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Há 50 anos, enviamos uma mensagem ao espaço: o que ela dizia?

Há 50 anos – em 16 de novembro de 1974, para sermos mais exatos –, cientistas dispararam uma mensagem para o espaço. Usando o radiotelescópio de Arecibo, o sinal foi enviado ao Grande Aglomerado Globular de Hércules (ou Messier 13), localizado a cerca de 25 mil anos-luz da Terra. Mas, afinal, o que dizia o recado?

Entenda:

  • Em 1974, a humanidade enviou uma mensagem para o espaço;
  • O sinal – composto por sequências binárias e representações visuais – foi enviado pelo radiotelescópio de Arecibo, desativado e demolido em 2020;
  • A mensagem foi criada por uma equipe que incluiu os astrônomos Frank Drake e Carl Sagan;
  • O destinatário, Messier 13, está a 25 mil anos-luz da Terra, e o recado só deve chegar lá daqui a mais de 220 séculos!
Antena do Radiotelescópio de Arecibo, que enviou mensagem ao espaço. (Imagem: Mario Roberto Durán Ortiz/Wikimedia Commons)

Inaugurado em 1963, o radiotelescópio de Arecibo chegou a ser considerado o maior de abertura única do mundo até 2016, quando o chinês FAST (sigla em inglês para Telescópio Esférico de Abertura de 500 Metros) chegou para ocupar esse posto. Em dezembro de 2020, o telescópio de Arecibo foi desativado depois que sua plataforma desabou sobre a antena.

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O que dizia a mensagem de Arecibo?

Antes de mais nada, é preciso entender que a mensagem nunca teve o objetivo direto de estabelecer qualquer tipo de comunicação com extraterrestres.

Criado por Frank Drake, Carl Sagan e membros do Observatório de Arecibo, o sinal foi disparado para celebrar a reinauguração do radiotelescópio em 1974 – após uma reforma que ampliou as capacidades na busca por sinais de vida inteligente fora da Terra.

Quanto à mensagem em si, transmitida em três minutos, era composta por 1.679 dígitos e codificada em uma matriz de 23 colunas e 73 linhas, com 210 bytes ao todo. O sinal incluiu desde informações simbólicas, como sequências binárias representando números de 1 a 10 e elementos químicos do DNA, até representações visuais, como uma silhueta humana, um mapa do sistema solar e dados demográficos da população mundial naquele ano.

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Mensagem de Arecibo. (Imagem: Arecibo Observatory)

Mensagem de Arecibo ainda não chegou ao espaço!

Em novembro de 2025, fará 51 anos desde o envio da mensagem de Arecibo ao espaço. Apesar disso, como já pontuamos, o destinatário está a muitos – e muitos – milhares de anos-luz de distância do nosso planeta azul. 

A estimativa é de que o sinal ainda leve mais de 220 séculos para chegar até Messier 13 – e isso também depende, claro, de que o aglomerado ainda esteja na mesma posição. 

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Foguete nuclear pode reduzir tempo de viagem a Marte pela metade

A startup britânica Pulsar Fusion revelou o conceito de um foguete com propulsão baseada em fusão nuclear. O modelo Sunbird foi projetado para “redefinir viagens espaciais”, atingindo velocidades inéditas no setor aeroespacial.

A ideia é que as espaçonaves em órbita se acoplem ao foguete para chegar ao destino em alta velocidade.

As naves poderiam chegar a 805.000 quilômetros por hora — mais do que o objeto mais rápido já construído, a Sonda Solar Parker da NASA, que atingiu 692.000 quilômetros por hora usando a força gravitacional do Sol.

O Sunbird ainda está nos estágios iniciais de construção, mas a empresa acredita que será possível realizar testes em órbita pela primeira vez em 2027. Com protótipo estimado em US$ 70 milhões, o projeto é financiado pela Agência Espacial do Reino Unido.

Protótipo tem custo estimado em US$ 70 milhões (Imagem: Pulsar Fusion/Divulgação)

Por que apostar na fusão nuclear?

A fusão nuclear tem desafiado cientistas há décadas — afinal, tentar replicar o funcionamento interno de uma estrela na Terra não é tarefa simples. O processo libera quatro milhões de vezes mais energia do que os combustíveis fósseis.

Ao contrário da fissão nuclear, que demanda materiais radioativos perigosos, a fusão requer elementos muito leves, como o hidrogênio, para combiná-los com elementos mais pesados em condições de temperaturas e pressões extremamente altas.

“É muito antinatural fazer fusão na Terra”, afirmou Richard Dinan, fundador e CEO da Pulsar, à CNN. “A fusão não funciona na atmosfera. O espaço é um lugar muito mais lógico e sensato para fazer fusão, porque é lá que ela quer acontecer de qualquer maneira.”

O Sunbird usa ímãs que aquecem um plasma para fundir o combustível do foguete, hélio-3, produzindo prótons que funcionariam como um “exaustor nuclear” para fornecer propulsão, impulsionando a espaçonave.

