Conheça o robô flutuante de olhos azuis que vigia a Estação Espacial Internacional

Um fotógrafo pessoal que simplesmente flutua e registra todos os trabalhos feitos… no espaço. Parecido com uma bola de futebol e tendo dois belos e simpáticos olhos azuis, o Int-Ball2 é um robô bem curioso a bordo da Estação Espacial Internacional.

O nome tem a ver com “Internal Ball Camera-2”, sendo um companheiro dos astronautas para documentar as tarefas diárias fora da Terra. Desenvolvido pela Agência de Exploração Aeroespacial do Japão, a JAXA, o robô é um assistente silencioso e eficiente. Enquanto os astronautas se concentram em suas missões científicas e técnicas, ele paira livremente pela estação, registrando tudo em fotos e vídeos de alta qualidade.

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Os trabalhos do colega robótico aliviam a carga para os astronautas, que precisavam parar suas atividades para ajustar câmeras ou posicioná-las corretamente. Agora, os controladores na Terra também são beneficiados para acompanhar o que acontece na estação espacial. O Int-Ball2 deixa esse trabalho totalmente automatizado – o que significa mais tempo para ciência, experimentos e exploração – e menos preocupação com “selfies espaciais”.

As capacidades do vigia da estação

O robô flutuante é operado remotamente por controladores da JAXA na Terra, mas também tem “mente própria”. Ele usa uma unidade de medição inercial, ou IMU, desenvolvida pela Epson, além de sistemas avançados de mapeamento visual, para navegar pela estação sem bater em nada. Já quando a bateria está acabando, o Int-Ball2 retorna sozinho à sua base de carregamento e se conecta de forma autônoma.

A própria Nasa reconhece o papel fundamental do robozinho japonês. Nos detalhes do experimento, a agência cita que “o tempo da tripulação é um dos recursos mais valiosos na Estação Espacial Internacional, e muitas tarefas simples e repetitivas poderiam ser automatizadas. Isso libera tempo da tripulação para atividades mais importantes”.

Então, da próxima vez que você vir imagens incríveis do laboratório orbital, lembre-se: pode ser que elas tenham sido capturadas por um fotógrafo especial… que não precisa nem de traje espacial!

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Não é só carro! A Honda está chegando ao espaço

A Honda anunciou um plano para testar um novo tipo de combustível na Estação Espacial Internacional (ISS). Segundo a montadora japonesa, o objetivo é fornecer armazenamento avançado de energia capaz de sustentar a vida humana na superfície lunar.

O projeto será conduzido em colaboração com as empresas espaciais e de tecnologia Sierra Space, que fará o transporte de materiais no avião espacial Dream Chaser (o único avião espacial comercial do mundo) e a Tec-Masters, especialista na ISS.

A Honda vai testar princípios de eletrólise de água de alta pressão diferencial após acumular anos de expertise com hidrogênio. A empresa criou um sistema de energia renovável circulante, que produzirá continuamente oxigênio, hidrogênio e eletricidade.

Programa vai testar sistema de energia renovável circulante da Honda (Imagem: Honda/Divulgação)

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As etapas do teste

  • Durante o Dia Lunar, o sistema usará eletricidade gerada pelo sol para alimentar o processo: o sistema de eletrólise produzirá hidrogênio e oxigênio a partir da água;
  • Durante a Noite Lunar, quando a Lua não está recebendo luz solar, parte do oxigênio será usado para os astronautas respirarem;
  • O sistema usará o oxigênio restante, junto com o hidrogênio produzido durante o Dia Lunar, para gerar eletricidade;
  • Depois que as células de combustível geram eletricidade, o único subproduto é a água, que é reciclada de volta ao sistema para criar um ciclo de energia de circuito fechado. 
Parte do oxigênio será usado para os astronautas respirarem (Imagem: Honda/Divulgação)

O processo é semelhante a sistemas de energia solar na Terra, onde o excesso de energia é armazenado em baterias de energia doméstica para fornecer energia durante a noite, segundo a empresa.

“Ao aprimorar o desempenho do sistema de energia renovável circulante, melhorias podem ser feitas em células de combustível regenerativas de longa vida que podem ser usadas como uma fonte de energia escalável, limpa e renovável tanto no espaço quanto na Terra”, diz o comunicado.

