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Espionagem contra o Paraguai: diretor da Abin é intimado pela PF

A Polícia Federal quer ouvir o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, no âmbito das investigações sobre um suspeita espionagem feita contra o Paraguai. O ex-número 2 do órgão, Alessandro Moretti, também foi intimado a depor.

Os depoimentos de ambos devem ocorrer nesta quinta-feira (17), na sede da PF, em Brasília. As oitavas fazem parte do inquérito da Abin Paralela, que investiga uma série de ações irregulares que teriam sido cometidas pela agência.

Relatório final da PF deve ser entregue nos próximos dias

Moretti foi exonerado do cargo de diretor-adjunto no dia 30 de janeiro de 2024, após a PF apontar suspeitas de que o órgão atuou para dificultar investigações sobre o caso de espionagem ilegal no governo de Jair Bolsonaro (PL) da Abin Paralela.

PF está investigando o caso (Imagem: rafapress/Shutterstock)

Na época, a própria permanência do diretor-geral foi questionada por petistas que pregavam uma renovação na Abin. O órgão é, desde o início deste governo Lula, subordinado à Casa Civil, do ministro Rui Costa.

Luiz Fernando Corrêa nega qualquer irregularidade, enquanto a defesa de Alessandro Moretti ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. A Polícia Federal deve entregar um relatório final sobre o caso ainda neste mês.

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Informações sigilosas do governo paraguaio foram acessadas

A ação de espionagem brasileira teria tido o aval do governo e visava obter informações sigilosas relacionadas à negociação de tarifas da usina hidrelétrica de Itaipu. Teriam sido invadidos os computadores de diversas autoridades paraguaias a partir do uso de um programa chamado Cobalt Strike.

Um servidor da Abin que participou diretamente da operação descreveu o caso em depoimento à PF. Um segundo agente também confirmou a existência da ação. De acordo com os depoimentos, o ataque hacker resultou na captura de dados de diversos alvos ligados à cúpula do país vizinho.

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Ação teria tido autorização da direção atual da Abin (Imagem: Governo Federal)

Os servidores ainda afirmaram que a ação hacker não foi feita a partir do Brasil. Agentes da entidade teriam feito três viagens para o Chile e o Panamá para montar servidores virtuais, de onde foram disparados os ataques.

A operação aconteceu meses antes de o governo brasileiro fechar um novo acordo sobre os valores pagos ao Paraguai pela energia vendida ao Brasil, em maio de 2024. No entanto, não há confirmação de as informações obtidas pela Abin foram efetivamente usadas para favorecer o Brasil na negociação.

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Elon Musk teria uma nova profissão: espião

A proximidade com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rendeu a Elon Musk o cargo de chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). O empresário tem como missão reduzir os gastos da Casa Branca e virou alvo de uma série de protestos por conta da sua atuação.

Agora, uma nova informação pode aumentar as críticas contra o dono da Tesla, da SpaceX, do Twitter (X) e de tantas outras empresas.

Funcionários federais acusam o bilionário de usar inteligência artificial para espionagem dentro do governo.

Acusações contra Elon Musk são pesadas

  • De acordo com reportagem da Reuters, Musk teria usado a IA para vigiar as comunicações de uma agência federal suspeita de não apoiar totalmente o presidente Trump.
  • A equipe do DOGE também estaria usando o aplicativo Signal para se comunicar.
  • Isso viola as regras federais de manutenção de registros, uma vez que as mensagens podem ser configuradas para desaparecer após um período de tempo.
  • Outro ponto de discussão é que o departamento teria implantado o chatbot Grok, a IA desenvolvida pelo próprio Elon Musk, em detrimento do rival ChatGPT.
  • A Casa Branca, o DOGE e Musk não se pronunciaram oficialmente sobre o assunto até o momento.
Trump tem na figura de Musk um de seus principais aliados (Imagem: bella1105/Shutterstock)

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Falta de transparência gera temores

O uso da IA e do Signal reforça as preocupações sobre a falta de transparência do governo Trump. Um dos temores é que a Casa Branca esteja usando as informações coletadas a partir da inteligência artificial para promover seus próprios interesses ou perseguir alvos políticos.

Lembrando que funcionários do governo dos EUA se envolveram em um escândalo nos últimos dias ao usar o aplicativo de mensagens não oficial para planejar operações militares no Iêmen. Além disso, eles incluíram um jornalista na conversa por engano. O caso ainda está sendo investigado.

