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Astronautas “presos”: após mais de nove meses no Espaço, dupla está a caminho da Terra

Após mais de nove meses “presos” no Espaço, a dupla de astronautas Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, deixaram a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) rumo à Terra. Na madrugada desta terça-feira (18), Williams e Wilmore “pegaram carona” com os membros da missão Crew-9Nick Hague, da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da Roscosmos.

Após cerca de duas horas de preparação, a Dragon Endurance (que já foi usada anteriormente nas missões Crew-3, Crew-5 e Crew-7) foi desacoplada da ISS e partiu às 2h05 (horário de Brasília), com o quarteto de astronautas, de volta à Terra.

Após cerca de 17 horas de viagem, a cápsula deve pousar no mar, na costa da Flórida (EUA), por volta das 18h57 (horário de Brasília). O Olhar Digital vai transmitir tudo ao vivo: nossa live começa às 17h45 (horário de Brasília) desta terça-feira (18). Você pode acompanhar neste link, na home de nosso site, ou na janela abaixo.

Como o resgate dos astronautas da NASA foi arquitetado

Para que os astronautas “presos” no Espaço pudessem ser resgatados, a agência espacial estadunidense, em parceria com a SpaceX, enviou, à ISS, a missão Crew-10, com Anne McClain e Nichole Ayers, da NASATakuya Onishi, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA, na sigla em inglês) e o cosmonauta russo Kirill Peskov, da Roscosmos, a bordo da Dragon Endurance, enviada ao Espaço por um foguete Falcon 9.

A nova equipe de astronautas foi enviada ao laboratório orbital na sexta-feira (14), às 20h03 (horário de Brasília)após dois adiamentos. Saiba mais sobre o time aqui e entenda aqui o que a missão Crew-10 vai fazer na ISS.

Foto oficial dos membros da missão SpaceX Crew-10 (da esquerda) o especialista da missão Kirill Peskov, da Roscosmos; a piloto Nicole Ayers e a comandante Anne McClain, ambas astronautas da NASA; e o especialista da missão Takuya Onishi, da JAXA (Imagem: NASA/Bill Stafford/Helen Arase Vargas)

Cronologia dos astronautas “presos” e como voltarão à Terra

Williams e Wilmore partiram para a ISS em junho de 2024, no primeiro voo tripulado da cápsula Starliner, da Boeing, para missão de oito dias – que durou mais de nove meses.

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado em 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA);
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore voltariam para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurançaem setembro.

Mas, por que tanta demora? O presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a acusar o governo anterior de deixar os astronautas “abandonados” na ISS – o que foi desmentido pela dupla.

Momento em que a Dragon foi desacoplada da ISS
Momento em que a Dragon foi desacoplada da ISS (Imagem: Reprodução/YouTube/NASA)

Leia mais:

Acontece que há um calendário e um trânsito a se cumprir no laboratório orbital. Todas as tripulações que vão para lá sabem que a previsão de volta pode não se cumprir dentro do prazo estabelecido (e tudo é meticulosamente calculado).

As equipes normalmente voltam para a Terra no mesmo veículo que as conduziram, que fica atracado na estação durante todo o percurso da missão. Como a espaçonave Starliner apresentou problemas graves e precisou regressar vazia ao planeta, seus tripulantes tiveram que aguardar a oportunidade mais adequada de retorno.

E não foi a primeira vez que isso aconteceu. É comum que astronautas excedam (e muito) o tempo de permanência previsto na ISS. Normalmente, as missões duram cerca de seis meses, mas podem ser estendidas por vários motivos, como experimentos ou imprevistos.

Barry "Buch" Wilmore e Sunita "Suni" Williams, os astronautas da NASA que estão "presos" no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing
Barry “Buch” Wilmore e Sunita “Suni” Williams, os astronautas da NASA em missão prolongada no Espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing (Imagem: NASA)

No caso de Williams e Wilmore, eles passaram 286 dias em órbita. O astronauta Frank Rubio, dos EUA, junto com os russos Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, permaneceram 371 dias consecutivos no Espaço entre 2022 e 2023.

Isso porque um incidente danificou a espaçonave russa Soyuz que os traria de volta à Terra, motivo pelo qual a estadia do trio no laboratório orbital foi prorrogada por mais seis meses, até a chegada de uma cápsula de substituição.