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Astronauta da ISS filma raro relâmpago colorido do espaço

A Estação Espacial Internacional (ISS) mais uma vez nos brinda com imagens espetaculares de nosso planeta, desta vez capturando um fenômeno atmosférico raro e fascinante: os relâmpagos coloridos, também conhecidos como Eventos Luminosos Transientes (TLEs na sigla em inglês) ou “sprites”.

O astronauta da NASA Don Pettit, em órbita sobre a América do Sul, registrou em vídeo esses flashes de luz vibrantes, proporcionando um vislumbre valioso de um dos mistérios da atmosfera terrestre.

“Sprites” vermelhos e azuis

As imagens mostram os sprites brilhando acima das densas nuvens da bacia amazônica, um espetáculo de luzes que dura apenas alguns segundos, mas que revela a complexidade e a beleza dos processos atmosféricos.

Os sprites, diferentemente dos raios comuns que se propagam da nuvem para o solo, ocorrem nas camadas superiores da atmosfera, a cerca de 80 quilômetros de altitude. Eles são criados por descargas elétricas que se propagam para cima, gerando explosões de plasma na ionosfera.

A sigla “TLE” (Eventos Luminosos Transientes) descreve a natureza fugaz e a localização desses fenômenos, que permanecem um tanto quanto enigmáticos para a ciência.

Pettit compartilhou o vídeo do fenômeno no X (antigo Twitter):

A captura de vídeo por Pettit não é um evento isolado. Em 2024, o astronauta Matthew Dominick também registrou sprites vermelhos, um tipo ainda mais raro de TLE, durante uma tempestade particularmente intensa. Essas observações espaciais são cruciais para a pesquisa, pois fornecem uma perspectiva única e privilegiada para o estudo desses fenômenos.

Apesar de terem sido relatados há mais de um século, os sprites só foram capturados em vídeo pela primeira vez em 1989. Desde então, a tecnologia avançou consideravelmente, permitindo que astronautas e cientistas registrem esses eventos com detalhes cada vez maiores. As imagens capturadas da ISS, como as de Pettit e Dominick, ajudam os pesquisadores a entender melhor a dinâmica da atmosfera e a relação entre os raios comuns e os sprites.

Leia mais:

O estudo dos sprites é importante para a compreensão dos processos elétricos na atmosfera e seu impacto no clima e nas comunicações. A ionosfera, onde os sprites ocorrem, desempenha um papel fundamental na propagação de ondas de rádio, e as perturbações causadas por esses eventos podem afetar as comunicações e os sistemas de navegação.

A cada nova imagem capturada da ISS, os cientistas se aproximam um pouco mais da compreensão completa desses fenômenos luminosos e misteriosos, que continuam a encantar e intrigar a humanidade.

Com informações do Space.

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Vai ter hora extra? Veja quanto os astronautas da NASA ‘presos’ na ISS ganham

Como reportou o Olhar Digital, os astronautas da NASA Butch Wilmore e Suni Williams finalmente retornaram à Terra. Eles foram enviados à Estação Espacial Internacional em junho do ano passado para uma missão de oito dias, mas acabaram ficando ‘presos’ na ISS por nove meses devido a um problema na cápsula Starliner, da Boeing, que os traria de volta.

Uma série de adiamentos nas tentativas de retorno (com boatos de que a NASA os havia abandonado) transformou uma estadia de oito dias em 286 dias. Rapidamente, surgiu o questionamento: quando os astronautas estão ganhando pelo serviço? Vai ter hora extra?

Espaçonave SpaceX Dragon Freedom pousando no mar com quatro astronautas, incluindo os dois da Starliner que ficaram 9 meses em missão estendida (Imagem: NASA TV)

NASA respondeu: astronautas vão ganhar hora extra?

Foram nove meses no espaço. Butch Wilmore e Sunita Williams só conseguiram voltar para a Terra no fim da tarde de terça-feira (18), quando a cápsula Dragon Freedom, da SpaceX, pousou no Golfo da Flórida. A nave ainda trazia Nick Hague e o cosmonauta Aleksandr Gorbunov, que faziam parte da missão Crew-9 (lançada posteriormente com apenas dois membros, justamente para ‘caber’ a dupla que ficou para trás).