Estações de recarga seriam colocadas no espaço (Imagem: Pulsar Fusion/Divulgação)

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Menos tempo de viagem

Em missões interplanetárias, os Sunbirds poderiam transportar até 2.000 quilos de carga para Marte em menos de seis meses ou enviar sondas para Júpiter ou Saturno em dois a quatro anos. Uma missão de mineração em asteroides duraria de um a dois anos, e não mais três.

A empresa também espera criar estações de recarga no espaço, possivelmente nas proximidades de Marte e em uma estação em órbita baixa da Terra.

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O que é asterismo?

Ao observarmos o céu noturno, é comum identificar padrões formados pelas estrelas, que muitas vezes lembram objetos, figuras ou formas conhecidas. Desde os tempos antigos, diferentes culturas atribuem significados e nomes a esses desenhos celestes.

Entre essas formações estão os chamados asterismos, estruturas que, embora não sejam oficialmente reconhecidas como constelações, são amplamente usadas para facilitar a navegação astronômica e a localização de estrelas.

Eles representam um elo entre o conhecimento científico moderno e a observação ancestral do cosmos.

O que é um asterismo?

Asterismo é o nome dado a um padrão reconhecível de estrelas no céu que forma uma figura, como um triângulo, uma colher ou uma linha brilhante.

A nebulosa NGC-1999, que fica a 1,4 mil anos-luz de distância na Terra, na constelação de Órion, é uma nebulosa de reflexão. Imagem: Tragoolchitr Jittasaiyapan – Shutterstock

Esses desenhos, visíveis a olho nu, não são considerados constelações formais, mas ainda assim ajudam observadores a se localizar no céu noturno.

Enquanto as constelações foram oficialmente definidas pela União Astronômica Internacional (UAI), os asterismos são construções populares, criadas por culturas ao longo da história para facilitar a navegação e a identificação de regiões celestes.

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A diferença entre constelação e asterismo está principalmente na oficialidade e abrangência. Uma constelação é uma área do céu com fronteiras claramente definidas, como Leão ou Escorpião.

Já o asterismo é apenas um agrupamento de estrelas dentro de uma ou mais constelações. Eles podem ser parte de uma constelação (como o Cruzeiro do Sul, que é ao mesmo tempo constelação e asterismo) ou compostos por estrelas de várias constelações diferentes.

Um dos asterismos mais conhecidos do Hemisfério Norte é o Grande Carro (ou Big Dipper), que faz parte da constelação Ursa Maior.

Ele forma a figura de uma grande concha ou colher e tem sido usado há séculos como uma ferramenta para localização no céu. Prolongando-se em linha reta a partir das duas estrelas frontais do Grande Carro, é possível encontrar a Estrela Polar, que está alinhada com o Polo Norte Celeste.

Constelações de Ursa Maior e Ursa Menor, com a estrela Polaris na ponta. Crédito: Mycola – iStockphotos

Outro exemplo importante é o Triângulo de Verão, composto pelas estrelas Vega (da constelação Lira), Altair (da constelação Águia) e Deneb (da constelação Cisne).

Esse triângulo imaginário se destaca durante os meses mais quentes no Hemisfério Norte e serve como ponto de partida para localizar outras estrelas e constelações.

Já no Hemisfério Sul, o Cruzeiro do Sul é um asterismo notável e culturalmente importante, presente até mesmo em bandeiras de países como Brasil, Austrália e Nova Zelândia.

Os asterismos também são valiosos na educação astronômica. Como são fáceis de visualizar e memorizar, eles ajudam iniciantes a se familiarizarem com o céu noturno.

Alguns são visíveis mesmo em áreas urbanas, onde a poluição luminosa torna difícil identificar constelações completas. São como atalhos visuais que introduzem os curiosos à astronomia, funcionando quase como placas de trânsito estelar.

Vale destacar que diferentes culturas podem reconhecer diferentes asterismos. Antes da padronização das constelações pela UAI, em 1922, muitos povos já mapeavam o céu com base em padrões próprios. Isso faz dos asterismos uma ponte entre ciência e tradição, unindo conhecimento astronômico moderno com saberes antigos.

Com informações de EarthSky

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Nenhum astronauta jamais deixou a atmosfera da Terra – nem aqueles que pisaram na Lua

Pode parecer estranho, mas há uma frase tecnicamente correta que deixa muita gente confusa: nenhum astronauta, nem mesmo quem já foi à Lua, saiu de verdade da atmosfera da Terra. Oi?

Bem, isso não significa que a ida ao espaço seja mentira nem tem relação com qualquer teoria da conspiração. A questão-chave está em como definimos a “atmosfera”.

Mesmo a Estação Espacial Internacional (ISS), que orbita a Terra a cerca de 400 km de altitude, ainda está dentro de uma camada muito fina da atmosfera. Lá em cima, os astronautas sentem uma gravidade apenas um pouco menor do que sentimos aqui no solo – cerca de 90% da força total.

O que mantém a ISS em órbita, apesar de estar em uma região com ar rarefeito, é sua velocidade. No entanto, esse ar ainda exerce resistência. Por isso, a estação precisa periodicamente ser “empurrada” por espaçonaves como as cápsulas Progress, da Rússia, e (mais recentemente) Dragon, da SpaceX. Sem isso, ela desaceleraria e acabaria caindo de volta à Terra.

