Recentemente, na Casa Branca, jornalistas notaram um novo rosto na sala de imprensa: John Stoll, recentemente nomeado chefe de notícias do X, o antigo Twitter, com novo nome desde que foi adquirido por Elon Musk.
Durante a coletiva, a secretária de imprensa Karoline Leavitt introduziu Stoll, destacando a importância do X como uma plataforma com milhões de usuários e jornalistas independentes, antes de convidá-lo a fazer a primeira pergunta, como explica uma matéria do New York Times.
A decisão de dar visibilidade ao X reflete seu crescente poder, especialmente desde que Elon Musk se tornou uma figura influente no governo, com sua plataforma sendo uma fonte importante de informações, incluindo atualizações sobre o governo dos EUA.
Rede social de Elon Musk vai se tormando uma ferramenta crucial para o governo (Imagem: kovop/Shutterstock)
Mesmo em meio a polêmicas, investimentos chegaram
Embora a rede social ainda enfrente dificuldades financeiras e regulação externa, o apoio de Musk ao governo e a crescente popularidade da plataforma ajudaram a atrair investidores e anunciantes, como Amazon e Apple.
Musk, que comprou o X por US$ 44 bilhões em 2022, tem sido criticado por mudanças polêmicas, como demissões em massa e a remoção de regras de moderação de conteúdo.
Contudo, ele conseguiu atrair mais investimentos e aumentar o valor da plataforma para US$ 33 bilhões em 2025, ao combinar o X com sua empresa de IA, xAI.
O X tem se posicionado como uma mídia governamental, com contas oficiais para agências e um foco no corte de custos.
O governo também tem utilizado a plataforma para divulgar suas iniciativas, e Musk tem interagido diretamente com usuários para promover essas políticas.
A recente criação de um cargo de “chefe de notícias” para gerenciar parcerias com a mídia reflete a crescente influência dessa rede social na política e no jornalismo.
Após período turbulento, o X parece no caminho para recuperar sua saúde financeira (Imagem: Kemarrravv13/Shutterstock)
Elon Musk se tornou um dos principais aliados do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A proximidade entre eles é tanta que o bilionário foi nomeado para chefiar o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) da Casa Branca.
No entanto, parece que esta relação começou a azedar. E o motivo seriam as tarifas econômicas recíprocas anunciadas pelo republicano na semana passada contra todos os países do mundo.
Musk seria contrário ao tarifaço global
De acordo com o The Washington Post, Musk estaria pressionando Trump a reverter a mais recente medida da Casa Branca.
O empresário teria feito apelos diretos ao republicano para que derrubasse as tarifas, mas sem sucesso.
Após o anúncio das taxações, o bilionário publicou no X (antigo Twitter) críticas a Peter Navarro, assessor de Trump visto como arquiteto do plano tarifário.
Musk questionou a formação de Navarro, afirmando que “um PhD em Economia por Harvard é uma coisa ruim, não uma coisa boa”.
O sul-africano também compartilhou um vídeo que mostra o economista Milton Friedman falando sobre os benefícios da cooperação comercial internacional.
Musk estaria incomodado com o tarifaço global de Trump (Imagem: Frederic Legrand/Shutterstock)
A reportagem cita que Musk estaria preocupado com os impactos das tarifas na economia global. Nos últimos dias, as Bolsas de Valores do mundo todo “derreteram”, causando um prejuízo bilionário para quase todas as empresas e aumentando os temores de uma recessão mundial.
Este cenário seria bastante negativo para diversas empresas do bilionário.
A Tesla, por exemplo, depende bastante da China para fabricar os seus veículos elétricos, e as tarifas de Trump podem afetar diretamente a produção em um momento já delicado da companhia.
Medidas de Trump causam prejuízos nas operações da Tesla (Imagem: Jonathan Weiss/Shutterstock)
As discordâncias entre Elon Musk e Donald Trump ocorrem em meio a rumores de que o empresário esteja de saída do governo. O bilionário negou a informação, enquanto o republicano admitiu que o sul-africano pode deixar a Casa Branca em breve para cuidar dos próprios negócios.
