclipse lunar total se aproximando, astrônomos amadores e entusiastas do céu noturno em todo o Brasil, estão ansiosos para testemunhar este fenômeno celestial. Instituições se preparam para sediar eventos de observação, proporcionando oportunidades únicas para apreciar o eclipse.
Abaixo, detalhamos aqui no Olhar Digital os planetários e instituições que devem promover eventos de observação do eclipse em algumas capitais do país.
Eventos de observação do eclipse lunar no Brasil
Muitos planetários e observatórios ainda não divulgaram eventos específicos para o eclipse desta sexta-feira, 14 de março de 2025. Até o momento da publicação, o Planetário Municipal do Carmo (SP) confirmou a realização de um encontro gratuito para contemplação do eclipse total da Lua, popularmente conhecido como “Lua de Sangue”.
No entanto, vale acompanhar de perto a programação destas instituições abaixo:
São Paulo: o Planetário do Ibirapuera é outra ótima opção para quem busca informações sobre o eclipse e eventos relacionados. Acompanhe a programação para saber se haverá atividades especiais para a observação do eclipse.
Florianópolis: o Planetário da UFSC é um centro de referência em astronomia na região Sul do Brasil. Verifique aqui a programação do planetário e do Observatório da UFSC.
Nas demais capitais, planetários como o Planetário do Colégio Estadual do Paraná em Curitiba, o Planetário da Paraíba em João Pessoa, o Planetário Rubens de Azevedo em Fortaleza, o Planetário da Uepa em Belém e o Planetário de Brasília também podem organizar eventos para observação do eclipse.
Durante um eclipse lunar total, a Lua adquire uma coloração avermelhada, popularmente conhecida como “Lua de Sangue”. (Imagem: Tragoolchitr Jittasaiyapan/Shutterstock)
É importante ressaltar que a programação de eventos para o eclipse lunar total de 14 de março de 2025 pode ser divulgada mais próxima à data do eclipse. Acompanhe as páginas e redes sociais dos planetários, grupos de astronomia e instituições com observatórios astronômicos para obter informações atualizadas.