A chegada dos astronautas foi muito celebrada. Relembraremos o caso completo adiante.

Mas vamos à resposta: os astronautas vão receber hora extra? Não! Em nota, a NASA explicou que Wilmore e Williams recebem “salários regulares de uma semana de trabalho de 40 horas” sem pagamento de horas extras, feriados ou finais de semana.

Veja o que a agência espacial americana escreveu:

Enquanto estão na ISS, os astronautas da Nasa cumprem ordens oficiais de viagem como funcionários federais, então, seu transporte, hospedagem e refeições são fornecidos. Eles também estão em serviço temporário de longa duração e recebem um valor para cada dia que estão no espaço.

NASA, em nota

De acordo com a emissora norte-americana CBS, a dupla tem o nível salarial mais alto entre servidores federais. Com base no General Pay Schedule (Cronograma de Pagamentos Gerais dos EUA), eles ganham entre US$ 125 mil e US$ 162.600 por ano (entre R$ 708 e 919 mil).

Membros da SpaceX Crew-9
Os membros da SpaceX Crew-9 da NASA posam juntos dentro do canal entre a Estação Espacial Internacional e a espaçonave Dragon Freedom. No sentido horário, a partir da esquerda, estão os astronautas da NASA Butch Wilmore, Nick Hague e Sunita Williams, e o cosmonauta da Roscosmos Aleksandr Gorbunov (Crédito: NASA)

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Relembre o caso dos astronautas presos na ISS

  • Após uma série de adiamentos, o Teste de Voo Tripulado da Starliner foi lançado em 5 de junho de 2024, levando Butch Wilmore e Suni Williams à Estação Espacial Internacional;
  • O último adiamento aconteceu por causa de um vazamento de hélio na cápsula, que não foi considerado grave. A nave decolou mesmo assim;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados, além da falha de cinco dos 28 propulsores. Isso fez com que a Starliner voltasse à Terra vazia, deixando os astronautas na ISS;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore voltariam para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9.

Os adiamentos no resgate dos astronautas presos na ISS gerou controvérsias. O presidente dos Estados Unidos, chegou a acusar o governo de Biden, seu antecessor, de abandoná-los. A afirmação rapidamente foi desmentida.

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Astronautas que ficaram “presos” no espaço chegam à Terra

Eles estão de volta! Finalmente, após 286 dias na Estação Espacial Internacional (ISS), os astronautas Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, voltaram para a Terra. Eles pousaram no Golfo da Flórida no fim da tarde desta terça-feira (18), junto com os membros da missão SpaceX Crew-9, a bordo da cápsula Dragon Freedom. E o Olhar Digital transmitiu esse momento emocionante ao vivo!

[Em atualização]

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado no dia 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida;
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de um vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave, e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore iriam voltar para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurança, em setembro.

O vídeo acima, compartilhado no perfil oficial da ISS no X (antigo Twitter), mostra o desacoplamento da cápsula Dragon Freedom.

De acordo com a CBS News, no total, Williams e Wilmore passaram 286 dias e 7 horas na estação, completando 4.576 órbitas e quase 195 milhões de km. Além deles, também pousaram os astronautas da missão SpaceX Crew-9, Nick Hague, da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da agência espacial russa, após uma missão de seis meses no laboratório orbital (que durou o tempo previsto).

Os membros da SpaceX Crew-9 da NASA posam juntos dentro do canal entre a Estação Espacial Internacional e a espaçonave Dragon Freedom. No sentido horário, a partir da esquerda, estão os astronautas da NASA Butch Wilmore, Nick Hague e Sunita Williams, e o cosmonauta da Roscosmos Aleksandr Gorbunov. Williams e Wilmore são originalmente da missão Starliner CFT-1, mas foram incorporados à Crew-9. Crédito: NASA

Condições climáticas na Flórida ajudaram a reduzir tempo de espera

A princípio, o retorno do quarteto aconteceria na quarta-feira (19), mas a NASA informou, em comunicado, que o processo seria antecipado porque as condições climáticas estariam mais favoráveis na região do pouso.