A proximidade com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rendeu a Elon Musk o cargo de chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). O empresário tem como missão reduzir os gastos da Casa Branca e virou alvo de uma série de protestos por conta da sua atuação.
Agora, uma nova informação pode aumentar as críticas contra o dono da Tesla, da SpaceX, do Twitter (X) e de tantas outras empresas.
Funcionários federais acusam o bilionário de usar inteligência artificial para espionagem dentro do governo.
Acusações contra Elon Musk são pesadas
De acordo com reportagem da Reuters, Musk teria usado a IA para vigiar as comunicações de uma agência federal suspeita de não apoiar totalmente o presidente Trump.
A equipe do DOGE também estaria usando o aplicativo Signal para se comunicar.
Isso viola as regras federais de manutenção de registros, uma vez que as mensagens podem ser configuradas para desaparecer após um período de tempo.
Outro ponto de discussão é que o departamento teria implantado o chatbot Grok, a IA desenvolvida pelo próprio Elon Musk, em detrimento do rival ChatGPT.
A Casa Branca, o DOGE e Musk não se pronunciaram oficialmente sobre o assunto até o momento.
Trump tem na figura de Musk um de seus principais aliados (Imagem: bella1105/Shutterstock)
O uso da IA e do Signal reforça as preocupações sobre a falta de transparência do governo Trump. Um dos temores é que a Casa Branca esteja usando as informações coletadas a partir da inteligência artificial para promover seus próprios interesses ou perseguir alvos políticos.
Lembrando que funcionários do governo dos EUA se envolveram em um escândalo nos últimos dias ao usar o aplicativo de mensagens não oficial para planejar operações militares no Iêmen. Além disso, eles incluíram um jornalista na conversa por engano. O caso ainda está sendo investigado.
Funcionários do governo dos EUA alegam ser alvos de espionagem (Imagem: Ana Luiza Figueiredo via DALL-E/Olhar Digital)
Para Kathleen Clark, especialista em ética governamental da Universidade de Washington em St. Louis, o uso do Signal significa que eles não estão fazendo o backup de todas as mensagens em arquivos federais. E isso representa uma grave violação da lei.
Já na Agência de Proteção Ambiental, alguns funcionários denunciam que a equipe de Musk está usando a IA para monitorar os trabalhos, incluindo a busca de comunicações consideradas hostis a Trump ou ao próprio Musk. A entidade, que trabalha para proteger o meio ambiente, está na mira da Casa Branca e já teve quase 65% de seu orçamento cortado.
O processo de Elon Musk contra a OpenAI será julgado por um júri por volta de março de 2026, conforme decisão da juíza federal Yvonne Gonzalez Rogers tomada na semana passada. As informações são da Reuters.
A disputa envolve a mudança da OpenAI para um modelo com fins lucrativos, o que Musk considera um desvio de sua missão original de desenvolver inteligência artificial para o bem da humanidade.
Elon Musk, que cofundou a OpenAI em 2015, deixou a empresa antes de ela ganhar destaque e, em 2023, fundou a xAI, uma concorrente no campo da IA. Quando o bilionário adquiriu a plataforma de mídia social X, o antigo Twitter, o valor da xAI passou a ser compartilhado com os investidores da rede social.
Elon Musk acusa a OpenAI de se afastar de sua missão original ao buscar uma transição para ter fins lucrativos (Imagem: Frederic Legrand – COMEO/Meir Chaimowitz/Shutterstock – Montagem: Olhar Digital)
Como a disputa começou
O conflito com Sam Altman, atual CEO da OpenAI, começou quando Musk entrou com um processo acusando a OpenAI de priorizar lucro em vez do desenvolvimento de IA voltado para o bem comum.
A OpenAI nega as acusações e afirma que o processo seria uma tentativa de Elon Musk de desacelerar a concorrência.
A transição da OpenAI para o modelo com fins lucrativos é vista como essencial para levantar mais capital e enfrentar a concorrência no crescente mercado de IA.
