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O que acontece se você segurar um espirro? Entenda as piores consequências

Segurar um espirro pode parecer algo banal, um gesto automático, muitas vezes feito por educação ou para evitar chamar atenção em público. No entanto, o que parece inofensivo pode trazer riscos reais à saúde. 

Neste artigo, vamos explicar o que acontece no corpo durante um espirro, por que é perigoso tentar reprimi-lo e quais são as consequências médicas mais graves que essa atitude pode provocar. 

Como funciona o espirro no corpo

O espirro, também chamado de esternutação, é um reflexo involuntário e poderoso que serve como defesa natural do organismo. Ele ocorre quando algo irrita as vias nasais: poeira, pólen, fumaça, perfumes fortes, pelos de animais ou mesmo uma infecção viral, como o resfriado.

Essa irritação ativa terminações nervosas na mucosa nasal, que enviam um sinal ao cérebro. O sistema nervoso central então aciona uma sequência de reações rápidas que culminam na expulsão do ar pelos pulmões, passando pelo nariz e pela boca, numa velocidade que pode ultrapassar 160 km/h.

Jovem mulher espirrando devido a alergia. Sensação de mal-estar com nariz escorrendo. / Crédito: Mix and Match Studio (Shutterstock/reprodução)

Músculos do peito, abdômen e diafragma se contraem violentamente para forçar a saída do ar. Ao mesmo tempo, a glote se fecha por um instante, aumentando ainda mais a pressão interna antes de liberar o ar de uma vez. É esse mecanismo que garante a expulsão de partículas indesejadas, protegendo o sistema respiratório.

Por que é perigoso segurar um espirro?

Quando uma pessoa tenta segurar um espirro, normalmente tampando o nariz e a boca, ela impede que o corpo libere a pressão de forma natural. Com isso, o organismo redireciona essa pressão para dentro. Esse desvio pode provocar um aumento brusco da pressão no crânio, no tórax e no abdômen, fazendo o ar circular por regiões que não foram feitas para suportar tanta força.

Mulher com lenço assoando o nariz escorrendo ao ar livre. Sintoma de resfriado. / Crédito: New Africa (Shutterstock/reprodução)

Esse ar pode ir para os ouvidos, aumentando o risco de romper o tímpano. A pressão também pode atingir os seios da face, a garganta ou vasos sanguíneos da cabeça, o que pode causar rompimentos, sangramentos ou dores intensas.

Quais as consequências mais perigosas?

Reprimir um espirro pode gerar uma série de complicações médicas, como:

  • Ruptura do tímpano: a pressão pode danificar o ouvido médio, provocando dor, zumbido e até perda auditiva temporária.
  • Ruptura da garganta: há relatos médicos raros, mas reais, de lesões graves causadas por espirros contidos. Um caso famoso no Reino Unido envolveu um homem que precisou ser internado após romper parte da faringe ao tentar segurar um espirro.
  • Hemorragias oculares: o aumento súbito da pressão pode causar rompimento de vasos nos olhos, gerando manchas vermelhas ou, em casos extremos, afetando a visão.
  • Acidente Vascular Cerebral (AVC): em pessoas com fragilidade vascular, a pressão interna pode romper vasos cerebrais, provocando um AVC hemorrágico.
  • Pneumotórax: um espirro contido pode gerar acúmulo de ar entre o pulmão e a parede torácica, causando colapso pulmonar.
Jovem homem espirrando. / Crédito: VidMore (Shutterstock/reprodução)

Esses efeitos, embora raros, são suficientemente graves para que especialistas desaconselhem fortemente segurar um espirro.

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Mitos e verdades sobre espirrar

Jovem espirrando e com nariz escorrendo, sentado em um banco ao ar livre, em frente a um prédio comercial. / Crédito: voronaman (Shutterstock/reprodução)

É impossível espirrar de olhos abertos?

Verdade. O reflexo de fechar os olhos durante um espirro é automático e serve como proteção contra partículas expelidas e contra a pressão que pode afetar os olhos.

