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Já dependemos da IA para escrever? Pesquisa indica que sim

Diariamente, vemos notícias sobre inteligência artificial (IA). Mas essas novidades estão afetando a vida real? Uma pesquisa, liderada pela Universidade de Stanford (EUA) examinou mais de 300 milhões de amostras de texto para descobrir se estamos dependentes da IA para redigir textos.

O principal resultado: um quarto das comunicações profissionais nos Estados Unidos é feita com ajuda de modelos de linguagem de IA.

Os pesquisadores analisaram reclamações de consumidores enviadas ao US Consumer Financial Protection Bureau (CFPB), órgão extinto pela gestão de Donald Trump, entre janeiro de 2022 (ano do lançamento do ChatGPT) e setembro de 2024.

Aplicativos de IA generativa já são amplamente usados nos EUA (Imagem: hapabapa/iStock)

Isso inclui 537.413 comunicados de imprensa corporativos, 304,3 milhões de ofertas de emprego e 15.919 comunicados de imprensa da Organização das Nações Unidas (ONU).

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O que a pesquisa sobre nossa dependência da IA descobriu?

  • 18% das reclamações de consumidores financeiros, 24% dos comunicados de imprensa corporativos, até 15% das ofertas de emprego e 14% dos comunicados de imprensa da ONU mostraram sinais de assistência de inteligência artificial durante esse período;
  • Áreas urbanas mostraram maior adoção geral (18,2% versus 10,9% nas áreas rurais);
  • Regiões com menor nível educacional usaram ferramentas de escrita de IA com mais frequência (19,9% comparado a 17,4% em áreas de ensino superior).

O estudo destaca que o resultado contradiz os padrões típicos de adoção de tecnologia, onde populações mais educadas adotam novas ferramentas mais rapidamente. Além disso, a pesquisa, provavelmente, representa nível mínimo de uso de inteligência artificial, já que as métricas para detecção desse tipo de material ainda são pouco sofisticadas.

A dependência excessiva de IA pode resultar em mensagens que não abordam preocupações ou, em geral, divulgam informações menos confiáveis ​​externamente. A dependência excessiva de IA também pode introduzir desconfiança pública na autenticidade das mensagens enviadas por empresas”, alertam os pesquisadores.

Dependência de IA pode gerar desconfiança pública, segundo estudo (Imagem: Supatman/iStock)

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Primeira máquina de escrever comercial do mundo vai a leilão

A primeira máquina de escrever produzida comercialmente no mundo vai a leilão em 22 de março pela Auction Team Breker, em Colônia (Alemanha). O lance inicial é de € 50 mil (R$ 313 mil, na conversão direta), mas o objeto pode ser arrematado por valores entre € 65 mil (R$ 408 mil) e € 100 mil (R$ 627 mil).

A máquina de escrever histórica foi projetado pelo reverendo Rasmus Malling-Hansen, diretor do Royal Institute for the Deaf and Dumb, em Copenhague (Dinamarca), em 1865. O pedido de patente foi realizado em 25 de janeiro de 1870.

De um total de 180 máquinas de escrever produzidas, acredita-se que apenas 35 sobreviveram: 30 em coleções de museus e outra parte em posse de colecionadores, incluindo a peça aqui em questão.

Máquina de escrever tem 21,5 centímetros de altura (Imagem: Divulgação/Auction Team Breker)

O item leiloado tem como base um hemisfério de 54 barras de tipos alfanuméricos gravadas e carregadas por mola, em “excelente estado geral, fontes em boas condições e nítidas”. A altura é de aproximadamente 21,5 centímetros e, o diâmetro, 13,5 centímetros.

O design da Writing Ball foi pensado por Malling-Hansen para facilitar a “escrita rápida”, com as vogais sendo operadas pelos dedos da mão esquerda e as consoantes pelos dedos da direita. Cada uma das 54 barras de tipos é alinhada em um ângulo diferente, mas todas convergem no papel em um ponto comum.

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Apenas 35 máquinas do tipo sobreviveram ao longo do tempo (Imagem: Divulgação/Auction Team Breker)

Friedrich Nietzsche usou a máquina de escrever histórica

  • O usuário mais celebrado da máquina dinamarquesa foi o filósofo alemão Friedrich Nietzsche;
  • Em carta enviada à irmã em 11 de fevereiro de 1882, ele celebrou: “Viva! A máquina chegou na minha casa!”;
  • Mas, segundo a casa de leilão, Nietzsche desistiu da novidade depois que a máquina foi danificada em viagem à Gênova (Itália);
  • “A bola de escrever é uma coisa como eu:/Feita de ferro, mas facilmente torcida em viagens/Paciência e tato são necessários em abundância/Assim como dedos finos para nos usar”, escreveu, em versos.

A Writing Ball já era equipada com ferramentas que seriam introduzidas em máquinas populares dali a 40 anos, incluindo retorno automático de carro e espaçamento entre linhas, uma barra de espaço, um sino para sinalizar o fim da linha, provisão para cópias em papel carbono, um reverso de fita e escrita visível ao levantar o mecanismo de digitação.

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