Embora garantam que não se sentiam “presos”, vale uma observação curiosa: a cápsula Dragon da missão Crew-9 onde Williams e Wilmore embarcaram de volta para a Terra se chama Freedom – “Liberdade”, em inglês.

Matéria em atualização

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NASA revela quando os astronautas “presos” no espaço voltam para a Terra

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, a missão SpaceX Crew-10 deve ser lançada nesta sexta-feira (14), às 20h03 (pelo horário de Brasília), com previsão de chegada à Estação Espacial Internacional (ISS) na noite de sábado (15). Isso vai permitir que, finalmente, dois astronautas “presos” no laboratório orbital voltem para a Terra – o que vai acontecer alguns dias depois.

Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, partiram para a ISS em junho de 2024, no primeiro voo tripulado da cápsula Starliner, da Boeing, para uma missão de oito dias – que já dura mais de nove meses. E eles dependem da chegada de uma nova tripulação ao laboratório orbital para poder voltar para casa. 

A missão “redentora” decolaria na noite de quarta-feira (12) – no entanto, o lançamento foi adiado em dois dias por problemas técnicos (saiba detalhes aqui).

Foto oficial dos membros da missão SpaceX Crew-10 (da esquerda) o especialista da missão Kirill Peskov, da Roscosmos; a piloto Nicole Ayers e a comandante Anne McClain, ambas astronautas da NASA; e o especialista da missão Takuya Onishi, da JAXA (Imagem: NASA/Bill Stafford/Helen Arase Vargas)

Anne McClain e Nichole Ayers, da NASA, Takuya Onishi, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) e o cosmonauta russo Kirill Peskov, da Roscosmos, vão viajar a bordo da Dragon Endurance (que já foi usada anteriormente nas missões Crew-3, Crew-5 e Crew-7), com previsão de atracar no módulo Harmony da estação no dia seguinte. Saiba mais sobre o time aqui e entenda aqui o que a missão Crew-10 vai fazer na ISS.

Como os astronautas da Starliner vão voltar para a Terra

De acordo com um comunicado da NASA, a volta de Williams e Wilmore para a Terra acontece na quarta-feira (19), “de carona” com os membros da missão Crew-9, Nick Hague, da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da Roscosmos.

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado no dia 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida;
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de um vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave, e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore vão voltar para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurança, em setembro.
Os astronautas Barry Wilmore e Sunita Williams trabalhando na Estação Espacial Internacional (ISS). Crédito: NASA

Mas, por que tanta demora? O presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a acusar o governo anterior de deixar os astronautas “abandonados” na ISS – o que foi desmentido pela dupla.

Leia mais:

Acontece que há um calendário e um trânsito a se cumprir no laboratório orbital. Todas as tripulações que vão para lá sabem que a volta pode não acontecer dentro do prazo previsto (e tudo é meticulosamente calculado).

As equipes normalmente voltam para a Terra no mesmo veículo que as conduziram, que fica atracado na estação durante todo o percurso da missão. Como a espaçonave Starliner apresentou problemas graves e precisou regressar vazia ao planeta, seus tripulantes tiveram que aguardar a oportunidade mais adequada de retorno.

E não foi a primeira vez que isso aconteceu. É comum que astronautas excedam (e muito) o tempo de permanência previsto na ISS. Normalmente, as missões duram cerca de seis meses, mas podem ser estendidas por vários motivos, como experimentos ou imprevistos. 

No caso de Williams e Wilmore, se realmente retornarem na quarta-feira, eles terão passado 286 dias em órbita. O astronauta Frank Rubio, dos EUA, junto com os russos Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, permaneceram 371 dias consecutivos no espaço entre 2022 e 2023.

Da direita para a esquerda: Frank Rubio, astronauta da NASA, e seus companheiros russos da missão Soyuz MS-22 Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, que ficaram 371 dias na estação espacial. Crédito: Roscosmos

Isso porque um incidente danificou a espaçonave russa Soyuz que os traria de volta à Terra, motivo pelo qual a estadia do trio no laboratório orbital foi prorrogada por mais seis meses, até a chegada de uma cápsula de substituição.

Embora garantam que não se sentem “presos”, vale uma observação curiosa: a cápsula Dragon da missão Crew-9 onde Williams e Wilmore vão embarcar de volta para a Terra se chama Freedom – “Liberdade”, em inglês.