Segurar o espirro só causa um desconforto leve?

Mito. Como vimos, a prática pode gerar desde dor de ouvido até quadros clínicos graves.

Espirrar espalha doenças?

Verdade. Um único espirro pode liberar até 40 mil gotículas no ar, que podem conter vírus e bactérias. Por isso, é essencial cobrir o nariz e a boca com um lenço ou com o braço (nunca com as mãos) ao espirrar.

É possível espirrar dormindo?

Mito. Durante o sono profundo, os músculos responsáveis por espirrar estão relaxados e o reflexo é suprimido. Se houver forte irritação nasal, a pessoa acorda antes de espirrar.

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Por que algumas pessoas espirram quando olham para o sol?

Você já sentiu uma vontade irresistível de espirrar ao sair de um ambiente escuro e encarar a luz do sol? Se sim, saiba que você não está sozinho. Essa resposta involuntária tem nome: reflexo fótico do espirro — ou, em termos científicos, a síndrome ACHOO (sigla em inglês para Autosomal-Dominant Compelling Helio-Ophthalmic Outburst).

Neste artigo, vamos explicar como isso acontece e por que esse fenômeno curioso afeta algumas pessoas. Continue lendo e descubra!

O que é o reflexo fótico do espirro?

O reflexo fótico do espirro acontece quando a exposição à luz intensa, principalmente a luz solar, desencadeia espirros involuntários.

Crédito: Mix and Match Studio (Shutterstock/reprodução)

A maioria das pessoas afetadas relata que o fenômeno ocorre especialmente ao sair de locais escuros para ambientes bem iluminados. Em geral, os espirros vêm em sequência, podendo variar de um único espirro até rajadas de 10 ou mais.

Esse fenômeno também pode ser provocado por outras fontes de luz intensa, como flashes de câmeras ou refletores, embora o sol seja o principal gatilho.

Estima-se que entre 18% e 35% da população mundial tenha esse reflexo. Embora seja uma curiosidade inofensiva, ele revela aspectos interessantes da interação entre o sistema visual e o sistema respiratório humano.

Por que isso acontece?

A explicação mais aceita entre os cientistas envolve uma “conversa cruzada” entre dois nervos cranianos: o nervo óptico, que leva informações da visão ao cérebro, e o nervo trigêmeo, responsável por sensações faciais, incluindo o controle do espirro.

Homem espirrando no Braço
Crédito: dreii (Shutterstock/reprodução)

Em pessoas com esse reflexo, acredita-se que a estimulação intensa do nervo óptico (pela luz) acabe ativando, acidentalmente, o nervo trigêmeo. O cérebro interpreta esse sinal misto como uma irritação no nariz, e responde com um espirro.

Outra teoria, chamada de somação óptico-trigeminal, sugere que esse “curto-circuito” entre os nervos aumenta a sensibilidade em regiões próximas ao nariz, favorecendo ainda mais o espirro.

Além disso, estudos recentes apontam uma possível hiperexcitabilidade do córtex visual, a região do cérebro responsável por processar imagens, como fator adicional. A luz intensa pode ativar também áreas cerebrais ligadas ao reflexo do espirro, criando essa reação incomum.

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O reflexo tem base genética?

Sim. O reflexo fótico do espirro é herdado geneticamente, seguindo um padrão de herança autossômica dominante.

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Crédito: shopping king louie (shutterstock/reprodução)

Isso significa que basta um dos pais ter a condição para que o filho também possa apresentá-la. Não por acaso, é comum encontrar esse comportamento repetido em diferentes membros de uma mesma família.

Estudos genéticos já identificaram uma possível relação com uma mutação no cromossomo 2. Ainda que o gene exato não seja totalmente compreendido, essa descoberta reforça a hipótese de que se trata de uma característica hereditária.

Um fenômeno observado há séculos

O interesse pelo espirro induzido pelo sol não é novo. Já no século IV a.C., o filósofo Aristóteles questionava por que isso ocorria.