A reentrada na atmosfera da Terra começou às 18h11 (pelo horário de Brasília), com duração estimada em 7,5 minutos. Os astronautas atingiram a atmosfera em velocidade hipersônica, protegidos por um escudo térmico vital das temperaturas escaldantes da reentrada, que podem exceder 1.700℃.

O processo terminou com o mergulho da nave no oceano com a ajuda de paraquedas acontecendo às 18h59 – tudo transmitido em tempo real pelo Olhar Digital no YouTube, Facebook, Instagram, LinkedIn e TikTok.

A live foi apresentada por Bruno Capozzi, nosso editor-executivo, e pelo astrônomo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) e colunista do Olhar Digital.

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Missão Crew-9 foi modificada para resgatar astronautas da Starliner

Conforme mencionado acima, além dos astronautas “resgatados” da missão Starliner CFT-1, a cápsula Dragon Freedom trouxe também os integrantes da missão SpaceX Crew-9 – que chegaram à ISS em 29 de setembro de 2024.

Inicialmente, a tripulação contaria com quatro membros, mas a composição precisou ser alterada. Os assentos das astronautas norte-americanas Zena Cardman e Stephanie Wilson, que participariam da missão, foram ocupados por simuladores de massa, enquanto ambas permanecem elegíveis para futuras missões. Essa alteração foi justamente para acomodar Sunita Williams e Butch Wilmore na tão aguardada viagem de volta para casa.

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Astronautas “presos”: após mais de nove meses no Espaço, dupla está a caminho da Terra

Após mais de nove meses “presos” no Espaço, a dupla de astronautas Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, deixaram a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) rumo à Terra. Na madrugada desta terça-feira (18), Williams e Wilmore “pegaram carona” com os membros da missão Crew-9Nick Hague, da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da Roscosmos.

Após cerca de duas horas de preparação, a Dragon Endurance (que já foi usada anteriormente nas missões Crew-3, Crew-5 e Crew-7) foi desacoplada da ISS e partiu às 2h05 (horário de Brasília), com o quarteto de astronautas, de volta à Terra.

Após cerca de 17 horas de viagem, a cápsula deve pousar no mar, na costa da Flórida (EUA), por volta das 18h57 (horário de Brasília). O Olhar Digital vai transmitir tudo ao vivo: nossa live começa às 17h45 (horário de Brasília) desta terça-feira (18). Você pode acompanhar neste link, na home de nosso site, ou na janela abaixo.

Como o resgate dos astronautas da NASA foi arquitetado

Para que os astronautas “presos” no Espaço pudessem ser resgatados, a agência espacial estadunidense, em parceria com a SpaceX, enviou, à ISS, a missão Crew-10, com Anne McClain e Nichole Ayers, da NASATakuya Onishi, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA, na sigla em inglês) e o cosmonauta russo Kirill Peskov, da Roscosmos, a bordo da Dragon Endurance, enviada ao Espaço por um foguete Falcon 9.

A nova equipe de astronautas foi enviada ao laboratório orbital na sexta-feira (14), às 20h03 (horário de Brasília)após dois adiamentos. Saiba mais sobre o time aqui e entenda aqui o que a missão Crew-10 vai fazer na ISS.

Foto oficial dos membros da missão SpaceX Crew-10 (da esquerda) o especialista da missão Kirill Peskov, da Roscosmos; a piloto Nicole Ayers e a comandante Anne McClain, ambas astronautas da NASA; e o especialista da missão Takuya Onishi, da JAXA (Imagem: NASA/Bill Stafford/Helen Arase Vargas)

Cronologia dos astronautas “presos” e como voltarão à Terra

Williams e Wilmore partiram para a ISS em junho de 2024, no primeiro voo tripulado da cápsula Starliner, da Boeing, para missão de oito dias – que durou mais de nove meses.

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado em 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA);
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore voltariam para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurançaem setembro.

Mas, por que tanta demora? O presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a acusar o governo anterior de deixar os astronautas “abandonados” na ISS – o que foi desmentido pela dupla.

Momento em que a Dragon foi desacoplada da ISS
Momento em que a Dragon foi desacoplada da ISS (Imagem: Reprodução/YouTube/NASA)

Leia mais:

Acontece que há um calendário e um trânsito a se cumprir no laboratório orbital. Todas as tripulações que vão para lá sabem que a previsão de volta pode não se cumprir dentro do prazo estabelecido (e tudo é meticulosamente calculado).