Na órbita da Terra, a cerca de 440 km de altitude, a Estação Espacial Internacional perde altitude periodicamente, devendo ter sua órbita reajustada. Crédito: Artsiom P – Shutterstock

Em um vídeo publicado no canal da NASA no YouTube, o especialista em heliofísica Doug Rowland explica que a atmosfera não termina de forma brusca. Ela vai ficando cada vez mais tênue, mas segue existindo até altitudes impressionantes. É como se o “ar” fosse se dissolvendo devagar, quase sumindo, mas nunca desaparecendo por completo.

Até onde vai a atmosfera da Terra?

Para fins legais e operacionais, a comunidade internacional adota um limite chamado “linha de Kármán”, a 100 km de altitude, acima do qual consideramos oficialmente que começa o espaço. No entanto, essa fronteira é apenas uma convenção, pois a atmosfera vai muito além dela.

Um estudo de 2019, feito com dados do Observatório Solar e Heliosférico (SOHO, na sigla em inglês), revelou que a atmosfera terrestre – mais especificamente uma nuvem de hidrogênio chamada geocorona – pode se estender por até 630 mil km. Isso significa que até a Lua, que fica a cerca de 384 mil km, estaria dentro da atmosfera.

Diagrama mostra Linha de Kármán, ponto internacionalmente reconhecido como limite onde começa o espaço (para fins técnicos). Crédito: VectorMine – Shutterstock

Nesse estudo, cientistas detectaram cerca de 70 átomos de hidrogênio por centímetro cúbico a 60 mil quilômetros da Terra. Na altura da Lua, ainda havia em média 0,2 átomo por centímetro cúbico. Esses números são muito baixos, mas suficientes para mostrar que a atmosfera se prolonga muito mais do que se imaginava.

O autor principal do estudo, Igor Baliukin, do Instituto de Pesquisa Espacial da Rússia, afirmou em um comunicado na época que essa descoberta só foi possível ao revisitar observações feitas há mais de 20 anos. Isso mudou a forma como entendemos os limites do planeta.

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E há outro detalhe: a própria Terra, junto com a Lua, está mergulhada na atmosfera do Sol, chamada heliosfera. Essa imensa bolha de partículas solares envolve todo o Sistema Solar e só termina na chamada heliopausa, muito além de Plutão.

“O ponto forte deste estudo é apontar até onde se estendem os limites da atmosfera terrestre”, explica Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON) e colunista do Olhar Digital

“Nós já sabíamos que a exosfera, camada mais externa da nossa atmosfera, se estende por várias dezenas de milhares de quilômetros acima da superfície da Terra, o que já incluiria grande parte das nossas viagens espaciais tripuladas”, disse o especialista. “Mas, o que esse estudo russo mostra agora é que nem mesmo os astronautas da Apollo 13, os seres humanos que mais distantes estiveram do nosso planeta (400 mil km), nem mesmo eles chegaram a deixar nossa atmosfera. É curioso, mas não diminui em nada o tamanho das conquistas alcançadas por nossos exploradores do espaço”.

Mas, e quanto ao termo “reentrada na atmosfera”, usado para dizer que um objeto retornou ao planeta? Zurita explica que ele continua fazendo sentido, pois se refere a atravessar as camadas mais densas, onde a resistência do ar é forte o bastante para queimar as espaçonaves. 

No fim das contas, a pergunta “onde começa o espaço?” não tem uma única resposta. Depende de para que você quer saber. Para fins técnicos, usamos a linha de Kármán. Para fins científicos, é uma zona de transição longa e gradual.

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Blue Origin divulga imagens de Katy Perry e companheiras de missão no espaço

Na manhã desta segunda-feira (14), a Blue Origin lançou sua 11ª missão de turismo espacial. A bordo da espaçonave New Shepard, havia seis tripulantes, todas mulheres – entre elas, a cantora pop Katy Perry.

Algumas horas depois, durante uma entrevista coletiva, foram divulgadas imagens internas da cápsula, que mostram as passageiras curtindo a sensação de ausência de gravidade e contemplando vistas únicas da Terra.

Sobre a viagem de Katy Perry ao espaço:

  • A cantora Katy Perry foi lançada para fora da Terra, em um voo suborbital da Blue Origin, empresa de Jeff Bezos;
  • Embora tenha sido o 11º voo turístico da companhia, a missão é chamada de NS-31 – por ser o 31º lançamento do foguete New Shepard na contagem geral (incluindo tripulados e de carga);
  • Composto exclusivamente por mulheres, o voo foi liderado pela namorada de Bezos, a atriz, jornalista e piloto Lauren Sánchez;
  • Além de Katy e Lauren, a tripulação contou com Aisha Bowe, engenheira aeroespacial e CEO da STEMBoard; Kerianne Flynn, produtora de cinema; Gayle King, apresentadora do CBS Mornings; e Amanda Nguyen, cientista de bioastronáutica e ativista dos direitos das mulheres;
  • Essa foi a primeira missão espacial 100% feminina desde 1963, quando a soviética Valentina Tereshkova entrou para a história como a primeira mulher a ir ao espaço.