Mais tarde, no século XVII, Francis Bacon tentou explicar o fenômeno observando que, com os olhos fechados, o espirro não acontecia, sugerindo a participação direta da luz nos olhos, e não apenas do calor.

Hoje sabemos que, apesar das hipóteses históricas imprecisas, os olhos realmente são o ponto de partida do reflexo.

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Espirros, tosse e nariz escorrendo: como saber qual infecção você tem?

O campo da saúde pode ser bastante confuso, uma vez que diferentes doenças podem ter sintomas muito semelhantes. Por isso, muitas vezes é necessária uma investigação mais detalhada com profissionais de saúde por meio de exames, para identificar corretamente qual a causa e seu tratamento.

Sintomas como espirros, tosse e nariz escorrendo estão presente em diversas condições de saúde, como em doenças respiratórias, podendo ser sinais de infecções que merecem atenção especial como a Covid-19. Assim que percebemos que nosso corpo estão dando esses indícios, a primeira coisa que fazemos é tentar identificar qual o motivo, para buscar uma forma de se curar.

Nem toda infecção gera uma doença, assim como nem toda doença é uma infecção. Porém, toda doença infecciosa é o resultado de uma infecção. (Imagem: Freepik)

Sabendo disso, como é possível saber qual a doença que está causando esses desconfortos? É possível diferenciar quais podem ser as causas, com procedimentos que vão além dos testes? Com diversas doenças infecciosas circulando, é importante ter essas informações. Saiba mais na matéria a seguir.

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Qual a diferença entre doença e infecção?

A infecção é um processo que acontece quando microrganismos como bactérias, vírus, fungos ou parasitas, invadem o corpo de um hospedeiro e se reproduzem nele. Elas podem ser transmitidas por contato direto com uma pessoa infectada, ou até mesmo pelo uso de objetos contaminados.

O contágio pode ser feito através da pele, pelas vias respiratórias, circulatórias ou pelas mucosas. Ainda que diversos agentes infecciosos possam coexistir no organismo sem que doenças sejam desenvolvidas, um sistema imunológico desregulado pode permitir que os microrganismos causem enfermidades, que interferem no funcionamento do corpo.

Alguns sintomas comuns de infecção podem ser:

  • Febre;
  • Fadiga;
  • Tosse;
  • Mal-estar geral;
  • Inchaço ou inflamação na área afetada;
  • Dor ou desconforto;
  • Secreções anormais (como pus, por exemplo);
  • Mudanças na função orgânica (dependendo da área afetada).

Enquanto isso, as doenças são a consequência das lesões causadas pelo agente infeccioso e pela resposta do hospedeiro, e pode ser manifestada por sintomas e sinais, além de alterações fisiológicas, bioquímicas e histopatológicas. Ela pode ser transmitida de pessoa para pessoa, ou não, e pode ser causada por patógenos como bactérias e vírus.

Podemos concluir que: nem toda infecção gera uma doença, assim como nem toda doença é uma infecção. Porém, toda doença infecciosa é o resultado de uma infecção.

mulher com papel na mão e mexendo no nariz
A maioria das pessoas saudáveis que apresentam sintomas leves como coriza, congestão e fadiga não precisam de atendimento médico. (Imagem: Freepik)

É possível você mesmo identificar qual infecção contraiu?

Leana Wen, médica de emergência e professora associada clínica na Universidade George Washington, explicou um pouco sobre essa questão à CNN. De acordo com ela, é preciso analisar quem é a pessoa que está com esses sintomas, levando em conta a idade e as condições de saúde.

Isso porque a maioria das pessoas saudáveis que apresentam sintomas leves como coriza, congestão e fadiga não precisam de atendimento médico. Existem mais de 200 vírus que causam o resfriado comum, e que costuma ser a causa desses sinais. Ainda que esses indivíduos estejam com Covid-19 ou influenza, por exemplo, mas tiverem sintomas leves, provavelmente não precisam de tratamento.