As equipes normalmente voltam para a Terra no mesmo veículo que as conduziram, que fica atracado na estação durante todo o percurso da missão. Como a espaçonave Starliner apresentou problemas graves e precisou regressar vazia ao planeta, seus tripulantes tiveram que aguardar a oportunidade mais adequada de retorno.

E não foi a primeira vez que isso aconteceu. É comum que astronautas excedam (e muito) o tempo de permanência previsto na ISS. Normalmente, as missões duram cerca de seis meses, mas podem ser estendidas por vários motivos, como experimentos ou imprevistos.

Barry "Buch" Wilmore e Sunita "Suni" Williams, os astronautas da NASA que estão "presos" no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing
Barry “Buch” Wilmore e Sunita “Suni” Williams, os astronautas da NASA em missão prolongada no Espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing (Imagem: NASA)

No caso de Williams e Wilmore, eles passaram 286 dias em órbita. O astronauta Frank Rubio, dos EUA, junto com os russos Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, permaneceram 371 dias consecutivos no Espaço entre 2022 e 2023.

Isso porque um incidente danificou a espaçonave russa Soyuz que os traria de volta à Terra, motivo pelo qual a estadia do trio no laboratório orbital foi prorrogada por mais seis meses, até a chegada de uma cápsula de substituição.

Embora garantam que não se sentiam “presos”, vale uma observação curiosa: a cápsula Dragon da missão Crew-9 onde Williams e Wilmore embarcaram de volta para a Terra se chama Freedom – “Liberdade”, em inglês.

Matéria em atualização

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Missão Crew-10 da SpaceX chega à estação espacial para substituir astronautas da Starliner

A missão Crew-10 da SpaceX chegou com sucesso à Estação Espacial Internacional (ISS) na madrugada deste domingo (16), após uma viagem de 28 horas pelo espaço. A bordo da nave Crew Dragon Endurance, quatro astronautas de três diferentes países atracaram no módulo Harmony da ISS à 01h04 no horário de Brasília, enquanto a estação orbitava a 418 km acima do Oceano Atlântico.

Comandada por Anne McClain, da NASA, a tripulação também inclui Nichole Ayers (piloto), Takuya Onishi (especialista da JAXA, a agência espacial japonesa) e Kirill Peskov (Roscosmos, a agência espacial russa). Eles permanecerão na ISS por cerca de seis meses, realizando pesquisas científicas e manutenção da estação, segundo o Space.com.

A chegada da Crew-10

  • Missão bem-sucedida: a Crew-10 chegou à ISS após uma jornada de 28 horas.
  • Nova equipe na ISS: quatro astronautas de três países vão passar seis meses a bordo, substituindo parte da tripulação anterior.
  • Retorno da Crew-9: a tripulação da missão anterior deve retornar à Terra no próximo dia 19 de março.

Troca de tripulação e chegada da Crew-10

A tripulação da Crew-10 foi recebida na ISS pouco depois da abertura das escotilhas, às 2h35 no horário de Brasília. O astronauta Takuya Onishi, da JAXA, destacou a importância da missão:

“É uma grande honra fazer parte deste programa. Temos muito trabalho emocionante pela frente e estamos ansiosos para contribuir”.

Os quatro membros da SpaceX Crew-10 e os sete membros da Expedition 72 se juntam para uma cerimônia de boas-vindas logo após a nave espacial da SpaceX Crew-10 atracar na Estação Espacial Internacional e as escotilhas serem abertas. Imagem: NASA / Digulvação

Os quatro astronautas substituem Nick Hague, Suni Williams, Butch Wilmore (os três da NASA) e Aleksandr Gorbunov (Roscosmos), que retornarão no dia 19 de março a bordo da Crew Dragon da missão Crew-9.

Vale lembrar que os astronautas Hague e Gorbunov chegaram à estação no final de setembro, na missão Crew-9 da SpaceX. Enquanto Williams e Wilmore estão em órbita desde o início de junho, quando viajaram na primeira missão tripulada da nave espacial Starliner da Boeing e foram obrigados a prorrogar a estadia no espaço.

Leia também:

O que aconteceu com a Starliner?