Na ocasião, ela se tornou a primeira artista a cantar fora da Terra, soltando a voz com a música “What a Wonderful World”, de Louis Armstrong. No entanto, Katy não foi a primeira pessoa a fazer isso. Em 2013, o ex-astronauta canadense Chris Hadfield cantou “Space Oddity”, de David Bowie, durante uma missão na Estação Espacial Internacional (ISS), tocando violão enquanto apreciava a Terra pela janela do laboratório orbital.

Foguete New Shepard, da Blue Origin, sendo lançado com Katy Perry a bordo. Crédito: Blue Origin

Em entrevista concedida logo após o pouso, a cantora explicou a escolha da música, enquanto segurava uma pequena margarida (Daisy, em inglês – em homenagem à filha, que tem esse nome). “Gravei um cover desta música no passado. Mas, nunca imaginaria que a cantaria no espaço. Não é sobre mim ou sobre cantar minhas canções. É sobre uma energia coletiva. Sobre nós. Sobre o espaço. Sobre o futuro das mulheres indo ao espaço. Esse sentimento de pertencimento. E sobre esse mundo maravilhoso que a gente compartilha. É tudo pelo benefício da Terra”. 

Tripulação 100% feminina da missão NS-31, da Blue Origin. Crédito: Blue Origin

Leia mais:

Olhar Digital transmitiu ao vivo o voo de Katy Perry ao espaço

Todo o processo foi transmitido ao vivo pelo Olhar Digital, com apresentação de Bruno Capozzi, nosso editor-executivo, Lucas Soares, editor de Ciência e Espaço, e do astrônomo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon).

Composto por dois estágios (o propulsor e a cápsula de passageiros), o foguete New Shepard decolou do espaçoporto da Blue Origin no oeste do Texas às 10h32.

Pouso da cápsula RSS First Step, após levar Katy Perry ao espaço. Crédito: Blue Origin

Poucos minutos depois, houve a separação dos estágios, com o booster retornando na sequência em um pouso vertical perto do local de lançamento para poder ser reaproveitado.

Enquanto isso, a cápsula RSS First Step seguiu viagem para o espaço suborbital, atingindo 106 mil metros (ultrapassando a linha de Kármán, que fica a 100 km de altitude é considerada o limite do espaço) e proporcionando às tripulantes visões únicas, além de alguns instantes de sensação de falta de gravidade.

Pouco mais de 10 minutos após a decolagem, a cápsula pousou com o auxílio de paraquedas. Ao fim da rápida missão (com duração total de apenas 10 minutos), a espaçonave voltou à Terra e pousou com o apoio de paraquedas em uma área desértica próxima. As tripulantes foram retiradas da espaçonave pela equipe de resgate da Blue Origin quase 20 minutos depois do pouso, duração média padrão desse processo.

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Katy Perry cantou no espaço – saiba qual foi a música

Na manhã desta segunda-feira (14), a Blue Origin lançou sua 11ª missão de turismo espacial. A bordo da espaçonave New Shepard, havia seis tripulantes, todas mulheres – entre elas, a cantora pop Katy Perry.

Sobre a viagem de Katy Perry ao espaço:

  • A cantora Katy Perry foi lançada para fora da Terra, em um voo suborbital da Blue Origin, empresa de Jeff Bezos;
  • Embora tenha sido o 11º voo turístico da companhia, a missão é chamada de NS-31 – por ser o 31º lançamento do foguete New Shepard na contagem geral (incluindo tripulados e de carga);
  • Composto exclusivamente por mulheres, o voo foi liderado pela namorada de Bezos, a atriz, jornalista e piloto Lauren Sánchez;
  • Além de Katy e Lauren, a tripulação contou com Aisha Bowe, engenheira aeroespacial e CEO da STEMBoard; Kerianne Flynn, produtora de cinema; Gayle King, apresentadora do CBS Mornings; e Amanda Nguyen, cientista de bioastronáutica e ativista dos direitos das mulheres;
  • Essa foi a primeira missão espacial 100% feminina desde 1963, quando a soviética Valentina Tereshkova entrou para a história como a primeira mulher a ir ao espaço.
Katy Perry (a terceira, em pé, da esquerda para a direita) junto com as demais integrantes da missão NS-31, da Blue Origin, ao espaço. Crédito: Blue Origin

Na ocasião, ela se tornou a primeira artista a cantar fora da Terra, soltando a voz com a música “What a Wonderful World”, de Louis Armstrong. No entanto, Katy não foi a primeira pessoa a fazer isso. Em 2013, o ex-astronauta canadense Chris Hadfield cantou “Space Oddity”, de David Bowie, durante uma missão na Estação Espacial Internacional (ISS), tocando violão enquanto apreciava a Terra pela janela do laboratório orbital.