Para esses casos, essas pessoas podem fazer testes caseiros para saber se estão com um desses vírus, contudo, esse conhecimento não muda muito o manejo clínico. Dessa forma, a recomendação é um tratamento sintomático, com repouso, muito líquido e medicamentos de venda livre para aliviar a febre e as dores no corpo. Já as pessoas com mais risco de ter doenças graves devem fazer o teste assim que os sintomas começam para iniciar o tratamento o quanto antes.

Os testes também são importantes quando eles pioram, como tosse persistente, febre alta constante, dor no peito, dor abdominal e dificuldade de respirar. Nesses casos também é importante buscar atendimento médico, pois pode não ser um simples resfriado, mas sim uma pneumonia bacteriana que requer antibióticos, por exemplo. E isso tudo apenas falando sobre doenças respiratórias.

Além disso, os espirros, tosses e congestão podem vir acompanhados de outros indícios, como dor de estômago, diarreia e vômito, o que podem estar relacionados com gastroenterite viral, por exemplo. Essa doença começa de repente e é bastante desconfortável, mas a recuparação do paciente acontece em alguns dias na maioria das vezes, sem que seja necessário um tratamento específico. Geralmente, não é necessário testes para confirmar o diagnóstico.

homem de blusa de frio e óculos com um fundo azul atrás, tossindo com a mão na boca
Os testes são importantes quando os sintomas pioram, como tosse persistente, febre alta constante, dor no peito, dor abdominal e dificuldade de respirar. (Imagem: Freepik)

Contudo, assim como no caso das doenças respiratórias, existem exceções, se existirem sintomas persistentes de diarreia e vômito, com febres e dor abdominal grave. Quando isso acontece, pode ser uma infecção bacteriana que necessita de antibióticos para ser curada, ou até mesmo uma apendicite. Mais uma vez, é importante a avaliação de profissionais e exames adicionais para ter certeza.

De forma geral, a profissional recomenda que, caso você tenha um médico ou outro profissional da área que possa buscar orientações, é importante se consultar com ele para ter orientações. Se não houver facilidade de buscar ajuda médica, é essencial se atentar aos sintomas e o quão grave parece a doença, como dores no peito, dificuldade para respirar, dormência ou fraqueza em um braço ou perna. Nesses casos, é preciso ir à emergência imediatamente.

Por fim, deve ser observado se o paciente em questão faz parte de um grupo considerado vulnerável, como bebês, gestantes, idosos e pessoas com condições médicas que oferecem riscos adicionais de doença grave. Para essas pessoas, não é necessário aguardar até que os sintomas apresentados sejam persistentes, sendo aconselhável buscar por ajuda médica já no início dos sinais.

Conclusão: diversas doenças diferentes podem apresentar sintomas iguais ou semelhantes, dificultando a identificação de qual infecção foi contraída. Por isso, buscar em sites de pesquisa pode não ser uma boa ideia, já que os resultados podem não ser compatíveis com a causa desses sinais. Caso você ou alguém próximo esteja com espirros, tosse ou nariz escorrendo, vale observar se eles estão persistentes e se há outros sintomas mais sérios, como febre e dores.

Pode ser feito o uso de testes para identificar qual o causador da infecção, como é o caso de doenças respiratórias, porém, na maioria dos casos leves, o tratamento é feito de forma sintomática. Contudo, se a pessoa que está com esses sintomas faz parte de grupos vulneráveis, é importante que seja consultado um profissional da saúde o quanto antes, para a correta identificação e tratamento da doença.

De qualquer forma, caso seja possível, o ideal é sempre consultar um médico para ter orientações mais precisas do que ser feito quando aparecem esses sintomas.

mulher no sofá com coberta nos ombros enquanto assoa o nariz, com uma xicara a sua frente
Pode ser feito o uso de testes para identificar qual o causador da infecção, porém, na maioria dos casos leves, o tratamento é feito de forma sintomática. (Imagem: Freepik)

Fonte: CNN

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