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Ozempic e Mounjaro: quais as diferenças entre os remédios para emagrecer?

Em um momento em que o uso de “canetas emagrecedoras” está ganhando popularidade, é importante saber diferenciar os efeitos de cada marca, como o Ozempic, talvez a mais famosa atualmente, e o Mounjaro, que será comercializado no Brasil a partir do próximo mês.

Embora tenham propósitos semelhantes, esses remédios possuem composições e mecanismos de ação distintos, o que influencia diretamente em sua eficácia, tolerância e custo. Vamos entender as diferenças!

Princípios ativos e mecanismos de ação

A principal diferença entre os dois está no princípio ativo. O Ozempic contém semaglutida, um agonista do receptor GLP-1, que age promovendo sensação de saciedade e controle da glicemia.

Já o Mounjaro utiliza a tirzepatida, que combina ação nos receptores GLP-1 e GIP, oferecendo uma atuação dupla que potencializa os efeitos sobre o apetite, o metabolismo e os níveis de açúcar no sangue.

Segundo especialistas, essa dupla ação da tirzepatida pode tornar o Mounjaro mais eficaz tanto no controle do diabetes quanto na redução de peso.

“A combinação dos dois mecanismos favorece uma resposta mais robusta, especialmente em pacientes com obesidade ou que apresentam resistência ao tratamento com GLP-1 isolado”, explica a endocrinologista Lorena Lima Amato.

Efeitos colaterais e adaptação

Ambos os medicamentos podem causar efeitos adversos, especialmente no início do tratamento. Náuseas, dores de cabeça, fraqueza e desconfortos gastrointestinais são comuns, mas tendem a diminuir com o tempo.

Para reduzir os sintomas, recomenda-se evitar refeições gordurosas, manter boa hidratação e reduzir o consumo de cafeína e álcool.

O nutrólogo Arthur Rocha ressalta que a resposta do corpo pode variar: “A perda de peso geralmente desacelera com o tempo, à medida que a gordura corporal diminui, mas isso não significa que o remédio deixou de funcionar”.

Especialistas explicam como cada remédio age no corpo (Imagem: MKPhoto12/Shutterstock)

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Preço, acessibilidade e uso responsável

  • O Mounjaro costuma ter um custo mais elevado em relação ao Ozempic, o que pode ser um fator limitante para alguns pacientes.
  • Ainda assim, sua maior eficácia pode justificar o investimento em casos mais complexos.
  • A escolha do medicamento, no entanto, deve sempre considerar o quadro clínico individual e ser feita com acompanhamento médico.

Ambos os medicamentos são contraindicados para pessoas com histórico de câncer medular de tireoide, pancreatite aguda ou doenças hepáticas e renais graves. Gestantes e lactantes também não devem utilizá-los.

Mudança de hábitos: parte essencial do tratamento

Apesar dos resultados promissores, os especialistas enfatizam que nenhum medicamento substitui hábitos saudáveis.

Alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos — especialmente musculação — e acompanhamento médico contínuo são fundamentais para a manutenção dos resultados.

“A mudança de comportamento é o que garante que os efeitos dos medicamentos sejam sustentáveis a longo prazo”, conclui Rocha.

Imagem mostra injeção de Ozempic, remédio aliado do controle da diabetes tipo 2.
Medicamentos para emagrecimento podem ajudar, mas não são substitutos para hábitos saudáveis (Imagem: Marc Bruxelle/Shutterstock)

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Semaglutida

Wegovy: como funciona o remédio para emagrecer parecido com o Ozempic

Emagrecer pode ser um desafio para muitas pessoas, principalmente àquelas que têm alguma doença que dificulta a perda de peso. Por isso, os remédios podem ser aliados nesse processo.

Diante das inúmeras opções que surgiram no mercado, uma chamou a atenção das pessoas. Trata-se do Wegovy, o “primo” do Ozempic, também fabricado pela farmacêutica Novo Nordisk.

Apesar de ambos serem à base de semiglutida, os remédios são usados para diferentes focos. Enquanto Ozempic é usado no tratamento a diabetes tipo 2, o Wegovy é direcionado para controle de pesos em adultos com sobrepeso e obesos, cujo IMC (Índice de Massa Corpórea) seja igual ou superior a 27 kg/m².

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Assim como qualquer medicamento, ele dever ser usado com algumas precauções e atenção. Por isso, é importante evitar a automedicação e o uso indiscriminado, que pode ser perigoso.

Se você se enquadra nas indicações de uso do remédio, veja este guia que preparamos com tudo o que você precisa saber sobre Wegovy.

Como funciona o remédio Wegovy para emagrecer

Assim como Ozempic, o Wegovy tem como base a semaglutida. Imagem: Corona Borealis Studio/Shutterstock

O Wegovy é indicado para adultos com sobrepeso (com IMC acima de 27 kg/m²) que tenham comorbidades ou para obesos (com IMC acima de 30 kg/m²) – neste caso, com ou sem a presença de outra doença.