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Funcionários do governo dos EUA alegam ser alvos de espionagem (Imagem: Ana Luiza Figueiredo via DALL-E/Olhar Digital)

Para Kathleen Clark, especialista em ética governamental da Universidade de Washington em St. Louis, o uso do Signal significa que eles não estão fazendo o backup de todas as mensagens em arquivos federais. E isso representa uma grave violação da lei.

Já na Agência de Proteção Ambiental, alguns funcionários denunciam que a equipe de Musk está usando a IA para monitorar os trabalhos, incluindo a busca de comunicações consideradas hostis a Trump ou ao próprio Musk. A entidade, que trabalha para proteger o meio ambiente, está na mira da Casa Branca e já teve quase 65% de seu orçamento cortado.

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O Recruta: final da 2ª temporada explicado

O Recruta é uma série de suspense e ação da Netflix que acompanha a vida de Owen Hendricks, um jovem advogado que ingressa na CIA e se vê rapidamente envolvido em operações perigosas e intrigas internacionais.

Além de Noah Centineo, que interpreta o personagem Owen, o elenco também conta com Laura Haddock no papel de Max Meladze, uma ex-agente russa, e Vondie Curtis-Hall como Walter Nyland, um veterano da agência.

ATENÇÃO: O texto abaixo contém spoilers.

Na primeira temporada, Owen descobre uma carta ameaçadora de Max Meladze, que ameaça expor segredos da CIA a menos que seja exonerada de seus crimes.

Ao investigar o caso, Owen se envolve em uma teia de espionagem, traições e perigos que o levam a questionar sua lealdade e segurança dentro da agência.

No texto abaixo, você encontra mais informações e detalhes sobre o final da segunda temporada da série.

Confira o final explicado da 2ª temporada de “O Recruta”, série da Netflix

Na segunda temporada, Owen enfrenta uma nova missão: resgatar Nan Hee, esposa grávida do agente sul-coreano Jang Kyun, sequestrada pela Yakuza após testemunhar uma negociação de drogas.

Série O Recruta da Netflix, foi recentemente cancelada pelaplataforma (Imagem: Reprodução de Netflix por Samara Menezes)

Sem o apoio oficial da CIA, Owen monta uma equipe improvisada, incluindo Jang Kyun, Lester Kitchens e Yoo Jin, uma amiga de infância, para realizar o resgate em território russo.

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O plano se complica quando Dawn, superiora de Owen, recebe ordens para eliminar Jang Kyun, visando proteger segredos da agência.

Paralelamente, Nichka, identidade adotada por Karolina, filha de Max Meladze, revela-se uma antagonista ambígua, alinhando-se com diferentes facções conforme seus interesses financeiros e de poder.

Durante a operação de resgate, Owen consegue libertar Nan Hee, mas são perseguidos pela Guarda Costeira russa. Em um momento crítico, um submarino da Marinha dos EUA emerge e afugenta os agentes russos, garantindo a fuga dos protagonistas.

Esse resgate inesperado sugere que Nyland, aliado de Owen dentro da CIA, desobedeceu ordens superiores para salvá-lo.

cena do personagem owen da série O RECRUTA da netflix, 2 temporada
Segunda temporada da série O Recruta (Imagem: Reprodução de Netflix por Samara Menezes)

O desfecho da temporada levanta questões sobre o futuro de Owen na CIA. Após cumprir sua missão, ele considera deixar a agência, mas sua habilidade em lidar com operações de alto risco o torna um ativo valioso.

Além disso, a possibilidade de Jang Kyun se tornar um agente da CIA e o destino incerto de Nichka, agora sob custódia do FSB, indicam que novos desafios e alianças podem surgir em uma possível terceira temporada.

O Recruta está disponível na Netflix, oferecendo aos espectadores uma trama envolvente repleta de reviravoltas e dilemas morais no mundo da espionagem.

O Recruta vai ter uma terceira temporada?

Não. A série foi cancelada pela Netflix após sua 2ª temporada, de acordo com post do Threads do ator Colton Dunn, que interpretou o personagem Lester Kitchens na produção.

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Cobalt Strike: o que é o software que causou tensão entre Brasil e Paraguai

Um software de segurança cibernética, conhecido como Cobalt Strike, está no centro de uma polêmica que envolve acusações de espionagem do Brasil contra o governo do Paraguai.

