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Bebê mamute de 130 mil anos revela passado da Terra

A descoberta de um mamute de 130 mil anos em perfeito estado de conservação foi um motivo de comemoração para os cientistas. Agora, pesquisadores russos finalmente realizaram uma necrópsia nos restos mortais deste antigo animal.

Apelidado de Yana, ele localizado no final do ano passado na Sibéria, território da Rússia. Segundo a equipe responsável pelo trabalho, este pode ser o exemplar mais bem conservado já localizado da espécie, que foi extinta há quase 4 mil anos.

Até mesmo o odor do mamute foi revelado

  • Yana tem 120 centímetros de altura e 200 centímetros de largura.
  • Sua pele, que ainda tem alguns poucos pelos, mantém sua coloração marrom-acinzentada.
  • Já a tromba é curvada e aponta para sua boca.
  • As órbitas oculares e suas patas enrugadas podem ser vistas perfeitamente.
  • Além disso, muitos órgãos e tecidos estão muito bem conservados, de acordo com os pesquisadores.
  • É o caso do tubo digestivo, do estômago e de fragmentos do intestino, em particular o cólon.
  • A análise ainda revelou que o animal liberou um dor parecido com uma mistura de terra fermentada e carne macerada nos subsolos da Sibéria.
Análise pode revelar segredos destes animais antigos (Imagem: Daniel Eskridge/Shutterstock)

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Mudanças climáticas revelaram animal

De acordo com os cientistas, essa necrópsia possibilita estudar o passado do nosso planeta. A análise confirmou que o bebê mamute viveu há cerca de 130 mil anos, quando a Terra era completamente diferente do que é hoje.

Os pesquisadores ainda destacaram que está claro que o animal tinha mais de um ano quando morreu. Esta conclusão foi possível graças a presença de sua presa. Já o que causou a morte de Yana continua sendo um grande mistério.

Derretimento de gelo provocado pelo aumento das temperaturas revelou corpo do mamute (Imagem: Trismegist san/Shutterstock)

O segredo para a conservação excepcional desse filhote de mamute está no “permafrost”, o solo dessa região congelada que atua preservando os corpos dos animais pré-históricos.

O corpo do mamute foi descoberto quando o gelo estava derretendo, um efeito das mudanças climáticas.

A pesquisa ainda permite estudar os “riscos biológicos” do aquecimento do planeta. Segundo algumas hipóteses, o desaparecimento do permafrost libera microrganismos patógenos que podem penetrar na água, nas plantas, nos corpos dos animais e de seres humanos.

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Âmbar de 99 milhões de anos revela nova espécie bizarra de vespa

O âmbar é uma resina fóssil que pode preservar restos de animais e plantas antigos. E foi em um destes “depósitos” naturais, de 99 milhões de anos, que pesquisadores descobriram uma espécie até então desconhecida de vespa.

No início, parecia se tratar de um inseto moderno. No entanto, a parte traseira do animal chamou a atenção por ser diferente de tudo que se conhece hoje. Os pesquisadores descreveram um “aparelho abdominal arredondado”.

Dezesseis vespas fêmeas adultas foram preservadas no âmbar

  • Segundo a equipe, a vespa ainda apresentava cerdas ao longo das bordas, lembrando uma armadilha de Vênus (Dionaea muscipula).
  • Esta é uma planta carnívora que usa duas folhas especializadas opostas para capturar suas presas.
  • No total, dezesseis vespas fêmeas adultas foram preservadas no âmbar.
  • Elas foram descritas como uma nova espécie, Sirenobethylus charybdis.
  • O estudo foi publicado na revista BMC Biology.
Esta parte do inseto chamou a atenção dos cientistas (Imagem: BMC Biology)

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Animal seria um parasita cenobionte

Embora seja possível que o abdômen estranho possa ser um meio para a vespa adulta capturar presas para consumir ou segurar um parceiro, os pesquisadores acreditam que ele tenha servido como um parasita cenobionte.

Eles permitem que o hospedeiro cresça e continue a se alimentar. Dessa forma, segundo os cientistas, a função mais provável para a anatomia estranha seria conter temporariamente o hospedeiro durante a colocação de ovos.

Dezesseis vespas fêmeas adultas foram preservadas no âmbar (Imagem: BMC Biology)

Muitas vespas cenobiontes modernas têm como alvo hospedeiros como lagartas e larvas de moscas. A extremidade traseira do inseto antigo teria permitido que ela prendesse presas mais velozes por tempo suficiente para injetar ovos em seus corpos.

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Fóssil de peixe inédito tem 15 milhões de anos; veja!