Além disso, Altman rejeitou uma oferta não solicitada de aquisição da OpenAI por US$ 97,4 bilhões feita por Musk e um consórcio de investidores, respondendo com um firme “não, obrigado“.
Elon Musk apresentou proposta para comprar a OpenAI, que foi negada (Imagem: QubixStudio/Shutterstock)
No país, a redução foi de 12% neste ano. E a tendência também aparece em outros mercados, como Dinamarca, França, Holanda e Suécia.
No primeiro trimestre global, a Tesla teve uma queda de 13% nas vendas, com a entrega de cerca de 337 mil carros, abaixo dos 387 mil do mesmo período em 2024.
A desaceleração ocorre em um momento em que o mercado de veículos elétricos cresce. Mas a montadora de Elon Musk está na contramão.
E o que explica isso?
Em primeiro lugar, há uma concorrência natural das gigantes do setor, que estão inovando e investindo na eletrificação.
Além disso, o movimento que a gente acompanha no Brasil, com um boom de marcas chinesas ganhando terreno, não é exclusividade nossa.
Com mais elétricos nas ruas, a disputa esquenta — e a Tesla já sente os efeitos dessa nova fase da concorrência (Imagem: UKRID/Shutterstock)
Internamente, a picape Cybertruck não atendeu às expectativas de vendas, e muitos consumidores estão esperando versões atualizadas do Model Y, como a que começou a ser entregue na Noruega em março.
Elon Musk se alinhou a Donald Trump, o que por si só já renderia um mix de críticas e apoio em um cenário tão polarizado. No evento de posse do republicano, somou ao hall particular de polêmicas o gesto interpretado por muitos como uma apologia ao nazismo. Na Europa, apoiou o partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha.
À frente do Departamento de Eficiência Governamental, Elon Musk lidera uma ação de redução de gastos na Casa Branca. Pelo corte de postos de trabalho, manifestantes foram às ruas no último sábado para protestar contra o bilionário, escolhendo justamente como alvo a Tesla. As ações não se restringem aos Estados Unidos e chegaram a outros países, como Canadá, Suécia e Alemanha.
Sob pressão: decisões polêmicas e queda nas vendas colocam Musk no centro da tempestade (Imagem: Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock)
E, por fim, existe uma consequência indireta desse cenário.
Segundo Daniel Crane, professor de direito da Universidade de Michigan e autor de um livro sobre a Tesla que está para ser lançado, a companhia, por muito tempo, foi a grande opção para motoristas que priorizavam questões ambientais. Em entrevista à Deutsche Welle, ele explicou o seguinte: em termos eleitorais, esse público tende a ser uma oposição a Trump. Afinal, o político despreza as mudanças climáticas.
Como a Tesla não é mais a única montadora de ponta no setor, esse mercado acabou migrando para outras empresas. Ao mesmo tempo, o eleitorado alinhado ideologicamente com Musk vê muito menos apelo em carros elétricos.
As ações da companhia atingiram o pior resultado trimestral desde 2022, perdendo 460 bilhões de dólares em valor de mercado.
A Comissão Europeia está se preparando para aplicar sanções significativas à rede social X (antigo Twitter), de Elon Musk, por descumprimento da Lei de Serviços Digitais (DSA, na sigla em inglês). As penalidades incluem uma multa bilionária e exigências de mudanças na plataforma, marcando o primeiro uso efetivo da legislação, voltada ao combate de conteúdos ilegais e da desinformação online.
As informações foram reveladas pelo jornal americano The New York Times, que obteve as informações de quatro fontes com conhecimento direto do caso.
As sanções devem ser anunciadas ainda neste ano, e podem acirrar tensões entre a União Europeia e os Estados Unidos. Isso porque Musk é considerado próximo do ex-presidente Donald Trump, atualmente em campanha para retornar ao cargo. As autoridades europeias estão avaliando o tamanho da multa a ser imposta, considerando também os riscos diplomáticos em meio a disputas comerciais e divergências sobre a guerra na Ucrânia.