Em entrevista concedida logo após o pouso, a cantora explicou a escolha da música, enquanto segurava uma pequena margarida (Daisy, em inglês – em homenagem à filha, que tem esse nome). “Gravei um cover desta música no passado. Mas, nunca imaginaria que a cantaria no espaço. Não é sobre mim ou sobre cantar minhas canções. É sobre uma energia coletiva. Sobre nós. Sobre o espaço. Sobre o futuro das mulheres indo ao espaço. Esse sentimento de pertencimento. E sobre esse mundo maravilhoso que a gente compartilha. É tudo pelo benefício da Terra”. 

A cantora Katy Perry se tornou a primeira artista do mundo a cantar fora da Terra. Crédito: Reprodução/X @KatyPerry

Confira a letra da música cantada por Katy Perry:

What a Wonderful World

Que Mundo Maravilhoso

I see trees of green, red roses too

Eu vejo as árvores verdes, rosas vermelhas também

I see them bloom for me and you

Eu as vejo florescer para mim e para você

And I think to myself: What a wonderful world

E penso comigo: Que mundo maravilhoso

I see skies of blue and clouds of white

Eu vejo os céus tão azuis e as nuvens tão brancas

The bright blessed days, the dark sacred night

O brilho abençoado do dia, e a escuridão sagrada da noite

And I think to myself: What a wonderful world

E eu penso comigo: Que mundo maravilhoso

The colors of the rainbow, so pretty in the sky

As cores do arco-íris, tão bonitas no céu

Are also on the faces of people going by

Estão também nos rostos das pessoas que passam

I see friends shaking hands, saying: How do you do?

Vejo amigos apertando as mãos, dizendo: Como vai você?

They’re really saying: I love you!

Eles realmente dizem: Eu te amo!

I hear babies crying, I watch them grow

Eu ouço bebês chorando, eu os vejo crescer

They’ll learn much more, than I’ll never know

Eles vão aprender muito mais que eu jamais vou saber

And I think to myself: What a wonderful world

E eu penso comigo: Que mundo maravilhoso

Yes, I think to myself: What a wonderful world

Sim, eu penso comigo: Que mundo maravilhoso

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Olhar Digital transmitiu ao vivo o voo de Katy Perry ao espaço

Todo o processo foi transmitido ao vivo pelo Olhar Digital, com apresentação de Bruno Capozzi, nosso editor-executivo, Lucas Soares, editor de Ciência e Espaço, e do astrônomo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon).

Composto por dois estágios (o propulsor e a cápsula de passageiros), o foguete New Shepard decolou do espaçoporto da Blue Origin no oeste do Texas às 10h32.

Poucos minutos depois, houve a separação dos estágios, com o booster retornando na sequência em um pouso vertical perto do local de lançamento para poder ser reaproveitado.

Enquanto isso, a cápsula RSS First Step seguiu viagem para o espaço suborbital, atingindo 106 mil metros (ultrapassando a linha de Kármán, que fica a 100 km de altitude é considerada o limite do espaço) e proporcionando às tripulantes visões únicas, além de alguns instantes de sensação de falta de gravidade.

Pouco mais de 10 minutos após a decolagem, a cápsula pousou com o auxílio de paraquedas. Ao fim da rápida missão (com duração total de apenas 10 minutos), a espaçonave voltou à Terra e pousou com o apoio de paraquedas em uma área desértica próxima. As tripulantes foram retiradas da espaçonave pela equipe de resgate da Blue Origin quase 20 minutos depois do pouso, duração média padrão desse processo.

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Katy Perry no espaço: Blue Origin lança tripulação 100% feminina para fora da Terra

Uma estrela pop no espaço! Nesta segunda-feira (14), a cantora Katy Perry foi lançada para fora da Terra, em um voo suborbital da Blue Origin, empresa de Jeff Bezos. Embora tenha sido o 11º voo turístico da companhia, a missão é chamada de NS-31 – por ser o 31º lançamento do foguete New Shepard na contagem geral (incluindo tripulados e de carga).

Composto exclusivamente por mulheres, o voo foi liderado pela namorada de Bezos, a atriz, jornalista e piloto Lauren Sánchez. Além de Katy e Lauren, a tripulação contou com Aisha Bowe, engenheira aeroespacial e CEO da STEMBoard; Kerianne Flynn, produtora de cinema; Gayle King, apresentadora do CBS Mornings; e Amanda Nguyen, cientista de bioastronáutica e ativista dos direitos humanos.

Katy Perry (a terceira, em pé, da esquerda para a direita) junto com as demais integrantes da missão NS-31, da Blue Origin, ao espaço. Crédito: Blue Origin

Essa foi a primeira missão espacial 100% feminina desde 1963, quando a soviética Valentina Tereshkova entrou para a história como a primeira mulher a ir ao espaço, de acordo com um comunicado da Blue Origin.

Todo o processo foi transmitido ao vivo pelo Olhar Digital, com apresentação de Bruno Capozzi, nosso editor-executivo, Lucas Soares, editor de Ciência e Espaço, e do astrônomo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon).

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Como foi o voo de Katy Perry ao espaço suborbital

Composto por dois estágios (o propulsor e a cápsula de passageiros), o foguete New Shepard decolou do espaçoporto da Blue Origin no oeste do Texas às 10h32.