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Artemis não é suficiente para bater a China, dizem especialistas

A China está ultrapassando os Estados Unidos na corrida para conquistar a Lua e o Espaço mesmo com a iminência da missão Artemis, na opinião de especialistas ouvidos em sessão do Comitê de Ciência, Espaço e Tecnologia da Câmara dos Deputados em Washington, DC (EUA).

A audiência, intitulada “Passo a passo: o programa Artemis e o caminho da NASA para a exploração humana da Lua, Marte e além” foi realizada em 26 de fevereiro para discutir como a missão pode servir para chegar a Marte.

Recentemente, o presidente Donald Trump voltou a manifestar o desejo de levar astronautas para o Planeta Vermelho com o objetivo de “redescobrir o poder incontrolável do espírito americano”, como informou o Olhar Digital.

Captura do Polo Sul da Lula feita pelo satélite Blue Ghost (Imagem: Divulgação/NASA)

Na sessão, participaram dois especialistas em política espacial: Dr. Scott Pace, diretor do Instituto de Política Espacial da Universidade George Washington, e Dan Dumbacher, professor adjunto da Universidade Purdue. A NASA não enviou representantes, apesar de ter recebido convites dos deputados, como relata o Space.com.

“Nossos concorrentes globais, principalmente a China e seus aliados, estão planejando e nos ultrapassando em seu esforço para se tornarem dominantes no Espaço. Esta é uma preocupação econômica e de segurança nacional crítica“, disse Dumbacher.

  • O retorno da humanidade à Lua pode ocorrer em 2027, quando a NASA pretende lançar a missão Artemis III;
  • Dois membros da tripulação descerão à superfície e vão passar uma semana perto do Polo Sul conduzindo novas pesquisas científicas. Mas isso pode não ser suficiente, na opinião dos convidados;
  • “Para que a liderança dos EUA seja eficaz, as missões de exploração espacial humana não podem ser ‘únicas’, mas devem ser repetíveis e sustentáveis, com presença contínua como normal”, disse Pace na audiência;
  • “É hora de considerar alternativas para ir à Terra, à Lua e voltar. Idealmente, a NASA deveria ser capaz de comprar serviços de transporte pesado para enviar humanos à Lua. Um plano revisado de campanha Artemis deveria ser uma alta prioridade para o novo administrador.”
Sala de comando de missões da Artemis (Imagem: Divulgação/NASA)

Leia mais:

Política instável ameaça a Artemis?

Os especialistas também comentaram a pressão política dentro da agência espacial. Dumbacher afirmou ter conversado com ex-alunos, atuais funcionários da NASA, que, segundo ele, estão “assustados”.

“Estou mais do que feliz em entregar o futuro a eles, e eles estão preocupados e questionando o que farão por suas carreiras, buscando outras oportunidades, o que eu acho terrivelmente triste por causa do imperativo nacional que temos e da competição global em que estamos envolvidos”, disse.

A congressista Zoe Lofgren, da Califórnia (EUA), chegou a declarar que os funcionários temem demissões arbitrárias diariamente. “O caos, a confusão, a chicotada, a intimidação e o bullying da força de trabalho são de toda a agência e do governo“, afirmou.

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NASA lança, com sucesso, duas missões revolucionárias ao Espaço

Na madrugada desta quarta-feira (12), a NASA enviou, ao Espaço, duas missões no mesmo foguete da SpaceX, o Falcon 9. O lançamento estava originalmente programado para os primeiros minutos de sábado (8), no entanto, foi suspenso pela empresa para verificações adicionais no veículo.

Esperava-se, então, que isso ocorresse nesta terça-feira (11), mas, segundo a SpaceX, o tempo não estava favorável e houve problema com uma das espaçonaves da NASA. O lançamento desta quarta-feira (12) foi realizado à 0h10 (horário de Brasília).

Separação dos módulos ocorreu sem problemas (Imagem: Reprodução/YouTube/NASA)

O telescópio SPHEREx e o conjunto de satélites solares PUNCH decolaram a partir da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia (EUA). O evento foi transmitido pela agência espacial estadunidense em seu canal no YouTube.

A estratégia de compartilhamento de viagem faz parte do Programa de Serviços de Lançamentos da NASA, que busca otimizar custos ao combinar diferentes missões científicas em um único foguete. Isso permite dividir os gastos entre a verba do governo dos EUA e o dinheiro de empresas privadas, ampliando as oportunidades para a exploração espacial.