Sanções podem elevar tensões entre União Europeia e Estados Unidos (Imagem: Delpixel / Shutterstock.com)
Investigação e possíveis negociações
A investigação contra a X começou em 2023. Reguladores europeus emitiram, no ano passado, uma decisão preliminar que apontava violações da DSA por parte da plataforma. Segundo autoridades da UE, ainda é possível chegar a um acordo com a empresa, caso ela aceite implementar mudanças que atendam às exigências de transparência e moderação de conteúdo.
Contudo, a X enfrenta uma segunda investigação, ainda mais ampla, que pode gerar novas sanções. De acordo com duas fontes, essa apuração considera que a postura permissiva da empresa frente aos conteúdos gerados por usuários transformou a plataforma em um centro de discurso de ódio ilegal, desinformação e outras publicações que minam a democracia no bloco europeu.
Um porta-voz da Comissão Europeia afirmou que as leis da UE “são aplicadas de forma justa e sem discriminação contra todas as empresas”, e evitou comentar especificamente o caso da X.
Defesa pública e reação da empresa
A X não se pronunciou oficialmente à imprensa, mas publicou, após a veiculação da notícia, que qualquer sanção seria “um ato sem precedentes de censura política e um ataque à liberdade de expressão”. A empresa prometeu defender seu modelo de negócios e “proteger a liberdade de expressão na Europa”.
Elon Musk já criticou anteriormente as políticas digitais da UE, afirmando que elas configuram censura. Em julho do ano passado, após a decisão preliminar da Comissão, declarou estar pronto para contestar eventuais punições em “uma batalha pública nos tribunais”.
Lei sob teste e possíveis desdobramentos legais
O caso é acompanhado de perto por especialistas e autoridades como um teste crucial para a aplicação da Lei de Serviços Digitais, que exige das plataformas maior vigilância sobre o que é publicado e mais clareza sobre seus algoritmos e anunciantes. A legislação tem sido alvo de críticas por parte de autoridades americanas. Em fevereiro, o vice-presidente J.D. Vance comparou a regulação europeia a uma forma de censura digital.
Desde a eleição de Trump, os reguladores europeus desaceleraram temporariamente a investigação para avaliar possíveis repercussões. Porém, com o aumento das tensões comerciais, decidiram dar prosseguimento ao processo.
Caso deve servir de teste para a aplicação da Lei de Serviços Digitais (Imagem: Cristian Storto / Shutterstock.com)
Uma das violações apontadas é a recusa da X em fornecer dados a pesquisadores independentes, o que dificulta o rastreamento da disseminação de desinformação. Além disso, a plataforma teria falhado em oferecer transparência sobre anunciantes e autenticação de contas verificadas, segundo as autoridades.
A penalidade final contra a X ainda não foi definida, mas poderá ultrapassar US$ 1 bilhão, de acordo com uma fonte. Pela legislação, empresas podem ser multadas em até 6% de sua receita global. No caso da X, de capital fechado, autoridades cogitam incluir os ganhos de outras empresas de Musk, como a SpaceX, no cálculo da multa — o que aumentaria consideravelmente o valor.
Além da X, a Comissão Europeia deve anunciar em breve sanções contra Meta e Apple, com base na Lei dos Mercados Digitais, que visa aumentar a concorrência no setor. A Meta também está sob investigação por falhas na proteção de menores, sob a mesma legislação aplicada à X.
As ações reforçam o posicionamento da União Europeia como um dos principais polos regulatórios da tecnologia global. Nas últimas décadas, empresas americanas como Amazon, Apple, Google e Meta já foram alvo de investigações por práticas anticompetitivas, falhas de privacidade de dados e pouca moderação de conteúdo.
Por fim, há indícios de que a atuação regulatória europeia influenciou na decisão recente do governo Trump de elevar tarifas contra o bloco. Em fevereiro, a Casa Branca emitiu um memorando alertando que as leis digitais da UE estavam sob análise por, supostamente, prejudicarem empresas norte-americanas.