Poucos minutos depois, houve a separação dos estágios, com o booster retornando na sequência em um pouso vertical perto do local de lançamento para poder ser reaproveitado.

Enquanto isso, a cápsula RSS First Step seguiu viagem para o espaço suborbital, atingindo 105 mil metros (ultrapassando a linha de Kármán, que fica a 100 km de altitude é considerada o limite do espaço) e proporcionando às tripulantes visões únicas, além de alguns instantes de sensação de falta de gravidade, ao longo de cerca de 10 minutos no total.

A Blue Origin já levou outras celebridades ao espaço, como o ator William Shatner (o Capitão Kirk, de Star Trek) e o ex-jogador de futebol americano Michael Strahan. 

*Em atualização

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8 asteroides monitorados pela NASA e seus riscos de colisão com a Terra

NASA classifica como objetos potencialmente perigosos os asteroides com mais de 140 metros de diâmetro que se aproximam até cerca de 7,5 milhões de quilômetros da Terra. Nessa classificação existem alguns corpos celestes que se enquadram. 

Na sequência deste conteúdo, o Olhar Digital traz uma lista com 8 asteroides que podem ser um risco para a Terra e algumas de suas características. Continue a leitura e confira!

Conheça os 8 asteroides monitorados pela Nasa

Apesar do pequeno risco de realmente em algum momento ocorrer uma colisão com a Terra, a agência espacial NASA faz o monitoramento dos objetos abaixo com o objetivo de tomar as medidas necessárias caso realmente possa ser iminente o choque de um asteroide com o planeta. 

Em 2022, por exemplo, Lindley Johnson, gerente do programa de defesa planetária da NASA, afirmou que não havia nenhuma ameaça significativa de impacto de asteroide na Terra, mas que é importante realizar o monitoramento.

“Nosso objetivo é detectar qualquer possível impacto com anos ou décadas de antecedência, para que ele possa ser desviado com uma capacidade que utilize a tecnologia que já possuímos, como o DART (Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo)”, afirmou Johnson. Veja a lista abaixo!

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8 – 2023 DW

Descoberto em 2023, este asteroide tem uma chance bem pequena de atingir a Terra daqui a 23 anos, em 2046, especificamente no Dia dos Namorados, em 14 de fevereiro. 

O corpo celeste possui 50 metros de diâmetro, o que equivale ao tamanho de uma piscina olímpica, podendo destruir uma cidade inteira e liberar uma energia comparável à do meteoro de Chelyabinsk, que explodiu no ar sobre a cidade russa Chelyabinsk, em 15 de fevereiro de 2013, deixando várias pessoas feridas, uma grande trilha de fumaça no céu e outros estragos. Ele era menor, tinha cerca de 17 metros. 

7 – Apophis

(Imagem: Ana Luiza Figueiredo via DALL-E / Olhar Digital)

O asteroide Apophis, assim que descoberto, em 2002, foi tido como um grande risco para a vida na Terra. Após passar um longo período acompanhando o corpo celeste, hoje a NASA acredita que não há grandes riscos de ele colidir com a Terra por pelo menos 100 anos. Apesar disso, a agência segue monitorando. 

Com 379 metros de diâmetro, o objeto tem quase 10 vezes o tamanho do Cristo Redentor e em caso de colisão com a Terra pode gerar uma catástrofe global. A força de impacto equivaleria a 1.150 megatons de TNT, causando terremotos, tsunamis e incêndios de grandes proporções. 

6 – 2011 UL21

Este asteroide tem nada mais nada menos que o apelido de “assassino de planetas”. Ele passou relativamente “perto” de nosso planeta em junho de 2024, em uma distância de 6,6 milhões de quilômetros. O corpo celeste possui 2,3 km de diâmetro, sendo bem parecido com o tamanho do Monte Everest.

O 2011 UL21 tem uma capacidade de destruição em escala planetária e foi descoberto em 2011 pelo Catalina Sky Survey, instituto que possui o financiamento da NASA, em Tucson, Arizona. A agência espacial continua de olho no corpo celeste. 

5 – 2024 YR4

Com a possibilidade de 1,2% de colidir com a Terra no ano de 2032, o asteroide 2024 YR4 foi descoberto em dezembro de 2024. A probabilidade foi aumentada para 2,3%, o que despertou ainda mais atenção dos especialistas. A chance ainda chegou a ser maior, mas após muito estudo e observação, acredita-se que o risco de uma colisão é praticamente nula.

Conforme imagens captadas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST), da NASA, o corpo celeste deve passar de forma segura pelo nosso planeta em dezembro de 2032.

Asteróide 2024 YR4 passando pela Terra e se dirigindo para um potencial impacto com a Lua. Crédito: NOIRLab/NSF/AURA/R. Proctor

O objeto tem 60 metros de diâmetro, o que equivale a um prédio de aproximadamente 20 andares. Além disso, ele tem um formato achatado, aparecido com um disco de hóquei. Apesar de os especialistas terem quase certeza de que ele não atinge a Terra, o asteroide segue sendo monitorado, pois existe uma chance pequena, de 2%, de ele colidir com a Lua. 