Sunita Williams e Barry Wilmore, membros da primeira missão tripulada da Boeing Starliner para a Estação Espacial Internacional a serviço da NASA (Imagem: NASA)

A troca de tripulação também envolve astronautas que estavam originalmente na Starliner, a espaçonave da Boeing. Barry Wilmore e Suni Williams deveriam retornar após 10 dias na ISS, mas devido a falhas nos propulsores da Starliner, a NASA optou por mantê-los na estação. O veículo teve que ser trazido de volta sem tripulação em setembro, e a missão da dupla foi prolongada.

O Olhar Digital fez uma matéria para você conhecer os astronautas da Starliner que estão presos no espaço.

Cronologia dos astronautas “presos” e como voltarão à Terra

Williams e Wilmore partiram para a ISS em junho de 2024, no primeiro voo tripulado da cápsula Starliner, da Boeing, para missão de oito dias – que já dura mais de nove meses.

Ao que tudo indica, a volta de Williams e Wilmore para a Terra acontece na próxima semana, “de carona” com os membros da missão Crew-9, Nick Hague, da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da Roscosmos.

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado em 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA);
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore vão voltar para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurançaem setembro.

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Assista hoje a chegada da Crew-10 à Estação Especal Internacional

Depois de muita expectativa, os astronautas da Crew-10 chegarão à Estação Espacial Internacional hoje à noite em pouso que será acompanhado pelo site oficial da NASA. A tripulação da SpaceX foi lançada ontem, 14, e conta com quatro astronautas: Anne McClain, Nichole Ayers, Takuya Onishi, e Kirill Peskov.

Lançada no topo de um foguete SpaceX Falcon 9, a cápsula será exibida por vídeo aos internautas a partir das 22h45 desta noite no horário de Brasília. Estima-se que ela vai atracar no laboratório às 23h30, também no horário de Brasília.

Para quem tem pressa:

  • A cápsula da missão Crew-10 chegará ao laboratório especial hoje à noite, com a uma transmissão oficial feita pela NASA a partir das 22h45 do horário de Brasília;
  • Os astronautas que foram enviados são: Anne McClain, Nichole Ayers, Takuya Onishi, e Kirill Peskov;
  • Dias após a chegada desta nave, outros astronautas, que estiveram em órbita por muito tempo, finalmente poderão voltar à Terra.
Foto oficial dos membros da missão SpaceX Crew-10, da esquerda para a direita: o especialista da missão Kirill Peskov, da Roscosmos; a piloto Nicole Ayers e a comandante Anne McClain, ambas astronautas da NASA; e o especialista da missão Takuya Onishi, da JAXA (Imagem: NASA/Bill Stafford/Helen Arase Vargas)

Também foi divulgado que as escotilhas devem ser abertas por volta das 02h05 da manhã do domingo, 16, e que uma breve cerimônia de boas-vindas será iniciada em seguida para celebrar a chegada da nova tripulação. Essa cerimônia deve durar até às 02h35 e será realizada pelos astronautas que já vivem no laboratório orbital.

Os quatro astronautas vem de diferentes nações: Anne McClain e Nichole Ayers pertencem à NASA, Takuya Onishi à agência japonesa JAXA de exploração aeroespacial, e Kirill Peskov da agência espacial russa Roscosmos.

McClain é a comandante responsável pela missão Crew-10, Ayers é a piloto, e Onishi e Peskov são os membros especialistas para realizar as atividades de pesquisa da missão. Estima-se que os quatro astronautas permanecerão por seis meses no laboratório espacial orbital, o tempo médio de revezamento antes de outra equipe viajar até lá.

Leia mais:

Barry "Buch" Wilmore e Sunita "Suni" Williams, os astronautas da NASA que estão "presos" no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing
Barry “Buch” Wilmore e Sunita “Suni” Williams, os astronautas da NASA em missão prolongada no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing (Imagem: NASA)

Dentre os objetivos da Crew-10, está o fato de que a sua chegada significa que outros astronautas, que já estavam na estação, finalmente poderão voltar à Terra.

Mais especificamente, falamos de Nick Hague, Suni Williams, Butch Wilmore (da NASA), e de Aleksandr Gorbunov (da Roscosmos). Todos estão em órbita há mais tempo do que o esperado.