Conversamos com o Dr. Rogério Silva, especialista em medicina interna, cardiologista e pós-graduado em neurociência e psicologia, além de ter formação em nutrologia. Ele defende que, além dos aspectos físicos, a inteligência emocional pode contribuir para a saúde integral da pessoa e claro, ajudar na busca pelo peso ideal.

“O Wegovy é uma opção interessante e inovadora no tratamento da obesidade”, afirma ele. Porém, ressalta que a busca pelo peso ideal também é um fator que precisa ser trabalhado mentalmente. “Criei o Método FIRE, que busca dar um treinamento de inteligência emocional, o único feito por um médico, no Brasil, acredito que corpo e mente tenham que caminhar juntos”, explica.

Ele explica que o Wegovy atua como um agonista (substância que liga a um receptor celular e ativa-o para provocar uma resposta biológica da célula), como um hormônio natural que regula o apetite, aumentando a sensação de saciedade, ou seja diminuindo a vontade de comer. “Isso reduz a ingestão de calorias, os estudos mostram que é possível perder 15% do peso em cerca de pouco mais de dois meses”.

Dr. Rogério Silva (CRM SP 172.346) é médico cardiologista e nutrólogo, do Método FIRE – Foto: Arquivo Pessoal

Quanto custa o tratamento com Wegovy?

O custo médio mensal do tratamento no Brasil gira em torno de R$ 1.200,00 a R$ 1.800,00, dependendo da dose e da farmácia. O crescimento no uso de Wegovy está influenciando o mercado de medicamentos para obesidade, aumentando a concorrência e, possivelmente, reduzindo a demanda por procedimentos invasivos como a cirurgia bariátrica.

Quais os riscos no uso do Wegovy?

A segurança a longo prazo ainda é estudada, especialmente em relação a efeitos raros como pancreatite, problemas renais e potenciais alterações na tireoide, como apresentado pelo Federal Drug Administration (FDA).

A FDA é o órgão governamental dos EUA responsável pelo controle dos alimentos (tanto para humanos, como para animais), suplementos alimentares, medicamentos (também para humanos e animais), cosméticos, equipamentos médicos, materiais biológicos e produtos derivados do sangue humano.

Wegovy pode ser usado apenas com fins estéticos?

O uso sem indicação médica, com objetivo exclusivamente estético, levanta preocupações devido ao risco de efeitos colaterais graves e possível banalização da prescrição médica. “O medicamento não deve ser usado sem acompanhamento e prescrição médica”, orienta o Dr. Rogério.

Qual o diferencial do Wegovy, frente aos concorrentes?

O principal diferencial do Wegovy frente aos concorrentes é a maior eficácia comprovada na perda de peso, comodidade pela aplicação semanal e o perfil geral favorável de segurança e tolerância. Essas diferenças posicionam Wegovy como uma opção altamente atrativa e inovadora no tratamento da obesidade.

Lembramos que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou que será obrigatória a retenção de receita médica para medicamentos como Ozempic, Wegovy, Saxenda e similares. Serão duas vias, como a de antibiótico, tendo validade de 90 dias após a emissão.

As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.

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Ozempic: Anvisa agora vai exigir que a receita fique retida nas farmácias

A Anvisa decidiu tornar obrigatória a retenção da receita médica para a compra de medicamentos como Ozempic, Saxenda e Wegovy, conhecidos como canetas emagrecedoras, conforme comunicado divulgado nesta quinta-feira (16).

A nova regra vale imediatamente e foi aprovada por unanimidade pela diretoria colegiada da agência. Antes, a apresentação da receita era suficiente para comprar os remédios. Agora, a farmácia deve reter o documento no momento da venda.

A medida busca conter o uso indiscriminado desses medicamentos, originalmente desenvolvidos para tratar diabetes tipo 2, mas que se tornaram populares para controle de peso.

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Com venda sob retenção de receita, agência quer evitar uso inadequado e proteger pacientes – Imagem: rafastockbr/Shutterstock

Medida protege a saúde pública

  • Segundo a Anvisa, a decisão visa proteger a saúde pública e garantir o uso racional dos fármacos.
  • Entidades médicas, como as sociedades brasileiras de Endocrinologia e Metabologia e de Diabetes, já defendiam essa exigência.
  • Elas alertam que o uso sem orientação pode causar efeitos colaterais como náusea, constipação, diarreia e impactar negativamente a saúde mental, especialmente em pessoas com transtornos alimentares.

A obesidade é considerada um desafio global. No Brasil, mais da metade da população adulta vive com sobrepeso ou obesidade, e o acesso equilibrado a tratamentos eficazes é uma preocupação crescente entre especialistas.

Ozempic pode causar efeitos colaterais

Entre os estudos que avaliam os riscos que o uso de canetas emagrecedoras como o Ozempic pode representar, uma pesquisa recente fez uma descoberta alarmante.