A decisão concede ao relator, Alexandre Freire, um prazo adicional de 120 dias para aprofundar a análise do pedido da empresa de Elon Musk, submetido em dezembro de 2023.
Pedido para ampliação de satélites
A solicitação da Starlink busca a autorização para operar um total de 11.908 satélites no território brasileiro, um aumento notável em relação aos 4.408 satélites atualmente autorizados pela Anatel.
Vale mencionar que empresa já se estabeleceu como líder no mercado de internet via satélite no Brasil, detendo 57% dos acessos em 2024, superando a concorrente Hughes, que possui 31,1%.
Proposta inclui a utilização de novas faixas de frequência, como a banda E, até então não explorada para este fim, além das já utilizadas bandas Ka e Ku. (Imagem: ssi77/Shutterstock)
A concessão inicial da Anatel para a Starlink explorar satélites no Brasil foi aprovada em janeiro de 2022, com validade até março de 2027. O contexto político da época incluiu uma parceria anunciada com a Starlink para operações na Amazônia, com a presença de Musk no Brasil e reuniões com o então presidente Jair Bolsonaro.
O adiamento da decisão da Anatel reflete a complexidade da análise em curso, que inclui a avaliação dos impactos concorrenciais e de sustentabilidade ambiental. Segundo Freire, a preocupação reside no fato de que a Starlink já detém um número significativo de satélites e busca expandir ainda mais sua presença no mercado brasileiro.
A permanência de Elon Musk no governo de Donald Trump foi alvo de especulações nesta quarta-feira (2), após uma reportagem de um site americano afirmar que o bilionário estaria prestes a deixar seu cargo no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). Segundo a publicação, a decisão teria sido tomada em comum acordo com Trump e já teria sido comunicada a membros do gabinete.
O jornal digital Politico afirma que, apesar da satisfação do presidente com Musk, o empresário estaria se tornando um passivo político devido às suas ações imprevisíveis e posicionamentos controversos. A matéria cita fontes anônimas da administração, que alegam que a saída de Musk ocorreria nas próximas semanas e que ele manteria apenas um papel informal como conselheiro.
Portal Politico reportou possível saída de Musk do governo Trump, mas bilionário e Casa Branca negaram (Imagem: Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock)
Musk e governo negam informação
Poucas horas após a publicação da reportagem, tanto Elon Musk quanto a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, desmentiram as informações.
Em uma postagem no X, o bilionário classificou a matéria como “falsa” e negou que esteja deixando seu cargo.
Já Leavitt, em declaração oficial, chamou a reportagem de “lixo” e reforçou que Musk permanecerá no governo.
Atualmente, Musk ocupa o cargo de funcionário especial do governo, com a missão de identificar gastos excessivos e propor reformas administrativas.
Desde que assumiu o comando do DOGE, ele tem sido um dos principais nomes da gestão Trump na redução da burocracia governamental e na implementação de cortes de despesas.
A matéria do Politico também destaca que aliados de Trump estariam divididos sobre a permanência de Musk. Enquanto alguns consideram seu trabalho essencial para a agenda de redução de custos do governo, outros apontam que sua imprevisibilidade e suas críticas frequentes a figuras políticas poderiam se tornar um problema para a administração.
Aliados de Trump estariam divididos sobre permanência do bilionário no governo (Imagem: Chip Somodevilla / Shutterstock.com)
A suposta saída de Musk também seria motivada por sua influência em decisões políticas, como o apoio a um juiz conservador em uma eleição em Wisconsin, que terminou em derrota. Segundo o Politico, esses episódios geraram desconforto dentro do governo e reforçaram a ideia de que a permanência do bilionário poderia trazer desafios na reta final do mandato.
A queda nas vendas da Tesla tem sido impactante até mesmo na Noruega, onde os veículos elétricos representam mais de 90% das vendas de carros novos, como informa o New York Times.
Suas vendas no país caíram 12% neste ano, e a tendência de queda também é observada em outros mercados, como Dinamarca, França, Holanda e Suécia.