No site da NASA, você pode acompanhar a transmissão oficial que mostrará a chegada da Crew-10 à Estação Especial Internacional. O evento será transmitido a partir das 22h45 no horário de Brasília.

A estimativa é que Hague, Williams, Wilmroe e Gorbunov voltem à Terra no Crew-9 Dragon a partir da próxima quarta, 19 de março.

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Astronautas “presos”: missão para possibilitar volta já está no Espaço

Na noite desta sexta-feira (14), a missão Crew-10 foi enviada à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). Nela, estarão quatro astronautas. Com a chegada deles à Estação, os astronautas Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, que estão “presos” no Espaço, ficarão mais perto de voltar para casa.

Para isso, a nova equipe de astronautas precisará ser enviada ao laboratório orbital, o que ocorreu nesta sexta-feira (14), às 20h03 (horário de Brasília), após dois adiamentos.

Foguete já está rumando à ISS (Imagem: Reprodução/YouTube/NASA)

Os tripulantes estão sendo levados por um foguete Falcon 9, da SpaceX, que decolou do Complexo de Lançamento 39A no Centro Espacial Kennedy, da NASA, na Flórida (EUA).

Anne McClain e Nichole Ayers, da NASATakuya Onishi, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA, na sigla em inglês) e o cosmonauta russo Kirill Peskov, da Roscosmos, estão a bordo da Dragon Endurance (que já foi usada anteriormente nas missões Crew-3, Crew-5 e Crew-7) e tem previsão de atracar no módulo Harmony da estação neste sábado (15). Saiba mais sobre o time aqui e entenda aqui o que a missão Crew-10 vai fazer na ISS.

Cronologia dos astronautas “presos” e como voltarão à Terra

Williams e Wilmore partiram para a ISS em junho de 2024, no primeiro voo tripulado da cápsula Starliner, da Boeing, para missão de oito dias – que já dura mais de nove meses.

Ao que tudo indica, a volta de Williams e Wilmore para a Terra acontece na próxima semana, “de carona” com os membros da missão Crew-9, Nick Hague, da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da Roscosmos.

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado em 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA);
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore vão voltar para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurançaem setembro.

Mas, por que tanta demora? O presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a acusar o governo anterior de deixar os astronautas “abandonados” na ISS – o que foi desmentido pela dupla.

Leia mais:

Acontece que há um calendário e um trânsito a se cumprir no laboratório orbital. Todas as tripulações que vão para lá sabem que a previsão de volta pode não se cumprir dentro do prazo estabelecido (e tudo é meticulosamente calculado).

As equipes normalmente voltam para a Terra no mesmo veículo que as conduziram, que fica atracado na estação durante todo o percurso da missão. Como a espaçonave Starliner apresentou problemas graves e precisou regressar vazia ao planeta, seus tripulantes tiveram que aguardar a oportunidade mais adequada de retorno.

E não foi a primeira vez que isso aconteceu. É comum que astronautas excedam (e muito) o tempo de permanência previsto na ISS. Normalmente, as missões duram cerca de seis meses, mas podem ser estendidas por vários motivos, como experimentos ou imprevistos

No caso de Williams e Wilmore, se eles retornarem no domingo (16), como foi cogitado (mas ainda não oficializado) pela NASA, eles terão passado 284 dias em órbita. O astronauta Frank Rubio, dos EUA, junto com os russos Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, permaneceram 371 dias consecutivos no Espaço entre 2022 e 2023.

Astronautas no interior da nave
Astronautas no interior da espaçonave; até este sábado (15), estarão na ISS
(Imagem: Reprodução/YouTube/NASA)

Isso porque um incidente danificou a espaçonave russa Soyuz que os traria de volta à Terra, motivo pelo qual a estadia do trio no laboratório orbital foi prorrogada por mais seis meses, até a chegada de uma cápsula de substituição.

Embora garantam que não se sentem “presos”, vale uma observação curiosa: a cápsula Dragon da missão Crew-9 onde Williams e Wilmore vão embarcar de volta para a Terra se chama Freedom – “Liberdade”, em inglês.

