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Carros elétricos podem piorar problema que eles deveriam resolver

Um novo estudo reforçou algo que nem todo mundo se dá conta: a transição global para veículos elétricos não reduzirá as emissões de carbono a menos que os países limpem suas redes elétricas. E teve um ‘plus’.

Pesquisadores da Universidade de Auckland e da Universidade de Xiamen realizaram a pesquisa, publicada na revista Energy, e revelaram que a adoção de carros elétricos, em países onde a eletricidade vem de combustíveis fósseis, pode até aumentar as emissões de CO₂.

Isso ocorre porque a eletricidade usada para carregar esses veículos é gerada pela queima de carvão ou petróleo, o que contraria a crença de que os veículos elétricos ajudam na descarbonização.

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Carros elétricos foram criados para ajudar na descarbonização, mas a adoção desses veículos sem o uso de energias limpas pode piorar a situação – Imagem: d.ee_angelo/Shutterstock

Energias renováveis precisam aumentar

  • Os pesquisadores analisaram dados de 26 países ao longo de 15 anos e descobriram que a maior adoção de EVs estava associada ao aumento das emissões de CO₂.
  • Segundo os resultados, os carros elétricos só contribuirão para a redução das emissões quando a participação de energia renovável na matriz elétrica mundial atingir cerca de 48%.
  • Em 2023, as energias renováveis representavam apenas 30% da eletricidade mundial.
  • A pesquisa destaca que, para a descarbonização do transporte ser eficaz, é necessário não só adotar os EVs, mas também promover a transição para energias renováveis.

Incentivo político é essencial

Políticas governamentais precisam apoiar a integração de fontes limpas de energia, como solar e hidrelétrica, além de incentivar investimentos em redes de energia mais eficientes. A eliminação de subsídios para combustíveis fósseis e a precificação de carbono também podem acelerar esse processo.

Além disso, o estudo mostrou que o crescimento econômico tende a aumentar as emissões, enquanto a inovação em tecnologias verdes e o uso de energia renovável têm um impacto significativo na redução delas.

Eletricidade usada para carregar carros elétricos precisa ser proveniente de fontes renováveis (Imagem: bombermoon/Shutterstock)

Carros elétricos: Brasil tem carta na manga para fazer diferente e melhor

O Olhar Digital produziu uma reportagem especial sobre o assunto. Confira como o Brasil pode fazer mais e melhor na eletrificação da frota!

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Você teria? Nova moto elétrica funciona com energia solar e eólica

A chinesa YongLE Risheng, fabricante de veículos movidos a energia renovável, lançou uma nova moto elétrica que funciona com energia eólica e solar. O modelo – que recebeu o nome de YongLE Risheng CG – conta com uma bateria de lítio-fosfato de 30 Ah, motor de 1500 W e uma aparência para lá de esquisita.

Entenda:

  • A nova moto elétrica YongLE Risheng CG funciona com energia eólica e solar;
  • Lançado pela chinesa YongLE Risheng, o modelo conta com uma bateria de lítio-fosfato, motor de 1500 W e um “teto” com painéis solares e uma turbina eólica;
  • Com uma carga da bateria, a moto pode chegar a 120 km com velocidade máxima de 59 km/h;
  • Usando energia solar ou eólica, o alcance diminui para cerca de 50 km;
  • A moto elétrica já está à venda, mas os preços não estão disponíveis no site da fabricante – e as informações de desempenho não foram comprovadas;
  • Com informações do New Atlas.
Moto elétrica solar e eólica parece Honda CG 125 modificada. (Imagem: YongLE Risheng/Divulgação)

A moto chinesa parece ser uma versão modificada da Honda CG 125, lançada na década de 70. Graças a uma cobertura equipada com painéis solares de de 250 W, a Risheng CG pode ser alimentada pela energia do sol. O motorista também tem a opção de aproveitar a força do vento usando uma turbina eólica presa ao “teto” da motocicleta.

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Moto elétrica solar e eólica já está à venda

Com uma carga de seis a oito horas da bateria, a CG da YongLE pode percorrer entre 80 e 120 km, com velocidade máxima de 59 km/h. Usando energia solar ou eólica, porém, esse alcance diminui para cerca de 50 km. A moto elétrica também é equipada com freios a disco em ambas as rodas, garfo telescópico na dianteira, amortecedores hidráulicos na traseira e transmissão de três marchas.

Informações sobre a moto eólica e solar não foram confirmadas. (Imagem: YongLE Risheng/Divulgação)

Apesar do teto – fixado no chassi e no eixo traseiro – e da turbina, a YongLE Risheng CG pesa só 133 kg. A moto movida a energia solar e eólica já está à venda, mas os preços não estão disponíveis no site oficial da fabricante.

E é importante destacar que os dados de desempenho divulgados pela empresa não foram comprovados por órgãos independentes ou testes públicos.

Além da moto elétrica, a YongLE Risheng também é conhecida pelo YLRS Fengchi160 – um triciclo-motocicleta com turbinas eólicas –, barcos elétricos e outros EVs diferentões.

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Minas abandonadas podem mudar o futuro – entenda como

Uma nova técnica pode transformar minas desativadas em soluções de armazenamento de energia de longo prazo — criando uma fonte de energia renovável. O método é chamado de Underground Gravity Energy Storage (UGES) e foi proposto por pesquisadores do Instituto Internacional de Análise de Sistemas Aplicados (IIASA) da Áustria.

“As minas já têm a infraestrutura básica e estão conectadas à rede elétrica, o que reduz significativamente o custo e facilita a implementação de usinas UGES”, diz Julian Hunt, pesquisador do Programa de Energia, Clima e Meio Ambiente do IIASA e principal autor do estudo. 

China, Índia, Rússia e Estados Unidos concentram o maior potencial de geração de energia a partir de minas desativadas, segundo o artigo, podendo variar de 7 a 70 TWh globalmente. 

Potencial de energia gerada em minas varia de 7 a 70 TWh globalmente (Imagem: Dziurek/iStock)

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Como funciona a técnica?

  • Os principais componentes da UGES são o eixo, o motor/gerador, os locais de armazenamento superior e inferior e o equipamento de mineração;
  • Quanto mais profundo e largo o eixo da mina, mais energia pode ser extraída da planta e, quanto maior a mina, maior a capacidade de armazenamento de energia da planta;
  • O meio de armazenamento de energia do UGES é areia, o que significa que não há energia perdida para autodescarga, permitindo armazenamento de semanas a anos;
  • O sistema gera eletricidade pela liberação de uma carga pesada, permitindo que ela “caia”: a UGES baixa areia para uma mina subterrânea e converte a energia potencial da areia em eletricidade por meio de frenagem regenerativa;
  • Quando há excesso na rede, o sistema de bateria gravitacional usa parte dessa energia para puxar a carga de volta, efetivamente armazenando a energia para uso no futuro.
Meio de armazenamento de energia do UGES é areia (Imagem: Reprodução)

“Para descarbonizar a economia, precisamos repensar o sistema energético com base em soluções inovadoras usando recursos existentes. Transformar minas abandonadas em armazenamento de energia é um exemplo de muitas soluções que existem ao nosso redor”, conclui Behnam Zakeri, coautor do estudo e pesquisador do Programa de Energia, Clima e Meio Ambiente do IIASA.

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