Pesquisadores da Universidade de Utah identificaram que pacientes com problemas de visão, como danos ao nervo óptico, compartilhavam o uso desses medicamentos. Leia mais aqui.

Receitas de Ozempic, Wegovy e similares precisarão ser retidas pelas farmácias – Imagem: Natalia Varlei/Shutterstock

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O segredo para emagrecer pode estar no… fígado!

Pesquisadores da University of Southern Denmark (USD) fizeram uma descoberta acidental que pode revolucionar a perda de peso e acelerar o metabolismo. O estudo foi publicado no jornal Cell Metabolism.

Estudando o papel do fígado no metabolismo, a equipe identificou que o gene Plvap, associado à função das células endoteliais, tem um impacto significativo na maneira como o corpo obtém energia durante o jejum.

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Queima de gordura com o controle do metabolismo pelo fígado pode melhorar efeito de medicamentos para perder peso – Imagem: 279photo Studio/Shutterstock

Detalhes do estudo

  • Ao eliminar esse gene, o fígado mantém o metabolismo elevado, utilizando carboidratos em vez de ácidos graxos, o que poderia evitar os famosos platôs na perda de peso.
  • O achado sugere que, ao controlar a queima de gordura e açúcar pelo fígado, seria possível melhorar a eficácia de medicamentos para perda de peso e diabetes, como o Wegovy.
  • Os camundongos sem o gene Plvap mantiveram um uso elevado de carboidratos e redirecionaram gordura para os músculos, sem efeitos colaterais negativos, sugerindo que enganar o fígado para que ele não “perceba” o jejum pode ser uma estratégia eficaz de perda de peso.

Embora a aplicação prática ainda esteja distante, a descoberta abre portas para novos tratamentos, podendo ajudar a combater não apenas a obesidade, mas também doenças metabólicas e diabetes tipo 2.

A pesquisa também revela que a perda de Plvap nas células estreladas hepáticas melhora a sinalização de insulina e a tolerância à glicose, proporcionando novos insights sobre o metabolismo hepático.

Papel do fígado no metabolismo pode ser crucial para desenvolver novas formas eficazes de emagrecimento – Crédito: Explode/Shutterstock

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Ozempic pode ganhar rival para perda de peso: conheça a BRP

Pesquisadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, identificaram uma molécula natural que parece atuar como a semaglutida, princípio ativo do Ozempic, na supressão do apetite e no emagrecimento.

Chamada de BRP, a molécula ativa diferentes neurônios no cérebro e funciona sem causar efeitos colaterais já conhecidos do medicamento, como náusea, constipação e perda significativa de massa muscular.

“Os receptores visados ​​pela semaglutida são encontrados no cérebro, mas também no intestino, pâncreas e outros tecidos”, disse a professora assistente de patologia Katrin Svensson. “É por isso que o Ozempic tem efeitos generalizados, incluindo a desaceleração do movimento dos alimentos pelo trato digestivo e a redução dos níveis de açúcar no sangue. Em contraste, o BRP parece agir especificamente no hipotálamo, que controla o apetite e o metabolismo.”

Linha do tempo de teste feito em camundongos com injeção de BRP (Imagem: Reprodução)

Por enquanto, os testes foram realizados apenas em animais, mas ensaios clínicos em humanos já estão nos planos de uma empresa recém-fundada pela pesquisadora. As descobertas feitas até agora foram publicadas na revista científica Nature.

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Como foi feita a pesquisa?

O trabalho foi concentrado nos efeitos do pro-hormônio convertase 1/3, que está envolvido na obesidade humana. Um dos produtos desse pro-hormônio é o peptídeo semelhante ao glucagon 1, ou GLP-1, que regula o apetite e os níveis de açúcar no sangue; a semaglutida funciona justamente imitando o efeito do GLP-1 no corpo.

Os pesquisadores, então, examinaram 100 peptídeos quanto à sua capacidade de ativar células neuronais cultivadas em laboratório. Como esperado, o GLP-1 aumentou em três vezes sua atividade nas células neuronais em relação às células de controle.

Pesquisa identificou peptídeo que pode ser mais eficaz do que o GLP-1 (Imagem: zimmytws/iStock)

Mas outro peptídeo composto de apenas 12 aminoácidos aumentou a mesma atividade em dez vezes: o BRP, um peptídeo que tem como pró-hormônio parental o BPM/ácido retinoico induzível neural específico 2.

Ao testar o efeito da molécula com injeção intramuscular em camundongos magros, eles observaram uma redução de até 50% na ingestão de alimentos. Já camundongos obesos tratados com injeções diárias de BRP por 14 dias perderam uma média de 3 gramas, e também demonstraram melhor tolerância à glicose e à insulina.

“A falta de medicamentos eficazes para tratar a obesidade em humanos tem sido um problema por décadas”, disse Svensson. “Nada que testamos antes se comparou à capacidade da semaglutida de diminuir o apetite e o peso corporal. Estamos muito ansiosos para saber se ela é segura e eficaz em humanos.”

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