Barry "Buch" Wilmore e Sunita "Suni" Williams, os astronautas da NASA que estão "presos" no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing
Barry “Buch” Wilmore e Sunita “Suni” Williams, os astronautas da NASA em missão prolongada no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing (Imagem: NASA)

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NASA revela quando os astronautas “presos” no espaço voltam para a Terra

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, a missão SpaceX Crew-10 deve ser lançada nesta sexta-feira (14), às 20h03 (pelo horário de Brasília), com previsão de chegada à Estação Espacial Internacional (ISS) na noite de sábado (15). Isso vai permitir que, finalmente, dois astronautas “presos” no laboratório orbital voltem para a Terra – o que vai acontecer alguns dias depois.

Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, partiram para a ISS em junho de 2024, no primeiro voo tripulado da cápsula Starliner, da Boeing, para uma missão de oito dias – que já dura mais de nove meses. E eles dependem da chegada de uma nova tripulação ao laboratório orbital para poder voltar para casa. 

A missão “redentora” decolaria na noite de quarta-feira (12) – no entanto, o lançamento foi adiado em dois dias por problemas técnicos (saiba detalhes aqui).

Foto oficial dos membros da missão SpaceX Crew-10 (da esquerda) o especialista da missão Kirill Peskov, da Roscosmos; a piloto Nicole Ayers e a comandante Anne McClain, ambas astronautas da NASA; e o especialista da missão Takuya Onishi, da JAXA (Imagem: NASA/Bill Stafford/Helen Arase Vargas)

Anne McClain e Nichole Ayers, da NASA, Takuya Onishi, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) e o cosmonauta russo Kirill Peskov, da Roscosmos, vão viajar a bordo da Dragon Endurance (que já foi usada anteriormente nas missões Crew-3, Crew-5 e Crew-7), com previsão de atracar no módulo Harmony da estação no dia seguinte. Saiba mais sobre o time aqui e entenda aqui o que a missão Crew-10 vai fazer na ISS.

Como os astronautas da Starliner vão voltar para a Terra

De acordo com um comunicado da NASA, a volta de Williams e Wilmore para a Terra acontece na quarta-feira (19), “de carona” com os membros da missão Crew-9, Nick Hague, da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da Roscosmos.

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado no dia 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida;
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de um vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave, e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore vão voltar para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurança, em setembro.
Os astronautas Barry Wilmore e Sunita Williams trabalhando na Estação Espacial Internacional (ISS). Crédito: NASA

Mas, por que tanta demora? O presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a acusar o governo anterior de deixar os astronautas “abandonados” na ISS – o que foi desmentido pela dupla.

Leia mais:

Acontece que há um calendário e um trânsito a se cumprir no laboratório orbital. Todas as tripulações que vão para lá sabem que a volta pode não acontecer dentro do prazo previsto (e tudo é meticulosamente calculado).

As equipes normalmente voltam para a Terra no mesmo veículo que as conduziram, que fica atracado na estação durante todo o percurso da missão. Como a espaçonave Starliner apresentou problemas graves e precisou regressar vazia ao planeta, seus tripulantes tiveram que aguardar a oportunidade mais adequada de retorno.

E não foi a primeira vez que isso aconteceu. É comum que astronautas excedam (e muito) o tempo de permanência previsto na ISS. Normalmente, as missões duram cerca de seis meses, mas podem ser estendidas por vários motivos, como experimentos ou imprevistos. 

No caso de Williams e Wilmore, se realmente retornarem na quarta-feira, eles terão passado 286 dias em órbita. O astronauta Frank Rubio, dos EUA, junto com os russos Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, permaneceram 371 dias consecutivos no espaço entre 2022 e 2023.

Da direita para a esquerda: Frank Rubio, astronauta da NASA, e seus companheiros russos da missão Soyuz MS-22 Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, que ficaram 371 dias na estação espacial. Crédito: Roscosmos

Isso porque um incidente danificou a espaçonave russa Soyuz que os traria de volta à Terra, motivo pelo qual a estadia do trio no laboratório orbital foi prorrogada por mais seis meses, até a chegada de uma cápsula de substituição.

Embora garantam que não se sentem “presos”, vale uma observação curiosa: a cápsula Dragon da missão Crew-9 onde Williams e Wilmore vão embarcar de volta para a Terra se chama Freedom – “Liberdade”, em inglês.

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