Na Austrália, pesquisadores encontraram o fóssil de uma espécie inédita de peixe de água doce com conteúdo estomacal preservado. Com idade estimada em 15 milhões de anos, o exemplar recebeu o nome de Ferruaspis brocksi e foi detalhado em um artigo publicado no Journal of Vertebrate Paleontology.

Entenda:

  • O fóssil de uma espécie inédita de peixe de água doce foi descoberto na Austrália;
  • O exemplar de 15 milhões de anos recebeu o nome de Ferruaspis brocksi, e é a primeira evidência desse tipo encontrada no país;
  • O conteúdo estomacal do peixe estava preservado, e apontou uma dieta rica em invertebrados com destaque para larvas de mosquitos;
  • Graças a uma técnica que jamais havia sido usada em peixes antes, também foi possível determinar a cor do fóssil, que tinha a barriga mais clara e duas listras laterais no corpo. 
Fóssil de peixe descoberto na Austrália pertencia a espécie inédita. (Imagem: Laura Martin/University of New South Wales)

O F. brocksi é o primeiro fóssil de eperlano (pequeno peixe da família Osmeridae) de água doce descoberto na Austrália. Até então, não havia nenhuma evidência concreta que permitisse compreender a chegada da família ao país e se ela havia evoluído com o passar dos anos. 

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Conteúdo estomacal revelou detalhes sobre fóssil de peixe

Graças à preservação do conteúdo estomacal do fóssil, a equipe foi capaz de mergulhar fundo nos hábitos alimentares da espécie – que, como descobriram, consistia em uma variedade de invertebrados (principalmente pequenas larvas de mosquitos).

Conteúdo estomacal preservado revelou hábitos alimentares de peixe. (Imagem: Australian Museum)

Além disso, os pesquisadores também puderam identificar a cor do fóssil de F. brocksi. “O peixe era mais escuro na superfície dorsal, mais claro na barriga e tinha duas listras laterais ao longo do corpo. Usando um microscópio poderoso, conseguimos ver pequenas estruturas produtoras de cor conhecidas como melanossomos”, explicou Michael Frese, participante da pesquisa.

Frese completou dizendo que os melanossomos fossilizados já eram usados como uma forma de reconstruir a cor de penas, mas, até então, a técnica nunca havia sido aplicada no caso de peixes.

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Espécie rara de sapo é avistada pela primeira vez em mais de 100 anos

Descrita pela primeira vez em 1902, a espécie de sapo Alsodes vittatus intrigava os cientistas há décadas. Isso porque os animais nunca mais haviam sido avistados, apesar de diversas expedições de busca aos anfíbios.

Tudo mudou quando uma equipe de pesquisadores redescobriu a espécie após quase 130 anos sem qualquer notícia sobre estes sapos. Duas populações destas criaturas foram localizadas na região de La Araucanía, no Chile.

Diversas expedições buscaram os sapos sem sucesso

  • O entomologista francês Philibert Germain descobriu o sapo pela primeira em 1893 na antiga Hacienda San Ignacio de Pemehue, no Chile.
  • Ele levou três espécimes para que Rodulfo Amando Philippi, um naturalista alemão, descrevesse a espécie cientificamente em 1902.
  • Desde então, no entanto, o animal nunca mais havia sido avistado.
  • Entre 1995 e 2002, vários pesquisadores tentaram, sem sucesso, encontrar os animais na área de Pomehue, no extremo noroeste da antiga propriedade onde haviam sido identificados pela primeira vez.
  • Mas foi apenas recentemente que novas expedições lideradas por Claudio Correa e Juan Pablo Donoso conseguiram localizar duas populações de Alsodes vittatus na mesma área.
  • O estudo confirmando o avistamento da espécie foi publicado na revista ZooKeys.

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Sapos de espécie rara foram localizados após décadas de buscas (Imagem: ZooKeys)

Redescoberta pode ajudar a preservar espécie

Para localizar a espécie, os pesquisadores recriaram a rota que Germain poderia ter seguido dentro da propriedade, estudando suas publicações e outros documentos históricos. Em 2023 e 2024, Claudio Correa e Edvin Riveros seguiram este caminho, entrando na antiga propriedade pelo extremo sudeste.

No local, eles encontraram duas populações do sapo nas bacias dos rios Lolco e Portales, na região de La Araucanía. Após análises, foi confirmado que tratava-se da espécie buscada há tanto tempo por vários colegas.

Segundo os cientistas, a redescoberta é um marco importante para garantir conservação da biodiversidade na América do Sul. Isso porque a maioria das outras espécies do gênero Alsodes está ameaçada de extinção.

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