4 – 1950 DA

Um dos asteroides que menos geram preocupação, pois tem uma chance muito baixa de explodir na Terra, em 2880, o 1950 DA está em observação porque possui capacidade para acabar com a vida humana. 

O impacto calculado de uma possível colisão é de 44.800 megatoneladas de TNT, o que geraria uma grande explosão e tsunamis. Além disso, a poeira poderia alterar o clima do planeta e extinguir os seres humanos. O objeto possui 1,3 km de diâmetro. 

3 – 2007 FT3

O asteroide 2007 FT3 era apontado como um potencial risco à Terra, com a chance de 1 em 11,5 milhões para atingir o planeta em 2024. Porém, felizmente isso não aconteceu. No entanto, como sua órbita o traz de forma periódica próximo ao nosso planeta, ele segue sendo monitorado pela NASA.

O corpo celeste tem 314 metros e em caso de um impacto poderia gerar uma energia equivalente a 2,6 bilhões de toneladas de TNT, dando grandes prejuízos em nosso mundo. 

2 – 1979 XB

Com um diâmetro estipulado em 700 metros e massa de 390 milhões de toneladas, o 1979 XB foi descoberto em dezembro de 1979, na Austrália, e foi constatado que ele tinha uma pequena chance, 0.000055%, ou 1 em 1,8 milhão, de se chocar com a Terra em 2113. 

O resultado seria uma energia de 30 bilhões de toneladas de TNT liberadas e várias avarias no planeta e humanidade. 

1 – Bennu

O asteroide Bennu tem 490 metros de diâmetro e massa de 67 milhões de toneladas. Ele foi descoberto em 1999 e tem chance de colisão de 0,037%, ou de uma em 2,7 mil. 

Este asteroide tem capacidade para liberar o equivalente a 1,4 milhão de toneladas de TNT, o que poderia destruir significativamente o local da colisão, mas não iria gerar estragos no mundo inteiro.

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Katy Perry pode se tornar a primeira artista a cantar no espaço

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, a cantora Katy Perry será uma das tripulantes do próximo voo suborbital da Blue Origin, empresa espacial de Jeff Bezos. A missão NS-31, que deve decolar na segunda-feira (14), será composta exclusivamente por mulheres.

O voo será liderado pela namorada de Bezos, a atriz, jornalista e piloto Lauren Sánchez. Além de Katy e Lauren, a tripulação contará com Aisha Bowe, engenheira aeroespacial e CEO da STEMBoard; Kerianne Flynn, produtora de cinema; Gayle King, apresentadora do CBS Mornings; e Amanda Nguyen, cientista de bioastronáutica e ativista dos direitos humanos.

Tripulação 100% feminina da missão NS-31, da Blue Origin. Crédito: Blue Origin

Em entrevista à revista Elle, dos EUA, elas revelaram como estão os preparativos para a viagem, que pode representar a primeira vez que um artista canta fora da Terra – já que Katy teria aceitado uma sugestão feita por Lauren de entoar o hino de louvor “I Surrender All” (“Eu Entrego Tudo”) no espaço.

Essa será a primeira missão espacial 100% feminina desde 1963, quando a soviética Valentina Tereshkova entrou para a história como a primeira mulher a ir ao espaço. Em um comunicado, Lauren destacou que espera que o voo inspire futuras gerações de mulheres na exploração espacial.

As seis tripulantes da missão NS-31 vão ao espaço a bordo do foguete New Shepard, da Blue Origin. Crédito: Blue Origin

Composto por dois estágios (o propulsor e a cápsula de passageiros), o foguete New Shepard vai decolar do espaçoporto da Blue Origin no oeste do Texas. A bordo da cápsula de passageiros, a equipe voará para além da linha de Kármán, a 100 km de altitude, considerada o limite do espaço. 

O voo deve durar cerca de 11 minutos, permitindo que as tripulantes experimentem cerca de quatro minutos de microgravidade e desfrutem de uma vista privilegiada da Terra. A espaçonave é reutilizável e opera de forma totalmente autônoma.

Conhecida por uma estética futurista e figurinos inspirados no cosmos, Katy Perry poderá transformar em realidade a temática espacial que já apareceu em muitas de suas músicas e performances. Além de viver uma experiência única, ela também ajudará a tornar o espaço um ambiente mais acessível e representativo para mulheres.

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Como Katy Perry e companheiras de viagem se preparam para o voo

Para garantir segurança e tranquilidade durante o voo, a equipe participa de simulações intensas. O treinamento inclui voos parabólicos, que imitam os efeitos da microgravidade, e exercícios com trajes espaciais sob medida. As tripulantes também aprendem a operar os sistemas da cápsula e a responder rapidamente a instruções da base em caso de emergência.

Katy Perry, que considera ter recebido “sinal do Universo” para embarcar nessa missão (o símbolo da Blue Origin é uma pena, seu apelido de infância), disse que deseja levar algo vivo a bordo, como um símbolo da delicadeza da Terra. Embora não tenha especificado o que será, ela mencionou a possibilidade de carregar também alguns itens pessoais, como maquiagem, para manter sua identidade visual mesmo fora do planeta.