Os dois estágios do Falcon 9 se separaram da forma como deveriam fazer e o foguete da Spacex retornou à Terra e pousou na base de lançamento com perfeição. Agora, SPHEREx e PUNCH estão rumando aos seus respectivos destinos. A seguir, o Olhar Digital explica o que cada missão irá fazer.

Animação da SPACEx
Animação representando a missão SPHEREx, da NASA. Crédito: NASA

SPHEREx vai criar grande mapa do Universo

O Espectrofotômetro para a História do Universo, Época da Reionização e Explorador de Gelos (SPHEREx, na sigla em inglês) é um telescópio espacial que examinará o Universo em infravermelho. Ele funcionará como versão panorâmica do Telescópio Espacial James Webb (JWST), captando a luz e analisando a composição de bilhões de galáxias.

Enquanto o JWST se concentra em detalhes minuciosos de objetos distantes, o SPHEREx fará mapeamento amplo, revelando o contexto em que esses objetos estão inseridos. Com isso, ajudará a entender a formação das primeiras galáxias e a origem da água no Sistema Solar.

Imagem do módulo dois, que está com coloração alaranjada
Agora, missões da NASA estão rumando para seus destinos (Imagem: Reprodução/YouTube/NASA)

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PUNCH, da NASA, quer desvendar segredos do vento solar

O Polarímetro para Unificar a Coroa e a Heliosfera (PUNCH, na sigla em inglês) é uma missão composta por quatro satélites que estudarão a coroa solar – a atmosfera externa do Sol. O objetivo é entender como essa camada se transforma no vento solar, corrente de partículas que atravessa o Espaço e influencia o ambiente ao redor da Terra.

O vento solar interage com a heliosfera, a bolha protetora em torno do Sistema Solar. Compreender essa dinâmica é essencial para prever tempestades solares e minimizar seus impactos em redes elétricas, comunicações via satélite e, até, na segurança de astronautas em missões espaciais.

Representação artística da missão SPHEREx, da NASA. Crédito: NASA

Impactos e expectativas das missões

O SPHEREx investigará questões fundamentais, como os eventos que ocorreram logo após o Big Bang e a presença de moléculas essenciais para a vida no cosmos. Já o PUNCH utilizará técnicas inovadoras, como a análise da polarização da luz, para detalhar fenômenos solares e criar “eclipse artificial” que facilitará a observação da coroa solar.

Ambas as missões representam avanços significativos na compreensão do Espaço. Enquanto o SPHEREx trará novo panorama da história do Universo, o PUNCH ajudará a proteger a Terra dos efeitos do clima espacial.

Quatro satélites da missão PUNCH
Os quatro satélites da missão PUNCH, da NASA, em imagem conceitual. Crédito: NASA

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NASA adia, mais uma vez, lançamento de duas missões revolucionárias ao Espaço

Na madrugada desta terça-feira (11), a NASA enviaria, ao Espaço, duas missões no mesmo foguete da SpaceX, o Falcon 9. O lançamento estava originalmente programado para os primeiros minutos de sábado (8), no entanto, foi suspenso pela empresa para verificações adicionais no veículo.

Esperava-se, então, que isso ocorresse nesta terça-feira (11), à 0h10 (horário de Brasília), mas, segundo a SpaceX, o tempo não estava favorável e houve problema com uma das espaçonaves da NASA. Sendo assim, o lançamento foi remarcado para os primeiros minutos desta quarta-feira (12).

Foi o segundo adiamento seguido das missões (Imagem: Reprodução/X/SpaceX)

O telescópio SPHEREx e o conjunto de satélites solares PUNCH decolarão a partir da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia (EUA). O evento será transmitido pela agência espacial estadunidense em seu canal no YouTube.

A estratégia de compartilhamento de viagem faz parte do Programa de Serviços de Lançamentos da NASA, que busca otimizar custos ao combinar diferentes missões científicas em um único foguete. Isso permite dividir os gastos entre a verba do governo dos EUA e o dinheiro de empresas privadas, ampliando as oportunidades para a exploração espacial.

Animação da SPACEx
Animação representando a missão SPHEREx, da NASA (Imagem: NASA)

SPHEREx vai criar grande mapa do Universo

O Espectrofotômetro para a História do Universo, Época da Reionização e Explorador de Gelos (SPHEREx, na sigla em inglês) é um telescópio espacial que examinará o Universo em infravermelho. Ele funcionará como versão panorâmica do Telescópio Espacial James Webb (JWST), captando a luz e analisando a composição de bilhões de galáxias.