No primeiro trimestre global, a Tesla teve uma queda de 13% nas vendas, com a entrega de cerca de 337 mil carros, abaixo dos 387 mil do mesmo período em 2024.
Posições políticas de Elon Musk estão prejudicando as vendas globais da Tesla (Imagem: Muhammad Alimaki / Shutterstock.com)
Obstáculos diversos para a Tesla
A desaceleração ocorre em um momento em que o mercado de veículos elétricos cresce, mas a Tesla enfrenta desafios como a concorrência de montadoras tradicionais, que agora oferecem modelos diversificados e avançados em tecnologia.
Modelos como o Cybertruck não atenderam às expectativas de vendas, e muitos consumidores estão esperando versões atualizadas do Model Y, como a que começou a ser entregue na Noruega em março.
Além disso, a polarização política de Elon Musk e seu apoio a figuras de direita têm afastado alguns consumidores, principalmente na Europa, onde muitos compradores de veículos elétricos têm inclinação política mais à esquerda.
A imagem da Tesla também é prejudicada por sua abordagem controversa em relação aos direitos dos funcionários e pela negativa de firmar acordos coletivos em algumas regiões, como na Suécia.
Com a chegada de novos concorrentes como Ford, BMW e Mercedes-Benz, que prometem carros elétricos com mais autonomia e carregamento rápido, a liderança da Tesla no mercado de veículos elétricos está sendo desafiada, e a empresa pode perder sua posição de destaque.
Enquanto concorrentes vão crescendo e o mercado de veículos elétricos ganha alcance, a Tesla sofre para manter sua liderança no setor – Imagem: Vitaliy Karimov/Shutterstock
A SpaceX, de Elon Musk, está atuando em conjunto com a Força Aérea dos Estados Unidos para testar as entregas de carga feitas por foguetes hipersônicos.
O problema é que os trabalhos representam riscos para um refúgio de aves marinhas no Pacífico.
Esta não é a primeira vez que as atividades da empresa colocam o meio ambiente em risco. Um lançamento do foguete Starship em Boca Chica, no Texas, acabou destruindo ninhos e ovos de aves que vivem na região.
Iniciativa é considerada fundamental para a logística militar
A Força Aérea dos EUA anunciou em março deste ano que escolheu o Atol Johnston, um território no Oceano Pacífico central localizado a quase 1.300 quilômetros do Havaí, como o local para testar o programa Rocket Cargo Vanguard que está desenvolvendo com a SpaceX.
O projeto envolve veículos de reentrada de foguetes de pouso projetados para entregar até 100 toneladas de carga.
Eles seriam capazes de realizar este transporte para qualquer lugar da Terra em cerca de 90 minutos.
Caso seja um sucesso, esta iniciativa possibilitaria um enorme avanço para a logística militar, facilitando a movimentação rápida de suprimentos para locais distantes.
Mas questões ambientais podem ser um problema, de acordo com reportagem da Reuters.
Projeto prevê o lançamento de foguetes no atol (Imagem: divulgação/SpaceX)
Biólogos e especialistas que atuaram no atol, considerado como um Refúgio Nacional de Vida Selvagem dos EUA, afirmam que o projeto coloca em risco as 14 espécies de aves tropicais que vivem na pequena ilha.
Cerca de um milhão de aves marinhas usam o território ao longo do ano. Entre elas, estão pássaros tropicais de cauda vermelha, atobás de pés vermelhos e grandes fragatas, que têm uma envergadura de dois metros.
Aves podem ser obrigadas a deixar a região (Imagem: alexei_tm/Shutterstock)
Isso significa que qualquer teste na região pode trazer sérios impactos para os animais. Além da possibilidade de colisões, os ruídos causados pelos foguetes podem deixar os pássaros ansiosos e inseguros a ponto de não retornarem para o ninho.
Uma avaliação ambiental ainda é necessária antes de colocar os testes em prática. Segundo a Força Aérea dos EUA, no entanto, estudos prévios apontam que é improvável que o projeto tenha um impacto ambiental significativo. Já a Space X não se pronunciou sobre o tema até o momento.