A cantora Katy Perry vai viajar para o espaço com a Blue Origin na príxima semana. Crédito: Reprodução/X @KatyPerry

A engenheira Aisha Bowe organizou um voo de treinamento em jato de combate para o grupo, com o objetivo de simular forças G elevadas e prepará-las para as acelerações bruscas da decolagem e da reentrada. Apaixonada por tecnologia e inovação, Aisha ainda pretende levar uma lembrança simbólica que represente meninas pretas na ciência.

Kerianne Flynn, que já participa de simulações em gravidade zero, revelou estar empolgada para filmar a experiência espacial e transformá-la em conteúdo cinematográfico. Como produtora de documentários, ela pretende levar à cápsula um pequeno dispositivo de gravação para captar os momentos mais emocionantes da viagem.

Gayle King, uma das apresentadoras mais conhecidas da TV norte-americana, começou a meditar para controlar a ansiedade pré-voo. Ela pretende levar uma pulseira dada por sua filha, como forma de manter um elo emocional com a família. 

Já Amanda Nguyen levará um símbolo de sua luta por justiça social – uma cópia miniaturizada da declaração dos direitos humanos, que representa sua trajetória como ativista.

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Katy Perry no espaço: voos turísticos da Blue Origin enfrentam críticas

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, a cantora Katy Perry será lançada ao espaço suborbital com a Blue Origin no dia 14 de abril. A missão, denominada NS-31, terá uma tripulação formada exclusivamente por mulheres – algo que não acontecia desde 1963. O voo é promovido como uma celebração da presença feminina na exploração espacial.

A missão será comandada pela atriz e jornalista Lauren Sánchez, companheira de Jeff Bezos, dono da empresa. Ao lado dela, além de Katy, estarão Aisha Bowe (engenheira aeroespacial e CEO da STEMBoard), Kerianne Flynn (produtora de cinema), Gayle King (apresentadora do programa CBS Mornings) e Amanda Nguyen (cientista especializada em bioastronáutica e defensora dos direitos humanos). 

Tripulação 100% feminina da missão NS-31, da Blue Origin. Crédito: Blue Origin

Elas viajarão a bordo do foguete New Shepard, em uma jornada de 11 minutos que inclui aproximadamente quatro minutos em microgravidade. Durante esse breve período, as tripulantes poderão flutuar e observar a Terra a mais de 100 km de altitude. Essa visão costuma provocar o chamado “efeito de visão geral”, uma mudança de percepção sobre o planeta, relatada por muitos astronautas.

Blue Origin lança celebridades ao espaço e gera polêmica

Apesar do simbolismo da missão, a iniciativa recebeu críticas públicas. De acordo com o site USA Today, em entrevista ao programa TODAY with Jenna & Friends, no canal NBC, a atriz Olivia Munn (X-Men: Apocalipse) questionou a utilidade e os custos envolvidos no voo, especialmente diante das dificuldades econômicas enfrentadas por milhões de pessoas no mundo.

Olivia Munn como Pscylocke, de X-Men: Apocalipse (2016). Crédito: 20th Century Studios

A Blue Origin já levou outras celebridades ao espaço, como o ator William Shatner (o Capitão Kirk, de Star Trek) e o ex-jogador de futebol americano Michael Strahan. 

Munn afirmou que a experiência, embora impactante para os participantes, parece mais uma extravagância do que uma contribuição real para a ciência ou a sociedade. “Há muitas pessoas que não conseguem nem comprar ovos. E agora estamos lançando celebridades ao espaço?”, disse ela.

A atriz também levantou preocupações ambientais, ao criticar o uso de combustível para uma viagem tão curta. Para Munn, o turismo espacial soa mais como um luxo sem propósito, comparável a um passeio em um parque de diversões.

William Shatner, intérprete do Capitão Kirk, de Star Trek, também já foi ao espaço com a Blue Origin. Crédito: Blue Origin

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Turismo espacial de luxo levanta questões éticas, ambientais e sociais

Embora a Blue Origin não divulgue o preço cobrado por assento, o valor estimado para participar dessa experiência varia entre US$250 mil e US$300 mil (mais de R$1,5 milhão). A concorrente Virgin Galactic – que pausou seu programa de turismo espacial para renovação de frota – cobra cerca de US$600 mil (em torno de R$3,5 milhões). Isso reforça a ideia de que esse tipo de experiência continua restrita a uma pequena elite.

Durante o voo, Amanda Nguyen planeja realizar dois experimentos científicos: um em parceria com o Centro Espacial Nacional Vietnamita e outro voltado à saúde da mulher. A empresa afirma que a missão também busca inspirar futuras gerações.

Ainda assim, o debate permanece. Para muitos críticos, o turismo espacial de luxo levanta questões éticas, ambientais e sociais. Em um mundo cada vez mais desigual, é válido investir tanto para tão poucos irem tão longe – mesmo que só por alguns minutos?

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