Enquanto o JWST se concentra em detalhes minuciosos de objetos distantes, o SPHEREx fará mapeamento amplo, revelando o contexto em que esses objetos estão inseridos. Com isso, ajudará a entender a formação das primeiras galáxias e a origem da água no Sistema Solar.

Leia mais:

PUNCH, da NASA, quer desvendar segredos do vento solar

O Polarímetro para Unificar a Coroa e a Heliosfera (PUNCH, na sigla em inglês) é missão composta por quatro satélites que estudarão a coroa solar – atmosfera externa do Sol. O objetivo é entender como essa camada se transforma no vento solar, corrente de partículas que atravessa o Espaço e influencia o ambiente ao redor da Terra.

O vento solar interage com a heliosfera, a bolha protetora em torno do Sistema Solar. Compreender essa dinâmica é essencial para prever tempestades solares e minimizar seus impactos em redes elétricas, comunicações via satélite e, até, na segurança de astronautas em missões espaciais.

Representação artística da missão SPHEREx, da NASA (Imagem: NASA)

Impactos e expectativas das missões

O SPHEREx investigará questões fundamentais, como os eventos que ocorreram logo após o Big Bang e a presença de moléculas essenciais para a vida no cosmos. Já o PUNCH utilizará técnicas inovadoras, como a análise da polarização da luz, para detalhar fenômenos solares e criar “eclipse artificial” que facilitará a observação da coroa solar.

Ambas as missões representam avanços significativos na compreensão do Espaço. Enquanto o SPHEREx trará novo panorama da história do Universo, o PUNCH ajudará a proteger a Terra dos efeitos do clima espacial.

Quatro satélites da missão PUNCH
Quatro satélites da missão PUNCH, da NASA em imagem conceitual (Imagem: NASA)

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Agência de pesquisa em defesa dos EUA quer cultivar estruturas biomecânicas no espaço

A Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA) dos EUA está buscando desenvolver e “cultivar” estruturas biomecânicas gigantes no espaço. O grupo já tem projetos peculiares em progresso e, agora, pensa em sistemas que possam crescer organicamente além da atmosfera.

Alguns dos exemplos dados pela DARPA que poderiam ser montados biologicamente, mas inviáveis de se produzir de forma tradicional são:

  • Amarras para um elevador espacial;
  • Novas asas automontadas para uma estação espacial comercial;
  • Produção sob demanda de materiais de remendo para aderir e reparar danos causados por micrometeoritos.

“O crescimento rápido, controlado e direcional para criar estruturas espaciais úteis muito grandes (com mais de 500 metros de comprimento) interromperia o atual estado da arte e posicionaria a biologia como um componente complementar da infraestrutura de montagem no espaço”, diz a agência em um documento de Solicitação de Informações.

Bioengenharia é uma ciência promissora para as mais diversas áreas. (Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock)

A DARPA explica que as vantagens desses mecanismos crescerem no espaço é que isso reduziria o custo de lançá-los por foguete. O grupo observa também que os maquinários de crescimento biológico provavelmente não serão muito úteis por si só e que materiais mais resistentes são necessários. 

“Uma analogia relevante é a de uma tenda. Dado o material estrutural dos postes da tenda, os mecanismos de crescimento biológico são imaginados como a ‘cobertura’ da tenda. Ela pode ser moldada de uma maneira particular pelos postes subjacentes e, quando incorporada com eletrônicos apropriados, executar uma função dada”, exemplifica a agência.

Uma das vantagens pontuadas pela DARPA é da diferença de massa e volume entre os componentes tradicionais e os orgânicos cultiváveis. A leveza dos biológicos poderia facilitar o transporte e agilizar processos.

Um elevador capaz de ir ao espaço

Mesmo que surpreendente, a ideia ainda é especulativa. Construir tudo que a agência propôs está longe da atual situação cientifica da humanidade. Porém, aos poucos os projetos vão tomando forma.

O elevador espacial mencionado pela agência foi proposto inicialmente em 1975 pelo engenheiro Jerome Pearson. A proposta envolve um grande cabo com um lado grudado à Terra e outra extremidade em um contrapeso, onde um satélite ou estação espacial deixaria a estrutura tensionada.

Ilustração de um elevador da Terra até o espaço.
Ilustração de um elevador da Terra até o espaço (Imagem: USUL/Shutterstock)

“Se uma conexão física pudesse ser feita entre o satélite geoestacionário e o solo, isso permitiria a ascensão vertical por cápsulas motorizadas até esta ‘torre orbital’ diretamente para a órbita geoestacionária”, explicou Pearson sobre o conceito no artigo que o apresentou.