A ferramenta, originalmente criada para simular ataques e identificar vulnerabilidades em sistemas de segurança, teria sido utilizada em uma operação clandestina da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para obter informações confidenciais sobre negociações da usina de Itaipu.

O caso gerou atritos diplomáticos entre os dois países e veio à tona após o depoimento de um funcionário da Abin à Polícia Federal. Segundo informações do Uol, a operação de espionagem utilizou técnicas avançadas de intrusão, incluindo o uso do Cobalt Strike e o envio de e-mails com engenharia social para capturar dados sensíveis de autoridades paraguaias.

O que é o Cobalt Strike?

Criado em 2012 e adquirido pela empresa de cibersegurança Fortra em 2020, o Cobalt Strike é comercializado como uma solução para testes de penetração, permitindo que empresas simulem ataques cibernéticos para fortalecer suas defesas.

A capacidade do Cobalt Strike de explorar vulnerabilidades em sistemas e instalar o “beacon”, um arquivo malicioso que permite o controle remoto da máquina infectada, o torna uma ferramenta poderosa nas mãos de agentes maliciosos.

Versões piratas do programa têm sido utilizadas por cibercriminosos para realizar ataques em larga escala. (Imagem: Divulgação/Fortra)

Além disso, a dificuldade em identificar e bloquear a comunicação estabelecida pelo software o torna ainda mais atraente para atividades clandestinas.

O uso do Cobalt Strike em operações de espionagem levanta questões sobre a segurança cibernética e o uso de ferramentas de intrusão por agências governamentais. A possibilidade de versões piratas do software caírem em mãos erradas também representa uma ameaça crescente.

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Diante das acusações, o governo brasileiro afirmou ter interrompido a ação assim que tomou conhecimento dela, em março de 2023. No entanto, o g1 destaca que o caso continua a gerar repercussões diplomáticas, com o governo paraguaio convocando o embaixador brasileiro para prestar esclarecimentos.

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Espiões da Coreia do Norte estariam infiltrados em empresas de TI da Europa

Autoridades do mundo todo tem aumentado os investimentos para combater atos de espionagem. Neste cenário, a Coreia do Norte é um dos países que mais preocupa. Um temor confirmado por um novo relatório divulgado pelo Google Threat Intelligence Group (GTIG).

Segundo o trabalho, agentes norte-coreanos que se apresentam como trabalhadores remotos de TI estão se infiltrando cada vez mais em empresas da Europa.

Isso aumenta o risco de espionagem corporativa e de roubo de dados sensíveis.

Espiões buscam atuar em setores de defesa e governo

  • O relatório aponta que, embora os EUA continuem sendo o principal alvo da espionagem norte-coreana, os chamados de “guerreiros de TI” têm expandido suas atividades para outros países, com foco agora na Europa.
  • O regime de Kim Jong-un também está usando táticas cada vez mais sofisticadas, como a intensificação da extorsão, para colocar seus agentes dentro das organizações.
  • Citando um exemplo, o documento observa o caso de um suposto trabalhador que teria procurado emprego em várias organizações na Europa, particularmente dos setores de defesa e governo.
  • O agente mentiu sobre referências e construiu relacionamentos com diversos recrutadores de empregos.
  • Os pesquisadores ainda identificaram um portfólio diversificado de projetos no Reino Unido realizados por trabalhadores de TI norte-coreanos.
  • Eles incluem desenvolvimento de bots, sistemas de gerenciamento de conteúdos e tecnologia blockchain.
Espiões norte-coreanos fingem ser profissionais de TI (Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock)

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Europa pode estar ameaçada

O relatório também aponta que os trabalhadores supostamente usam táticas enganosas, como alegar falsamente nacionalidades de países como Itália, Japão, Malásia, Cingapura, Ucrânia, EUA e Vietnã. A partir disso, conseguiriam as vagas.

Esses espiões foram recrutados por várias empresas por meio de plataformas online, incluindo Upwork, Telegram e Freelancer. A conclusão dos especialistas em segurança cibernética é que estes “guerreiros de TI” possam estar sob maior pressão, levando-os a adotar medidas mais agressivas para concluir suas missões.

Regime de Kim Jong-un estaria por trás da rede de espionagem (Imagem: trambler58/Shutterstock)

Por fim, o documento alerta que a política de algumas empresas estaria favorecendo atos de espionagem. Ao contrário dos laptops corporativos que podem ser monitorados, os dispositivos pessoais (que tem seu uso incentivado por algumas companhias), são mais difíceis de rastrear, criando potenciais ameaças.

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