De acordo com o engenheiro, as capsulas seriam mais seguras do que foguetes tradicionais. Com o mecanismo, satélites poderiam ser recuperados ao serem descidos para a Terra por meio do elevador.

“Este método de retornar satélites à Terra permitiria a recuperação do excesso de energia agora desperdiçado por escudos térmicos. O uso desta energia poderia diminuir muito o custo de lançamento de satélites”, comenta Pearson.

Ainda são necessárias inovações

Apesar de tudo, ainda há problemas até que a humanidade possa usar bioengenharia no espaço. Por exemplo, a vida biológica necessita fortemente da gravidade para ter senso de direção.

“Mesmo que a direcionalidade do crescimento pudesse ser controlada também em microgravidade, o ambiente espacial é incompatível com a atividade biológica”, disse Nils Averesch, da Universidade da Flórida, ao site New Scientist.

Veiculo de batalha da DARPA
Veículo de combate futurista exposto no Simpósio D60 da DARPA, nos EUA (Imagem: Daderot/Wikimedia Commons)

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Um workshop patrocinado pela DARPA está em planejamento para abril de 2025. O propósito é revisar e discutir pesquisas atuais relevantes e avaliar novos métodos para provar o potencial de estruturas biomecânicas gigantes no espaço. Informações discutidas neste evento podem auxiliar na formulação de possíveis áreas futuras de pesquisa.

“A DARPA deseja encorajar a participação máxima e a apresentação do máximo de soluções inovadoras possíveis”, conclui a agência.

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Raro relâmpago gigante sobre a Terra é fotografado do espaço

Uma imagem impressionante capturada na Estação Espacial Internacional (ISS) revelou um raro “jato gigante” de relâmpago se estendendo por mais de 80 km acima da costa dos EUA. Esse fenômeno, que dispara descargas elétricas para cima das nuvens, foi registrado em 19 de novembro de 2024, mas só agora veio a público.

O registro foi descoberto pelo fotógrafo Frankie Lucena, especialista em fenômenos atmosféricos, no banco de imagens da NASA Gateway to Astronaut Photography of Earth. Lucena encontrou quatro registros do evento e compartilhou um deles com a plataforma de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com na última semana. A localização exata do jato ainda não foi confirmada, mas especialistas acreditam que tenha ocorrido próximo ao litoral de Nova Orleans.

Imagem de plano aberto fotografada por um astronauta não identificado em 19 de novembro de 2024 mostra o “jato gigantesco” no canto superior direito. Crédito: Gateway to Astronaut Photography of Earth/NASA

Como se formam os “jatos gigantes” de relâmpagos

Jatos gigantes são relâmpagos que sobem das tempestades em direção à alta atmosfera, emitindo um brilho azulado devido ao nitrogênio presente nessa camada. Eles duram menos de um segundo e podem alcançar a ionosfera, a cerca de 80 quilômetros de altitude. Por isso, são considerados os relâmpagos mais altos já registrados na Terra.

Além da altura impressionante, esses raios também são extremamente poderosos. Um dos mais intensos já medidos ocorreu em Oklahoma, em 2018, e liberou uma energia 60 vezes maior que a de um relâmpago comum, atingindo temperaturas superiores a 4.400°C.

Provável local onde o relâmpago gigante se formou. Crédito: Frankie Lucena via Spaceweather.com

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Nas imagens recentes, é possível ver tentáculos avermelhados no final do jato. Essas descargas elétricas se assemelham a um outro fenômeno atmosférico, conhecido como “sprite“, que tem formato de água-viva e ocorre acima das tempestades. No entanto, de acordo com o explicado por especialistas ao site EarthSky.com,  jatos gigantes e sprites são fenômenos distintos.

Esse tipo de raio só foi identificado em 2001, e desde então, poucas dezenas de registros fotográficos foram feitos. Ainda assim, os cientistas acreditam que ocorram até mil jatos gigantes invisíveis por ano. A maioria das imagens foi capturada do espaço, mas há registros feitos por passageiros de aviões sobrevoando tempestades.

O estudo desses jatos pode ajudar a entender melhor as interações entre tempestades e a atmosfera superior. Pesquisadores continuam analisando novos registros para desvendar os mecanismos que impulsionam esse fenômeno raro e fascinante.

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